Publicado por Gisele Büchele Jucá - 2 dias atrás
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Por: Rômulo Saraiva
Muitos
trabalhadores que resolvem deixar o Brasil para morar no estrangeiro
não cessam o hábito de continuar pagando o INSS. Como aposentadoria é
algo de extrema importância e ajuda na velhice, mesmo com a distância,
essas pessoas arrumam um jeitinho para que a guia da Previdência Social
(GPS) seja paga no final do mês. Mas, afinal, vale a pena manter essa
despesa? A resposta pode variar conforme o caso. Normalmente vale a pena
quando a pessoa tem interesse em garantir a aposentadoria brasileira,
por não ter perspectiva de receber benefício no país estrangeiro;
acumular uma aposentadoria do INSS com outra estrangeira; ou utilizar o
tempo da previdência brasileira para averbar no outro país.
Quem
não tiver o objetivo de acumular aposentadoria de regimes
previdenciários distintos, não é vantajoso pagar a previdência no Brasil
se o país estrangeiro já tiver acordo internacional com o INSS. É que
neste caso o trabalhador poderá pagar em duplicidade. Por exemplo, desde
1995 a Espanha possui acordo bilateral previdenciário com o Brasil.
Então, os brasileiros que lá trabalham, se pagam a seguridade social de
lá, não precisam ter a preocupação de pagar o carnê aqui. Ocorrendo o
regresso para o Brasil, esse histórico contributivo espanhol é computado
na aposentadoria. Pelo menos, deveria já que o Instituto cria o maior
obstáculo para fazê-lo.
O limite máximo de contribuição
previdenciária atualmente é de R$ 4.662,43. Assim, se o salário do país
estrangeiro for inferior a este patamar, pode compensar que o brasileiro
arque com a despesa de pagar o carnê para integralizar o teto máximo do
INSS. Evidentemente tal estratégia só valerá a pena se o país
estrangeiro tiver acordo internacional que viabilize a exportação do
tempo para o INSS. E vice-versa. Até a próxima.
Veja a lista de países que possuem acordo com o Brasil para o tempo estrangeiro ser usado no INSS:
ALEMANHA
ARGENTINA
BÉLGICA
BOLÍVIA
CABO VERDE
CANADÁ
CHILE
EL SALVADOR
EQUADOR
ESPANHA
FRANÇA
GRÉCIA
ITÁLIA
JAPÃO
LUXEMBURGO
PARAGUAI
PORTUGAL
URUGUAI
Países e locais que estão em negociação e ainda aguardam a burocracia para começar a valer:
COREIA
QUEBEC
SUÍÇA
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