quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Acionistas pedem que Zuckerberg deixe presidência do conselho

 

Como Zuckerberg acumula o cargo de chairman e CEO, a companhia tem um alto risco de governança

 






 
 


São Paulo – Um grupo de acionistas do Facebook apresentou um pedido para que o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, seja afastado do cargo de presidente do conselho.
 
Em um documento, os acionistas argumentam que, como Zuckerberg também ocupa o cargo de CEO desde 2012, a acumulação das funções prejudica a governança da companhia.

Hoje, o risco de governança da rede social é 10, o mais alto da escala feita pelo Institutional Shareholder Services (ISS).

Os acionistas fazem parte do grupo SumOfUs, que responsabiliza organizações pelos seus papéis em questões como direitos humanos e mudanças climáticas.

Segundo eles, a presidência do conselho deve ser ocupada por um membro independente do conselho. Caso esse membro deixe de ser independente, o documento sugere a criação de uma regra para que um novo membro seja escolhido para ocupar a presidência do conselho em até 60 dias.

O documento cita o antigo presidente do conselho da Intel, Andrew Grove: “Se o CEO é um funcionário da empresa, ele precisa de um chefe e esse chefe é o conselho. O chairman comanda o conselho. Como o CEO pode ser seu próprio chefe?”

A independência do conselho, alegam, é necessária depois da decisão da diretoria de aprovar uma nova estrutura de capital.

No ano passado, Zuckerberg anunciou que iria transferir 99% de suas ações para a Chan Zuckerberg Initiative, instituição que ele controla com sua esposa, e mais tarde doar esta fortuna para a caridade.

No entanto, para continuar com poder de voto mesmo tendo transferido suas ações, Zuckerberg criou uma nova classe de acionistas.

Por isso, diz o documento, um conselho independente é o primeiro passo para que todos os acionistas tenham representação nas decisões da empresa.

Além disso, os acionistas argumentam que “uma liderança independente do conselho seria particularmente construtiva no Facebook, já que nossa companhia enfrenta críticas crescentes a respeito do seu papel na promoção de notícias falsas, censura, discursos de ódio e inconsistências na aplicação das diretrizes e políticas de conteúdo da comunidade do Facebook, propagandas direcionadas baseadas na raça, colaboração com o reforço da lei e outros agentes governamentais e apelos à responsabilidade em relação aos impactos das práticas do Facebook nos direitos humanos”.


Em meio à Lava Jato, Itaú ficou mais conservador, diz Setubal


Na esteira das investigações, que atingiram grandes empresas do país, o banco achou por bem reforçar o seu time de compliance



São Paulo – Na esteira da Operação Lava Jato, que culminou na prisão dos comandantes de algumas das maiores empresas do país – e em perdas reconhecidas pelos bancos em seus balanços, por conta da inadimplência dessas mesmas companhias – o Itaú achou por bem ampliar o seu time de compliance.

A área, dedicada a identificar e investigar possíveis condutas irregulares, foi a única que cresceu dentro do banco em 2016.

“O que aconteceu com isso tudo é que a gente ficou ainda mais rigoroso (na concessão de crédito)”, disse Roberto Setubal, presidente do Itaú-Unibanco, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira em São Paulo.

De acordo com ele, o objetivo é prevenir que a instituição acabe sendo usada para lavagem de dinheiro, apesar de nenhum problema desse tipo ter sido identificado internamente. O executivo creditou o reforço não apenas à Lava Jato, mas “ao ambiente mais complexo que a gente está vivendo”.

Lucro em queda e retomada

 

O Itaú teve um lucro líquido de 21,6 bilhões de reais no ano passado, queda de 7,4% ante 2015. No último trimestre, os ganhos líquidos foram de 5,5 bilhões, recuo de 2,7% na comparação anual.

Porém, o resultado líquido recorrente, que exclui eventos extraordinários, chegou a 5,81 bilhões, número 1,7% maior do que o registrado 12 meses antes.

O lucro anual do Itaú não encolhia desde 2012. A retração já era esperada e foi atribuída, principalmente, ao aumento das despesas de provisão para devedores duvidosos (PDDs).

As reservas para cobrir calotes somaram 26,15 bilhões de reais em 2016, um aumento de 9,7% frente a 2015.

Ao longo de 2017, essas provisões devem ser reduzidas, de acordo com Setubal, já que a inadimplência está em queda.

O índice de atrasos para dívidas vencidas acima de 90 dias fechou em 3,4% em dezembro, ante 3,9% em setembro. Os calotes diminuíram em todos os segmentos, tanto para pessoas físicas quanto para grandes e pequenas empresas.

“A notícia boa é exatamente essa”, frisou o executivo.

A tendência é que os números continuem a melhorar, no embalo do ambiente macroeconômico. O Itaú prevê um crescimento de 1% no PIB neste ano, ante uma expectativa de retração de 3,4% em 2016.

“A gente está cautelosamente otimista como o ano de 2017”, disse Setubal. Ele aposta num cenário externo favorável, vê os cortes na taxa Selic com bons olhos e acredita que as pessoas e empresas vão reduzir suas dívidas durante este ano.

Também diz que o banco “com certeza” vai acompanhar a queda taxa básica e reduzir os juros cobrados dos clientes.

Conservador


Os empréstimos concedidos pelo Itaú (incluindo avais, fianças e títulos privados como debêntures) chegaram a 598,4 bilhões de reais em 2016, um recuo de 11% frente ao ano anterior. É o resultado mais conservador dentre os apresentados até agora.

No Santander, a carteira de crédito expandida encolheu 2,5% em 12 meses, atingindo 322,78 bilhões de reais. No Bradesco, os financiamentos aumentaram 8,6%, para 515,0 bilhões, considerando a consolidação do recém-adquirido HSBC.

Nas projeções oficiais, o Itaú considera a possibilidade de que sua carteira diminua ou cresça 2% em 2017, mas Setubal disse que espera que os empréstimos comecem a se expandir em função do provável aumento da demanda.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do Itaú, indicador que mede como um banco remunera seus acionistas, foi de 19,8% em 2016. No Santander, o retorno ficou em 17,6% e, no Bradesco, em 13,3%.

Após polêmica com Trump, 200 mil pessoas abandonam o Uber nos EUA


O boicote veio depois que o CEO Trevis Kalanick aceitou um convite do presidente para integrar sua equipe de conselheiros econômicos

 


Se você não pode vencê-los, junte-se a eles. É isso que diz a máxima popular, e foi isso que o CEO da Uber, Trevis Kalanick, disse ao aceitar um convite do novo presidente Donald Trump para ser parte de um conselho de assessores econômicos da Casa Branca.

“Desde a fundação do Uber nós precisamos trabalhar com governos e políticos de várias orientações em dezenas de países “, disse Kalanick, justificando a medida em seu blog.

“Em alguns casos, nós tivemos que nos erguer e lutar para progredir, em outros, nós mudamos as coisas com persuasão e argumentação.”

A opinião pública do Vale do Silício, porém, não está em clima de conversa diplomática depois das medidas anti-imigração anunciadas por Trump na última semana — que incluem a suspensão temporária da entrada de pessoas de sete países árabes de maioria muçulmana nos EUA. Funcionários do Facebook, do Google e do Twitter, que dependem de mão de obra qualificada de outros nacionalidades, já organizaram protestos contra a política de segurança do novo morador da Casa Branca.

E no último domingo (5), Microsoft, Apple e outras 100 empresas de tecnologia — inclusive o próprio Uber — assinaram um documento oficial afirmando que o decreto presidencial “inflige um dano significativo aos negócios, à inovação e ao crescimento norte-americanos.”

A pressão sobre Kalanick, cujo meio de campo não agrada seus colegas mais radicais, aumentou ainda mais após um grande protesto surgir sem organização prévia no aeroporto internacional J.F. Kennedy, em Nova York, durante a libertação de dois refugiados iraquianos que haviam sido detidos ao tentar entrar no país.

Em solidariedade aos manifestantes, que segundo o New York Times chegaram às centenas ao longo dia, o sindicato dos taxistas da cidade autorizou a interrupção dos serviços no aeroporto entre as 6:00 e 7:o0 da noite do dia 28 de janeiro, um sábado.

O Uber teria aproveitado a deixa para subir as próprias tarifas e se aproveitar da situação, dizem alguns — citando um tweet publicado às 7:30, meia hora após o fim do protesto dos taxistas, em que o aplicativo afirmava ter desligado a função “surge pricing”, que aumenta as tarifas em locais de alta demanda.

Outros afirmam que, na verdade, a função foi desligada justamente para a empresa parecer “boazinha” e ganhar publicidade gratuita com a manifestação — mas que na hora em que as tarifas baixaram, já era tarde demais e os taxistas haviam voltado ao trabalho, o que escancarou a farsa.

Qualquer que seja a linha de raciocínio, o fato é que a medida foi considerada oportunista por opositores de Trump, e foi o gatilho para a campanha #DeleteUber, que, segundo o New York Times, já fez com que 200 mil pessoas abandonassem o aplicativo.

Diante da polêmica, na última quinta Kalanick desistiu de sua posição de conselheiro de Trump, confirmada desde dezembro do ano passado, mas que não tinha vindo à tona antes do caso de Nova York.

“Há muitas maneiras de lutar por mudanças nos decretos de imigração, e minha presença no conselho ficaria no caminho disso”, afirmou o CEO aos seus funcionários.

A medida, que deve melhorar a reputação do Uber no Vale do Silício, veio acompanhada do anúncio da criação de um fundo de 3 milhões de dólares para ajudar imigrantes e refugiados que dirigem para o aplicativo.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Superinteressante.

Momento é de fazer a travessia para avanços sociais, diz Padilha


Na avaliação do ministro da Casa Civil, apesar dos ajustes necessários, o Brasil já dá sinais de que está no rumo certo

 





Brasília – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou na manhã desta quarta-feira, durante solenidade de um ano dos programas “Uma Ponte para o Futuro & Travessia Social”, que a macroeconomia do País já está bem encaminhada, assim como os esforços para a área da microeconomia, por isso o momento é de fazer a travessia para os avanços sociais.

“Temos que gerar 12 milhões de empregos, temos de resolver a questão da segurança de nossas cidades e temos de resolver o sistema de saúde que está deixando também muito a desejar. Essas são três prioridades absolutas”, disse Padilha.

Ao falar dos problemas na área da segurança pública, como os que ocorreram em presídios do País e agora no Espírito Santo, Padilha falou da preocupação do brasileiro com a segurança e citou que Temer incluiu na pasta da Justiça essa área, não para fazer as atribuições que são pertinentes aos próprios Estados, mas para estar presente na ajuda que for necessária.”Temos convicção de que estamos trilhando o caminho certo”.

Na solenidade de um ano dos programas, o ministro da Casa Civil disse que com o ponte para o futuro, o governo Temer lançou as premissas da base de todas as reformas.

“O nosso governo, aliás, é um governo de reformas. Daí porque agora consolidadas as bases da macroeconomia e da microeconomia, vamos fazer a travessia do social, temos que gerar 12 milhões de empregos, temos de resolver a questão da segurança de nossas cidades e temos de resolver o sistema de saúde que está deixando também muito a desejar. Essas são três prioridades absolutas.”

Na avaliação de Padilha, o Brasil já dá sinais de que está no rumo certo. “A Bolsa de Valores está em torno de 66 mil pontos, os juros estão caindo vertiginosamente, devemos ter este ano juros de um dígito, a inflação deve ficar abaixo do centro da meta e já temos sinais de retomada da economia em várias localidades do Brasil. Estamos saindo da maior crise recessiva da história do País. E, agora com as premissas da travessia social, vamos garantir emprego, segurança, saúde e educação”, destacou.


Anvisa proíbe produtos com duas sementes para emagrecimento


O consumo destas sementes está associado a mortes ocorridas em Campo Grande, São Luiz e um terceiro caso ainda está em apuração em Santos

 




A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje (7) resolução na qual proíbe, em todo território nacional, a fabricação, a comercialização, a distribuição e a importação de Noz da Índia (Aleurites moluccanus) e do Chapéu de Napoleão (Thevetia peruviana) em medicamentos, alimentos ou qualquer forma de apresentação ao consumidor.

As duas sementes são usadas para emagrecimento, com propriedades laxativas. Saiba mais: 15 dicas de nutricionista para você emagrecer.

O consumo destas sementes está associado a mortes ocorridas em Campo Grande (MS), São Luiz (MA) e um terceiro caso ainda está em apuração em Santos (SP). A decisão foi tomada após evidências de toxicidade do produto.

Além da proibição, a agência reguladora determinou o recolhimento de todo o estoque existente no mercado brasileiro.

A medida sanitária proíbe também a divulgação, em todos os meios de comunicação, de medicamentos e alimentos que apresentem estes insumos.

O produto também é conhecido por Nogueira de Iguape, Nogueira, Nogueira da Índia, Castanha Purgativa, Nogueira-de-Bancul, Cróton das Moluscas, Nogueira Americana, Nogueira Brasileira, Nogueira da Praia, Nogueira do Litoral, Noz Candeia, Noz das Moluscas e Pinhão das Moluscas.

A decisão da Anvisa foi baseada em nota técnica emitida pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Estado do Mato Grosso do Sul, após casos de intoxicação pelo uso da “Noz da Índia”.

A resolução inclui a proibição da distribuição e o uso da planta “Chapéu de Napoleão” ou “jorro-jorro”. Essas sementes, quando ingeridas, também são tóxicas e seu uso é proibido em diversos países.

Até o momento, a Anvisa não registrou contestações a respeito da proibição.

Na Páscoa, Nestlé volta aos anos 80 com a linha “Surpresa”


Head-phones, ovos triplamente trufados e versões gigantes do produto serão destaques das empresas de chocolate para a Páscoa 2017



Procurar ovos de chocolate, comer doces com a família e perseguir as “patinhas de coelho” são algumas das doces lembranças que vêm à tona ao se lembrar da Páscoa. Certamente, é com o desejo de renovar estas boas memórias que pais, filhos e pessoas queridas transformaram a troca de ovos em uma tradição no Brasil. Não por acaso, o país possui a maior Páscoa do mundo com 14,3 mil toneladas de chocolate preparadas só para a data.

Com base nesse comportamento , as indústrias de chocolate a cada ano desenvolvem comunicação e produtos pensados para esta época. “Para a edição deste ano, serão cerca de 120 lançamentos e a certeza de que o consumidor também encontrará os ovos das marcas favoritas. Com isso, a lembrança de bons momentos e alegria na tradicional troca de presentes está garantida”, destaca Afonso Champi, vice-presidente de chocolate da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau Amendoim (Abicab).

Para mostrar ao mercado o que os players da indústria de chocolate preparam, ocorre anualmente o Salão de Páscoa. A edição de 2017 rolou no HoteTivoli – Mofarej e reuniu Arcor, Cacau Show, Brasil Cacau, Ferrero, Garoto, Kopenhagen, Lacta, Nestlé e Village. Confira abaixo o que cada uma delas preparou para a Páscoa:

Arcor

Brinquedos de Páscoa da Arcor

Para a marca, a Páscoa não é época só de coelhinhos e ela continuará tendo a pequena tartaruga como estrela. Serão vários formatos de ovo com ela como protagonista, entre eles, o relançamento do modelo com headphone. Além disso, a empresa também adquiriu a licença da animação Moana da Disney e disponibilizará acquacopos dentro do ovo da princesa polinésia.

Cacau Show

Dreams, da Cacau Show

A Cacau Show mantém sua busca por ser uma empresa democrática. “Somos uma marca que traz, muitas vezes, o consumidor que nem pensava em comprar, pois acha que marcas especializadas são caras e se surpreende com nossos atrativos. Por isso, além de campanha em diversas mídias, apostamos muito no PDV”, conta Monica Ogawa, diretora de comunicação. Este ano, a marca mantém promoções e seu chocolate trufado triplamente como carros-chefe.

Brasil Cacau

Ovos de Páscoa da Brasil Cacau

À procura de popularizar e tornar acessível chocolates premium, a marca subsidiaria da Kopenhagen traz o preço justo como sua principal bandeira. Em suas lojas, é possível comprar linhas populares como a Dona Benta e Gato Mia, com diversas opções de preço que se iniciam ao piso de R$ 15 e chegam até o teto de R$ 60, em média. Além disso, licenciamentos de desenhos como Gumball e Hora da Aventura garantem a diversão – não só – da garotada.

Ferrero

Ovos de Páscoa Ferrero

O grupo italiano vem às prateleiras com um PDV que reforça as surpresas trazidas em seu ovos e quer uma aproximação maior da Ferrero com o público. No digital, a linha de bombons traz um novo episodio de Gio Recebe, série em que Giovana Antonelli dá dicas para um almoço especial. Nas lojas, chefs mostram como a famosa receita é feita. Outra novidade, é que chegará ao Brasil o Grand Ferrero Rocher, opção em tamanho gigante do conhecido produto.

O Rocher está numa fase de reposicionamento, de sair daquele contato um pouco frio e se aproximar mais do consumidor. Procurando trazer informações relevantes ao público local com dicas que tenham mais a ver com sua vida, por isso trazemos pela primeira vez um episódio de Gio Visita com produção nacional – Fabio Pessoa , gerente de marketing.

Garoto

Ovos de Páscoa Garoto

A experiente Garoto chega à páscoa com o simples e eficaz. Reforça suas principais marcas: Baton e Talento. Traz ovinhos lúdicos com o sabor de Baton e refaz os sabores que a empresa relança este ano. A empresa continua apostando no PDV, onde os shoppers tendem a tomar a maioria de suas consolidação de compras.

Kopenhagen

Ovos de Páscoa da Kopenhagen

Com 58 produtos oferecidos nesta Páscoa, a marca de chocolates finos do Grupo CRM irá manter destaque na linha Lingua de Gato, queridinha entre seus consumidores, ela virá em diferentes tamanhos e sabores. Esse ano toda a campanha ta focado em língua de gato pq temos a versão trufada, em comunicação eh trababalhar em digital, TV e PDV – Renata Moraes Vichi

Lacta

Ovo de Páscoa Oreo, da Lacta

A marca do Grupo Mondeléz no Brasil é a maior vendedora de chocolates do Brasil há décadas e pretende manter sua posição mais uma vez. – Este ano iremos continuar com produtos consagrados como Sonho de Valsa e traremos o Bis Oreo que é uma sabor que tem grande aceitação. Além disso, manteremos a magia da Vila dos Coelhos nos pontos de vendo e reforçaremos os rituais da Páscoa com campanhas integradas no on/off- explica Ricardo Reis, gerente de marketing

Nestlé

nestle
(Divulgação)

Se a Páscoa é um momento de nostalgia, a gigante suíça foi lá nos anos 80 trazer a sua aposta para 2017. Na onda dos flashbacks daquela década que estende de videogames a séries, a empresa relança a linha Surpresa, famosa por trazer brindes colecionáveis de dinossauros e outros temas. O ovo Surpresa vem 10 cards e um álbum com ao todo 30 poses para colar.

Village

Ovos de Páscoa Village
(Divulgação)


A novata Village cresce ano a ano e já produz nacionalmente. Famosa pelos seus panetones, “ A marca agora aposta na expansão da linha infantil e no seu portfólio completo para conquistar consumidores e crescer até 5% nas vendas”, destaca Reinaldo Bertagnon, executivo de Vendas da Village.

Este conteúdo foi originalmente publicado no portal AdNews.

Donald Trump tem chances reais de sofrer impeachment


Além das relações com seus negócios não serem claras, presidente americano pode ter instruído agência do governo a não cumprir ordem judicial 

 





Nem bem começou e já há quem quer que termine. Antes mesmo de completar três semanas no cargo, o impeachment do presidente americano Donald Trump já é considerado como uma pauta no horizonte da política dos Estados Unidos.

Um grupo de democratas tenta fazer do tema uma pauta do partido. Jornais e revistas têm publicado artigos e reportagens sobre o assunto. A petição “Impeach Donald Trump Now” elenca argumentos para a retirada de Trump e já conta mais de 500.000 assinaturas. Há diversas petições no site da Casa Branca pedindo que o presidente divulgue seus impostos e suas relações comerciais pessoais – o objetivo é detectar conflitos de interesse que, no limite, levem a uma saída forçada do presidente.

O site de apostas Paddy Power estima em 2 para 1 as chances de um impeachment. E até mesmo republicanos duvidam da capacidade de Trump de terminar o mandato. Em um artigo escrito para a revista The Atlantic, Eliot Cohen, ex-consultor de Condoleezza Rice durante o governo de George W. Bush, argumenta que “não seria a menor surpresa se a gestão não terminasse em 4 ou 8 anos, mas muito antes disso, com um impeachment”.

Inimigos não faltam: Trump já comprou brigas dentro e fora dos Estados Unidos. Proibiu imigrantes muçulmanos, demitiu a procuradora-geral, cancelou o Tratado Trans-Pacífico, ameaçou o México com a construção do muro, comprou uma briga cambial com a Alemanha e até desligou o telefone na cara do primeiro ministro australiano Malcolm Turnbull.

Um de seus mais famosos apoiadores, o empresário Peter Thiel, costumava dizer que “o problema com os opositores de Trump é que eles o interpretam de maneira literal, mas não séria; e o problema com seus apoiadores é que eles o interpretam de maneira séria, mas não literal”. Até aqui, o melhor guia para a política trumpista tem sido exatamente o que Trump havia dito que iria fazer. Mas ele pode continuar assim até 2020?


O caso pró-impeachment


Embora o governo tenha menos de um mês, já há quem defenda que determinadas atitudes de Trump violam leis americanas que poderiam balizar uma moção de impeachment. O deputado democrata Joaquin Castro, por exemplo, questiona se o presidente não interferiu na autonomia de outros poderes quando baniu imigrantes muçulmanos de entrarem nos Estados Unidos — esta foi uma das ações do governo mais questionadas.

Para ele, há a possibilidade de Trump ter instruído a Agência de Proteção de Fronteira a ignorar ordens judiciais contra seu mandato executivo. “Se o presidente instruiu a Agência de Proteção de Fronteira a ignorar ordens da justiça contrárias ao seu mandato executivo ele deveria receber uma repreensão. Se fizer de novo deveria ser retirado do governo” escreveu Castro no Twitter.

Outros motivos incluem a própria relação do presidente com seus negócios particulares — o republicano deixou as organizações Trump para seus filhos em um truste, no qual eles teoricamente não podem discutir negócios. Além do fato de Trump nunca ter disponibilizado sua declaração de imposto de renda. Alguns deles giram em torno da Cláusula dos Emolumentos, um adendo da constituição americana que proíbe alguém que ocupa um cargo público de ter interesses financeiros ou receber presentes e títulos de outros países.

Para Ajay Chaudhary, professor da Universidade de Columbia e diretor do Instituto Brooklyn de Pesquisa Social, ainda é cedo para argumentar pelo impeachment do presidente. “No atual momento é muito improvável que o impeachment aconteça, seja pelas ordens executivas de Trump ou pela Cláusula dos Emolumentos. Não há quase nada em que se possa apoiar um processo de crime político agora”, afirma.


Construindo a oposição


Um processo desses não tomaria lugar tão facilmente. Trump está fortalecido: segundo o jornal New York Times 48% dos americanos aprovaram a medida de banir imigrantes de países de maioria muçulmana. E seu partido tem maioria no Congresso, o que dificultaria o processo de impeachment de caminhar pelas vias legais.

Esperar que o governo enfraqueça é o que parece ser a única alternativa da oposição. Em um evento realizado pelo banco Credit Suisse em São Paulo, o ex-ministro de Relações Exteriores do México, Jorge Castañeda, argumentou que essa é a opção do país para lidar com as provocações de Trump. “O México é a criança mais fraca na turma, logo Trump vai mexer com ele primeiro. A opção é esperarmos que ele esteja mais fraco, com menos apoio, com a imagem desgastada e com a oposição democrata minimamente fortalecida para termos chances de nos defendermos melhor de suas políticas”, disse.

Os democratas começam a procurar por maneiras de deslegitimar a gestão de Trump e enfraquecer seu poderio político. Um boicote em massa está programado para o dia 28 de fevereiro, quando acontece uma sessão conjunta do presidente com o Congresso, onde Trump irá fazer o famoso Discurso de Estado da União. O propósito é fortalecer o partido para as eleições de meio de mandato — nos Estados Unidos uma parte dos congressistas é eleita a cada dois anos — e tentar conquistar a maioria na Câmara. “Eu realmente acredito que se tivermos a maioria podemos dar entrada em um processo de impeachment”, disse o deputado democrata Ted Lieu ao site Politico.

Segundo o professor Chaudhary nem mesmo esse processo é simples. Ele lembra que os democratas precisam passar por algum tipo de reconstrução interna caso queiram se colocar como uma oposição real aos republicanos. “A coalizão republicana não deve ser enfraquecida tão cedo. Eles têm o controle do Congresso e da presidência da Câmara e podem tocar uma agenda econômica conservadora. Para os democratas terem alguma chance é preciso que se fortaleçam como um partido de força econômica, além de força social”.

Trump já afirmou que a verdadeira oposição a seu governo é a mídia. Mas analistas discordam que a imprensa apoiaria um impeachment caso não houvesse uma base legal sólida e acusações contundentes.


Impeachment nos Estados Unidos


O processo de impeachment americano é muito parecido com o brasileiro. Primeiro, as acusações passam por uma comissão de justiça na Câmara que julga os procedimentos legais da questão. Depois, vai a plenário da Câmara, onde o caso precisa de maioria simples.

Lá, como cá, o julgamento é feito no Senado, onde precisa do voto de 67 dos 100 senadores. Até hoje, nenhum presidente foi condenado no Senado, embora outros já foram julgados. Mais recentemente, no final de 1998, Bill Clinton teve duas moções de impeachment encaminhadas após o escândalo de seu envolvimento com a estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky. As acusações, de perjúrio e obstrução de justiça, foram aprovadas pela Câmara.

No Senado, Clinton foi inocentados por todos os 45 democratas e 5 republicanos em ambas as acusações, resultando no apoio de pelo menos metade dos senadores. Exatos 130 anos antes, o ex-presidente Andrew Johnson também foi inocentado pelo Senado, após acusações de que teria violado uma lei da época que impediria o presidente de remover civis nomeados a cargos políticos sem aprovação do Senado. Richard Nixon renunciou enquanto seu processo de impeachment corria pela Câmara, em 1974, acusado estar envolvido e tentar abafar o caso Watergate, em que a CIA teria invadido computadores e escritórios democratas para obter informações privilegiadas a mando da presidência.

Lá, como cá, o processo é essencialmente político. Clinton se safou porque a economia estava no rumo certo. Se os mirabolantes planos de Trump derem conta da promessa de fazer o país crescer 4%, ele certamente ficará onde está independentemente dos impropérios e conflitos de interesse. Mas, se a economia patinar, é melhor ele colocar o topete de molho.