O gasto de estudantes estrangeiros no Brasil aumentou 147% nos
últimos dez anos. Segundo dados do Banco Central, em 2014 os
intercambistas investiram U$ 151 milhões em programas educacionais,
culturais e esportivos no País. Em 2005, o valor foi U$ 61 milhões (dado
ainda não revisado de acordo com a nova metodologia do BC). Para
potencializar esse crescimento a Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo) participa, de 24 a 29 de maio, da Conferência e Exposição Anual
da Nafsa (Associação Norte-Americana de Intercâmbios e Educação
Internacional).
Com 21 co-expositores, além dos parceiros como o Ministério da
Educação (MEC), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Faubai
(Associação Brasileira de Educação Internacional), Belta (Brazilian
Educational & Language Travel Association) e Fullbright Brasil
(Comissão para Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e o
Brasil), a Embratur vai promover internacionalmente o País como destino
do segmento de estudos e intercâmbio educacional.
“Este é um segmento em expansão e a participação na conferência marca
a continuidade do trabalho articulado com essas instituições para
fortalecer a estratégia de ação com maior força no segmento de
intercâmbio, principalmente em função da visibilidade que o País tem
alcançado com o Programa Ciências Sem Fronteiras”, explica Vicente Neto,
presidente da Embratur.
De acordo com o Estudo da Demanda Internacional do Ministério do
Turismo, Estudos e Cursos representam 1,8% da motivação internacional de
viagens para o Brasil. Dados divulgados pelo Open Door – Institute of
International Education (IIE) indicam que, no ano de 2013, o intercâmbio
de estudantes dos Estados Unidos para o Brasil teve um aumento de 4%.
Em um ranking de 25 países, o Brasil é o 14º que mais recebe estudantes
universitários do país norte-americano.
Durante o evento, a Embratur realizará atendimento sobre o destino
Brasil para o segmento de turismo jovem e educacional, além de
participar de reuniões com instituições e operadoras do trade turístico.
Perfil do intercambista – Em 2014, o Observatório de Turismo e
Eventos da Cidade de São Paulo, em parceria com a Universidade de São
Paulo (USP), realizou um levantamento com estudantes estrangeiros
universitários na capital paulista para conhecer o perfil dos
intercambistas que buscam o destino para realizarem seus cursos
superiores e de aperfeiçoamento.
Segundo o estudo, a maioria desses estudantes (69,31%) tem de 18 a 24
anos, são homens (51,80%) e 57,49% escolheram cursos que duraram de 6 a
12 meses. A área de estudo mais procurada foi a de Ciências Humanas e
Sociais (33,11%), seguida de Engenharias (29,10%), Ciências Exatas
(16,05%), Ciências Médicas (12,37%) e Arte e Linguística (9,36%).
Durante o período em que estiveram na capital paulista os jovens
estrangeiros gastaram em média R$ 403,81 com lazer, R$ 565,18 com
alimentação, R$ 163,70 com transporte e R$ 888,72 com acomodação, sendo
esta, em sua maioria (53,49%), locação de casas.
A pesquisa revelou ainda que os maiores emissores de intercambistas
para São Paulo em 2014 foram Colômbia (14,33%), França (12,05%) e México
(10,10%).
(Mercado & Eventos – 21/05/2015)
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