terça-feira, 29 de agosto de 2017

Vinho estimula mais o cérebro do que música ou matemática


Cientista defende que a bebida é fortemente dependente das memórias e emoções

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Vinho estimula mais o cérebro do que música ou matemática, revela estudo


Um copo de vinho, quem diria, também pode ser um excelente exercício para o cérebro. Esta é a tese do neurocientista Gordon Shepherd, da Faculdade de Medicina de Yale, nos Estados Unidos. Ele afirma que beber vinho desperta reações tanto nas partes sensoriais como emocionais do cérebro. No seu livro “Neuroenology: How the Brain Creates the Taste of Wine”, o especialista criou o termo "neurogastronomia" para descrever o estudo de como o cérebro cria a sensação de sabor. No mesmo livro, Shepherd defende que o gosto é apenas uma ilusão, produzida pelos nossos sentidos e emoções que posteriormente irá traduzir a percepção que temos dos alimentos e bebidas.

"O sabor não está no vinho. O sabor é criado pelo cérebro de quem o ingere num processo que implica o movimento do vinho através da boca e do ar infundido pelo álcool através do nariz, fazendo com que o cérebro formule o sabor. A parte mais importante desta ativação do cérebro está no momento em que expiramos o ar infundido com o aroma que cheiramos”, explicou ao jornal britânico Daily Mail. 

O cérebro constrói uma imagem das cores através de informações que os olhos retiram de como a luz atinge os objetos em volta. "As moléculas do vinho não têm sabor nem cheiro, mas quando estimulam os nossos cérebros, é criado o sabor da mesma forma que cria a cor", afirmou o especialista à Rádio National Public. O neurocientista crê que o vinho é fortemente dependente das nossas memórias e emoções, conclui, então, que beber vinho estimula mais o cérebro que ouvir música ou resolver uma equação matemática.

100 bilhões de motivos para sorrir


A XP Investimentos bate recordes de ativos sob custódia e de captação, prepara o lançamento de um banco e projeta se transformar na maior casa de investimentos do Brasil em cinco anos. Para que isso aconteça, terá de superar as maiores instituições financeiras e seu novo sócio, o Itaú

Crédito: Gabriel Reis
1. Carlos Ferreira, head de renda variável / 2. Julio Capua, CFO / 3. Daniel Lemos, COO e head de produtos / 4. Guilherme Benchimol, fundador e CEO / 5. Gabriel Leal, head comercial e de relacionamento com clientes / 6. Fernando Vasconcellos, head de marketing (Crédito: Gabriel Reis)



No próximo dia 30 de agosto, Guilherme Benchimol, fundador e CEO da XP Investimentos, estará em Chamonix, nos Alpes franceses, para dar início a uma longa jornada de 120 quilômetros. Ele terá até 34 horas para cumprir o percurso e vencer uma elevação aproximada de 7,2 mil metros de altitude. Se conseguir completar a Ultra-Trail du Mont-Blanc, Benchimol terá superado a barreira centenária pela segunda vez em poucos dias. A primeira, alcançada no dia 15, não foi um feito exclusivo do ultramaratonista, embora a escalada também tenha sido íngreme.

A empresa independente de investimentos, criada por ele em 2001, numa pequena sala de Porto Alegre, bateu a marca de R$ 100 bilhões sob custódia em ações, fundos, seguros, previdência, renda fixa, tesouro direto e investimentos no exterior. Há sete anos, a companhia tinha um centésimo desse valor. No final deste ano, a projeção indica que a XP chegará a R$ 130 bilhões, um volume possível pelos recordes mensais de captação. Em agosto, a casa deve atrair R$ 5 bilhões de novos recursos. “O que a gente tinha sob custódia em todo o ano de 2010 a gente capta, agora, em poucos dias”, diz Benchimol (leia entrevista aqui).

Tanto apetite por recordes tem uma justificativa. Em cinco anos, a XP quer se tornar a maior casa de investimentos do Brasil, superando Banco do Brasil, Itaú e Bradesco. Esses três principais bancos comerciais do País concentram mais da metade dos R$ 3,3 trilhões em investimentos de cerca de 30 milhões de brasileiros. Para superar esses bancões, a XP terá de multiplicar por, pelo menos, nove vezes o seu volume atual sob custódia. Para alcançar os R$ 900 bilhões, Benchimol acredita em dois pilares: qualidade na prestação de serviço e oferta de bons produtos. O primeiro ponto é seu exército de agentes autônomos de investimento, que são os especialistas responsáveis por convencer uma pessoa comum a trocar o tradicional relacionamento com o banco pela XP.




Onde tudo começou: no início, a XP oferecia cursos para quem se interessava em aprender a investir na bolsa de valores. Só em 2007 a empresa se tornou uma corretora (Crédito:Divulgação)


“Não é criar mercado, é convencê-lo de que investir com a gente é incomparavelmente melhor do que em qualquer outro banco comercial do Brasil”, diz Benchimol. Na visão da empresa, os investimentos precisam ser tratados como a saúde: um especialista é muito mais preciso que um clínico geral. Há cinco anos, a XP tinha pouco mais de 880 agentes autônomos, número que está próximo de 2,4 mil. Daqui a três anos, o objetivo é ter 10 mil. Cabe a esses “soldados” mostrar que um fundo com características idênticas na XP e num grande banco, por exemplo, tem retornos distintos.

Ainda há centenas de fundos DI que cobram taxas de administração perto de 3% ao ano. A XP tem um produto com características semelhantes a 0,3%. “Sempre tivemos metas audaciosas por acreditar que existe uma oportunidade muito grande no Brasil de oferecer um serviço diferente para investimentos”, afirma Gabriel Leal, head comercial e de relacionamento com cliente do Grupo XP. A solução foi ofertar fundos de terceiros. “Até pouco tempo atrás, os bancos rejeitavam conceitos como assessoria de investimentos ou plataforma aberta. Hoje, o jogo virou”, complementa Fernando Vasconcellos, head de marketing.

O segundo pilar de Benchimol é a oferta de produtos. Sua prateleira tem mais de 25 emissores de renda fixa e oferece mais de 400 fundos de investimento, como os da Verde Asset, Adam Capital, Garde Asset e AZ Quest (os fundos são responsáveis por metade da captação da XP). A Verde Asset Management, por exemplo, do badalado gestor Luis Stuhlberger, detém R$ 32 bilhões sob gestão e não é acessível a todo tipo de investidor, por exigir um valor alto para aplicação. Em abril, a XP passou a distribuir um desses fundos, com tíquete de R$ 50 mil. “A XP tem sido mais rápida e aproveitado as oportunidades de mercado, como as debêntures de infraestrutura, em 2012, e a oferta de CDB”, diz Daniel Lemos, Chief Operating Officer e head de produtos do Grupo XP. “Cada vez tem mais concorrência e a velocidade de acompanhar o nosso movimento tende a diminuir.”




Novo sócio: Roberto Setubal, co-presidente do Conselho do Itaú: “A empresa está três anos à frente da concorrência. Ela vai tirar todos os bancos da zona de conforto, como tirou o Itaú” (Crédito:Felipe Gabriel)
Dentro dessa oferta de plataforma aberta, cabe até um banco. É isso o que eles querem mostrar ao mercado, assim que o Banco Central emitir a autorização para o funcionamento do Banco XP. O processo está em análise há mais de um ano pela autoridade monetária e a expectativa é que consiga entrar em atividade no primeiro semestre de 2018. A diferença do banco da XP é que ele será uma marca ao lado das outras e não a principal atividade. Como será isso? Um cliente poderá fazer todos os tipos de operações financeiras com a XP, mas a conta corrente, o cartão de crédito e o financiamento não serão as principais. O modelo é inspirado na gigante americana Charles Schwab, criada no início da década de 1970, em São Francisco, como uma corretora de valores.

A Schwab, que hoje tem US$ 3,1 trilhões sob custódia, mexeu com a estabilidade de tradicionais casas, como o Merrill Lynch, ao cortar drasticamente as taxas dos investidores. Ao longo do tempo, foi uma das pioneiras na negociação online de ações e ampliou a oferta de aplicações aos clientes, como fundos de investimento e títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Assim como a XP quer oferecer produtos bancários, a Schwab tem essa possibilidade entre seus serviços, num total de 1,2 milhão de contas. Mas o modelo americano foi colocado à prova quando a Schwab saiu às compras após o estouro da bolha da internet, em 2000, e adquiriu o private bank US Trust e o banco de investimentos Soudview. A diversificação afastou a empresa daquilo que a diferenciou do mercado. A XP quase caiu nessa mesma tentação.

No início do ano passado, quando o Citigroup anunciou a intenção de vender a operação de varejo do Citi no Brasil, a XP apareceu como um potencial interessado. O mercado comenta que a avaliação da XP foi muito séria, inclusive envolvendo seus investidores estrangeiros, que poderiam fazer o aporte de capital. Mas, além da entrada de competidores como Santander e Itaú (que arrematou o banco por R$ 710 milhões), os sócios da XP avaliaram que não queriam ser vistos nem como banqueiros nem como vorazes compradores de um ativo pouco estratégico. “O Guilherme tem uma obsessão por novos projetos, por tentar e errar”, diz um ex-sócio, que deixou a empresa em 2012. “Mas uma de suas características é começar pequeno e não perder o controle.”

Durante um ano e meio, Benchimol viveu um dos poucos momentos em que ele se tornou um passageiro da agonia. Um fantasma passou a ameaçá-lo após a XP ter sido vítima de roubo de informações confidenciais. Uma quadrilha montou um email falso para capturar a senha de acesso à plataforma da empresa. Um funcionário não se deu conta do golpe, colocou seus dados e os bandidos conseguiram 29 mil dados de clientes. Com isso, passaram a chantagear Benchimol, que se recusou a pagar R$ 22 milhões em bitcoins (moeda virtual que não deixa rastros) para se ver livre dessa ameaça. O episódio é tratado com muito cuidado internamente, pois o erro poderia ter custado caro. Ele serviu para aumentar os níveis de segurança de acesso ao sistema. Hoje, todos têm um token de acesso.



Painel de controle: o grupo XP mantém três marcas para o investidor que quer acessar a bolsa de valores, a própria XP, a Rico e a Clear Corretora (foto) (Crédito:Leonardo Rodrigues / Valor / Agência O Globo)
 
A XP não comenta o assunto, apenas informa que todos os detalhes foram enviados às autoridades para investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Banco Central. Recém-formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Benchimol passou a fazer parte do time da corretora Investishop. Sua missão era vender uma plataforma virtual de negociação de ações, num momento de crescente interesse pela tecnologia. Mas o projeto não deu certo e ele foi demitido. Benchimol se mudou para uma corretora gaúcha, mas o projeto não vingou. Em Porto Alegre, conheceu Marcelo Maisonnave, com quem criou a própria empresa de investimentos, que chamaram de XPTO, por total falta de criatividade – com o tempo, decidiram cortar pela metade a marca.

Além dos dois sócios, eles tinham dois estagiários. Um deles, porém, decidiu trocar a startup pela segurança do salário do JP Morgan. Para não perder metade da equipe, os sócios decidiram oferecer 10% de participação a Ana Clara Sucolotti. A XP só conseguiu sobreviver graças à adoção do modelo de partnership. Dessa sociedade, Ana Clara e Guilherme engataram um namoro e depois se casaram. Ela já deixou a empresa. O modelo inicial deu tão certo que se transformou na base de tudo o que a XP fez dali para frente. Julio Capua, CFO do Grupo XP, foi o quarto sócio da empresa. Para convencê-lo a entrar para o time, ofereceram uma participação no negócio.

“Aprendemos desde cedo a dividir para crescer, pois sempre acreditamos que o nosso sucesso dependeria de pessoas”, afirma ele. “Desde o início nos inspiramos em alguns modelos bem sucedidos de partnership do mercado. No começo era uma necessidade, pois não tínhamos dinheiro para atrair executivos seniores para a empresa.” A XP, de fato, não importa em dividir e sente que profissionais trabalham melhor quando têm algo a perder. Mas para ser sócio não basta ter performance. A meritocracia tem o mesmo peso que o comportamento e a cultura.




Espelho meu: a corretora Schwab é o modelo perseguido pela XP. Na década de 70, a americana inovou no mercado de investimentos dos EUA ao oferecer uma alternativa de produtos e taxas mais acessíveis (Crédito:Divulgação)
 
A XP quer um alinhamento horizontal e, internamente, todos afirmam que não querem ter como sócio alguém desagradável. DINHEIRO conversou com dois ex-funcionários que relativizam essa história. “Alguns sócios não têm esse comportamento exemplar de dividir e ensinar. Há, sim, quem queira atropelar o outro para ganhar participação”, afirmou um deles. “É como acontece em todo o mercado financeiro.” Hoje, são 32 sócios com mais de 0,5% da Holding e mais de 200 associados com participação acionária, além dos seis sócios majoritários.


SONHO GRANDE 


Os planos de sonho grande de Benchimol e sua trupe ganharam um atalho no início de maio, quando o Itaú anunciou a compra de 49,9% da empresa por R$ 5,7 bilhões, o que elevou o valor de mercado para R$ 12 bilhões. A XP quadruplicou de tamanho em 12 meses. Em abril de 2016, a General Atlantic, fundo americano de private equity, já havia feito uma injeção de capital na empresa e adquirido a participação do fundo inglês Actis. A operação, naquele período, avaliou a XP em R$ 3 bilhões. Ali, o plano era alcançar os grandalhões do mercado financeiro em 10 anos.

“O Itaú é um selo de qualidade, que nos agrega uma estrutura sólida e consistente”, afirma Benchimol. “Antes era preciso explicar que a XP começou em 2001, em Porto Alegre. Com o Itaú como sócio, encurtamos essa história. Fica mais simples e mais fácil mostrar credibilidade e convencer o cliente que somos uma empresa séria.” A assinatura do contrato com o Itaú aconteceu um dia depois de a XP ter protocolado na Comissão de Valores Mobiliários o prospecto para o seu lançamento inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), na bolsa de valores. O plano era acessar o mercado e aumentar a governança corporativa, uma exigência que clientes mais endinheirados começaram a fazer para acreditar na solidez da instituição financeira que vai movimentar seus investimentos.

O interessante dessa história é que o IPO e a associação com o Itaú caminharam juntos. Em janeiro, no início do road show para apresentar a XP a investidores, Benchimol almoçou com Roberto Setubal, na sede do banco. Ali, desenharam uma carta de intenções numa folha de papel sulfite. Naquele momento, o fundador da XP colocou o Itaú como seu Plano A, por tudo o que o banco poderia agregar à sua empresa. Mas ele não tinha como paralisar o processo do IPO, principalmente porque era o único que a empresa poderia controlar. Se não vingasse com o Itaú, a XP não atrasaria os seus planos.


O mercado comenta que grandes fundos internacionais, como o Temasek, de Singapura; o Texas Pacific Group (TPG); o chinês GAC eram potenciais interessados em ancorar o IPO, termo utilizado no mercado para garantir que a operação seja bem-sucedida. O Itaú, porém, interrompeu esse processo e formalizou o que Benchimol e Setubal tinham colocado na folha A4 naquele almoço: o Itaú tinha interesse na independência da XP e nesse novo modelo de negócio para os investimentos, enquanto a XP ganhava a confiança de um importante parceiro, sem abrir mão do controle. “A XP é o maior caso de sucesso do empreendedorismo dos últimos 30 anos”, afirmou Setubal, durante a Expert, um evento organizado pela sua nova sócia. “A empresa está três anos à frente da concorrência. Ela vai tirar todos os bancos da zona de conforto, como tirou o Itaú.”

Ultrapar diz que continuará buscando aprovação do Cade de compra da Liquigás

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A Ultrapar divulgou Fato Relevante com seu posicionamento sobre o parecer dado pela Superintendência Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que recomendou ao Tribunal do órgão a reprovação da compra da Liquigás, controlada pela Petrobras, pela Ultragaz, do Grupo Ultra.

Além de lembrar que o parecer da SG não é vinculativo, e que cabe ao Tribunal do Cade a decisão final sobre a operação, a Ultrapar ressalta que seguirá buscando a aprovação junto ao Tribunal, “de maneira a afastar as preocupações concorrenciais apontadas pela SG”.

A Petrobras também se manifestou, e afirma que as duas companhias “acreditam que há iniciativas capazes de solucionar as preocupações concorrenciais levantadas pela SG e continuarão colaborando com o Cade, com vistas a obter a aprovação desta operação”.


Grupo Boticário prevê abertura de mais de 100 lojas em 2017

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Maior empresa de franquias do Brasil com mais de 4 mil pontos de venda, o Grupo Boticário prevê a abertura de mais 100 unidades em 2017, conforme afirmou o presidente, Artur Grynbaum. Ele participa do Latam Retail Show, evento do setor de varejo em São Paulo nesta terça-feira, 29.

O número de aberturas previstas é equivalente ao de 2016, quando a companhia também inaugurou 100 pontos de venda. Até o momento este ano, já foram 44 novos pontos, disse Grynbaum.

O executivo considerou que o desempenho da companhia tem sido superior ao da média do mercado de cosméticos. Em 2015 e 2016, a indústria de cosméticos teve quedas consecutivas de vendas da ordem de 6% e 9% respectivamente.

Já o Grupo Boticário cresceu 8,6% e 7,5% nestes mesmos anos.




 http://www.istoedinheiro.com.br/grupo-boticario-preve-abertura-de-mais-de-100-lojas-em-2017/



Empresa indonésia APP está perto de comprar Eldorado


Empresa indonésia APP está perto de comprar Eldorado


A empresa indonésia Asia Pulp & Paper (APP) está em negociações avançadas para fechar a compra da brasileira Eldorado Celulose, controlada pela J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Segundo fontes próximas à transação, a aquisição do controle da companhia deve ser anunciada nos próximos dias, por cerca de R$ 15 bilhões.

Metade desse valor deve ir para o caixa da J&F, que detém uma participação de 80% na Eldorado. A outra metade seria usada para pagar dívidas da companhia, que giram em torno de R$ 8 bilhões.

Em nota, a J&F disse que não comentaria as negociações e reiterou “que os processos seguem os trâmites usuais para operações dessa natureza.”

Além da proposta da empresa indonésia, que está sendo assessorada pelo banco BTG, a Eldorado recebeu outras ofertas. Segundo informou a Coluna do Broadcast na edição de ontem, a Fibria, maior companhia do setor, estaria disposta a pagar até US$ 12 bilhões pelo ativo. A chilena Arauco, que chegou a negociar de forma exclusiva com a Eldorado, ofertou R$ 14 bilhões pela companhia, valor que caiu a R$ 11,5 bilhões após auditoria nas contas da empresa. Um dos fatores que atualmente contamina o balanço da Eldorado é o fato de créditos tributários, como ICMS, serem contabilizados como geração de caixa.

A Eldorado também tem os fundos de pensão Funcef (Caixa) e Petros (da Petrobrás) como acionistas. Funcef e Petros fazem parte do fundo de investimento (FIP) Florestal, que também tem a holding dos irmãos Batista como sócio.

Vários ativos da J&F, dona da Friboi, foram colocados à venda após as delações dos irmãos Batista, em maio. O grupo já vendeu importantes negócios, como as operações de carnes da América do Sul para o frigorífico Minerva, por US$ 300 milhões; a Alpargatas, para a Cambuhy e Itaúsa, por R$ 3,5 bilhões; e a Vigor, para o grupo mexicano Lala, por R$ 5,7 bilhões.

Em maio, os irmãos Batista fecharam acordo de leniência com o Ministério Público Federal e se comprometeram a pagar multa de R$ 10,3 bilhões.


 http://www.istoedinheiro.com.br/empresa-indonesia-app-esta-perto-de-comprar-eldorado/

J&F contrata assessoria para mediar relação entre família Batista e BNDES

J&F contrata assessoria para mediar relação entre família Batista e BNDES
Wesley Batista (à esquerda) e Joesley Batista

A J&F, empresa que controla a JBS, contratou o banco BR Partners para fazer a mediação entre a família Batista, dona de cerca de 43% do grupo, e o braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar, que detém 21,3% da companhia de alimentos.

O colegiado da JBS tem nove conselheiros: dois independentes, dois indicados do BNDESPar e o restante é formado por executivos do grupo e representantes da família Batista.

Na votação, segundo apurou o Estado, apenas os integrantes que representam o banco de fomento – Claudia de Azeredo Santos e Maurício Luchetti – votaram pela saída de Wesley.

O argumento pela permanência do controlador, que tem mandato até 2019, é o de que Wesley é considerado peça importante nas renegociações de dívidas da companhia. Também fazem parte do conselho Tarek Faharat (atual presidente do colegiado), José Batista Sobrinho (o Zé Mineiro, fundador do grupo), Gilberto Xandó (presidente da Vigor), Humberto Farias (executivo da Âmbar) e o próprio Wesley Batista. Sérgio Waldrich (ex- Bunge) e Norberto Fatio(da consultoria Sotegen) são os integrantes independentes.


Ponte. 


O BR Partners, que assessorou o grupo francês Casino, dono do Grupo Pão de Açúcar, na disputa societária com Abilio Diniz, vai propor ao BNDESPar adiar a assembleia, marcada para sexta-feira, por 90 dias, para que os acionistas busquem uma solução amigável entre eles. Procurado, o BR Partners e J&F não quiseram se manifestar sobre o assunto. O banco de fomento não retornou os pedidos de entrevista.

O Estado apurou que o banco de investimento vai tentar marcar uma reunião com o BNDESPar antes da assembleia.
No mesmo fato relevante divulgado ontem, a JBS informou que está implementado mudanças, entre elas a aprovação no conselho de administração do afastamento de Joesley Batista; a contratação do escritório americano White & Case para implementar o programa de compliance, que dará maior transparência à companhia, além da busca de uma consultoria para avaliar os riscos e gestão financeira da empresa.

O grupo, que colocou à venda diversos ativos para fazer frente ao acordo de leniência de R$ 10,3 bilhões fechado com o MPF, renegocia o alongamento de dívidas de cerca de R$ 20,5 bilhões com bancos.

Nos últimos meses, a companhia se desfez de importantes negócios, como Vigor (vendida para o grupo mexicana Lala), Alpargatas (para Cambuhy e Itaúsa, empresas de investimentos de sócios do Itaú Unibanco), além das operações da América do Sul da JBS (para o Minerva).

O grupo negocia ainda a venda da Moy Park (complexo de carne processada com base na Irlanda), da Âmbar (energia) e da Eldorado (celulose). Há negociações em andamento com a empresa asiática APP, mas fontes do mercado afirmam que a Fibria teria interesse no negócio.


http://www.istoedinheiro.com.br/jf-contrata-assessoria-para-mediar-relacao-entre-familia-batista-e-bndes/

Confiança da indústria avança 1,4 ponto em agosto


Houve alta do índice em 11 dos 19 segmentos avaliados

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto, diz FGV

O Índice de Confiança da Indústria avançou 1,4 ponto em agosto, totalizando 92,2 pontos, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado nesta terça-feira (29) em São Paulo. Houve alta do índice em 11 dos 19 segmentos industriais avaliados. 

O Índice da Situação Atual subiu 1,6 ponto para 90,0 pontos, o maior valor desde maio de 2014. Contribuiu para o resultado a melhor percepção sobre o nível dos estoques. A parcela de empresas que avaliam os estoques como excessivos caiu de 12,1% em julho para 10,8% em agosto, o menor percentual desde fevereiro de 2014.

Aumentou também o percentual de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente: de 3,3% para 3,6% entre julho e agosto. Na avaliação da FGV, após piora consecutiva por quatro meses, as empresas continuam com estoques industriais indesejados em agosto.

O Índice de Expectativas aumentou 1,0 ponto e foi para 94,4 pontos. Contribuíram as melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes. O levantamento registrou alta na proporção de empresas prevendo produção maior de 29,1% para 34,2%. Aquelas que estimam produção menor passaram de 17,7% para 20,2% do total. Com o resultado, o indicador de produção prevista avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou 0,6 ponto percentual em agosto para 74,1%, nível próximo ao de junho e inferior à média no ano, de 74,5%.


http://www.amanha.com.br/posts/view/4432