terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Após gastar R$ 1 milhão em noitada, executivo deixa BTG


As noitadas eram tidas como comuns dentro do banco, e muitas vezes eram feitas para agradar clientes, contam pessoas próximas






São Paulo – Foram duas noites de baladas regadas a champanhe Dom Pérignon e tequila Patrón Magnum. Drinques caros em qualquer lugar do mundo, mas especialmente em Nova York. Se o ritmo da balada for o de “beber à vontade”, a conta pode chegar a R$ 1 milhão.

Esse é, pelo menos, o valor que o executivo Marco Gonçalves, um dos principais negociantes de fusões e aquisições do Brasil, na época no comando da área no banco BTG Pactual, teria gasto nos dias 10 e 11 de junho de 2016 na badalada boate Provocateur, na Big Apple.

E não pagou a conta, dizem os donos do clube. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o episódio custou o emprego do executivo, que deixou o banco na segunda-feira, 6.

A história veio à tona na semana passada, em uma reportagem do jornal New York Daily News. Nos últimos dias, não se falava em outra coisa nos escritórios da Faria Lima, avenida que abriga a maior parte dos bancos de investimento que atuam no Brasil.

Gonçalves teria alegado a amigos que estava contestando o valor, já que estaria na boate com quatro pessoas e seria impossível gastar tal montante. Já os donos da casa, em ação na Justiça, alegam que ele pagava bebidas para “inúmeras pessoas”.

Gastou US$ 208 mil na primeira noite e deixou o cartão de crédito em garantia. Na noite seguinte, foram mais US$ 131 mil. Como o cartão foi recusado, o executivo teria assinado nota promissória, se comprometendo a pagá-la até dezembro.

Em nota à imprensa brasileira, Gonçalves disse desconhecer os fatos e que não tinha pendência com o estabelecimento.

 

Estilo


No mercado, Gonçalves era conhecido por “jogar pesado” para fechar negócios. “Ele é alguém que você quer do seu lado na mesa de negociação”, diz um ex-colega.

“Não importa quão complexa era a operação, ele criava estruturas perfeitas para fazer o negócio ficar de pé.”

Segundo fontes, era um dos maiores geradores de resultados do banco, mas arrumava atritos com outros sócios.

Não deixou, por exemplo, que ações das empresas de Eike Batista fossem dadas como pagamento de operação feita pelo BTG.

De sua vida pessoal poucos sabem, mas Marcão tem um passado ligado à religião. No banco, era conhecido pelo temperamento forte, mas também por ser piadista.

As noitadas eram tidas como comuns e muitas vezes eram feitas para agradar clientes, contam pessoas próximas.

Procurado, o BTG não comentou. O executivo não retornou os contatos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Açúcar inicia ano com ritmo forte de exportações



Enquanto a soja está em começo de colheita e o volume da oleaginosa é limitado, açúcar e carnes reinam no saldo da balança comercial.

No mês passado, as exportações com açúcar subiram 121%, somando US$ 955 milhões. Esse é um setor que deverá crescer em volume e em receitas nas exportações deste ano.

As usinas devem enviar pelo menos 48% da cana para a produção de açúcar na safra 2017/18, segundo estimativas da consultoria Datagro, um percentual superior ao de 2016/17.

Em janeiro, as usinas colocaram 2,22 milhões de toneladas de açúcar bruto e refinado no mercado externo. O volume foi 48% superior ao de igual mês de 2016, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento.

As carnes também iniciam o ano em bom ritmo. O setor de suíno, repetindo o desempenho do ano passado, já obteve uma evolução de 40% no volume do primeiro mês, em relação a igual período de 2016.
 
As carnes bovina e de frango tiveram aumento médio de 13% neste início de ano no volume exportado, em relação a janeiro do ano passado.
 
As receitas dos três tipos de carne (suína, bovina e de frango) somaram US$ 1 bilhão, 31% mais do que no início do ano passado.
 
A liderança fica com a carne de frango, cujas exportações atingiram US$ 525 milhões. Os dados do Ministério do Desenvolvimento referentes às carnes incluem apenas as receitas e o volume com os produtos "in natura".
 
A partir deste mês, quando o ritmo de colheita de soja avançar, a oleaginosa deverá retomar a liderança da balança comercial brasileira, superando até petróleo e minério de ferro, os dois mais bem colocados no mês passado.
 
As exportações de petróleo renderam US$ 1,76 bilhão, acima do US$ 1,62 do minério de ferro.
MILHO
 
Uma das baixas da balança comercial deste início de ano é o milho. Em janeiro do ano passado, quando o dólar era favorável e o cereal brasileiro estava bastante competitivo no mercado externo, as exportações somaram 4,4 milhões de toneladas. Neste ano, recuaram para 1,45 milhão.
 
Apesar do aumento da produção em 2017, as exportações de milho não devem repetir o recorde de 2015, quando saíram próximo de 30 milhões de toneladas do país.
 
O dólar já não está tão favorável, e a melhora dos preços nos dois últimos anos permitiu uma evolução de produção também em outros concorrentes do Brasil, como a Argentina.
 
Os Estados Unidos, tradicionalmente os líderes mundiais em produção, também obtiveram boa safra .

(Folha de S.Paulo )

ABIMAPI Apoia Exportações

Associados da ABIMAPI Exportaram US$ 58 milhões

    

 


ABIMAPI Apoia Exportações

 A marca de US$ 58 milhões em exportações de massas, biscoitos, pães e bolos industrializados, em 2016, deve ser superada e atingir US$ 62 milhões este ano. É o que afirma Claudio Zanão, presidente executivo da ABIMAPI, entidade que representa esses setores. Em entrevista exclusiva ao Portal Giro News, Zanão explica que as empresas associadas, representam 56% das exportações dessas três categorias. 

De olho na retomada de exportações para a Argentina, e na consolidação de negócios com os Estados Unidos, as empresas de massas, pães e biscoitos, tem a China como um alvo a ser conquistado para parceira comercial."No ano passado, os EUA foi o nosso grande mercado consumidor. A gente está de olho novamente na Argentina, que tem um novo governo e nova linha de trabalho. Esperamos uma definição do México, também, que poderá enfrentar alguns entraves em seus negócios com os Estados Unidos", afirma Zanão.


Mercado Interno e Externo


  Outro objetivo é renovar a parceria com a APEX-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, que já existe há 15 anos e promove 40 empresas que representam cerca de 70% das exportações nacionais destinadas a mais de 80 países nos cinco continentes. 

"Estamos na feira em Colônia, na Alemanha, com 10 empresas, prospectando novas oportunidades. Esperamos fazer negócios na base de US$ 5 milhões e prospectar coisas para o futuro também, mas o projeto com a APEX se encerra. Então, a primeira missão é assinarmos um novo convênio para 2017 e 2018. Acho que conseguiremos por causa dos nossos resultados. O fato de termos superado as metas, nosso setor ,vai muito bem, obrigado' na exportação e talvez a gente consiga até mais verbas da APEX, para participar ainda mais do mercado externo", explica Zanão.


Capacitação e Expectativas


  "Nós temos convencido nossos associados a participarem de um curso de Comércio Exterior da ESPM - Escola Superior de Propaganda Marketing, para terem mais profissionalismo nas ações", informa o presidente da ABIMAPI, esclarecendo que a parceria com a ESPM, tem rendido bons frutos. Em relação às perspectivas para este ano, Zanão vislumbra crescimento: 

"O volume de negócios para este ano vai depender da superação da crise. A gente espera buscar um crescimento maior. Se nosso país melhorar a situação até o segundo semestre, conseguiremos buscar um crescimento em torno de 5% a 10%. Isso porque o Brasil está  brigando com macarrão italiano e biscoito inglês, por exemplo. A briga é boa e nós estamos dentro dela", finaliza.

http://www.gironews.com/informacoes-de-fornecedores/abimapi-apoia-exportacoes-41176/

Viver protocola 17 planos de recuperação judicial


O plano é formado por 17 propostas, já que a empresa foi impedida de fazer uma consolidação da dívida da holding e de todas as SPEs




São Paulo – A incorporadora Viver, com dívida de R$ 1,0 bilhão, protocolou seu plano de recuperação para os credores.

O plano é formado por 17 propostas, dado que a companhia foi impedida de fazer uma consolidação substancial da dívida da holding e de todas as Sociedades de Propósito Específico (SPEs).

Na proposta principal, está o plano para a holding e os 48 empreendimentos imobiliários sem patrimônio de afetação instituído, enquanto as demais 16 propostas são específicas para cada um dos projetos com patrimônio de afetação.

Entre seus maiores credores, estão os bancos Bradesco, Santander e Panamericano.

No plano principal, a companhia propõe um aumento de capital mediante emissão de novas ações, com direito de preferência aos atuais acionistas.

Já as ações que não forem subscritas serão direcionadas aos credores subscritores. O preço de emissão das novas ações será de R$ 1,98, fixado com base na cotação de fechamento dos últimos 30 pregões. O aumento de capital, porém, fica condicionado à aprovação do plano.

No caso da reestruturação das dívidas, o plano prevê novos prazos, valores e condições. Os créditos com garantia real serão pagos integralmente, sem desconto, mediante dação em pagamento do ativo que foi oferecido em garantia ao respectivo credor. No entanto, todos os custos, despesas e impostos de qualquer natureza serão de responsabilidade do credor.

Os créditos quirografários, exceto os credores adquirentes (compradores de imóveis), serão capitalizados no âmbito do aumento de capital da holding, com a sua conversão nas novas ações. Será considerado o seu valor de face no dia do pedido, sem qualquer redução ou desconto.

Os compradores de imóveis da Viver serão divididos em duas turmas. Aqueles que quiserem permanecer com o imóvel deverão quitar o saldo remanescente e abdicar de ações na justiça.

Nesse caso, a Viver deduzirá do saldo remanescente valores de mora e multa, além de desconto de 10% no preço da unidade.

Já os consumidores que optaram pela rescisão do negócio receberão de volta 90% do valor originalmente pago, mas não serão reembolsados os valores pagos a título de comissão de corretagem.

As dívidas trabalhistas até o limite de cinco salários mínimos por credor serão pagos em 30 dias corridos após a homologação do plano.

O saldo remanescente de dívidas trabalhistas até o limite de R$ 600 mil será pago integralmente, sem desconto, em parcela única, após 12 meses. Já os valores acima de R$ 600 mil serão pagos com imóveis disponíveis no estoque da incorporadora.

Nos demais planos de recuperação protocolados pela Viver, referentes às SPEs com patrimônio de afetação, as condições variam de acordo com o projeto.

No geral, a companhia propõe o pagamento aos credores com imóveis ou recebíveis. Em alguns planos, ela ainda sugere descontos entre cerca 40% e 70% do valor de face dos créditos.

Nos documentos publicados nesta manhã na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Viver afirma que o plano busca honrar os seus pagamentos, preservar as operações da companhia, com vistas ao desenvolvimento de novos projetos futuramente.
 
 

Infelicidade econômica do brasileiro pode despencar em breve


A soma de desemprego e inflação, chamada de "taxa de desconforto", explodiu desde 2014 mas está voltando a cair, nota Banco Fibra





São Paulo –  O índice de “miséria” ou “infelicidade” (a soma das taxas de desemprego e inflação), também chamado de “taxa de desconforto”, deve recuar fortemente nos próximos meses no Brasil.

A avaliação foi feita em um relatório divulgado ontem pelo Banco Fibra e assinado por seu economista-chefe Cristiano Oliveira.

Esse processo já começou nos últimos meses de 2016, quando a inflação recuou mais intensamente e acabou fechando o ano em 6,29%, abaixo do teto da meta.

O relatório nota o “considerável número de surpresas inflacionárias baixistas que foram favorecidas pelo comportamento benigno da inflação de alimentos e também pela recessão que impactou principalmente os preços do grupo dos serviços cíclicos”.

O último Boletim Focus projeta IPCA de 4,64% em 2017, já muito próximo do centro da meta (4,5%). Os números de janeiro serão divulgados pelo IBGE amanhã.

Já o desemprego continua subindo: foi de 9% para 12% entre o final de 2015 e o final de 2016, segundo os últimos dados da PNAD Contínua. O país tem 12 milhões de desempregados.

Mas a previsão do Fibra é que a taxa comece a recuar de forma sustentada a partir do segundo trimestre do ano.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, chegou no seu maior nível desde maio de 2010.

Mas outros analistas preveem que a taxa de desemprego só volte a recuar no segundo semestre, já que há uma janela de tempo entre a retomada da atividade e a necessidade de contratar.

Veja no gráfico a estimativa do Banco Fibra para a evolução do Índice de Miséria até 2019:

Índice de Miséria
“Julgamos que se nossa estimativa estiver correta, coeteris paribus [todo o resto inalterado], a popularidade do governo Temer estará em alta em 2018, ano eleitoral”, diz o relatório.

Vale notar que as previsões do Fibra são um pouco mais otimistas do que a média do mercado: crescimento de 1% em 2017 e 3,5% em 2018, contra 0,49% e 2,25% na previsão do Focus.


Índice


O “índice de infelicidade” (misery index, em inglês) foi criado nos anos 60 pelo economista americano Arthur Okon, que chefiou o Conselho Econômico da Presidência na administração de Lyndon Johnson.

Estudos posteriores mostraram uma correlação forte entre o índice de infelicidade e a popularidade de presidentes. Um trabalho de Chor Foon Tang e Hooi Hooi Lean encontrou uma relação também com aumento da criminalidade.

Roberto Barro, um economista de Harvard, fez uma nova versão do índice em 1999, incluindo taxas de juros e o desvio do crescimento do PIB (positivo ou negativo) em relação a taxa média.

Em 2001, Rafael Di Tella, Robert J. MacCulloch e Andrew J. Oswald se basearam em pesquisas de felicidade em 12 países europeus e os EUA para concluir que as pessoas se incomodam mais com o desemprego do que com a inflação.

“As estimativas sugerem que as pessoas trocariam um aumento de 1 ponto percentual na taxa de desemprego por um aumento de 1,7% na taxa de inflação”, escrevem.
 

China terá sua primeira floresta vertical (e ela será incrível)



Colosso verde composto por duas torres terá 1100 árvores de 23 espécies locais, além de 2500 plantas e arbustos




São Paulo – No país onde o céu é o limite para a construção civil, uma floresta vertical está ganhando vida. O colosso verde é o primeiro do tipo na China e em toda a Ásia.

Ele está sendo erguido na cidade chinesa de Nanjing e será composto por dois edifícios estilizados que trarão em suas fachadas 1100 árvores de 23 espécies locais.

Outras 2500 plantas e arbustos em cascata cobrirão uma área de 6.000 metros quadrados, uma verdadeira floresta vertical que ajudará a regenerar a biodiversidade local.

 
Nanjing Green Towers: projeto será composto por duas torres repletas de verde.
Nanjing Green Towers: projeto será composto por duas torres repletas de verde. (Stefano Boeri/Reprodução)

O projeto, chamado de Nanjing Green Towers, é assinado pelo arquiteto italiano Stefano Boeri, que já projetou duas torres semelhantes em Milão, na Itália, conhecidas como Bosco Verticale, e outras duas em desenvolvimento em Lausanne, na Suíça.

Segundo o arquiteto, a floresta vertical de Najing proporcionará uma absorção de 25 toneladas de CO2 por ano e produzirá cerca de 60 kg de oxigênio por dia. Um sopro de ar fresco para uma cidade onde o índice de qualidade do ar comumente beira o “insalubre”.

As torres terão respectivamente 199 e 107 metros. A mais alta vai abrigar escritórios, um museu, um clube no terraço e uma escola de arquitetura sustentável. A menor abrigará uma piscina na cobertura e um hotel Hyatt com 247 quartos. O projeto deverá ficar pronto até 2018.

Stefano Boeri tem planos para construir estruturas semelhantes em outras cidades chineses, como Chongqing, Shijiazhuang, Liuzhou, Guizhou e Xangai.

Brasil pede à Argentina inclusão do açúcar no acordo do Mercosul

O assunto estará na pauta do encontro entre o presidente brasileiro, Michel Temer, e o argentino, Mauricio Macri.

O Brasil vai pedir que a Argentina aceite incluir o açúcar no acordo do Mercosul, para que o produto possa fazer parte das negociações entre o bloco econômico sul-americano e a União Europeia, disse nesta segunda-feira (6) o ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi (Foto).

O assunto estará na pauta do encontro entre o presidente brasileiro, Michel Temer, e o argentino, Mauricio Macri, na terça-feira (7) em Brasília.

 
Segundo Maggi, até o momento o açúcar não está presente no acordo do Mercosul, que busca eliminar barreiras comerciais entre os países membros, porque argentinos temem uma avalanche de açúcar barato na Argentina, prejudicando a produção local.
 
"Nós demos garantias a eles que não vamos invadir o mercado argentino", afirmou Maggi a jornalistas, após um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
 
O ministro disse que a inclusão na lista de produtos do Mercosul é essencial para que o açúcar possa ser incluído nas discussões em andamento de um acordo bilateral entre Mercosul e União Europeia.
 
Desde o surgimento do Mercosul, em 1991, as negociações do setor açucareiro estão de fora da integração econômica e tarifária do bloco, ficando o açúcar como uma exceção ao livre comércio dentro do bloco.
 
O presidente do Centro Açucareiro, uma associação de empresas do setor na Argentina, Enrique Nogues, não ouviu falar sobre nenhum acordo para a inclusão, mas opõe-se à ideia.
 
"Pode ser que os funcionários brasileiros façam um pedido, mas estimamos que não haverá nenhuma mudança", afirmou o executivo, destacando que qualquer alteração de regras teria que ser aprovada pelo parlamento argentino.
 
Uma fonte do ministério de Agricultura da Argentina disse à Reuters que "não há nada firme" sobre a inclusão do açúcar no acordo do Mercosul.
 
"O tema do açúcar é de interesse do Brasil, que pode ser solicitado por equipes técnicas, mas não se avançou neste sentido", disse.
 
O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar, com vendas externas da ordem de 27 milhões de toneladas, segundo o USDA. Já a Argentina é o décimo maior exportador global, com 550 mil toneladas na temporada 2016/17 

(Reuters, 6/2/17)