"Precisa-se representante", dizia cartaz improvisado no estande de uma das empresas. Chinesas também adotaram a estratégia.
O espaço destinado às empresas estrangeiras tem aumentado a cada
feira, sobretudo às empresas asiáticas. De forma ainda mais organizada,
as empresas de Taiwan têm buscado espaço no mercado local como nunca.
Não apor acaso, pois 30% das exportações e 37% das importações
negociadas com países latino-americanos têm como alvo o Brasil.
Lideradas
pela Associação da Indústria de Máquinas de Taiwan (Tami) e com o apoio
do Conselho para Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan
(Taitra), mais de 20 empresas estiveram presentes na 15ª edição da
Feimafe, encerrado nesse sábado (23), em São Paulo.
Baseadas nos
números relativos a 2014 e focadas no ramo automobilístico, as
fabricantes de máquinas e ferramentas do país asiático confiam no
mercado brasileiro para aumentar as negociações locais. Por isso,
representantes de 11 empresas de Taiwan apresentaram, no último dia 19, o
Fórum de Tecnologia e Inovação em Máquinas de Taiwan. No evento, que
aconteceu em paralelo às atividades da Feimafe, foram apresentados os
principais produtos e tecnologias trazidas à feira.
No discurso de
abertura do Fórum, o diretor do Taiwan Trade Center do Brasil (filial
de promoção comercial da Taitra no Brasil), Krist Yen, fez questão de
reforçar a importância do Brasil para o mercado exportador de
máquinas-ferramentas de Taiwan. Hoje, 80% das máquinas produzidas no
País são exportadas. Ele foi o quarto maior exportador mundial de
máquinas-ferramenta em 2014. Na promoção das fabricantes, o diretor
busca enfatizar que o País está provando que seus produtos têm valor
agregado e de grande competitividade no mercado externo.
Nos
corredores destinados às empresas asiáticas era impossível não notar os
cartazes que ofereciam vagas para representantes comerciais. Papeis
improvisados e coloridos mostravam a estratégia adotada pelas
estrangeiras para entrar ou ganhar o mercado local. A porta-voz da Tami,
Grace Chen, diz que a maioria das empresas quer estar perto do mercado e
conseguir parceiros locais. Sobretudo, em função da distância física e a
dificuldade de comunicação por causa dos idiomas.
“É difícil
alcançar todo o mercado global, por isso precisam de parceiros”, conta
Grace. Em sua maioria, as empresas que expuseram no evento eram de
pequeno e médio porte. Para a representante da associação, os mais de
dez anos introduzidos no mercado nacional e participando de eventos como
a Feimafe, comprovam que já provaram que os produtos made in Taiwan tem
qualidade para competir com equipamentos norte-americanos e europeus.
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