segunda-feira, 17 de abril de 2017

Vagas de cubanos no Mais Médicos irão para brasileiros


Medida será adotada depois de Cuba suspender a vinda de 710 profissionais para o programa

 





Brasília – O Ministério da Saúde vai oferecer as vagas do programa Mais Médicos inicialmente previstas para profissionais cubanos para brasileiros formados no Brasil e no exterior.

A estratégia, anunciada nesta segunda-feira, 17, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, ocorre diante da suspensão determinada por Cuba da vinda de 710 profissionais para o programa.

A decisão do governo cubano foi noticiada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Os profissionais, que já estavam em treinamento, deveriam desembarcar no Brasil neste mês.

Está prevista para as próximas semanas uma reunião entre representantes do Ministério da Saúde, representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do governo cubano para decidir a estratégia que será adotada a partir de agora.

A decisão de Cuba de suspender o envio de médicos é uma reação ao expressivo aumento de ações na Justiça garantindo a permanência de profissionais cubanos no Brasil, depois de eles serem convocados de volta pelo governo da ilha.

Há pelo menos 88 liminares garantindo a estadia dos médicos no País. São todos profissionais que completaram três anos de permanência no programa e que, em tese, poderiam ter o contrato renovado por mais três anos.

O governo cubano, no entanto, em uma estratégia para tentar evitar o risco de seus profissionais estreitarem os laços com o Brasil, vem solicitando que a maioria retorne para a ilha.

O recrutamento de cubanos para o Mais Médicos é fruto de um convênio realizado entre Brasil, Cuba e Opas. O representante da organização no Brasil, Joaquim Molina, afirmou estar esperançoso que um entendimento seja alcançado.

Barros disse que a decisão de Cuba não trará prejuízos para o acordo. “O convênio será mantido. Ele está assinado com duração de três anos, há um incômodo do governo de Cuba com as ações judiciais determinando a permanência de cubanos no Brasil, e isso desestrutura o convênio como está formado. Mas o Judiciário tem autonomia”, afirmou o ministro.

Pelos cálculos do governo, pelo menos 4 mil médicos cubanos deverão deixar o Brasil até julho, depois de terem permanecido durante três anos trabalhando no programa brasileiro.

O ministro da Saúde observou que já era interesse do governo brasileiro reduzir a participação de médicos cubanos no programa. Ano passado, eram 11.400. A expectativa era chegar a 7.400 em três anos. Até agora, 1 mil já deixaram o Brasil e foram substituídos por profissionais brasileiros. Diante da decisão de Cuba, esse cronograma terá de ser apressado.

Integrantes do ministério ouvidos pela reportagem, no entanto, deixam claro que essa decisão de Cuba deverá provocar vazios assistenciais. Isso porque a expectativa do governo federal era reservar para médicos daquele país às vagas que tradicionalmente são consideradas pouco atrativas por profissionais brasileiros, como áreas de difícil acesso e distritos sanitários indígenas.

Há ainda outro problema: a rotatividade. Médicos brasileiros ficam tradicionalmente um período muito curto no programa. Não é raro eles desistirem para ocupar vagas em cidades maiores.

Com profissionais cubanos, em contrapartida, há a tendência de que eles permaneçam pelo menos os três anos no posto em que inicialmente foram encaminhados.

No primeiro momento, o Ministério da Saúde cogitou a possibilidade de enviar uma delegação para Cuba para discutir o impasse. Essa ideia, no entanto, está quase descartada.

O esforço agora é tentar nesta etapa uma solução conjunta em discussões no Brasil. Para isso, o País conta fundamentalmente com a intermediação feita por representantes da Opas.


Quer diminuir a corrupção no Brasil? Tire poder das mãos de políticos!


Liberdade Juridica, Administrador
Publicado por Liberdade Juridica

Por Fábio Ostermann
Quer diminuir a corrupo no Brasil Tire poder das mos de polticos


Não chega a ser uma grande novidade a afirmação de que a corrupção é uma das grandes chagas que ainda insistem em impedir o desenvolvimento do Brasil e a resolução de diversos problemas que ainda nos prendem ao subdesenvolvimento. Estima-se que percamos anualmente cerca de R$82 bilhões para a corrupção, dos quais apenas uma ínfima parcela (0,7%) é efetivamente recuperada.

Também não é novidade o fato de que, entra ano, sai ano, entra governo, sai governo, os casos de corrupção no Brasil parecem somente crescer em frequência e magnitude. O que a opinião pública parece ignorar solenemente, entretanto, é a estreita ligação entre a corrupção no Brasil e a excessiva abrangência do Estado em nossa sociedade.

O gráfico abaixo é composto por dados de 25 países de distintas realidades políticas, geográficas e econômicas. Nele percebemos a forte correlação entre corrupção e liberdade econômica por meio da análise de dois rankings internacionalmente reconhecidos: o Índice de Percepção de Corrupção, da Transparência Internacional, e o Índice de Liberdade Econômica, da Heritage Foundation.


Quer diminuir a corrupo no Brasil Tire poder das mos de polticos


A correlação entre as duas variáveis é visível. É claro que nem toda correlação implica em uma relação de causalidade, mas temos bons motivos para crer que um mercado mais livre afeta, sim, o nível de corrupção encontrado em um país. Isto deve-se fundamentalmente ao fato de que quanto maior a participação do Estado na economia e a autoridade conferida a seus agentes para interferirem no processo de mercado, maiores são as oportunidades de corrupção.

Dadas as dificuldades no cumprimento de tarefas tão prosaicas e, ao mesmo tempo, tão vitais ao crescimento e desenvolvimento do país, como a abertura de um negócio, a obtenção de uma licença ou o pagamento de tributos, é natural, e até instintivo, que se busque maneiras de contornar tais obstáculos. Some-se a isso a falta de uma cultura de transparência e prestação de contas por parte dos poderes públicos e um sistema penal permissivo e ineficiente (onde a probabilidade de punição é baixíssima) e temos um ambiente perfeito para o florescimento da corrupção em suas diversas formas.

Parafraseando Nelson Rodrigues, o subdesenvolvimento institucional brasileiro não é fruto de improviso, mas sim uma obra de séculos. Neste contexto de apatia da sociedade civil e hipertrofia de um Estado com vocação patrimonialista, não se pode falar em diminuição da corrupção sem antes colocarmos o Estado em seu devido lugar. O escritor e satirista político P. J. O'Rourke resume bem a questão: “Quando a compra e venda são controladas por legislação, as primeiras coisas a serem compradas e vendidas são os próprios legisladores”. Ao delegarmos a agentes políticos a autoridade de definir de maneira tão arbitrária, e cada vez mais abrangente, quais bens e serviços serão negociados, e em que termos o serão, estamos não só abdicando da nossa liberdade de escolher, mas também oferecendo um prato cheio para que interesses específicos “adotem” determinadas causas e políticos que as defendam.

Se os homens fossem anjos”, escreveu James Madison no número 51 d'O Federalista, “nenhum governo seria necessário”. A tragédia é que o processo político estabelece incentivos que parecem garantir que justamente aqueles dotados das características menos “angelicais” cheguem ao poder. Diante deste cenário, é absolutamente necessário que o governo seja tão enxuto quanto possível.

Quanto maior o escopo de atuação do Estado e da “sociedade política", menos sobra para o indivíduo e para a sociedade civil. Em síntese: se queremos diminuir a corrupção que permeia e contamina as instituições políticas brasileiras, é preciso reduzir os poderes nas mãos dos políticos. Uma sociedade de homens livres deve reclamar para si o direito de escolher o que fazer com sua vida, liberdade e propriedade sem ter que delegar parte fundamental de sua autonomia a uma autoridade política.



Publicado originalmente no Instituto Ordem Livre
Liberdade Juridica, Administrador
 
 https://direitoeliberdade.jusbrasil.com.br/artigos/134138600/quer-diminuir-a-corrupcao-no-brasil-tire-poder-das-maos-de-politicos

terça-feira, 11 de abril de 2017

STF autoriza investigação de 9 ministros de Temer, diz Estadão


Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, 29 senadores, 42 deputados federais e três governadores vão ser investigados na Operação Lava Jato 

 

 


São Paulo – Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na mais alta corte do país, autorizou a abertura de 83 inquéritos contra políticos com foro especial. Até o momento, a assessoria de imprensa do STF não confirmou a informação.

Ainda segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a lista contemplaria nove ministros do governo de Michel Temer, 29 senadores, 42 deputados federais, três governadores, um ministro do Tribunal de Contas da União e outras 24 pessoas que não possuem foro privilegiado mas foram citadas pelos delatores.

A nova leva de investigações foi solicitada no último dia 14 de março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os 83 pedidos de abertura de inquérito foram feitos a partir dos acordos de colaboração premiada firmados com 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem.

Sgundo a reportagem, o Estado teve acesso a despachos de Fachin assinados eletronicamente no último dia 4, com 83 decisões do ministro. 

De acordo com o jornal, os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: cinco cada, de acordo com a reportagem. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro.

O jornal afirma que o presidente Michel Temer (PMDB) é citado nos pedidos de abertura mas não foi incluído na lista de investigados porque possui “imunidade temporária” por ser presidente da República.

Em 31 de março, a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que alega não poder investigar Temer por fatos que ocorreram fora do atual mandato. 


Veja a lista divulgada pelo jornal  O Estado de S. Paulo:

Políticos que serão alvo de inquérito na Lava Jato
Senador da República Romero Jucá Filho (PMDB-RR)
Senador Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG)
Senador da República Renan Calheiros (PMDB-AL)
Ministro da Casa Civil Eliseu Lemos Padilha (PMDB-RS)
Ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab (PSD)
Senador da República Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Deputado Federal Paulinho da Força (SD-SP)
Deputado Federal Marco Maia (PT-RS)
Deputado Federal Carlos Zarattini (PT-SP)
Deputado Federal Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
Deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA)
Deputado federal Milton Monti (PR-SP)
Governador do Estado de Alagoas Renan Filho (PMDB)
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco (PMDB)
Ministro da Cultura Roberto Freire (PPS)
Ministro das Cidades Bruno Cavalcanti de Araújo (PSDB-PE)
Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Marcos Antônio Pereira (PRB)
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Borges Maggi (PP)
Ministro de Estado da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB)
Senador da República Paulo Rocha (PT-PA)
Senador Humberto Sérgio Costa Lima (PT-PE)
Senador da República Edison Lobão (PMDB-PA)
Senador da República Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Senador da República Jorge Viana (PT-AC)
Senadora da República Lidice da Mata (PSB-BA)
Senador da República José Agripino Maia (DEM-RN)
Senadora da República Marta Suplicy (PMDB-SP)
Senador da República Ciro Nogueira (PP-PI)
Senador da República Dalírio José Beber (PSDB-SC)
Senador da República Ivo Cassol
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Senadora da República Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Senadora da República Kátia Regina de Abreu (PMDB-TO)
Senador da República Fernando Afonso Collor de Mello (PTC-AL)
Senador da República José Serra (PSDB-SP)
Senador da República Eduardo Braga (PMDB-AM)
Senador Omar Aziz (PSD-AM)
Senador da República Valdir Raupp
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Senador da República Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Senador da República Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Senador da República Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Deputado Federal José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Deputado Federal Daniel Almeida (PCdoB-BA)
Deputado Federal Mário Negromonte Jr. (PP-BA)
Deputado Federal Nelson Pellegrino (PT-BA)
Deputado Federal Jutahy Júnior (PSDB-BA)
Deputada Federal Maria do Rosário (PT-RS)
Deputado Federal Felipe Maia (DEM-RN)
Deputado Federal Ônix Lorenzoni (DEM-RS)
Deputado Federal Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE)
Deputado Federal Vicente “Vicentinho” Paulo da Silva (PT-SP)
Deputado Federal Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)
Deputada Federal Yeda Crusius (PSDB-RS)
Deputado Federal Paulo Henrique Lustosa (PP-CE)
Deputado Federal José Reinaldo (PSB-MA), por fatos de quando era governador do Maranhão
Deputado Federal João Paulo Papa (PSDB-SP)
Deputado Federal Vander Loubet (PT-MS)
Deputado Federal Rodrigo Garcia (DEM-SP)
Deputado Federal Cacá Leão (PP-BA)
Deputado Federal Celso Russomano (PRB-SP)
Deputado Federal Dimas Fabiano Toledo (PP-MG)
Deputado Federal Pedro Paulo (PMDB-RJ)
Deputado federal Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
Deputado Federal Paes Landim (PTB-PI)
Deputado Federal Daniel Vilela (PMDB-GO)
Deputado Federal Alfredo Nascimento (PR-AM)
Deputado Federal Zeca Dirceu (PT-SP)
Deputado Federal Betinho Gomes (PSDB-PE)
Deputado Federal Zeca do PT (PT-MS)
Deputado Federal Vicente Cândido (PT-SP)
Deputado Federal Júlio Lopes (PP-RJ)
Deputado Federal Fábio Faria (PSD-RN)
Deputado Federal Heráclito Fortes (PSB-PI)
Deputado Federal Beto Mansur (PRB-SP)
Deputado Federal Antônio Brito (PSD-BA)
Deputado Federal Décio Lima (PT-SC)
Deputado Federal Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho
Governador do Estado do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD)
Governador do Estado do Acre Tião Viana (PT)
Prefeita Municipal de Mossoró/RN Rosalba Ciarlini (PP), ex-governadora do Estado
Valdemar da Costa Neto (PR)
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-Senador da República e Prefeito Municipal de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014
Edvaldo Pereira de Brito, então candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais/Codemig
Senador Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Cândido Vaccarezza (ex-deputado federal PT)
Guido Mantega (ex-ministro)
César Maia (DEM), vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
Paulo Bernardo da Silva, então ministro de Estado
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro
José Dirceu
Deputada Estadual em Santa Catarina Ana Paula Lima (PT-SC)
Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Suplicy
Napoleão Bernardes, Prefeito Municipal de Blumenau/SC
João Carlos Gonçalves Ribeiro, que então era secretário de Planejamento do Estado de Rondônia
advogado Ulisses César Martins de Sousa, à época Procurador-Geral do Estado do Maranhão
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romer Jucá
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio
Eron Bezerra, marido da senadora Grazziotin
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu, em nome de quem teria recebido os recursos – a38
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho
José Feliciano

Montadoras deverão investir mais de R$ 2 bilhões no Paraná

Anúncio foi feito pelo governador Beto Richa durante encontro com o empresário Joel Malucelli

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Anúncio foi feito pelo governador Beto Richa durante encontro com o empresário Joel Malucelli


O governador Beto Richa (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (10) mais dois grandes investimentos estrangeiros que serão feitos no Paraná. Os empreendimentos somam, juntos, mais R$ 2 bilhões. Por questões de segurança e sigilo, Richa não citou as empresas, mas no Estado já se especula que são mais duas unidades de montadoras europeias. De acordo com o governador, os protocolos já foram assinados. O anúncio foi feito durante almoço com diretores e jornalistas do Grupo de Comunicações JMalucelli que contou com a presença do empresário Joel Malucelli (foto). A notícia veiculou na tarde desta segunda no Paraná Portal, um dos veículos do grupo. 

No encontro, Richa lembrou do crescimento do Porto de Paranaguá. Nos últimos três meses, foram mais de US$ 3,3 bilhões em vendas externas, 18,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. O governador também destacou o programa Paraná Cidade que foi eleito como um dos melhores do mundo na atração de investimentos. “A Agência Paranaense de Desenvolvimento está entre as oito melhores agências de incentivos e atendimento ao investidor e o Paraná foi o único representante da América Latina na lista”, declarou.

Análise sobre roubo de dados do Yahoo sairá nas próximas semanas



Regulador europeu informou que está preparando para dar ao Yahoo os resultados de uma investigação sobre o roubo de dados de 500 milhões de usuários

 



Dublin – O órgão regulador europeu informou que está preparando para dar ao Yahoo os resultados de uma investigação sobre o roubo em 2014 dos dados de 500 milhões de usuários, incluindo possíveis ações corretivas para evitar uma repetição desse tipo de violação.

O Yahoo informou em setembro do ano passado que hackers roubaram dados em 2014, desencadeando uma onda de críticas por parte de políticos norte-americanos quanto ao atraso para notificar os clientes.

A comissária para Proteção de Dados da Irlanda, Helen Dixon, disse que divulgará o relatório nas próximas duas semanas. Ela é a principal encarregada das questões de privacidade do Yahoo, já que a sede da empresa na Europa fica em Dublin.

“Estamos preparando para apresentar o relatório final sobre o Yahoo e exigir deles ações corretivas que identificamos”, disse Dixon em entrevista. Caberá ao Yahoo decidir se torna ou não o relatório público, acrescentou a comissária.



Maia retira idade mínima na transição da reforma da Previdência


Deputado Arthur Maia (PPS-BA) não deu mais detalhes sobre como será seu texto final ou projeções de impactos financeiros com as mudanças

 




Brasília – O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou nesta terça-feira que não haverá mais um piso de idade para a entrada nas regras de transição em busca da aposentadoria e haverá uma redução do pedágio. Por outro lado, será criada uma idade mínima específica para se aposentar para quem optar pelas novas regras, que aumentará com o tempo.

Como mostrou a Reuters na segunda-feira, o fim do “degrau’, como chamavam os parlamentares, já está acertado, mas o governo e o relator ainda discutem detalhes. Entre eles, qual será o percentual do pedágio que terá que ser cumprido por quem entrar na regra de transição. A previsão atual é de 50 por cento do tempo que falta para a aposentadoria, mas o relator estuda reduzir, possivelmente para 30 por cento.

No projeto original do governo, só poderia entrar na transição mulheres acima de 45 anos e homens a partir dos 50. O corte brusco era um dos pontos que mais incomodava os deputados. A partir das novas regras, não há limitação e quem irá decidir se é melhor aderir à transição ou não é o trabalhador.

De acordo com o relator –que deu entrevista coletiva após reunião com o presidente Michel Temer, ministros, líderes dos partidos e membros da Comissão Especial da reforma–, possivelmente a regra de transição será benéfica para quem tem hoje mais de 30 anos. Abaixo disso, já valerá mais entrar no novo sistema, com idade mínima de 65 anos.

O outro ponto já definido é que haverá uma idade mínima específica para se aposentar para quem aderir às regras de transição a partir da promulgação da emenda constitucional, que avançará durante um período que pode ser de 15 a 20 anos, mas também ainda não está definido. Mesmo quem cumprir o tempo de serviço abaixo dessa idade não poderá se aposentar.

O governo ainda estuda qual será essa idade mínima inicial. O presidente da Comissão Especial, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirma que uma das hipóteses é usar as idades médias de aposentadoria atual –53 anos para mulheres e 57 anos para homens.

“Se é média, quem se aposenta abaixo disso vai subir. Já termina com as aposentadorias precoces”, disse Marun, que também participou da entrevista.

Ao sair da reunião, o ministro da Fazenda ressaltou que se tiver que ceder em um ponto da reforma terá que ser compensado em outro.

“Estamos trabalhando para fazer a reforma que tenha condição de assegurar o equilíbrio fiscal, de não aumentar as despesas da Previdência como proporção do PIB. Senão, não conseguimos equilibrar as contas”, disse.

 

Outras mudanças


Oliveira Maia disse ainda que não estão totalmente definidos os demais pontos que serão alterados, como o acúmulo de pensões e aposentadorias, regime especial para policiais e professores, aposentadorias rurais e Benefícios de Prestação Continuada.

“A maior reivindicação dos deputados, em relação à aposentadoria rural, é que seja preservada a idade atual. Há um esforço do governo para calcular o que seria possível”, disse o relator.

Em relação ao acúmulo de pensões, Oliveira Maia diz que existem três alternativas, mas a proposta vai impor um limite máximo no valor que poderá ser acumulado.

De acordo com um parlamentar que participou da reunião e falou com a Reuters em condição de anonimato, o relatório deverá manter a idade mínima para aposentadoria rural em 60 anos e criar uma contribuição simbólica de toda a família.

“Seria simbólica, mas de todos, não apenas do chefe da família, para que se pudesse ter um controle”, disse.

Segundo o mesmo parlamentar, as aposentadorias especiais para policiais e professores serão feitas, mas também com a introdução de uma idade mínima para aposentadoria, apenas mais baixa do que da população em geral.

O relatório final será apresentado à comissão no dia 18 deste mês.

A reunião desta terça-feira, chamada pelo presidente Michel Temer, serviu para o presidente informar pessoalmente aos parlamentares da comissão que o governo decidiu ceder e fazer as mudanças pedidas, e cobrar agora a aprovação da reforma.

Na semana passada, o Palácio do Planalto admitiu que não teria votos para aprovar o projeto como estava e aceitou mudá-lo.

“Eu confesso que o projeto original que mandamos é uma reforma que visa 30, 40 anos. Se não pudermos fazer por 30, 40 anos, vamos fazer por 20 anos”, disse Temer na abertura da reunião.

 

Brasil e Indonésia devem contribuir para déficit global de café



Brasil e Indonésia devem contribuir para déficit global de café

A produção global de café na temporada 2017/18 deve ficar 5,3 milhões de sacas abaixo da demanda, de acordo com o Rabobank. O Brasil seria um dos mercados responsáveis por esse desempenho, segundo relatório trimestral da instituição, que apontou uma produção abaixo da expectativa no País. Uma redução significativa na safra da Indonésia também contribuiu para a estimativa.

Segundo o relatório, o déficit global deve ser de 2,7 milhões de sacas de arábica e 2,6 milhões de sacas de robusta. Já para o Vietnã, embora o Rabobank tenha dito que a produção em 2016/17 deve ficar aquém do que o mercado gostaria, com uma queda estimada de 7% ante a temporada anterior, a safra deve apresentar uma recuperação e alcançar um recorde em 2017/18.

Segundo o Rabobank, chuvas acima da média durante a época do plantio ajudaram a encher os reservatórios do país, o que deve permitir uma florada maior. Para o mercado da Colômbia, o banco apontou que os produtores do país não devem conseguir manter o ritmo acelerado de produção da atual safra.

Por isso, o Rabobank aumentou em apenas 200 mil sacas sua estimativa de colheita para o país em 2017/18, para 14,6 milhões de sacas 

(Dow Jones Newswires, 10/4/17)