quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

“Levamos o dinheiro da Faria Lima para qualquer canto do País”


Fundada em 2016, a fintech Gira+ dedica-se à concessão de crédito para micro e pequenas empresas, que têm dificuldade em ser atendidas pelo sistema financeiro tradicional, diz o co-CEO Rodrigo Cabernite. Agora, a empresa captou R$ 50 milhões com uma debênture social.

 

Crédito: Divulgação

e Santander. Foi head de Mercados de Capitais para a América Latina no Standard Chartered em Nova York e em São Paulo. (Crédito: Divulgação)


Por que atender as pequenas empresas?

 
Eu e meu sócio trabalhávamos em bancos de investimentos em 2016. Percebemos que o momento era propício. Havia uma crise e o crédito, principalmente para os pequenos, era escasso. Os bancos tradicionais não entendem o pequeno empresário porque as informações não estão organizadas.

E como vocês entendem esses clientes? 

 
Os bancos só trabalham com as informações dos cadastros dos maus pagadores e não emprestam para quem não tem dados consistentes. Nós usamos outros indicadores, como meios de pagamentos digitais, Inteligência Artificial, marketing digital, mídias sociais, Google, espaços publicitários, entre outros. Além disso, muitos pequenos empresários usam maquininhas e plataformas de gestão financeira. Nós analisamos todos esses dados em tempo real.

De onde vêm os recursos para emprestar?

 
Financiamos nossa carteira de crédito com debêntures e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Muitos fundos de investimentos têm liquidez. Nós captamos esses recursos do grande investidor e fazemos com que ele chegue aos pequenos empresários. Levamos o dinheiro da Faria Lima para qualquer canto do País.

Quantas empresas vocês atendem? 

 
Temos um cadastro de mais de 100 mil empresas e recebemos cerca de 1 mil solicitações de crédito por dia. Dos 1 mil pedidos, conseguimos selecionar cerca de 200, porque somos rígidos, e finalizamos o empréstimo para 25. Os empréstimos são feitos com prazo de até 24 meses com taxas que vão de 1,99% a 5,99% ao mês, dependendo do perfil.

O movimento cresceu na pandemia?
 

Sim. Em novembro tivemos o nosso melhor mês. A demanda de solicitações diárias triplicou e o volume concedido dobrou. Nossa inadimplência ficou abaixo de 5%, não muito acima da taxa habitual, de 4%. Isso porque conseguimos dimensionar o crédito para cada empresa de forma que ela não seja sufocada.

Quais os resultados? 

 
Fornecemos capital de giro e desconto de recebíveis para empresas que não conseguem ser atendidas pelos bancos. E temos um retorno muito positivo, porque conseguimos salvar o pequeno empreendedor que trabalha direito. Temos um grande impacto social e, por isso, captamos R$ 50 milhões com uma debênture como título social. Ela foi caracterizada como Social Bond em conformidade com os Social Bond Principles.





Nos Estados Unidos, as fintechs já respondem por um quarto do crédito. No Brasil, os grandes bancos ainda concentram a maior parte dos empréstimos, mas isso está mudando em função do avanço da tecnologia, com mudanças na forma como se analisam os perfis para concessão dos recursos.

SERVIÇO
Curso gratuito sobre criptomoedas

O bitcoin foi um dos investimentos mais rentáveis em 2020 e pode render mais em 2021. Em 1º de janeiro de 2019 o valor da moeda digital era de R$ 29,2 mil e no final do ano chegou a R$ 151,9 mil, valorização de 420% em 12 meses. Para entender melhor como funciona esse mercado, o TradeMap, aplicativo especializado no mercado financeiro, em parceria com a corretora NovaDAX, oferece um curso gratuito que tratará da relevância das criptomedas, dos fundamentos do blockchain, das estratégias de investimento e da tributação.

CRÉDITO
Financiamento imobiliário digital

A Melhortaxa, plataforma digital de crédito imobiliário, encerrou 2020 com cerca de 72 mil pedidos de financiamento. O volume é o dobro do registrado em 2019. O aumento confirma o aquecimento do mercado imobiliário e o maior interesse dos clientes por transações digitais, devido à pandemia. Desde sua criação em 2014, a Melhortaxa já intermediou R$ 1 bilhão em financiamentos imobiliários. Em dezembro, a fintech recebeu 3,6 mil solicitações de crédito, 60% a mais em relação ao mesmo período de 2019.

Número da semana
0,78% 

Foi a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, em janeiro. A inflação desacelerou-se em relação ao 1,06% de dezembro de 2020, mas foi o maior porcentual para o mês desde o 0,92% registrado em 2016. Nos 12 meses até janeiro, porém, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% dos 12 meses até dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal causa da desaceleração foi a energia elétrica, cujos preços subiram 3,14% em janeiro, ante os 4,08% de dezembro. A desaceleração também decorreu da queda de 20,49% dos preços das passagens aéreas e pela alta menos expressiva da carne, que subiu 1,18%, e do arroz, que avançou 2%.


 https://www.istoedinheiro.com.br/levamos-o-dinheiro-da-faria-lima-para-qualquer-canto-do-pais/

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Raízen abre vagas com salário de R$ 9 mil para formar líderes


A empresa procura por profissionais formados em engenharia e agronomia entre 2017 e 2018. O inglês não é pré-requisito para as vagas

A Raízen abre nesta segunda-feira, 1, as inscrições para o Programa Talentos Agroindústria 2021, uma iniciativa para contratar profissionais com dois anos de experiência e desenvolver as futuras lideranças da empresa.

Eles buscam por profissionais formados entre 2017 e 2018 em engenharia ou agronomia. É necessário ter no mínimo dois anos de experiência na indústria ou no agronegócio, mas não há restrição quanto ao setor ou exigência de idiomas.

Os selecionados passarão por uma trilha de desenvolvimento profissional e também por treinamento técnico e mentoria com líderes da empresa. A ideia é impulsionar a carreira e as competências dos profissionais.

Segundo Paula Benevides, vice-presidente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Raízen, o objetivo é ter pessoas preparadas e engajadas em promover transformações.

“Para que isso aconteça, apostamos na nossa capacidade de oferecer diferentes formas de energia para mobilizar pessoas, além de contar com um time diverso que nos desafia a cada dia e nos ensina a ir além, tanto no campo como em nossas unidades produtoras”, diz a executiva.

A entrada na empresa está prevista para abril de 2021. O salário inicial será de R$ 9 mil e as posições são para diversas cidades no interior de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Eles irão atuar nas áreas agrícola e industrial do time de EAB (etanol, açúcar e biomassa).

O processo de seleção, no entanto, será completamente online. Os candidatos passarão por testes, avaliação de perfil e entrevista com gestores da empresa.

Os interessados nas vagas podem acompanhar o LinkedIn da empresa, onde serão realizadas duas lives com a participação de líderes de EAB para falar sobre o mercado e com profissionais mulheres que atuam no time para falar sobre a presença feminina no setor agroindustrial.

As inscrições podem ser feitas pelo site da Across até o dia 28 de fevereiro.

 

 https://exame.com/carreira/raizen-abre-vagas-com-salario-de-r-9-mil-para-formar-lideres/

Com US$ 650 milhões sob gestão, Fundo Aqua aposta no agronegócio



Com a estratégia certa, o setor, que não é muito popular no mercado financeiro, pode dar um bom retorno

O pequeno número de empresas do agronegócio listadas na bolsa brasileira B3 — cerca de 30 em um universo de 400 — é incompatível com a importância do setor para a economia brasileira. Responsável por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB), o agronegócio costuma ter um bom desempenho mesmo nos momentos de pior crise.

 

 https://exame.com/revista-exame/uma-porta-para-o-agronegocio/

Bank of America alerta para ‘3 Rs’ que sinalizam virada do mercado


Estrategista-chefe para ações do banco americano diz que aumento da inflação será um dos sinais para o fim do bull market ou o estouro da bolha

Se o mercado virar de vez para forte correção em 2021, Michael Harnett poderá ser lembrado futuramente como um dos que mais se empenharam em avisar sobre a derrocada. O estrategista-chefe para ações do Bank of America voltou a fazer um alerta para a queda das bolsas em nota distribuída a clientes nesta sexta-feira, 29.

O novo alerta foi dado no dia em que os principais índices de ações em Wall Street encerraram com a maior queda semanal desde outubro de 2020.

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“Os 3 Rs de taxas [rates], redistribuição e regulação são historicamente os catalisadores que encerram bull markets & bolhas… todos serão eventos em 2021 […] que poderão levar para trimestres e anos [com índices] mais baixos e mais voláteis “, disse Harnett.

Há uma semana, Harnett causou alvoroço ao escrever que o mercado se encontrava no último estágio antes do estouro da bolha, na medida em que investidores muito ricos estavam se comportando como aqueles que desejam ser ricos, ou seja, tomando riscos de maneira desmedida.

O primeiro dos Rs é o da taxa de juro (interest rates), na medida em que, em sua avaliação, a inflação ao consumidor nos Estados Unidos deve sofrer um repique no segundo trimestre e isso pode levar o Federal Reserve, o banco central americano, a sinalizar um aumento de juro no médio prazo.

Isso ocorreria ao mesmo tempo que — o segundo R, da redistribuição — o PIB americano deve crescer a um ritmo anualizado de 5% e os lucros das empresas devem subir na casa de dois dígitos, em 20%.

O terceiro R é o da regulação, e Harnett cita a recente decisão do banco central da China de restringir a liquidez dos bancos nesta semana, com reflexos sobre as ações das instituições financeiras.

Harnett comentou ainda sobre a disputa entre investidores de varejo e fundos hedge com grandes posições vendidas e disse que o episódio — que começou com as ações da GameStop — serve como nova escalada das tensões em torno das desigualdades da economia.

 

 https://exame.com/invest/bank-of-america-alerta-para-3-rs-que-sinalizam-virada-do-mercado/?page-level-tracking-code

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

CEO da Elsevier diz que Brasil busca novas alternativas de gestão de saúde para fugir de métodos tradicionais

Cláudia Toledo, CEO da Elsevier, aponta quatro novos modelos de gestão de saúde global e analisa adaptação do Brasil à estas transformações

Melhorar o acesso à saúde é um assunto debatido e pendente no Brasil há muitos anos. Em 2020, esses problemas ficaram ainda mais em evidência, diante de todo o caos na saúde brasileira e mundial, onde todos precisaram se isolar e evitar o contato físico ao máximo. Diante disso, um assunto que estava se fazendo presente na área da saúde, pouco a pouco, foi acelerado e colocado como uma das prioridades em diversas corporações e gestões hospitalares: a telemedicina e os novos modelos de saúde. 

De acordo com a CEO da Elsevier, Cláudia Toledo, a cooperação entre as empresas abrange estágios que vão desde cuidados preventivos e cuidados primários remotos, até o suporte a pacientes crônicos e idosos. “Nós, da Elsevier, queremos disponibilizar práticas e apps de saúde não apenas para pessoas saudáveis e pacientes que já se beneficiam deste novo modelo, mas também nos sistemas de saúde do Brasil em geral”, afirmou Cláudia. 

Já com um olhar voltado para a gestão de saúde, essa área aliada à tecnologia possibilita que as organizações hospitalares usem as melhores práticas para construir programas escaláveis e lucrativos, que alavancam a combinação certa de pessoas e tecnologia. “Os desafios da área de saúde são enormes, mas trazendo para o contexto atual, tudo o que aconteceu em termos de aceleração em função da Covid-19, serão resultados que a maioria das gestões vão adotar daqui pra frente. Atualmente essa gestão é voltada para a equipe clínica que recomenda um tratamento para um paciente de acordo com o que é disponível, e esse foco é voltado para o sistema de saúde em questão de lucros e não no paciente, que é a maneira correta”, explicou a CEO da Elsevier. 

O modelo atual de gestão de saúde é voltado para o recebimento por procedimento ou por serviço que é feito e não pela qualidade do resultado e eficiência. “O Brasil ainda é retrógrado nesse sistema, visto que o foco está no valor do serviço, quanto será cobrado pelo procedimento. No entanto, o segredo do desenvolvimento nesta área é voltar as atenções para o modelo que preza por uma maior qualidade e eficácia do tratamento. Os países que já adotaram esse modelo e que vão realizando os procedimentos de acordo com a evolução do paciente, com foco na cura e tratamento, se saíram muito melhor”, finalizou Cláudia.

https://www.wtcclub.com.br/ceo-da-elsevier-diz-que-brasil-busca-novas-alternativas-de-gestao-de-saude-para-fugir-de-metodos-tradicionais/

Castertech, do Grupo Randon, adquire metalúrgica CNCS


Negócio foi fechado por R$ 21,5 milhões 
 
 
A Randon afirmou que o objetivo da aquisição é ampliar a capacidade de produção em serviços de usinagem

 

A Randon comunicou nesta quarta-feira (27) que adquiriu, por intermédio da Castertech, a CNCS Indústria Metalúrgica, de Caxias do Sul (RS), pelo preço de R$ 21,5 milhões. O valor, no entanto, poderá ser ajustado na data do fechamento, de acordo com o contrato firmado. A concretização do negócio ocorrerá após o cumprimento das condições precedentes.

"Essa aquisição é mais um passo no plano de expansão da companhia, seguindo o seu plano estratégico de negócios. Com a nova unidade, ampliamos nossa carteira de clientes, que atualmente se concentra nas principais montadoras de caminhões, ônibus e semirreboques, adicionando fabricantes de máquinas e implementos agrícolas", reforça o diretor de suspensão e rodagem das Empresas Randon, Eduardo Dalla Nora.

Com esse movimento, a Castertech ampliará a sua receita em R$ 27 milhões e aumentará a capacidade de usinagem em 35%. A empresa adquirida possui tecnologia atualizada e está localizada no bairro Cristo Redentor, em Caxias do Sul. Os cerca de 100 funcionários que já atuam na unidade serão integrados ao time da Castertech. Em operação desde 2009,, a Castertech surgiu, inicialmente, para atender as necessidades internas das Empresas Randon. Hoje, a empresa fornece seus produtos para montadoras de caminhões, ônibus, semirreboques, sistemistas automotivos, para o segmento agrícola e para o mercado de peças de reposição.

A Randon é a 27ª empresa da região e a oitava do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ com o apoio técnico da PwC.

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/castertech-do-grupo-randon-adquire-cncs

Copel investirá R$ 100 milhões na Usina Parigot de Souza


Aporte inaugura uma nova etapa de modernização do empreendimento 
 
 

Encravada na Serra do Mar paranaense, a usina é a maior central geradora subterrânea do Sul do Brasil

A Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (GPS) completou 50 anos nesta semana. O marco levou a Copel a anunciar um investimento de R$ 100 milhões para uma nova etapa de modernização do empreendimento. Com quatro unidades geradores que somam 260 megawatts de potência, está localizada no município de Antonina, no Litoral, e pode produzir energia para atender ao consumo de até 750 mil pessoas. Apesar de cinquentenária, a GPS está em plena forma. No ano 2000 houve uma ampla modernização e ela passou a ser operada a distância a partir do Centro de Operação de Geração e Transmissão da Copel, em Curitiba.

Encravada na Serra do Mar paranaense, GPS é a maior central geradora subterrânea do Sul do Brasil. A hidrelétrica é alimentada pelo represamento das águas do Rio Capivari – que integra a bacia do Rio Ribeira. A construção da barragem de terra compactada permitiu a formação de um reservatório de 16,3 quilômetros quadrados, localizado à margem da rodovia BR-116, no trecho Curitiba - São Paulo, a 50 quilômetros da capital paranaense. Depois de movimentar as turbinas, a água do Rio Capivari é lançada no Rio Cachoeira. E é por essa configuração que o empreendimento foi originalmente batizado com o nome de Usina Capivari-Cachoeira.

O segredo de engenharia dessa usina é o desnível entre o reservatório e as turbinas. A quantidade de água utilizada é pequena, mas a velocidade proporcionada pelos 750 metros de queda pode chegar a 426 km/hora gerando uma grande pressão sobre as conchas das turbinas Pelton. Para gerar energia, a água atravessa um túnel de adução de 15 quilômetros escavado no coração da Serra do Mar, passa pela chaminé de equilíbrio que reduz a pressão nos túneis, e chega ao conduto forçado que tem mais 1.080 metros e leva a água até as turbinas, instaladas na base da montanha. Ali, três grandes cavernas foram escavadas e abrigam a sala de máquinas, sala dos transformadores e sala de válvulas.

Concessão
Em 2015, a Copel venceu o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e garantiu o direito de continuar operando a Usina Hidrelétrica Governador Parigot de Souza, em Antonina, por mais 30 anos. Parigot de Souza foi construída pela Copel na década de 1960 e teve seu primeiro contrato renovado em 1995 por 20 anos. A renovação expirou em julho de 2015 e, por isso, a concessão foi a leilão.

https://amanha.com.br/categoria/empresa/copel-investira-r-100-milhoes-na-usina-parigot-de-souza