quinta-feira, 31 de agosto de 2017

TST está preocupado com venda de créditos trabalhistas judiciais a advogados







As centrais de conciliação da Justiça do Trabalho estão preocupadas com os efeitos da compra de créditos trabalhistas por advogados nas negociações judiciais. No início deste mês, o Tribunal Superior do Trabalho enviou consulta ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para saber se a prática infringe algum mandamento ético da categoria, ou se há alguma obrigação de transparência sobre o negócio.
Venda de créditos trabalhistas a advogados inviabiliza acordos na Justiça do Trabalho, reclamam juízes.
ASCS - TST
Os contratos de cessão de créditos se tornaram preocupação depois que representantes das centrais de conciliação dos tribunais regionais do Trabalho foram ao TST reclamar. De acordo com os representantes dos TRTs, a venda dos créditos praticamente inviabiliza a negociação, porque o detentor do direito deixa de ter interesse na causa, e o comprador do crédito só tem interesse no valor que tiver a receber.

A consulta à OAB foi feita pelo ministro Emmanoel Pereira, vice-presidente da corte e coordenador da Comissão Nacional de Promoção à Conciliação do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Na consulta, ele pergunta ao presidente da Ordem, Claudio Lamachia, se o advogado precisa avisar o juiz sobre o contrato de compra e venda de créditos trabalhistas, já que “esse fato vem comprometendo sobremaneira a efetividade das audiências de conciliação”.

É que a compra dos créditos tem se tornado um negócio, e dos bastante lucrativos. Os juros incidentes sobre os créditos trabalhistas são de 12% ao ano e, conforme a Orientação Jurisprudencial 400 da Subseção de Dissídios Individuais do TST, esse dinheiro não compõe a base de cálculo do Imposto de Renda. Ou seja, é um investimento que rende mais do que qualquer aplicação de renda fixa, que usam os juros da Selic, de 9,5% ao ano, fora o desconto de Imposto de Renda e IOF, o que deixa a taxa de juros perto de 7%.

A reclamação dos juízes trabalhistas é que, para quem compra o crédito, não vale a pena negociar nem resolver a questão rápido. Como os juros são altos, quanto mais demorar, melhor.


Modelo de negócio


“Em alguns casos, por trás da aludida prática, o que existem são verdadeiros modelos de negócio, estruturados com base em sistemática semelhante à existente no sistema financeiro”, escreveu Pereira, em ofício expressando suas preocupações ao corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Renato Lacerda Paiva.

Na mensagem, Pereira diz ver três principais problemas: a possibilidade de a compra ser feita sem que o autor do pedido tenha “total clareza e compreensão do valor justo” do crédito; o fato de juízes darem prioridades a esses casos por achar que eles tratam de verba de caráter alimentar; e o trabalho desenvolvido para intimações pessoais quando o titular do crédito é o “patrono”, e não o titular do direito.

O advogado Gáudio Ribeiro de Paula confirma todas as preocupações do ministro Emmanoel. Ele costuma representar empresas na Justiça do Trabalho e, a partir da baixa taxa de acordo nas audiências de conciliação, consegue perceber o “mercado” da cessão de créditos aumentando.

“O que a gente percebe é que o reclamante comparece à audiência só para cumprir tabela, porque ele fica lá totalmente alheio, apenas respondendo que não tem interesse no acordo”, conta o advogado.

Para ele, negociar créditos trabalhistas é ilegal, porque a lei os define como verba alimentar.

Gáudio também confirma o receio de trabalhadores serem enganados por seus advogados. Ele lembra de um caso no qual o juiz arbitrou a indenização em R$ 50 mil e o crédito foi vendido por R$ 30 mil ao advogado. Anos depois, o TST manteve a condenação à empresa, mas a indenização ficou em R$ 500 mil, depois de juros, correções e de todas as discussões de direito. “São contas que o juiz de primeiro grau não pode fazer na hora e quem não é da área não tem noção de como um processo pode se desenvolver”, lamenta.


Questões éticas


Ainda não há muitos precedentes sobre a matéria. O Superior Tribunal de Justiça já definiu, nos casos de créditos de precatórios, que eles deixam de ter caráter alimentar e entram na fila dos demais créditos. Com isso, perdem a preferência em diversas aplicações, como na falência e na recuperação judicial de empresas.

Do ponto de vista ético, quem tem de decidir são os tribunais de ética e disciplina da OAB (TED).
Em São Paulo, onde está a maioria dos advogados do Brasil e onde há os dois maiores TRTs, o TED já decidiu que a cessão de créditos trabalhistas só pode ser feita a pessoas ou empresas de fora da relação processual da causa e em processos em fase de execução com valores definidos.

O atual presidente do TED1 (deontológico) de São Paulo, Pedro Paulo Wendel Gasparini, é autor de precedente importante sobre o tema, mas sobre a cessão de precatórios estaduais. Nele, a turma deontológica do TED-SP definiu que a compra de créditos por advogados ofende o artigo 5º do Código de Ética da Advocacia, segundo o qual “o exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização”.

“Aplico o mesmo entendimento à compra de créditos trabalhistas por advogados”, afirma o advogado à ConJur. Segundo ele, advogado que compra créditos deixa de ser advogado e passa a ser comerciante de ativos. “A possibilidade de pegar um cliente fragilizado economicamente e se aproveitar desse momento me faz pensar que a prática não é nem moral nem ética. É no mínimo um conflito de interesses.”

 http://www.conjur.com.br/2017-ago-30/tst-preocupado-venda-creditos-trabalhistas-advogados

Cientistas pesquisam geração de energia a partir do açúcar

Cientistas  pesquisam geração de energia a partir do açúcar



Pesquisadores do Instituto de Química da USP em São Carlos responderam a uma pergunta que a comunidade científica esperava há mais de meio século.

Foram cinco anos de estudo até o resultado inédito. Primeiro, os cientistas colocam fermento biológico, que a gente usa para fazer pão, no açúcar refinado. Com a fermentação, o açúcar vira álcool. Aí os pesquisadores acrescentam um fiozinho preto, um eletrodo com uma proteína chamada ADH ou álcool desidrogenase. É uma enzima encontrada no corpo humano e em alimentos como o tomate.

"A proteína é capaz de extrair os elétrons, que são partículas carregadas, do etanol, gerando então eletricidade. E esse processo é bem rápido. Em cerca de dez minutos já temos corrente elétrica", afirmou a doutoranda de química Graziela Sedenho.

O equipamento mede a eletricidade.

A experiência brasileira desvenda um mistério. Há mais de 50 anos, pesquisadores do mundo inteiro tentavam descobrir de que forma a proteína agia quando entrava em contato com o álcool. Pela primeira vez, os cientistas da USP de São Carlos conseguiram comprovar como é essa reação química, que transforma o açúcar em energia elétrica.

A pesquisa é capa de uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo na área química. E a ação da enzima para produzir energia não é a única descoberta.

"A outra novidade foi que no mesmo sistema nós conseguimos realizar duas reações ao mesmo tempo, ou seja, tanto o fungo quanto a proteína atuavam ao mesmo tempo para gerar o etanol e gerar a eletricidade, o que nunca tinha sido comprovado anteriormente", disse o professor Frank Crespilho.

A experiência pode trazer vantagens para o meio ambiente.

"Utilização de micro-organismos para decomposição da matéria orgânica em lagos e rios, descontaminando o meio ambiente e, mesmo assim, gerando eletricidade e também gerando bioenergia, ou seja, extraindo eletricidade de qualquer fonte de açúcar presente em frutas, legumes e outros tipos de plantas", explicou o professor (G1)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/cientistas-pesquisam-geracao-de-energia-a-partir-do-acucar.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/

O futuro da internet das coisas no Brasil

Estudo técnico financiado pelo BNDES deve ser concluído em setembro

 

por Agência Brasil

 

redacao@amanha.com.br



Cidades inteligentes, saúde e rural devem ser as áreas prioritárias para iniciativas e políticas públicas que visem ao desenvolvimento da internet das coisas no Brasil, conforme definição apontada na segunda etapa do estudo técnico Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil, divulgada hoje (6), no Rio de Janeiro, realizado sob a coordenação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

As conclusões finais do estudo vão subsidiar o Plano Nacional de Internet das Coisas, que deve ser anunciado pelo governo até o fim deste ano. Terão prioridade também os segmentos de petróleo e gás e mineração, dentro das indústrias de base; e têxtil e automotivo, na indústria manufatureira. Segundo o BNDES, a seleção atendeu aos fatores de relevância dos segmentos para a economia nacional e pelos projetos inovadores em curso.

Em paralelo, foram definidas frentes de trabalho que estão presentes em todos os segmentos. Entre elas estão capital humano; investimento, financiamento e fomento; ambiente de negócios; governança e internacionalização; infraestrutura de conectividade; aspectos regulatórios; privacidade de dados; e segurança de dados.

O estudo tem financiamento do BNDES e é realizado por um consórcio liderado pela consultoria McKinsey, com a participação da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (Fundação CPqD) e do escritório de advocacia Pereira Neto Macedo.
A terceira e última fase do estudo técnico está prevista para ser concluída em setembro. Ela deverá definir os planos de ação de cada frente de trabalho sugerida para o Plano Nacional de Internet das Coisas, informou o BNDES por meio de sua assessoria de imprensa.
 http://www.amanha.com.br/posts/view/4237

Escândalo do Wells Fargo cresce e afeta cerca de 3,5 milhões de contas

Escândalo do Wells Fargo cresce e afeta cerca de 3,5 milhões de contas

O Wells Fargo informou nesta quinta-feira que cerca de 3,5 milhões de contas eram “potencialmente não autorizadas”, em seu escândalo de práticas de venda. A revisão mostrou que o número afetado é superior ao anteriormente anunciado.

O banco, que continua a lidar com problemas em diferentes braços da companhia, disse que o número cresceu de 2,1 milhões de contas inicialmente anunciado, quando o escândalo emergiu há cerca de um ano. O banco destinará mais US$ 3,7 milhões para ressarcir clientes, baseado na análise expandida.

“Nós nos desculpamos com todos que prejudicamos pelas inaceitáveis práticas de venda que ocorreram em nosso banco de varejo”, afirmou o executivo-chefe do Wells Fargo, Timothy Sloan, em comunicado. “O anúncio de hoje é um lembrete do desapontamento que causamos em nossos clientes e acionistas”, acrescentou ele em telefonema à imprensa na manhã desta quinta-feira.

Em setembro de 2016, o Wells Fargo pagou US$ 185 milhões em multa por abrir contas com informações fictícias ou não autorizadas dos clientes. Pouco depois, o então executivo-chefe da empresa deixou o posto e ele agora continua a enfrentar investigações. O banco tem dito que coopera com as apurações. Fonte: Dow Jones Newswires.


 http://www.istoedinheiro.com.br/escandalo-do-wells-fargo-cresce-e-afeta-cerca-de-35-milhoes-de-contas/

Equatorial Energia adquire 51% do capital da Intesa por R$ 273 milhões

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A Equatorial Energia anuncia a compra de ações representativas de 51% do capital da Integração Transmissora de Energia S.A. (Intesa), por cerca de R$ 273 milhões. O valor está sujeito a ajustes, como eventuais distribuições de resultados pela Intesa e ajustes em Receitas Anuais Permitidas (RAP) referentes a projeto de implantação de reforços em instalações de transmissão.

A conclusão depende de aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Intesa, que atua em transmissão de energia (LT 500 kV Colinas/Serra da Mesa 2), apurou receita líquida de R$ 101 milhões no ano passado e encerrou o exercício com endividamento líquido de R$ 81 milhões.

O comunicado não revela quem são os vendedores. A composição acionária atual é Fundo de Investimentos em Participação Brasil Energia – FIP, com 51%, Chesf com 12% e Eletronorte, com 37%.

 http://www.istoedinheiro.com.br/equatorial-energia-adquire-51-do-capital-da-intesa-por-r-273-milhoes/

Temer anuncia que Portugal comprou 6 aviões da Embraer

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O presidente Michel Temer anunciou, na madrugada desta quinta-feira, 31, que o governo de Portugal confirmou a compra de seis aviões da Embraer. Em vídeo publicado no Twitter, enquanto viaja à China, Temer disse ter recebido a confirmação do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa. 

O encontro entre os dois presidentes aconteceu na quarta, 30, durante escala da comitiva brasileira antes da chegada à Ásia para encontro do Brics (grupo formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul).

Segundo o relato no vídeo, as aeronaves compradas são do modelo cargueiro da Embraer, o KC-390. “Mesmo durante a viagem, já tivemos um resultado muito positivo”, disse o presidente.

A série de publicações no Twitter pessoal de Temer também citou uma escala no Cazaquistão, onde teve encontro com um empresário que pretende investir “bilhões de dólares” na Bahia. Em Pequim, já na manhã desta quinta, a agenda de encontros incluiu presidentes de quatro grupos chineses.

“Esses grupos, extraordinários, investem no Brasil e querem investir cada vez mais”, disse Temer, no vídeo, cercado por alguns parlamentares da base aliada. O presidente aproveita a agenda com os demais líderes de países em desenvolvimento para prospectar interessados no pacote de concessões recém anunciado.


Janot


Em entrevista a jornalistas no hotel onde está hospedado em Pequim, Temer comentou que tentará levar o pedido de suspeição contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta, o ministro Edson Fachin negou o pedido da defesa do peemedebista e deu aval para o procurador continuar conduzindo as investigações que envolvem o presidente. “Meu advogado está vendo. Ele me disse que talvez tenha agravo para o plenário do STF”, disse Temer.

 http://www.istoedinheiro.com.br/temer-anuncia-que-portugal-comprou-6-avioes-da-embraer/

OMC confirma maior condenação do Brasil por incentivo à indústria


Decisão atende a queixas feitas pela União Europeia e Japão. Governo já prepara recurso

 

Da Redação

 

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OMC confirma maior condenação do Brasil por incentivo à indústria


A Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu nesta terça-feira (30) que o Brasil retire subsídios industriais em até 90 dias, após queixas da União Europeia e Japão contra uma série de incentivos do governo a setores da indústria. A decisão confirma uma condenação de novembro passado contra programas que beneficiaram vários segmentos. Trata-se da maior condenação contra subsídios à indústria que o Brasil já sofreu. De acordo com o site do G1, o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento já preparam recurso junto ao órgão de apelação da OMC, o que fará com que o processo se arraste no decorrer de 2018.

A OMC considerou inconsistentes com as regras internacionais sete medidas adotadas em maior parte durante o governo de Dilma e mantidas por Temer. Elas incluem a isenção e redução de impostos para companhias que produzirem seus produtos no país, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão da OMC de condenar o Brasil foi tomada no fim do ano passado, quando o órgão atendeu a uma ação movida pela União Europeia e Japão contra, principalmente, a política de incentivos para a indústria automobilística, o Inovar-Auto, programa criado no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. A decisão atinge também outros instrumentos de política industrial, como a Lei de Informática, o Programa de Inclusão Digital e o Reintegra, o programa de subsídio aos exportadores.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que está avaliando novas propostas para o setor industrial e que vai apresenta-las após a decisão final da OMC. "No momento, a CNI discute com os setores afetados e o governo propostas de novas medidas de política industrial que sejam eficazes para o desenvolvimento da indústria, respeitem as regras da OMC e ofereçam segurança jurídica aos investidores", afirma a entidade. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/4441