As organizações no interior do país possuem grande resistência às mudanças do mercado, o que pode gerar um prejuízo muito grande para elas e para a sociedade. É difícil disseminar para os gestores mais familiares, a importância de um sistema de informações, e um planejamento estratégico sobre isso. E a pergunta é: até quando elas conseguirão sobreviver sem essas ferramentas?
Essa resistência quanto às novas
tecnologias ocorre por variáveis muito comuns nas empresas familiares:
eles desconhecem as vantagens do sistema, e as coisas sempre foram
feitas daquela maneira. Dessa forma, quem irá pagar um preço elevado
sobre um equipamento que teoricamente não sabe usar, e que não segue os
processos tradicionais?
As empresas de interior, geralmente
familiares, possuem a prioridade da gestão em outras áreas, e ainda os
fazem sem ajuda de um sistema complexo. Isso ocorre porque essas
empresas possuem uma barreira às mudanças, e não compreendem que o
mercado pode engoli-las no futuro.
São inúmeras as vantagens que um sistema
bem aplicado pode trazer para a organização, como qualidade nos
processos, rapidez de entrega, auxilio de gestão, e outras infinidades
de itens que podem ser aprimorados. Mas mesmo que se saiba isso, a
resposta geralmente é: Sempre foi feito assim, e desse jeito funciona.
É preciso se perguntar, e algum momento,
até que ponto vai funcionar? O mercado está pressionando cada vez mais
as organizações, e semelhantemente ao pós-guerra, quem não for
devidamente estruturado, pode estar vivendo os últimos dias dentro de
uma empresa saudável.
Existem inúmeros casos de organizações que
salvaram-se através da utilização de sistemas, mas apenas as empresas
culturalmente evoluídas conseguem visualizar e aplicar essa
oportunidade. A realidade de uma empresa familiar, com poucos gestores
profissionais, não permite mudanças que não sejam entendidas pela
maioria dos colaboradores.
Essa realidade, infelizmente, não se aplica
apenas aos sistemas de informação, pois a implantação de estratégias de
Marketing ou Gestão da Qualidade, por exemplo, também podem demorar até
cinco anos para serem implantadas nessas organizações. Assim cabe o
questionamento: o segmento sofre alterações nesse período? Obviamente,
já que a realidade visualizável hoje era inconcebível cinco ou dez anos
atrás.
Com as mudanças, as grandes corporações
transformam sua estrutura e se adaptam as novas necessidades de mercado.
E mesmo assim, em alguns momentos isso não é suficiente. Dentro de uma
empresa pequena, e pouco estruturada, esse impacto é ainda maior,
podendo gerar até a morte da organização.
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É visto, então, que as pequenas empresas
precisam iniciar suas atividades já com o planejamento estratégico de um
sistema de informações, pensando melhor no controle interno e na
gestão, para garantir sua máxima eficiência nos processos. O mercado não
perdoa gestores negligentes, pois a era da produção, onde se vendia
todo produto transformado pela empresa, já passou há muito tempo. E como
já dizia meu velho pai “dormiu na praça, jacaré abraça”.
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