Chris Ratcliffe/Bloomberg
HSBC: o banco é avaliado em cerca de US$ 5 bilhões
Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O Bradesco e o espanhol Santander lideram as apostas como
possíveis candidatos para comprar a operação do britânico HSBC no Brasil, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Avaliado em cerca de US$ 5 bilhões, o banco,
assessorado pelo Goldman Sachs, abriu alguns números para interessados,
de acordo com as mesmas fontes, e estabeleceu junho como o prazo para
envio de propostas.
Nesta fase, os interessados manifestam o apetite pelo ativo e assinam
um acordo de confidencialidade. O objetivo é concluir a venda em agosto.
Mundialmente, o banco está envolvido em uma série de escândalos e tem apresentado fracos resultados financeiros.
Além de Bradesco e Santander, olharam os números do HSBC, segundo
fontes, o Itaú Unibanco e o BTG Pactual. Grupos chineses, o espanhol
Inbursa e também o canadense Scotia Bank teriam avaliado a operação.
Com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do País, de acordo com dados do Banco Central.
Considerando os números do primeiro trimestre, o Bradesco, com R$ 1,035
trilhão de ativos, ultrapassaria o montante de R$ 1,2 trilhão,
registrado pelo Itaú Unibanco no final do ano passado.
Mais do que colar no Itaú em ativos, ao comprar o HSBC Brasil, o
Bradesco estaria protegendo o mercado de um novo concorrente,
principalmente dos chineses que sonham em ter mais presença no País.
Já o Santander estaria interessado em ampliar sua escala no País e
acelerar o crescimento da filial, que retornou ao posto de líder na
geração de resultados do grupo espanhol.
Quando avaliada a rede física do HSBC Brasil, a sobreposição de
unidades é menor com o Santander, cuja estrutura está centralizada em
São Paulo. São cerca de 830 agências contra mais de 2.250 do espanhol. O
Bradesco tem mais de 4.600.
As especulações sobre a venda do HSBC no Brasil cresceram após a
divulgação de resultados de 2014, quando o banco anunciou a intenção de
se desfazer de ativos na América Latina.
O HSBC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não
comenta especulações. Goldman, Bradesco e Santander também não
comentaram.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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