quinta-feira, 15 de agosto de 2019

E nós com a China?


E nós com a China?
No cabo de força de uma disputa de gigantes, China e EUA, o Brasil ainda tenta encontrar o seu lugar. A depender das escolhas, vai colher consequências ainda não totalmente previsíveis. É controversa a ideia de garantir vantagens a partir dessa disputa. Claro, as retaliações de lado a lado tendem a favorecer outros fornecedores, vendedores, parceiros comerciais que possam suprir eventuais vácuos de oferta. O Brasil está capacitado em diversas áreas para esse movimento. Mas em toda guerra, é fato histórico, a maioria sai perdendo.

O perrengue ainda se reveste de nuances políticas que podem comprometer a tradicional neutralidade que o País teve no passado. Por uma orientação de governo, nossa diplomacia se aproxima, em todos os sentidos, das práticas e deliberações estabelecidas pelo americano Donald Trump. Isso tem provocado e até irritado os chineses. A inclinação bolsonarista pode levar o Brasil a se postar, mesmo sem querer, como adversário da toda poderosa China, atualmente maior comprador de nossas mercadorias.

Qualquer desavença em uma direção ou sinal de conversão ou colaboração à outra parte pode significar duras retaliações, com desdobramentos financeiros imprevisíveis para a balança comercial. O Brasil já não ficou bem na fita e quase perdeu importantes encomendas quando, no início do Governo, algumas críticas foram levantadas pelo presidente contra o parceiro asiático. O mundo, nos últimos dias, fechou a respiração à espera do desfecho do combate. Não é de toda descartada a possibilidade de uma recessão global e foi em parte por isso que as bolsas despencaram e o câmbio entrou em parafuso.

O presidente Trump chegou a insinuar que os chineses manipularam criminosamente a sua moeda para ampliar as tensões. Ocorreu decerto uma correção cambial com desdobramentos turbulentos. Mas o maior dos riscos está na pauta de produtos penalizados dos dois lados. Trump listou minuciosamente mercadorias chinesas que estão em franca ascensão no mercado americano para realizar uma sobretaxa, até de maneira arbitrária, contrariando as regras da OMC.

É absolutamente impossível imaginar hoje não apenas os EUA como quase todas as praças globais prescindindo da oferta de mercadorias chineses. De longe as de melhor custo-benefício em qualquer circunstância. Por outro lado, a escalada da tensão comercial tem abalado a confiança dos empresários que, nesses momentos, tendem a refluir seus investimentos. Tanto na China, como nos EUA e no resto do planeta. Sem dúvida, no atual contexto, a torcida geral é por um entendimento o mais rápido possível entre os dois titãs. Antes que as consequências sejam desastrosas.
(Nota publicada na Edição 1133 da Revista Dinheiro)

Desmatamento corporativo


Sete a cada dez vazamentos de informação nas empresas referem-se a dados considerados sensíveis e confidenciais

Crédito: iStock
Você está sendo vigiado: informações compartilhadas por funcionários que usam e-mails corporativos revelam não apenas posturas pouco éticas mas até crimes (Crédito: iStock)

Parece desmatamento na Amazônia, mas o estrago acontece no ambiente corporativo. De cada dez incidentes de vazamento de informação nas companhias sete tratam de dados considerados confidenciais e estratégicos ao negócio. Os números referem-se à análise de 32 mil interceptações de mensagens, entre 2014 e 2018, feita pela consultoria de ética e compliance ICTS Protiviti. Eles foram extraídos de uma base formada por 50 corporações. O índice de procedimentos irregulares saiu de míseros 2,4% do conteúdo interceptado para assustadores 79,2%. O coordenador da pesquisa e diretor executivo de operações da ICTS, Fernando Scanavini, diz que o salto se explica por dois motivos. Por um lado, “existe maior preocupação das empresas em monitorar seus recursos”. Por outro, “mais ferramentas de monitoramento”.

Ainda que o aumento do zelo e das melhorais tecnológicas tenha crescido, é uma quantidade considerável de segredos, informações restritas, dados confidenciais e até mesmo crimes comuns pululando no mundo corporativo. A consultoria realiza serviços de análise de risco a partir do monitoramento do tráfego de informações em e-mails, desktops, laptops, celulares corporativos e publicações nas redes sociais.

A partir do momento que faz a interceptação, a consultoria não interfere no seu desenrolar. Ela encaminha o conteúdo para as empresas que contratam o serviço. Cabe à companhia esclarecer a questão e resolver o tema com seu colaborador. Scanavini afirma que cresce a percepção das lideranças corporativas para os problemas que nascem a partir da alta conectividade em ambientes de trabalho. Não importa o número de funcionários ou segmento de atuação. “Era, e ainda é, mais comum a cultura de segurança e boas práticas nas grandes empresas, mas cada vez mais organizações de porte médio ou menor começam a se preocupar”, diz.

E aí a tecnologia de monitoramento ganha espaço. Boa parte das empresas tem departamentos e canais para denúncias, mas ainda é a menor fatia delas que utiliza ferramentas tecnológicas para controlar a informação disseminada a partir dos próprios funcionários. “A cada 1 mil empregados, os canais de denúncia identificam quatro incidentes, enquanto no monitoramento, a cada 1 mil colaboradores, são interceptadas dez violações”, afirma Scanavini. É uma performance 2,5 vezes superior.

O monitoramento é feito por máquina, mas também há presença humana. Toda mensagem com anexo já passa por filtro. Algumas ficam numa quarentena e levam até 60 minutos para sair da caixa de mensagens. A autorização para monitorar esse fluxo de comunicação é assinada pelos colaboradores ao serem contratados. “Todas as empresas para quem prestamos serviços têm códigos de conduta e compliance informando as regras”, afirma. Ainda assim muitos esquecem o que assinaram, ou não leram, mais ou menos como acontece quando a gente aceita entrar numa rede social.



O robô utilizado pela ICTS Protiviti trabalha a partir de um acervo semântico – um conjunto de palavras e expressões que ao ser usado indica a probabilidade maior de existir alguma informação confidencial sendo vazada. “Esse dicionário, de umas 150 palavras, é nosso segredo”, diz, justificando manter silêncio sobre elas. Mas uma expressão ele revela: “A branquinha tá especial”, usada por funcionários que elegem o e-mail corporativo para avisar a colegas potenciais consumidores de drogas.
Para diminuir filtros humanos, feitos por analistas, e aumentar o índice de interceptação já se começa a utilizar no monitoramento Inteligência Artificial na busca de análises mais refinadas. Scanavini diz que muitas vezes uma palavra considerada ‘suspeita’ só está fora de contexto. Mas também ocorre o oposto. Pessoas que utilizam palavras aparentemente “inocentes” para vazar dados e informações. Por isso o investimento em IA. E, independentemente da adoção de canais de denúncia e do monitoramento, ele lembra da regra básica. “Treinar pelo menos anualmente e informar rotineiramente os colaboradores, novos ou não, sobre as regras para um comportamento ético.”




Piracanjuba anuncia nova fábrica no Paraná


Planta de São Jorge D’Oeste terá aporte de R$ 80 milhões

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Piracanjuba anuncia nova fábrica no Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu na quarta-feira (14), em Curitiba, o diretor-superintendente da empresa de laticínios Piracanjuba, Cesar Helou. Na reunião (foto), o executivo confirmou dois novos investimentos no sudoeste do Paraná que, somados, atingem o valor de R$ 110 milhões. 

A construção da unidade de São Jorge D’Oeste começa em 2020, ao custo de R$ 80 milhões, criando 300 empregos diretos. Já a primeira unidade, em Sulina, começa a funcionar em setembro. Com capacidade de processar 150 mil litros de leite por dia e investimento de R$ 30 milhões, a indústria vai gerar no primeiro momento 70 empregos diretos na produção de queijo fatiado. “Recebemos todo o apoio para que as obras não tenham atrasos, principalmente quanto à necessidade de infraestrutura e energia”, destacou Helou. 

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, o Paraná é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com cerca de 13% da produção nacional. Aproximadamente 90 mil produtores de leite atuam no Estado. Em 2017, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidos 4,4 bilhões de litros. Em 2018, a produção de leite rendeu R$ 5,8 bilhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado, segundo dados preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura, perdendo apenas para o frango, soja e milho. 


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CEO do Walmart defende endurecimento ao acesso as armas nos EUA

A maior rede varejista dos EUA está novamente sendo alvo de críticas pela venda de armas após os dois massacres no último final de semana e deixaram 31 mortos

CEO do Walmart defende endurecimento ao acesso as armas nos EUA
O Walmart afirmou que é responsável por 2% de vendas de armas e 20% de munições nos EUA


O CEO do Walmart, Doug McMillon, afirmou nesta quinta-feira (15) que é preciso “bom senso” no debate sobre o acesso a armas nos Estados Unidos e que apóia o fortalecimento de medidas que endureçam a legislação atual. A maior rede varejista dos EUA está novamente sendo alvo de críticas pela venda de armas após os dois massacres ocorridos no último final de semana e que deixaram 31 mortos. Além disso, dois gerentes do Walmart foram assassinados em um caso isolado.

“Acreditamos que a proibição das armas de assalto deve ser debatida para determinar sua eficácia em manter as armas feitas para a guerra fora das mãos dos assassinos em massa”, afirmou CEO em uma nota publicada hoje.

Entidades que defendem maior rigidez ao acesso a armas criticaram o Walmart pela inércia diante dos recorrentes massacres. Para eles, a rede deveria usar seu peso corporativo para pressionar por mudanças na legislação.

“Somos encorajados pelo amplo apoio que está surgindo para fortalecer as verificações de antecedentes e retirar as armas daqueles que estão determinados a representar um perigo iminente”, disse o CEO.

O Walmart afirmou que é responsável por 2% de vendas de armas e 20% de munições nos EUA. A rede é um importante parceiro de produtores do segmento, como a American Free Brands e Vista Outdoor. Segundo a CNN, a rede é o principal cliente da Vista, responsável por 14% dos US$ 2 bilhões de lucro da empresa armamentista do último ano.

https://www.istoedinheiro.com.br/ceo-do-walmart-defende-endurecimento-ao-acesso-as-armas-nos-eua/

Possível retaliação chinesa mantém B3 no vermelho


Recessão global segue preocupando investidores 

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Possível retaliação chinesa mantém B3 no vermelho

O principal índice da bolsa brasileira, a B3 (foto), segue em retração nesta quinta-feira (15). A B3 tem refletido o comportamento do mercado mundo afora em meio às crescentes preocupações de uma recessão global. A China divulgou um comunicado afirmando que poderá retaliar os Estados Unidos depois de a Casa Branca ter anunciado que adiria a aplicação do novo pacote de taxas sobre produtos chineses. Trump anunciou novas taxas no início deste mês, tendo desencadeado uma resposta imediata da China, que suspendeu a compra de produtos agrícolas norte-americanos.

No início da tarde, por volta das 13h, o Ibovespa tinha queda de 0,4%, a 99.812 pontos. Na abertura, o índice chegou a operar em alta de 0,6%, mas depois retrocedeu. O dólar, no mesmo  horário, era cotado a R$ 4,0150, queda de 0,5% em relação à cotação de ontem. Na quarta-feira (14), a bolsa recuou 2,9%, a 100.258 pontos, após dados fracos da produção industrial da China e a queda do PIB da Alemanha. 

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terça-feira, 13 de agosto de 2019

Grupo Boticário adquire o site Beleza na Web


As empresas não divulgaram o valor da transação

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Grupo Boticário adquire o site Beleza na Web
O Grupo Boticário, do Paraná, anunciou nesta segunda-feira (12) a aquisição da Beleza na Web (reprodução), loja on-line de cosméticos. As empresas não divulgaram o valor da transação. A negociação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A plataforma, fundada em 2008 pelo empresário Alexandre Serodio, tem em seu portfólio mais de 360 marcas nacionais e estrangeiras de cabelo, perfumaria, pele, corpo e maquiagem, somando mais de 17 mil itens.  

De acordo com a companhia paranaense, o negócio solidificará a posição do Boticário no mercado multimarca e atuação multicanal, integrando uma das principais plataformas multimarca do Brasil ao grupo, que já tem The Beauty Box, maior rede em número de lojas multimarca de beleza do país. No ano passado, o grupo paranaense registrou crescimento de 11% obtendo uma receita total de R$ 13,7 bilhões.

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Klabin vence leilão por área no Porto de Paranaguá


Companhia investirá R$ 87 milhões no local

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Klabin vence leilão por área no Porto de Paranaguá

Foram arrecadados R$ 148,5 milhões em outorgas no leilão de três áreas nos portos de Santos e Paranaguá na manhã desta terça-feira (13) na B3, em São Paulo. Em lance único, a Klabin arrematou por R$ 1 milhão uma área de 27,5 mil metros quadrados para movimentação de cargas em geral no Porto de Paranaguá (foto). Estão previstos investimentos de R$ 87 milhões. Após esse aporte, a área poderá atingir a capacidade de movimentar 1,25 milhão de toneladas por ano. O local atenderá demanda de exportação de fábrica de celulose da Klabin localizada em Ortigueira, a 350 quilômetros do terminal portuário.

Na unidade, chamada Puma, a companhia já produz celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff) para abastecer o mercado nacional e internacional. A Klabin tem ainda um projeto bilionário de expansão das instalações no local nos próximos anos e recentemente, fez um primeiro desembolso de R$ 288 milhões para aumento de capacidade no segmento de papéis para embalagem.


http://www.amanha.com.br/posts/view/7948
Relator da ONU cobra explicações de Bolsonaro sobre Ditadura Jamil Chade 13/08/2019 08h00 Sede da ONU, em Genebra. Foto: Jamil Chade O relator especial da ONU para a promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição, Fabián Salvioli, cobrou explicações do presidente Jair Bolsonaro por conta de suas declarações sobre o pai do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e por seu posicionamento sobre o regime militar. A maneira pela qual Bolsonaro vem fazendo pronunciamento sobre a ditadura no Brasil tem criado um profundo mal-estar entre diplomatas brasileiros no exterior e dentro da ONU, inclusive depois de o presidente elogiar o coronel Carlo... - Veja mais em https://jamilchade.blogosfera.uol.com.br/2019/08/13/relator-da-onu-cobra-explicacoes-de-bolsonaro-sobre-ditadura/?cmpid=copiaecola
Relator da ONU cobra explicações de Bolsonaro sobre Ditadura Jamil Chade 13/08/2019 08h00 Sede da ONU, em Genebra. Foto: Jamil Chade O relator especial da ONU para a promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição, Fabián Salvioli, cobrou explicações do presidente Jair Bolsonaro por conta de suas declarações sobre o pai do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e por seu posicionamento sobre o regime militar. A maneira pela qual Bolsonaro vem fazendo pronunciamento sobre a ditadura no Brasil tem criado um profundo mal-estar entre diplomatas brasileiros no exterior e dentro da ONU, inclusive depois de o presidente elogiar o coronel Carlo... - Veja mais em https://jamilchade.blogosfera.uol.com.br/2019/08/13/relator-da-onu-cobra-explicacoes-de-bolsonaro-sobre-ditadura/?cmpid=copiaecola
Brasil não depende de aval da Argentina para acordo com UE Renata Agostini, Julia Lindner e Luciana Dyniewicz São Paulo 13/08/2019 07h05 Um acordo firmado em julho pelos membros do Mercosul permite que o Brasil não dependa da Argentina para colocar em vigor o tratado de livre-comércio negociado com a União Europeia. O acerto, feito na última reunião de chefes de Estado do bloco, realizada na Argentina, foi proposto pelo governo de Mauricio Macri e permite que, após a assinatura formal do acordo e o aval do Parlamento Europeu, as novas regras tarifárias passem a valer para o país que obtiver aprovação do texto pelo seu Congresso. Até então, um acordo comercial nego... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/08/13/brasil-nao-depende-de-aval-da-argentina-para-acordo-com-ue.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=economia&cmpid=copiaecola
Brasil não depende de aval da Argentina para acordo com UE Renata Agostini, Julia Lindner e Luciana Dyniewicz São Paulo 13/08/2019 07h05 Um acordo firmado em julho pelos membros do Mercosul permite que o Brasil não dependa da Argentina para colocar em vigor o tratado de livre-comércio negociado com a União Europeia. O acerto, feito na última reunião de chefes de Estado do bloco, realizada na Argentina, foi proposto pelo governo de Mauricio Macri e permite que, após a assinatura formal do acordo e o aval do Parlamento Europeu, as novas regras tarifárias passem a valer para o país que obtiver aprovação do texto pelo seu Congresso. Até então, um acordo comercial nego... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/08/13/brasil-nao-depende-de-aval-da-argentina-para-acordo-com-ue.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=economia&cmpid=copiaecola