segunda-feira, 13 de julho de 2015


Ricardo Fasanello/EXAME.com
Curso da Estácio
Curso da Estácio: aquisição reforçará presença da companhia em São Paulo
São Paulo - A Estácio Participações fechou a compra da Faculdade Nossa Cidade, localizada em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, por 90 milhões de reais.

Com mais de 30 cursos, entre graduação, graduação tecnológica e pós, a faculdade conta com 8.700 alunos matriculados e outras 16.500 vagas autorizadas. 

A aquisição é a segunda maior já feita depois da compra da Uniseb, em setembro de 2013, e faz com que a Estácio reforce sua atuação no estado paulista, já que a instituição fica próxima a outras cidades de grande demanda, como Barueri e Cotia.
“A Estácio segue firme com o seu plano de crescimento em São Paulo e reafirma o seu compromisso com a construção de uma marca nacional”, disse Rogério Melzi, diretor-presidente do Grupo Estácio, em comunicado enviado à imprensa.

A instituição aguarda ainda a autorização do MEC para operar cinco cursos à distância em 20 polos, dos quais 17 são localizados no estado de São Paulo.


JBS obtém US$1,2 bi para comprar ativos da Cargill



Bloomberg
Companhia de agronegócios Cargill
Cargill: bancos que fornecerão o financiamento são Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch e Rabobank Nederland

Da REUTERS

São Paulo - A JBS, maior empresa de carnes do mundo, informou nesta segunda-feira que recebeu 1,2 bilhão de dólares em linha de crédito ("term-loan") de longo prazo que será utilizada na aquisição do negócio de suínos da Cargill nos Estados Unidos.

A linha de crédito, obtida por meio da subsidiária JBS USA, possui vencimento em sete anos e juros estimados em Libor mais 2,75 por cento ao ano, com taxa Libor mínima de 0,75 por cento.

Os bancos que fornecerão o financiamento são Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch e Rabobank Nederland.


Dinheiro desviado da Petrobras pagava prostitutas de luxo



REUTERS/Rodolfo Buhrer
Doleiro Alberto Youssef
Planilhas do doleiro Alberto Youssef mostram que cerca de 150 mil reais foram gastos, só em 2012, com o pagamento de prostitutas de luxo
 
 
 
São Paulo – O dinheiro desviado no esquema de corrupção da Petrobras foi usado para pagar serviços de prostituição de luxo para diretores da estatal e políticos, de acordo com relatos de delatores da Operação Lava Jato

Segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo, só em 2012 cerca de 150 mil reais foram gastos para financiar a contratação de garotas. Algumas delas são conhecidas pela exposição em capas de revistas, desfiles de escolas de samba e programas de TV. Cada programa custava até 20 mil reais. 

O Ministério Público e a Polícia Federal chegaram a essa informação depois de questionarem o doleiro Alberto Youssef e o emissário dele, Rafael Angulo Lopez, sobre a origem de expressões como “artigo 162” e “Monik” que aparecem nas planilhas usadas no esquema de corrupção.

De acordo com os delatores, a expressão “artigo 162” era uma referência ao número do endereço de uma cafetina que agenciava os programas.

Advogada investe em e-commerce de artigos de decoração e fatura R$ 2 milhões


Montacasa está no mercado desde 2013. Recentemente, ampliou sua presença fora da internet, com a inauguração de um showroom

Por Adriana Fonseca -
Caroline Dias, CEO da Montecasa (Foto: Divulgação)


Fundada em 2013, a loja online Montacasa, especializada em itens de decoração, colocou um pé no “mundo real” no fim do ano passado, quando a empresa inaugurou um showroom em Curitiba, no Paraná.

“Quando falamos de itens de decoração, como sofás, cadeiras e mesas de um valor agregado maior, as pessoas gostam de sentir. E quando falamos de produtos gourmet e itens para servir, existe uma necessidade do mercado local para um imediatismo na compra, algo para ser usado no mesmo dia”, afirma Caroline Dias, CEO e fundadora do Montacasa, explicando a necessidade de ampliar a presença da marca fora da internet. “Quando estávamos em um prédio comercial, as pessoas iam até lá para ver os produtos e levar na mesma hora. Dessa necessidade dos consumidores locais, decidimos abrir um showroom físico.”

Caroline conta que todas as vendas da Montacasa transitam pelo universo online, mas diz que as visitas ao showroom já refletem algo próximo de 30% do faturamento mensal.

Quem vai ao showroom, além de ter contato com os produtos, pode participar de eventos organizados pela loja. “São eventos mensais que realizamos para fidelizar os consumidores e lançar novas marcas e produtos, em uma experiência única de compra com comes e bebes, ao som de um delicioso jazz”, diz Caroline.

Advogada por formação, Caroline teve a ideia de criar a Montacasa quando reformou seu apartamento, em 2011. Após o expediente, ela buscava produtos na internet para decorar o novo ambiente, mas não encontrava o que queria. “Não tinha tempo para ir às lojas durante a semana e não encontrava nada online. Ali, identifiquei uma oportunidade, porque esta poderia ser a situação de milhares de consumidores”, conta.

Assim, em 2013 ela investiu R$ 1 milhão para criar a Montacasa. Para 2015, a empreendedora espera um faturamento de R$ 2 milhões, o dobro da receita obtida no ano passado. A loja online conta hoje com produtos de 30 marcas e tem em sua base de dados 250 mil usuários. O tíquete médio das compras fica em R$ 800.

Dar chances iguais às mulheres é bom para todos, diz CEO do Women's Forum


Para Jacqueline Franjou, discussão sobre igualdade de gêneros ganhou mais espaço

Fabiana Pires -
Jacqueline Franjou, CEO do Women's Forum (Foto: Divulgação)

 Jacqueline Franjou, CEO do Women's Forum (Foto: Divulgação)



Em 2005, um grupo de influentes mulheres francesas se reuniu para criar um evento que discutisse o papel da mulher na sociedade atual. As empresárias Aude de Thuin, Verónique Morali, Anne Lauvergeon, Laurence Parisot e Dominique Hériad Dubreuil queriam juntar opiniões de líderes homens e mulheres – tanto do setor público quanto privado – para identificar maneiras de aumentar a participação feminina no desenvolvimento da economia global e da sociedade. Nascia, então, o Women’s Forum for the Economy and Society.

Por meio de encontros globais e regionais, o Women’s Forum se tornou um dos mais importantes eventos para empreendedoras, executivas e líderes de todo o mundo. Em sua última edição, por exemplo, realizada em junho do ano passado, em Deauville, na França, o fórum discutiu como é possível usar a inovação para acabar com a desigualdade de gênero e o papel das leis na luta contra a discriminação. Entre as convidadas, estavam a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), a francesa Christine Lagarde, e a atriz mexicana Salma Hayek. 

O empreendedorismo feminino é tema da reportagem de capa de Pequenas Empresas & Grandes Negócios deste mês. Por isso, conversamos com a CEO do Women’s Forum, Jacqueline Franjou, para saber quais os últimos avanços na discussão sobre a igualdade de gêneros e como o perfil das empreendedoras mudou nos últimos anos.
 
A senhora vê mudança no perfil das mulheres empreendedoras ao longo dos últimos dez anos?

Nós recebemos muitas empreendedoras para o encontro global do Women’s Forum, em Deauville, na França, e em muitas outras cidades ao redor do mundo. É difícil falar sobre apenas uma mudança no perfil de tantas mulheres, mas algo que acompanho é o interesse cada vez maior pelos negócios de impacto social. Desde 2006, o Women’s Forum realiza uma competição internacional de planos de negócios (criada em 2006 juntamente com a Cartier, McKinsey & Company e a escola de negócios INSEAD) para identificar, apoiar e encorajar projetos de mulheres empreendedoras que tem algum impacto na sociedade. Começamos com apenas uma dúzia de finalistas em 2007. Em nosso último encontro, estavam concorrendo mais de 140 negócios que melhoram a vida das pessoas.
 
Quais as principais conquistas na luta pela igualdade feminina nos últimos anos? 

Dez anos atrás, nossa discussão focava na igualdade de gêneros. Queríamos procurar maneiras de incentivar mulheres a empregar outras mulheres, de dar a elas salários proporcionais aos recebidos pelos funcionários homens e permitir que mais mulheres avançassem para posições de liderança. Com toda a modéstia, eu poderia dizer que esse tipo de discussão – junto com o trabalho incansável de mulheres e homens ao redor do mundo, tanto na esfera pública quanto privada para mudar costumes, leis e mentalidades – levou a um maior entendimento de que dar às mulheres chances iguais nos negócios é bom para as empresas, bom para a sociedade e bom para todos. Mas é claro, eu não estou dizendo que nosso trabalho terminou. O Women’s Forum é mais vital do que nunca como uma plataforma de discussão sobre o papel da mulher na economia e na sociedade.
 
E o progresso já é visível neste sentido?

Eu vi recentemente os resultados de um estudo feito pela E&Y em que foram analisadas empresas que receberam aportes nos Estados Unidos. O estudo mostra progresso no número de startups com mulheres no time executivo: a quantidade triplicou de 5% para 15% entre os negócios analisados. Por outro lado, o estudo mostra também que 85% dos 6.793 negócios que receberam investimento entre 2011 e 2013 não tinham nenhuma mulher em seu time. Além disso, apenas 2,7% das companhias pesquisadas tinham uma mulher como CEO. E isso nos Estados Unidos, onde as empreendedoras são consideradas uma força na economia. O fato de que as mulheres CEO representam um percentual tão pequeno das companhias que receberam investimentos é realmente perturbador.
 
Você vê o empreendedorismo como uma boa maneira de empoderar mulheres?

Isso tudo depende da mulher e do contexto. Para algumas mulheres, é melhor trabalhar e lutar nas companhias em que estão para chegarem ao topo. Para outras, contudo, a melhor maneira de ter sucesso é começar pelo rascunho de um negócio. Uma das mais importantes iniciativas do Women’s Forum é o programa Rising Talents. Cada ano, convidamos 20 jovens empreendedoras para participar do nosso encontro mundial e fazer networking com mulheres que já passaram por esse programa e outras participantes do fórum. São mulheres que demonstraram uma coragem marcante em seus ambientes profissionais e também habilidade para assumir riscos e agir como catalisadoras de empresas e da comunidade.
 
Neste cenário, por que eventos como o Women’s Forum são tão importantes?

O conceito do fórum não é falar sobre um assunto específico, mas de trazer poder às mulheres para elas conseguirem superar as questões mais importantes da atualidade. Como empoderar as mulheres? Nós consideramos essa pergunta sob muitos aspectos, desde como atingir equilíbrio econômico até como fazer as instituições políticas assumirem mais responsabilidade sobre o tema em suas constituições. Tópicos como criar ecossistemas econômicos saudáveis para pequenas e médias empresas e trabalhar junto com a comunidade para administrar recursos naturais estão tipicamente na agenda de diversos eventos internacionais.


Empreendedora de 68 anos planeja levar franquia de bolos para os Estados Unidos

Com rápida expansão, os bolinhos de vó saem do Rio de Janeiro para o Brasil e, em breve, para o exterior

Por Priscila Zuini com Rennan A. Julio - 07/07/2015

Dona Alzira, dona da franquia Fábrica de Bolo (Foto: Divulgação)


Em 2007, durante o feriado de Páscoa, Alzira Ramos, aos 60 anos de idade, perdeu sua mãe. Triste por perder uma pessoa tão amada, Dona Alzira, como era conhecida, não conseguia ficar em casa sozinha. Fugindo do luto, aceitou o convite de sua amiga para um chá. Naquela tarde, comeu um bolo de iogurte com canela. “Qual é a receita desse bolo?”, perguntou, para depois testar em casa. Ali começava a Fábrica de Bolo, franquia que faz mais de 150 mil bolos por mês no Brasil inteiro.

“Meu marido Cláudio tinha um lugarzinho no bairro, onde vendia pipoca. Seu amigo trabalhava em um botequim do lado e os dois falaram para eu tentar vender uns pedaços de bolo por lá”, diz Alzira. 
No primeiro dia, todos foram vendidos em menos de duas horas. “No segundo já fui com três bolos. 

Foi um sucesso, todo mundo comeu”. Em poucos meses, Dona Alzira já estava fazendo de 20 a 30 bolos por dia. “Era bom porque ajudava a superar aquele sentimento triste”

No entanto, pouco tempo depois disso, ao perder o irmão, a boleira sentiu o pior dos baldes de água fria. “Foi muito ruim. Fiquei muito mal mesmo. Sempre dizia que Deus tinha me dado um pai, uma mãe e um irmão para cuidar de mim”, afirma.

E por morar no apartamento de seu irmão, Alzira logo teve que procurar opções para sobreviver. “Tinha um forno muito pequeno, eu realmente precisava de mais espaço. Aí decidi ir para a loja do meu marido, dividir tudo com ele. Fizemos uma obra e ficamos por lá.”

O local, no centro do Rio, era bastante movimentado. “A rua tinha delegacia e muito comércio. O pessoal sentia o cheirinho e a nossa loja enchia. Falei para o Cláudio desistir das pipocas de uma vez para me ajudar com os bolos”, diz Alzira. Em 2010, a pequena lojinha ganhou o primeiro letreiro "Fábrica de bolo".

“A fábrica começou a crescer e conseguimos juntar um bom dinheiro. Até abri uma poupança.” Com o dinheiro, a família Ramos decidiu investir em uma loja maior, no bairro da Tijuca – local onde Alzira trabalha até hoje.
 

O sucesso e as franquias


Com o aumento das demandas, a equipe de 15 funcionários não conseguia mais dar conta do atendimento. Em 2013, a Fábrica de Bolo Vó Alzira deu seu primeiro passo em direção ao mercado de franquias. Para dar forma ao projeto, foram necessários oito meses testando receitas. A ideia era conseguir uma fórmula de bolos que “mantivesse o sabor original”.

Bolo de coco com cobertura de leite condensado da Dona Alzira (Foto: Divulgação)

Com o pensamento focado em praticidade, Fábio Prata, consultor de franquias da empresa, tomou conta dessa mudança. “O Sr. Cláudio desenvolveu um mix especial, com 80% do padrão do bolo. 
Depois disso, a gente entrou no processo de criação da marca, profissionalizamos as equipes. Tudo isso sem perder a essência.”

Para Prata, a expansão das franquias aconteceu de maneira muito rápida. “Ultrapassamos as 100 lojas em menos de dois anos. Produzimos mais de 150 mil bolos por mês. É muito difícil replicar o carinho da Dona Alzira com os clientes, por isso, cobramos comprometimento dos nossos parceiros”, diz Prata, que também é franqueado da marca.
 

Para entrar na família


Quem quiser fazer parte da Fábrica de Bolo precisa desembolsar um investimento inicial de R$ 100 mil, em média. Além do dinheiro, os interessados devem saber que é necessário manter o estilo caseiro – além do bolo, é claro. “Quando desenhamos a primeira opção de franquia, parecia um Starbucks, todo moderno. Mas a Dona Alzira olhou o projeto e, de cara, perguntou onde estava o balcão de alumínio. Colocamos todo o projeto abaixo”, diz Prata.

Agora, os próximos desafios da empresa estão no crescimento. No projeto, duas metas: entrar no Estado de São Paulo pela primeira vez e levar o sabor de vó da Dona Alzira para os Estados Unidos. 

“Fizemos alguns testes na Flórida e o público parece ter aprovado. Vamos ver o que acontece”, disse Prata.

Com o sonho inimaginável da senhora de 68 anos alcançando terras estrangeiras, fica até difícil acreditar que Dona Alzira não come mais os bolos que faz. “É tanto bolo na nossa vida que a gente acaba enjoando. Do pessoal de casa, só a minha netinha ainda come. Mas é muito bom saber que faz sucesso quase no Brasil inteiro”, diz Alzira.

Loja que nasceu no Facebook alcança faturamento de R$ 750 mil


Clariça De Luca começou a negociar biquínis pela rede social. Depois, abriu um e-commerce e, agora, uma loja física

Por Adriana Fonseca - 13/07/2015
Clariça De Luca começou vendendo peças para suas amigas (Foto: Divulgação)

Apaixonada por biquínis, Clariça De Luca começou a vender algumas peças para suas amigas. No início, as vendas eram realizadas pelo Facebook e o Instagram, usando o WhatsApp para fechar os pedidos. Mas, com o aumento da procura, ficou difícil administrar e atender todo mundo. “Foi quando percebi que precisava montar um e-commerce e profissionalizar o meu negócio”, conta Clariça.

Assim, em 2014 ela investiu R$ 30 mil e fundou a loja virtual Ateliê Cla De Luca. “Como não tinha uma infraestrutura de pessoal e também de loja física, resolvi abrir um e-commerce pela facilidade do negócio e também por não saber o que iria acontecer”, conta a empreendedora.

Há dois meses, no entanto, Clariça deu mais um passo, desta vez fora da internet, ao inaugurar uma loja física no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. “O comércio online permanece em nosso DNA”, diz Clariça. “A ideia é uma plataforma complementar a outra.

Com a loja física, eu tenho a possibilidade de ter contato direto com as minhas clientes e elas, de experimentarem os produtos.

Além disso, a loja física funciona como uma loja conceito para lançar coleções e expandir a operação de atacado, utilizando o espaço como um show-room.”

Para montar a loja física, a empreendedora investiu cerca de R$ 80 mil e a expectativa é que o novo ponto de venda dobre o faturamento da empresa em 2015.

Neste ano, a meta é faturar R$ 750 mil, cerca de 25% a mais que em 2014.