Para Goldman Sachs, valor é o ideal para reajustar
economia
Por Infomoney
O dólar
está na casa dos R$ 3,00, mas especialistas avaliam que esta é uma
"realidade passageira" e que ele deve subir. Um dos que também
acreditam que o dólar deve se valorizar é o diretor de pesquisa para América
Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, que vê um valor justo para o câmbio em
R$ 3,35, estimando que o real está sobrevalorizado em cerca de 12%.
Porém,
para ajudar no ajuste fiscal, o dólar entre R$ 3,50 e R$ 3,60 seria o desejado.
Segundo Ramos, a política de câmbio irá desempenhar um papel central no
necessário ajuste macroeconômico em curso, associado ao corte de gastos na
política fiscal.
"O
real se depreciou significativamente em relação ao dólar desde meados de 2011
(alta de 48%), com a tendência de aceleração visivelmente nos últimos oito
meses (alta de 25%). No entanto, durante o mesmo período a inflação foi
notavelmente alta, subindo por um acumulado de 28%", afirma Ramos.
"Portanto,
o real deve se enfraquecer ainda mais, a fim de mover a taxa real de câmbio
multilateral para um nível que facilite o reequilíbrio necessário da economia e
suporte um ajuste ordenado do grande déficit em conta corrente. Além disso, um
real fraco iria contribuir para aumentar a eficiência global do ajuste,
reduzindo a perda de emprego necessário para reequilibrar a economia",
avalia.
Porém, a
cotação ao redor de R$ 3,50-R$ 3,60, acima do "fair-value", seria
desejável para o ajuste macroeconômico e para o rebalanceamento em curso seguir
de forma firme, aponta.
Além
disso, aponta Ramos, um ajuste de conta corrente exigiria um esforço
significativo para diminuir a inflação dos não transacionáveis (como serviços),
que ainda está funcionando em um nível muito mais elevado do que a inflação dos
transacionáveis.
Segundo
Ramos, apesar da forte desvalorização da moeda brasileira que ocorreria para
facilitar o ajuste macroeconômico, este patamar entre R$ 3,50 e R$ 3,60 não
ocorreria de forma permanente: "a moeda não ficaria barata para
sempre".
Uma vez
que o necessário reequilíbrio fosse alcançado, o processo de consolidação
orçamental estivesse no bom caminho, a confiança fosse restaurada e as mudanças
do ciclo de negócios voltassem após a atual fase contracionista, o real
provavelmente iniciaria um ciclo gradual de apreciação que iria corrigir o
baixo preço inicial e, eventualmente, até mesmo ser conduzido de volta para o
território de sobrevalorização. Isso porque, uma vez que a recuperação
estivesse bem estabelecida, a economia estaria claramente operando em fase de
expansão do ciclo de negócios.
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http://www.amanha.com.br/posts/view/453#sthash.UvMDm1PI.dpuf
Dólar a R$ 3,60 seria bom para quem?
Para Goldman Sachs, valor é o ideal para reajustar economia
O dólar está na casa dos R$ 3,00, mas especialistas avaliam que
esta é uma "realidade passageira" e que ele deve subir. Um dos que
também acreditam que o dólar deve se valorizar é o diretor de pesquisa
para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, que vê um valor
justo para o câmbio em R$ 3,35, estimando que o real está
sobrevalorizado em cerca de 12%.
Porém, para ajudar no ajuste fiscal, o dólar entre R$ 3,50 e R$ 3,60 seria o desejado. Segundo Ramos, a política de câmbio irá desempenhar um papel central no necessário ajuste macroeconômico em curso, associado ao corte de gastos na política fiscal.
"O real se depreciou significativamente em relação ao dólar desde meados de 2011 (alta de 48%), com a tendência de aceleração visivelmente nos últimos oito meses (alta de 25%). No entanto, durante o mesmo período a inflação foi notavelmente alta, subindo por um acumulado de 28%", afirma Ramos.
"Portanto, o real deve se enfraquecer ainda mais, a fim de mover a taxa real de câmbio multilateral para um nível que facilite o reequilíbrio necessário da economia e suporte um ajuste ordenado do grande déficit em conta corrente. Além disso, um real fraco iria contribuir para aumentar a eficiência global do ajuste, reduzindo a perda de emprego necessário para reequilibrar a economia", avalia.
Porém, a cotação ao redor de R$ 3,50-R$ 3,60, acima do "fair-value", seria desejável para o ajuste macroeconômico e para o rebalanceamento em curso seguir de forma firme, aponta.
Além disso, aponta Ramos, um ajuste de conta corrente exigiria um esforço significativo para diminuir a inflação dos não transacionáveis (como serviços), que ainda está funcionando em um nível muito mais elevado do que a inflação dos transacionáveis.
Segundo Ramos, apesar da forte desvalorização da moeda brasileira que ocorreria para facilitar o ajuste macroeconômico, este patamar entre R$ 3,50 e R$ 3,60 não ocorreria de forma permanente: "a moeda não ficaria barata para sempre".
Uma vez que o necessário reequilíbrio fosse alcançado, o processo de consolidação orçamental estivesse no bom caminho, a confiança fosse restaurada e as mudanças do ciclo de negócios voltassem após a atual fase contracionista, o real provavelmente iniciaria um ciclo gradual de apreciação que iria corrigir o baixo preço inicial e, eventualmente, até mesmo ser conduzido de volta para o território de sobrevalorização. Isso porque, uma vez que a recuperação estivesse bem estabelecida, a economia estaria claramente operando em fase de expansão do ciclo de negócios.
- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/453#sthash.UvMDm1PI.dpufPorém, para ajudar no ajuste fiscal, o dólar entre R$ 3,50 e R$ 3,60 seria o desejado. Segundo Ramos, a política de câmbio irá desempenhar um papel central no necessário ajuste macroeconômico em curso, associado ao corte de gastos na política fiscal.
"O real se depreciou significativamente em relação ao dólar desde meados de 2011 (alta de 48%), com a tendência de aceleração visivelmente nos últimos oito meses (alta de 25%). No entanto, durante o mesmo período a inflação foi notavelmente alta, subindo por um acumulado de 28%", afirma Ramos.
"Portanto, o real deve se enfraquecer ainda mais, a fim de mover a taxa real de câmbio multilateral para um nível que facilite o reequilíbrio necessário da economia e suporte um ajuste ordenado do grande déficit em conta corrente. Além disso, um real fraco iria contribuir para aumentar a eficiência global do ajuste, reduzindo a perda de emprego necessário para reequilibrar a economia", avalia.
Porém, a cotação ao redor de R$ 3,50-R$ 3,60, acima do "fair-value", seria desejável para o ajuste macroeconômico e para o rebalanceamento em curso seguir de forma firme, aponta.
Além disso, aponta Ramos, um ajuste de conta corrente exigiria um esforço significativo para diminuir a inflação dos não transacionáveis (como serviços), que ainda está funcionando em um nível muito mais elevado do que a inflação dos transacionáveis.
Segundo Ramos, apesar da forte desvalorização da moeda brasileira que ocorreria para facilitar o ajuste macroeconômico, este patamar entre R$ 3,50 e R$ 3,60 não ocorreria de forma permanente: "a moeda não ficaria barata para sempre".
Uma vez que o necessário reequilíbrio fosse alcançado, o processo de consolidação orçamental estivesse no bom caminho, a confiança fosse restaurada e as mudanças do ciclo de negócios voltassem após a atual fase contracionista, o real provavelmente iniciaria um ciclo gradual de apreciação que iria corrigir o baixo preço inicial e, eventualmente, até mesmo ser conduzido de volta para o território de sobrevalorização. Isso porque, uma vez que a recuperação estivesse bem estabelecida, a economia estaria claramente operando em fase de expansão do ciclo de negócios.
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