A estimativa para a queda do PIB passou de 3,02%
para 3,05%, segundo o relatório semanal do BC
Por Agência Brasil
A
projeção de instituições financeiras para o encolhimento da economia este ano
passou por mais um ajuste. Desta vez, a estimativa para a queda do Produto
Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país,
passou de 3,02% para 3,05%, informou o boletim Focus, publicação semanal
elaborada pelo Banco Central (foto), com base em projeções do mercado
financeiro para os principais indicadores da economia.
A
expectativa de retração do PIB em 2016 também foi alterada: de 1,43% para
1,51%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve
apresentar retração de 7%, este ano. Em 2016, projeção de queda da indústria
ampliou-se de 1,5% para 2%.
Na
previsão das instituições financeiras, a recessão da economia vem acompanhada
de inflação acima da meta, este ano. A meta é 4,5%, com limite superior de
6,5%. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,85% para 9,91%.
Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite
superior, mas ainda distante do centro da meta, em 6,29%. Na semana passada,
essa projeção estava em 6,22%.
Para tentar
trazer a inflação para a meta, o BC tem mantido a taxa básica de juros (Selic)
em 14,25% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em
14,25% ao ano até o fim de 2015, mas essa projeção deve cair para 13% em 2016.
A projeção mediana (desconsiderando os extremos da estimativa) para o fim de
2016 é esperada em 13% ao ano.
A taxa é
usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a
produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Ao manter a
Selic, o BC indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir os
efeitos esperados na economia. O BC costuma dizer que os efeitos de elevação da
Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.
A
pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral
de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 8,42% para 10,11%,
este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou
de 8,34% para 9,59%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao
Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi
alterada de 9,66% para 9,86%, este ano. A projeção para a cotação do dólar, ao
final deste ano, foi mantida em R$ 4. Para o fim de 2016, a projeção está em R$
4,20.
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03/11/2015 |
12:53
Mercado volta a reduzir projeção do crescimento da economia para 2015
A estimativa para a queda do PIB passou de 3,02% para 3,05%, segundo o relatório semanal do BC
A projeção de instituições financeiras para o encolhimento da
economia este ano passou por mais um ajuste. Desta vez, a estimativa
para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e
serviços produzidos no país, passou de 3,02% para 3,05%, informou o
boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (foto),
com base em projeções do mercado financeiro para os principais
indicadores da economia.
A expectativa de retração do PIB em 2016 também foi alterada: de 1,43% para 1,51%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 7%, este ano. Em 2016, projeção de queda da indústria ampliou-se de 1,5% para 2%.
Na previsão das instituições financeiras, a recessão da economia vem acompanhada de inflação acima da meta, este ano. A meta é 4,5%, com limite superior de 6,5%. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,85% para 9,91%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 6,29%. Na semana passada, essa projeção estava em 6,22%.
Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015, mas essa projeção deve cair para 13% em 2016. A projeção mediana (desconsiderando os extremos da estimativa) para o fim de 2016 é esperada em 13% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Ao manter a Selic, o BC indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na economia. O BC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 8,42% para 10,11%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 8,34% para 9,59%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 9,66% para 9,86%, este ano. A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano, foi mantida em R$ 4. Para o fim de 2016, a projeção está em R$ 4,20.
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Na previsão das instituições financeiras, a recessão da economia vem acompanhada de inflação acima da meta, este ano. A meta é 4,5%, com limite superior de 6,5%. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,85% para 9,91%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 6,29%. Na semana passada, essa projeção estava em 6,22%.
Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015, mas essa projeção deve cair para 13% em 2016. A projeção mediana (desconsiderando os extremos da estimativa) para o fim de 2016 é esperada em 13% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Ao manter a Selic, o BC indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na economia. O BC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 8,42% para 10,11%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 8,34% para 9,59%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 9,66% para 9,86%, este ano. A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano, foi mantida em R$ 4. Para o fim de 2016, a projeção está em R$ 4,20.