terça-feira, 1 de agosto de 2017

3 sites de crowdfunding para sua ideia conquistar investidores


O crowdfunding de investimento foi regulamentado pela CVM neste mês. Entenda como funciona e veja plataformas que permitem esse tipo de captação:

 



São Paulo – Neste mês, mais uma forma de conseguir dinheiro para seu negócio foi regulamentada: o crowdfunding de investimento – também conhecido como equity crowdfunding.

Essa forma de captação foi alvo de uma série de instruções dadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 13 de julho. Ainda que esse tipo de investimento já existisse na prática, não havia uma regulamentação que pudesse dar segurança aos empreendedores e investidores.

Para os especialistas consultados por EXAME.com, esse é o primeiro benefício da instrução da CVM, tomada após conversas com diversas plataformas de crowdfunding de investimento e outros agentes do ecossistema.

“Algumas plataformas já trabalham há tempo para implantar o modelo de crowdfunding no Brasil, e agora eles passam a poder operar de forma mais segura. É um marco importante, que vai auxiliar muito a expansão de negócios”, analisa José Romeu Amaral, sócio do JR Amaral Advogados.

Quando a instrução foi publicada, listamos os principais fatores da regulamentação (veja aqui).

Alguns destaques são a responsabilidade dada às plataformas, que deverão verificar a legitimidade das suas captações; a ampliação dos tipos de empresas que podem fazer crowdfunding de investimento (agora, podem ser sociedade abertas ou anônimas que tenham receita anual de até 10 milhões de reais e queiram captar até 5 milhões de reais); e a definição do valor aportado por investidor, que pode ser de até 10 mil reais para quem tem até 100 mil reais em investimentos.

Para quem tem acima de 100 mil reais e até um milhão de reais, há um limite de investimento de 10% de renda bruta anual. Para quem acima de um milhão de reais em investimentos, não há limite de valor aportado.

Tais regras levam a um segundo benefício apontado pelos especialistas: a flexibilização. Mais empresas poderão fazer crowdfunding de investimento e as plataformas é que são responsáveis pela fiscalização das ofertas.

“O crowdfunding de investimento até então seguia a regulamentação do mercado de capitais, que é restritiva para as pequenas e médias empresas, com uma série de exigências difíceis de cumprir”, afirma Marcelo Godke Veiga, sócio do escritório de advocacia Godke Silva & Rocha.

“Essa regulamentação flexibilizou alguns requisitos. Agora, é torcer para que as plataformas façam um bom trabalho, e aquelas com as quais eu tenho contato parecem ter um interesse genuíno em desenvolver o mercado.”

Mas como começar a aproveitar o crowdfunding de investimento, na prática? Conheça, a seguir, três plataformas para captar dinheiro para seu negócio pela nova modalidade:

 

1 – Broota

 

Tela de reprodução da plataforma Broota
Tela de reprodução da plataforma Broota (Broota/Divulgação)


O site de crowdfunding de investimento Broota começou em maio de 2014, fazendo uma captação para se autofinanciar. Em outubro do mesmo ano, a plataforma conseguiu seu primeiro cliente.

De lá para cá, a plataforma realizou 48 rodadas e captou um total de 15 milhões de reais. A plataforma não precisa um ticket médio de captação, mas ressalta que ela deve ser no mínimo de 100 mil reais, para valer a pena se adequar à toda a estrutura exigida para um crowdfunding de investimento.

Para Frederico Rizzo, sócio-fundador do Broota, o diferencial da plataforma é o modelo de “sindicatos”: uma reunião de até centenas de investidores de perfil parecido, que investem juntos e diluem o risco da aplicação. O ticket médio de investimento é de 9,8 mil reais.

Como o Broota opera por meio de sindicatos e não investidores autônomos, a monetização da plataforma também é particular: há um custo fixo de 1% ao ano sobre o valor total da captação, que é rateado entre os participantes do sindicato. Esse valor cobre o acompanhamento da governança do sindicato por parte do Broota.

Após um máximo de dez anos de administração, cada investidor deve pagar 20% sobre o o que ganhou durante o período em que manteve o investimento, descontando a inflação.

Com a nova regulamentação, o Broota estuda adotar mais modelos de monetização e expandir as empresas que podem anunciar na plataforma.

“Mudou o limite de faturamento dos negócios, que agora podem ter uma receita anual de até 10 milhões de reais [antes o limite era de 3,6 milhões de reais, o mesmo do Simples Nacional]. Com isso, nosso potencial de mercado aumentou muito”, explica Rizzo.

“Saí satisfeito da conversa que as plataformas tiveram com a CVM. É um ambiente muito mais regulado e responsável do que antes. Para o mercado, significa mais transparência, segurança e proteção.”

2 – Eqseed

 

Tela de reprodução da plataforma Eqseed
Tela de reprodução da plataforma Eqseed (Eqseed/Divulgação)

A Eqseed é uma plataforma de crowdfunding de investimento fundada em 2015, mas que começou a operar no ano seguinte. Sete rodadas já foram lançadas – duas estão em andamento.

Do lado das empresas, 1,5 milhão de reais foram captados por meio da Eqseed, com um ticket médio de captação entre 400 e 500 mil reais. Já do lado dos investidores, o ticket médio de aplicação é de 10 mil reais, indo dos pequenos aportadores aos investidores-líderes.

Segundo Brian Begnoche, sócio-fundador da Eqseed, um dos diferenciais da plataforma é sua rígida seleção: mais de 500 empresas já mostraram interesse em fazer uma rodada, enquanto 7 mil pessoas se cadastraram no site da Eqseed.

“Nosso objetivo é selecionar as melhores empresas e apresentá-las a investidores que procuram esse tipo de ativo”, afirma o sócio-fundador. Alguns critérios de seleção são uma equipe bem feita, a atuação em mercados com bom alcance e potencial de crescimento e com produto e tração verificáveis.

Falando de monetização, a Eqseed trabalha com uma taxa atrelada ao sucesso da rodada de investimento. A empresa anunciante paga uma média de 10% sobre o total captado.

Com a nova regulamentação, Begnoche destaca que a plataforma poderá fazer captações de até 5 milhões de reais – antes, o limite na Eqssed era de 2,4 milhões de reais.

“Todo mundo que presta atenção nas startups sabe que elas têm dificuldade em conseguir capital: elas não costumam ter acesso a crédito com termos razoáveis. Por isso, essa regulamentação é um passo positivo: elas conseguirão captar investimentos com termos justos e continuar crescendo”, analisa o sócio-fundador.

Para este ano, a Eqseed pretende fazer mais 5 rodadas de investimento, chegando a um total de 12 captações.

3 – Start Me Up

Tela de reprodução da plataforma Start Me Up
Tela de reprodução da plataforma Start Me Up (Start Me Up/Divulgação)


A plataforma de crowdfunding de investimento Start Me Up existe como projeto desde 2012, mas só começou a operar no final de 2015. A primeira captação, inclusive, foi para financiar a própria criação do site.

Ao todo, cinco captações no valor total de 2,5 milhões de reais foram feitas por meio da plataforma, com ticket médio de captação de 600 mil reais. Outras três rodadas estão em andamento. O ticket médio de investimento é de 12 mil reais, em uma rede de 8 mil cadastrados.

A Start Me Up cobra da empresa uma taxa de sucesso sobre o valor total captado, que varia de 5 a 10%.

Diego Perez, sócio-fundador da Start Me Up e presidente de Associação Brasileira de Crowdfunding, explica que a regulamentação mudou as metas da plataforma.

“Com o aumento do limite de captação para 5 milhões de reais, nosso ticket médio de captação deverá subir, por exemplo. Esperamos que ele salte de 600 mil para 1 milhão de reais até o ano que vem”, diz Perez.

“Além disso, queremos sofisticar nossos investimentos, abrindo para empresas em regime de sociedade anônima de capital fechado. Poderemos fazer uma espécie de mini IPO [oferta pública de ações em bolsas de valores], distribuindo ações. Antes, somente sociedades limitadas poderiam fazer equity crowdfunding, o que limitava a relação do investidor com a empresa investida.”

Para 2017, a Start Me Up quer concluir mais dez captações, terminando o ano com ao menos 15 investimentos fechados.



http://exame.abril.com.br/pme/3-sites-de-crowdfunding-para-sua-ideia-conquistar-investidores/

3 passos para saber se você tomou a melhor decisão nos negócios


É muito difícil saber se a escolha do empreendedor é a melhor possível. Mas é possível seguir alguns parâmetros como guia.

 


Dúvida do leitor: Como posso saber se a decisão que eu tomei é o caminho certo a ser seguido na minha empresa?

A vida é tomar decisões. Decidir que horas acordar, qual roupa usar, o que comer e assim por diante. São tantas, que algumas delas acabam sendo tomadas até mesmo intuitivamente. A vida do empreendedor (e do gestor) não é diferente. Diariamente, decisões devem ser tomadas, em assuntos que podem envolver escolha de fornecedores, precificação, descontos e investimentos, entre outros.

Algumas decisões são fáceis e podem ser normatizadas de forma repetitiva, transformando-se em políticas. Já outras, principalmente relacionada a questões estratégicas, são únicas e dizem respeito a situações cujos detalhes nunca se repetirão com exatidão.

Na maioria dos casos da vida real, as opções de decisão são muitas e não há uma solução ótima única aos problemas. Portanto, por mais óbvio que possa parecer, é muito difícil saber se a decisão tomada foi a melhor possível. Afinal de contas, por melhor que tenha sido, sempre há a possibilidade de não ter sido tomada alguma outra decisão melhor ainda.

Apesar disso, seguem alguns critérios que costumam indicar boas decisões.

A decisão envolveu um processo analítico

 

Decisões são normalmente relacionadas a resolução de problemas. Quanto melhor a análise do problema (mesmo que informal), maior a probabilidade que uma boa decisão seja tomada.

Uma boa análise envolve a busca das causas reais do problema. Uma vez detectadas as causas, é possível estabelecer as alternativas e ponderar vantagens, desvantagens e riscos de cada uma delas e, finalmente, decidir sobre o que fazer. Portanto, reflita se suas decisões estão sendo tomadas com base nas causas reais ou somente nos efeitos dos problemas.

A decisão respeitou os valores do empreendedor e da empresa

 

No calor do dia a dia, e face a pressões de diversos lados, decisões tomadas podem ser contrárias aos valores do empreendedor e da empresa. Valores são princípios, padrões ou qualidades que são crenças centrais e convicções da organização. Estabelecem as prioridades morais e éticas, que servem como guia para todas as atividades.

Um teste simples para avaliar se as decisões tomadas respeitaram os valores é perguntar a si mesmo se você poderia contar com tranquilidade sobre a decisão tomada para os funcionários da empresa ou para os seus filhos e familiares. Se a resposta é sim, provavelmente a decisão respeitou os seus valores.

A decisão considerou os potenciais impactos e riscos para os resultados

 

Decisões envolvem previsões e é impossível prever o futuro, ainda mais em momentos de incertezas como passa o Brasil. É de se esperar que retornos elevados estejam associados a riscos maiores. Portanto, boas decisões são as que consideram conscientemente uma boa relação risco x retorno.
David Kallás é professor de estratégia do Insper.


http://exame.abril.com.br/pme/3-passos-para-saber-se-voce-tomou-a-melhor-decisao-nos-negocios/

Venezuela afirma que opositores presos planejavam fugir


Antonio Ledezma e Leopoldo López tinham conseguido o direito de detenção domiciliar, mas nesta segunda-feira foram levados de volta à prisão

 


Caracas – O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela afirmou nesta terça-feira que os opositores Antonio Ledezma e Leopoldo López planejavam fugir e por isso lhes foi revogado o direito de detenção domiciliar e foram levados de volta à prisão.

“Foram recebidas, por fontes de inteligência oficial, informações que davam conta de um plano de fuga de ditos cidadãos, pelo qual, e com a urgência do caso, foram ativados os procedimentos de resguardo correspondente”, afirma uma nota da máxima corte venezuelana.

O comunicado detalha que dois tribunais de Caracas revogaram as medidas “uma vez verificado o incumprimento das condições impostas para que se mantivessem sob detenção domiciliar”.

O Supremo sustenta que as condições impostas a López não lhe permitiam realizar nenhum tipo de proselitismo politico, devido a uma sentença que tem como “pena acessória sua inabilitação política pelo tempo que dure a pena imposta (13 anos e nove meses)”.

“No caso de Antonio Ledezma, o tribunal da sua causa lhe tinha imposto como condições a obrigação de abster-se de emitir declarações perante qualquer meio, caso contrário se revogaria de imediato a medida outorgada”, acrescenta o comunicado.

O advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, havia assegurado antes que o retorno do seu cliente à prisão era uma decisão “arbitrária”, já que este tinha acatado “na sua totalidade” as duas condições estabelecidas para sua detenção domiciliar desde que recebeu o benefício em 8 de julho: a proibição de sair do país e a de emitir declarações sobre seu caso.

Os opositores venezuelanos López e Ledezma foram postos de novo em celas da prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, de onde tinham sido tirados para cumprir suas penas de prisão sob detenção domiciliar, segundo informaram fontes próximas a ambos.

Ledezma foi detido em fevereiro de 2015 acusado de conspiração e associação criminosa. Após dois meses na prisão militar de Ramo Verde, recebeu uma “medida cautelar substitutiva de liberdade” e, por motivos de saúde, estava em detenção domiciliar. Quase dois anos e meio depois, Ledezma ainda não foi condenado.

López, por sua parte, passou mais de três anos na mesma prisão e seus advogados denunciaram que foi torturado em várias ocasiões.

O chavismo assegurou nesta segunda-feira que o líder do VP tinha faltado com sua palavra de “pedir paz”, algo ao que supostamente tinha se comprometido perante uma Comissão da Verdade que administrou sua saída do presídio.



http://exame.abril.com.br/mundo/venezuela-afirma-que-opositores-presos-planejavam-fugir/

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Discovery compra Scripps Networks por US$ 14,6 bilhões


A aquisição dará ao grupo americano ainda mais protagonismo nos mercados mundiais de televisão

 




O grupo americano Discovery Communications anunciou nesta segunda-feira a compra de sua concorrente Scripps Networks Interactive por 14,6 bilhões de dólares, o que lhe dará ainda mais protagonismo nos mercados mundiais de televisão.

O acordo vai unir os canais Discovery Channel, TLC, Animal Planet, Eurosport e outros da Discovery com os da Scripps – HGTV, DIY Network e Great American Country, entre outros.

A Scripps também opera um canal na Polônia e um na Ásia.

O presidente e CEO da Discovery, David Zaslav, disse que a aliança vai reduzir custos e ampliar a oferta de conteúdos e serviços no mundo todo.

A fusão será concluída no ano que vem. A transação foi fechada em dinheiro e ações e vai dar à Discovery 80% das ações da nova empresa, enquanto 20% serão da Scripps
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Governo brasileiro lamenta nova constituinte na Venezuela


Em nota, o Itamaraty afirmou lamentar a convocação da Constituinte "nos termos definidos pelo Executivo" e solicita que a assembleia não seja instalada

 





O governo brasileiro criticou a decisão do governo venezuelano de convocar a Assembleia Constituinte, mesmo diante do pedido da comunidade internacional pelo seu cancelamento.

Em nota, o Itamaraty informou que o Brasil lamenta a convocação da Constituinte “nos termos definidos pelo Executivo” da Venezuela e solicita que a assembleia não seja instalada.

“Diante da gravidade do momento histórico por que passa a Venezuela, o Brasil insta as autoridades venezuelanas a suspenderem a instalação da assembleia constituinte e a abrir um canal efetivo de entendimento e diálogo com a sociedade venezuelana, com vistas a pavimentar o caminho para uma transição política pacífica e a restaurar a ordem democrática, a independência dos Poderes e o respeito aos direitos humanos”, diz a nota.

De acordo com a Chancelaria brasileira, a “iniciativa do governo de Nicolás Maduro viola o direito ao sufrágio universal, desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional na Venezuela”.

Para o Itamaraty, o país já dispõe de uma Assembleia Nacional legitimamente eleita e uma nova assembleia formaria “uma ordem constitucional paralela, não reconhecida pela população, agravando ainda mais o impasse institucional que paralisa a Venezuela”.

A nota ressalta também que o governo brasileiro está preocupado com a escalada da violência em face do acirramento da crise naquele país, “agravada pelo avanço do governo sobre as instâncias institucionais democráticas ainda vigentes no país e pela ausência de horizontes políticos para o conflito”.

O Brasil condena o cerceamento do direito constitucional à livre manifestação e repudia a violenta repressão por parte das forças do Estado e de grupos paramilitares, durante a votação para a escolha dos constituintes nesse domingo (30).

A oposição venezuelana convocou para hoje (31) um protesto contra a Assembleia Nacional Constituinte que, a partir desta semana, começa a reescrever as regras do país.

A eleição dos 545 constituintes, ontem, foi marcada pela violência. Segundo o Ministério Publico da Venezuela, dez pessoas morreram em enfrentamentos entre manifestantes e as forcas de segurança – entre elas, um sargento e dois adolescentes.

 http://exame.abril.com.br/brasil/governo-brasileiro-lamenta-nova-constituinte-na-venezuela/

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Fora do Padrão

 Fora do Padrão













Carrefour Inaugura Hipermercado Conceito em SP


 O Carrefour apresentou sua loja conceito de hipermercado na cidade de São Paulo. A unidade fica localizada no novo Jardim Pamplona Shopping, empreendimento do mesmo grupo, que abre hoje (27) com 24 lojas em operação. O hipermercado é voltado para o público classe A e tem mais de 5,6 mil metros quadrados de área de vendas, com 34 mil produtos distribuídos por dois andares - sendo o segundo pavimento destinado a não alimentos. 

Essa é a primeira loja do grupo no Brasil que além das caixas registradoras convencionais terá o serviço de self-checkout. A loja conta com diferenciais como: telões informativos com promoções, receitas culinárias, serviços prestados pela loja, rede de internet Wi-Fi e recarregamento de bateria do celular sem custo. 

Para aumentar a produtividade da loja, as prateleiras superiores das gôndolas vão funcionar como "depósito de mercadorias" para reduzir o tempo de reposição. O projeto e o conceito foram desenvolvidos pela Market Value, agência do Grupo francês Team Creátif, especializada em PDV e arquitetura de loja. 

 http://www.gironews.com/supermercado/fora-do-padrao-43852/

Startup brasileira deu mais bolsas que governo e pode se tornar gigante mundial


Ela já ajudou 160 mil brasileiros a entrarem na faculdade e é uma das candidatas ao posto de primeira unicórnio do Brasil
Felipe Moreno é editor-chefe do StartSe e fundador da startup Middi, era editor no InfoMoney antes
26 de julho de 2017

Uma empresa brasileira recentemente foi acelerada na Y Combinator, a maior das grandes aceleradoras do Vale do Silício – e por onde passaram Airbnb, Twitch, Dropbox e Reddit – e voltou ao Brasil bombando. A Quero Educação fez com que seu faturamento pulasse de R$ 5 milhões em 2015 para (estimados) R$ 50 milhões em 2017.

E o melhor: ajudando 160 mil brasileiros a entrarem na faculdade – uma das causas mais nobres possíveis. A companhia tem um marketplace de descontos para ensino superior e já viabilizou a entrada na faculdade de 160 mil pessoas. São 160 mil famílias que vão ter suas condições de vida muito melhoradas por conta disso. São 160 mil trabalhadores que vão ajudar o Brasil a se tornar mais produtivo e crescer mais.

Quase todas as startups de sucesso possuem um único objetivo: fazer do mundo um lugar melhor. Tenho orgulho de compartilhar uma história, da Quero Educação, que REALMENTE faz o mundo um lugar melhor. Parabéns!

A companhia viu um grande gap no mercado de ensino nacional contra outros países: aqui, só 16% dos trabalhadores possuem ensino superior completo, enquanto nos Estados Unidos esse número chega a quase 50. Ou seja, havia mercado: o brasileiro também tem menos dinheiro e acesso a crédito, precisando de mais descontos e bolsas para cursar universidade.

Por isso, os fundadores da companhia – Bernardo de Pádua, Lucas Gomes e Thiago Brandão – resolveram transformar o cenário da educação no Brasil através da tecnologia, conectando alunos e instituições de ensino e ajudando as pessoas a escolherem o curso certo, pagando um preço acessível. 

A companhia nasceu em 2012 e chega a 2017 tendo oferecido 160 mil bolsas de estudo em mais de 1.000 faculdades diferentes.

Isso é um número superior ao que o governo vem disponibilizando recentemente, após os cortes nos financiamentos estudantis do FIES – o governo só disponibilizou cerca de 150 mil vagas diferentes. 

“A nossa missão é aumentar o acesso ao ensino, levando as pessoas ao curso certo, pagando um preço justo”, conta o CEO da Quero Educação, Bernardo de Pádua.

Mesmo com o crescimento forte destes últimos anos, a empresa entende que existe um mercado gigantesco a ser tomado nos próximos. “No Brasil, são mais de três milhões de alunos entrando no ensino superior todo o ano e uma fila de dezenas de milhões que não conseguiram ter acesso ainda, em geral porque as mensalidades são caras ou porque a pessoa não tem a informação”, analisa Pádua.

E se a companhia quiser diversificar, pode ficar ainda mais gigante: o mercado de ensino brasileiro potencial é muito maior do que o que vem sendo realizado nos últimos anos – permitindo que a empresa se torne um unicórnio verde-amarelo. “Temos ainda muito a crescer. Existem os mercados adjacentes de educação, como as escolas de idiomas, por exemplo. A empresa pode crescer de 10 a 50 vezes, mesmo antes de considerar as oportunidades internacionais”, conclui.

 

Gigante global

E que oportunidades internacionais são essas? A companhia pode se tornar uma gigante global, um unicórnio de fato! Afinal, ela foi acelerada pela Y Combinator, diretamente no Vale do Silício. Na época, ela havia beneficiado “apenas” um pouco mais de 70 mil estudantes universitários – número que cresceu radicalmente. Lá, foi possível entender que esse é um problema que também afeta países desenvolvidos como os Estados Unidos – onde os “students loans” atormentam muitos dos estudantes.

O potencial é tão grande que alguns dos maiores nomes da internet brasileira investiram na companhia, como Romero Rodrigues, fundador do Buscapé, e Julio Vasconcellos, fundador do Peixe Urbano. A noção é de que a Quero Educação tem uma equipe fantástica para ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor. “O time Quero Educação é de nível mundial e seu entendimento do mercado e execução tem sido extraordinários ”, comenta Geoff Ralston, sócio da Y Combinator.

A intenção da Quero Educação pode contribuir para seu crescimento conectando as duas pontas do setor – instituições de ensino superior e alunos. “Encontrar a escola ideal pelo preço certo é um problema universal. O mercado brasileiro é o lugar perfeito para começar o que acreditamos que será uma empresa multibilionária e global atendendo essa necessidade”, revela Ralston.

Se outros brasileiros tiverem ideias tão sensacionais como essas, esperamos que eles empreendam como o pessoal da Quero Educação e ajudem o mundo a se tornar um lugar melhor! Preparamos um guia para ajudar vocês a empreenderem melhor – baixe-o gratuitamente através deste link.

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https://conteudo.startse.com.br/startups/felipe/startup-brasileira-deu-mais-bolsas-que-governo-e-pode-se-tornar-gigante-mundial/