terça-feira, 21 de setembro de 2021

Com startups e algoritmos, a Falconi busca um caminho além da gestão




 


A consultoria de Vicente Falconi renova seu conselho, estrutura um corporate venture capital e vai criar duas novas companhias: uma de segurança digital e outra para atender pequenas empresas

Vicente Falconi, o fundador da Falconi

Ao longo dos anos, o consultor Vicente Falconi ganhou fama e clientes com o método de gestão PDCA (do inglês Plan, Do, Check, Act). Em seis décadas de carreira, o professor, como é mais conhecido, colecionou pupilos do calibre de Jorge Paulo Lemann, Jorge Gerdau e Roberto Setubal e consagrou a Ambev, a maior cervejaria do Brasil, como um modelo de eficiência.

Agora, isso parece não ser mais suficiente para fazer a consultoria que leva o seu nome a seguir crescendo em meio um mercado de consultoria que resolveu trilhar outros caminhos além da gestão pura e simples. “Num futuro próximo, nossa concorrência virá de produtos e serviços tecnológicos, não de consultorias tradicionais”, diz Viviane Martins, CEO da Falconi, ao NeoFeed.

Para enfrentar esse novo cenário, a Falconi está mergulhando de cabeça em conceitos como inteligência artificial e big data. A adaptação a esse contexto envolve ainda a renovação no seu board, a criação de novos e futuros spin-offs, um corporate venture capital e produtos e serviços digitais vendidos como assinatura.

“Antes, a Falconi entendia que o seu método resolvia tudo”, diz um executivo do setor. “Hoje, a companhia está buscando parcerias onde não tem expertise, inclusive com empresas que, em algum momento, possam ser suas rivais.”

Para essa fonte, o modelo que a Falconi está perseguindo, com boa dose de tecnologia embarcada, está mais em linha com a nova realidade do mercado de consultoria e com a proposta de rivais como americanas Accenture e McKinsey.

“A McKinsey deixou de pensar só no planejamento e partiu também para a execução. E a Accenture passou a investir mais na transformação cultural”, afirma outra fonte do setor. “A Falconi está alguns passos atrás, mas também está seguindo esse caminho, pois percebeu que o argumento anterior de sucesso com empresas como a Ambev já não era suficiente.”

Um exemplo dessa nova postura da Falconi aconteceu com a renovação do board. No fim de abril, três novos membros se juntaram a Vicente Falconi, Márcio Fróes e Silvio Morais no Conselho de Administração da Falconi. Todos eles, donos de uma extensa bagagem nos campos que interessam agora à consultoria.

Um dos assentos passou a ser ocupado por Guga Stocco. Cofundador da gestora Domo Invest e da empresa de capital de risco Futurum Capital, ele tem passagens pelas áreas de inovação e tecnologia de empresas como Buscapé, Banco Original e Microsoft.

Outra integrante é Mônica de Carvalho, que já ocupou cargos de liderança em empresas como DM9DDB e, há 7 anos, é diretora de negócios do Google. Professor emérito do departamento de Ciência da Computação da UFMG, Nivio Ziviani completa o trio.

Viviane Martins, CEO da Falconi

“O Guga tem um olhar de modelos de negócios de base tecnológica e crescimento exponencial”, diz Viviane. “A Mônica traz um ângulo de dados e também de marketing. E o Nivio é uma das grandes referências em inteligência artificial no País.”

A maneira de se relacionar com as startups também mudou. Hoje, a consultoria tem mais de 300 delas mapeadas. A cada projeto que desenvolve, a empresa identifica se há alguma solução criada por esse ecossistema que possa encurtar a obtenção de resultados naquele cliente.

Para a Falconi, um dos ganhos dessa equação é a agilidade. Antes, um projeto durava de 12 a 15 meses, em média. Hoje, leva de 4 a 5 meses. Para as startups, a empresa já gerou uma receita de mais de R$ 43 milhões e plugou essas ofertas em cerca de 90 projetos.

Outra tendência que vem de consultorias internacionais que a Falconi está abraçando é a formação de veículos de investimentos em startups e empresas de outros setores. A americana Bain & Company, nome tradicional do setor, é uma das consultorias que usa esse expediente, por meio dos braços Bain Capital e Bain Capital Ventures.

A Falconi está também estruturando o seu veículo de corporate venture capital que, a princípio, terá 10% do lucro líquido anual da empresa reservado para os seus investimentos.

Em 2020, a Falconi reportou um lucro líquido de R$ 44,4 milhões, contra os R$ 45,8 milhões contabilizados em 2019. A receita líquida da consultoria foi de R$ 261,5 milhões, um recuo diante dos R$ 305,8 milhões apurados um ano antes.

“Nossa tese é encontrar empresas que tenham um diferencial em tecnologia e inteligência artificial”, afirma Viviane. “Serão cheques pequenos e a ideia é buscar investimentos conectados ao desenvolvimento a quatro mãos.”

O pontapé dessa estratégia está sendo dado com dois aportes – de valor não revelado. O primeiro deles, na Innovation Intelligence, startup do Vale do Silício especializada em big data e deep learning. O segundo, na brasileira H:Data, healthtech dona de uma plataforma de dados e de gestão hospitalar.

Spin-offs à vista

O corporate venture capital dá sequência a uma estratégia iniciada em 2019, com a criação da gestora de private equity Falconi Capital. Esse braço tem foco em empresas mais maduras de segmentos como educação, alimentos, cosméticos e cibersegurança.

É a partir de um investimento neste último setor que a Falconi está criando mais um spin-off. No fim do ano, a Falconi vai lançar uma empresa de serviços de segurança da informação, ainda sem nome definido, em parceria com a GC Security, que recebeu um aporte da Falconi Capital no início de 2020.

Em um segundo projeto, a consultoria programa para março de 2022 o lançamento da Step 1, unidade que irá atender pequenas empresas, com faturamento anual de R$ 350 mil a R$ 10 milhões, por meio de um modelo 100% digital.

A divisão nasce dentro da estrutura da Falconi, mas a ideia é que siga o mesmo caminho da FRST, edtech lançada em 2020 e que foi o primeiro spin-off da consultoria, dentro da estratégia de investir em novos modelos de negócio.

Ainda em 2020, uma segunda iniciativa nessa direção veio com a MID, unidade de consultoria para médias empresas, com receita anual entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões, e que já tem mais de 100 clientes e que deve ter uma no México, no primeiro semestre de 2022.

É também nesse intervalo que a Falconi prevê colocar no mercado outra iniciativa, batizada provisoriamente de Falconi Brain. O projeto talvez seja aquele que melhor ilustra o encontro entre o modelo tradicional e os novos ingredientes da consultoria.

Hoje, os mais de 600 consultores da operação dividem espaço com uma recém-formada equipe de ciência de dados e de inteligência artificial. E com um pacote de algoritmos que está sendo desenvolvido por esse time, composto por 25 profissionais e em expansão.

Esses algoritmos serão alimentados pelo conhecimento acumulado pela Falconi em mais de 6 mil projetos. A ideia é oferecer aplicações baseadas nesses e em outros dados, especializadas em segmentos da economia e que serão vendidas como serviço, por meio de assinaturas.

O primeiro fruto é um algoritmo para o agronegócio, focado em ampliar a produtividade no cultivo de soja e de milho. A aplicação foi testada em um projeto-piloto com 1,6 mil produtores.

“Agora, além dos projetos, vamos ter serviços e produtos digitais, com receita recorrente”, diz Viviane. “E a inteligência artificial vai ser o motor por trás dessa jornada, além de ajudar o trabalho dos próprios consultores.”

Para uma fonte do mercado de consultorias ouvida pelo NeoFeed, é justamente no equilíbrio entre o passado e o futuro que reside o maior desafio para a transformação da Falconi.

“O board já está mais diverso e alinhado com os novos tempos. Em contrapartida, ainda carece de uma participação maior dos consultores, que entendem, de fato, desse mercado”, diz essa fonte. “Entretanto, ainda há consultores presos às tradições e que podem tornar essa reinvenção muito mais lenta.”

O desafio da Falconi, que durante seis décadas reestruturou as maiores empresas brasileiras, é fazer a lição de casa em si mesmo. E provar que em casa de ferreiro, espeto não é de pau.

 

 

 https://neofeed.com.br/blog/home/com-startups-e-algoritmos-a-falconi-busca-um-caminho-alem-da-gestao/?utm_source=Emails+Site&utm_campaign=8e0f061bff-EMAIL_CAMPAIGN_2021_09_21_11_07&utm_medium=email&utm_term=0_c1ecfd7b45-8e0f061bff-404839180

Pedidos de falência recuam 8% em agosto


Já para os pedidos de recuperação judicial houve aumento de 9,2% 
 
Os números refletem a comparação com uma base elevada em função do impacto trazido pela pandemia, sobretudo, aos pequenos negócios

Os pedidos de falência das empresas recuaram 8% na média móvel trimestral finda em agosto, na comparação com julho, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista. Por outro lado, mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial avançaram 9,2%. As falências decretadas apontaram alta de 2,1% e as recuperações deferidas caíram 6,7%.

Na análise acumulada em 12 meses, todas as ocorrências apresentam queda. As recuperações judiciais deferidas registraram a maior variação, queda de 23,9%. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial diminuíram 22,2%, enquanto os pedidos de falência e as falências decretadas caíram 18,7% e 10,6%, respectivamente.

Segundo os economistas da Boa Vista, na análise de longo prazo, os números refletem a comparação com uma base elevada em função do impacto trazido pela pandemia, sobretudo, aos pequenos negócios.

O cenário econômico ainda é adverso e algumas variáveis tendem a ser um obstáculo, por um pouco mais de tempo, dentre elas a inflação, que continua resistente em níveis altos mesmo após o Banco Central ter elevado a taxa básica de juros, a Selic, de 2% para 5,25%. Por sinal, a expectativa, agora, é de que a Selic encerre o ano em 8%, o que encarece, de forma mais rápida, o crédito para as empresas.

Além disso, os dados referentes ao mercado de trabalho ainda não são animadores. Apesar da taxa de desemprego ter recuado de 14,6% para 14,1% em junho, essa variação se deveu, significativamente, ao aumento da informalidade no período, de 40% para 40,6%.

Metodologia
O indicador de falências e recuperações judiciais da Boa Vista passou a ser construído com base na média móvel de três meses da apuração dos dados mensais registrados na base do SCPC (Serviço Central de Proteção de Crédito), oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

 

 

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Brasil sobe cinco posições no ranking mundial de inovação


País ainda está onze posições atrás de sua melhor colocação 
 
Produtividade no trabalho e gastos com software impulsionaram alta

Em ranking divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o Brasil ocupa a 57ª posição no Índice Global de Inovação (IGI) entre 132 países. O país subiu cinco posições em relação ao ano passado, mas está onze posições atrás de sua melhor colocação, 47º, alcançada em 2011. A classificação começou a ser publicada anualmente em 2007.

As principais fraquezas do país apontadas no ranking são formação bruta de capital, facilidade para abrir uma empresa, facilidade para obtenção de crédito e taxa tarifária aplicada. Os maiores avanços do Brasil em relação aos dados de 2020 se deram nos indicadores de crescimento da produtividade no trabalho e de gastos totais com software.

Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a colocação brasileira é incompatível com o fato de o país ser a 12ª maior economia do planeta, em 2020, e com a realidade de ter um setor empresarial sofisticado.

Para o presidente da entidade, Robson Andrade, os investimentos em ciência, tecnologia e inovação são fundamentais para a competitividade do país no cenário internacional.

"Uma estratégia nacional ambiciosa, que priorize o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação para o fortalecimento da indústria, tornará a economia mais dinâmica, promovendo maior equidade e bem-estar social", afirmou.

O IGI é um dos principais instrumentos de referência para dirigentes empresariais, formuladores de políticas públicas e aos que buscam conhecimentos sobre a inovação no mundo. As diferentes métricas do ranking podem ser usadas para monitorar o desempenho de um país, comparando-o com economias da mesma região ou mesmo grupo de renda.

 

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Renda habitual do trabalhador teve queda de 6,6% no segundo trimestre

 

Os trabalhadores por conta própria tiveram o maior impacto 
 
O afastamento da ocupação atinge 16,2% dos trabalhadores, afetando mais de 13,5 milhões

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que houve queda de 6,6% na renda habitual e aumento de 0,9% na renda efetiva do trabalhador brasileiro no segundo trimestre de 2021, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o pior momento do mercado de trabalho durante a pandemia.

O levantamento Retrato dos Rendimentos e Horas Trabalhadas durante a Pandemia tomou como base os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) e da Pnad Covid, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a análise do Ipea, os trabalhadores por conta própria tiveram o maior impacto em suas rendas, com crescimento de 19,5% na renda efetiva no segundo trimestre de 2021, na comparação com o mesmo trimestre de 2020.

No segundo trimestre deste ano, eles receberam 76% do habitual. Os trabalhadores com carteira do setor privado tiveram aumento de 2% na renda efetiva, enquanto para os trabalhadores sem carteira, a alta foi de 6,9%.

"A análise mostra que, apesar da melhora nos rendimentos no segundo trimestre deste ano, a recuperação ainda é lenta. O afastamento da ocupação atinge 16,2% dos trabalhadores, afetando mais de 13,5 milhões", disse, em nota, o pesquisador do Ipea e autor do estudo, Sandro Sacchet.

A Região Nordeste foi a que teve a renda mais afetada pela segunda onda da pandemia, com queda de 2,6% na renda efetiva no segundo trimestre de 2021. Na análise por gênero, o crescimento da renda efetiva das mulheres (1,4%) foi superior ao dos homens (0,48%), no mesmo período.

De acordo com o estudo, apesar do grande número de domicílios sem renda do trabalho, no segundo trimestre de 2021 houve pequena redução nesse percentual, em relação ao primeiro trimestre deste ano, de 29,3% para 28,5%, o que demonstra lenta recuperação no nível de ocupação aos patamares anteriores à pandemia para as famílias de renda mais baixa.

A renda dos jovens adultos (entre 25 e 39 anos de idade) foi a mais afetada pela pandemia, com queda de 3,2% nos rendimentos efetivos reais médios no segundo trimestre deste ano. Em contrapartida, os rendimentos dos ocupados com mais de 60 anos de idade cresceram 1,3% no período, influenciados pela alta proporção de trabalhadores por conta própria nessa faixa etária.

 

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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Em queda na bolsa, Westwing arruma a casa com novos serviços e expansão de lojas físicas


Para ir além do mundo online, a plataforma de móveis e decoração vai ampliar sua rede de lojas físicas e sua malha logística, e prepara o lançamento de um serviço de design de interiores

A loja da Westwing no bairro da Vila Madalena, em São Paulo

Plataforma online de móveis e decoração, a Westwing abriu o capital em fevereiro deste ano na B3. Com a janela favorável, a empresa viu suas ações precificadas em R$ 13, perto do topo da faixa indicativa, e levantou R$ 1,16 bilhão, dos quais R$ 430,2 milhões foram diretamente para o seu caixa.

Mas os primeiros meses como empresa listada não têm sido fáceis. A companhia é um dos ativos cujas ações vêm se desvalorizando diante de um cenário com investidores menos propensos ao risco. A Westwing já tem, no entanto, uma estratégia arquitetada para começar a se sentir em casa no mercado de capitais.

O plano passa pelas ampliações do portfólio, da malha própria de logística e da sua rede de lojas físicas. “Estamos crescendo trimestre a trimestre e nunca tivemos tanto caixa como agora”, diz Andres Mutschler, CEO da Westwing, ao NeoFeed. “Vamos acelerar o core e pilares como o nosso mercado endereçável.”

Nessa última frente, a próxima novidade é um serviço de design de interiores, que será lançado em até quatro semanas. Inicialmente, ele estará restrito a poucos clientes. A Westwing quer testar e afinar o formato antes de estendê-lo a todo o mercado.

O serviço será acessado por meio de uma plataforma batizada de WestwingDesign. Nela, o cliente irá escolher o ambiente que deseja transformar e vai preencher um formulário com informações como estilo, principais referências e o que imagina para o projeto em questão.

Com uma base de profissionais de decoração parceiros, o modelo a ser validado envolverá, a princípio, três planos de comercialização: Mini, Max ou Max Plus. Todos eles, com pagamentos por projeto, a partir de R$ 100.

A compra dos itens envolvidos nos projetos contratados não estará ligada obrigatoriamente às plataformas e ofertas da Westwing. “Vamos abranger desde projetos mais simples, como reorganizar as prateleiras da casa, até aqueles mais completos, como a renovação de toda a decoração de um ambiente”, explica Mutschler.

Ainda sob a ótica do portfólio, a Westwing vai testar ofertas no segmento de automação residencial, a começar por itens como fechaduras eletrônicas. Na ampliação do sortimento, a prioridade segue sendo a categoria de lifestyle, com destaque para alimentos, chocolates e vinhos.

Hubs e lojas físicas

Os novos aportes também buscam colocar a Westwing, de fato, no mapa de todos os consumidores do País. Um dos movimentos está centrado na malha logística própria da empresa, batizada de Westlog e composta por um centro de distribuição e um hub em São Paulo.

Depois de abrir outro hub no Rio de Janeiro, em julho, a empresa vai colocar em operação mais um centro até o fim de 2021, em Brasília. Para 2022, estão previstos um quarto hub, em Belo Horizonte, no início do ano, e mais três estruturas, cujos locais estão em fase de definição.

A companhia quer começar a replicar os níveis alcançados na Grande São Paulo. No segundo trimestre, essa malha foi responsável por 89% das entregas na região, contra 8%, um ano antes. “Hoje, 75% desse mix já têm entregas no dia seguinte”, diz Mutschler.

Uma segunda via de ganho de capilaridade dará mais peso ao “tijolo e concreto”, um formato restrito atualmente à loja própria inaugurada em 2014, no bairro da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.

Até o fim de 2022, o plano é adicionar 15 novos pontos ao mapa de operações, com lojas, em média, de 500 metros quadrados. Duas estão prestes a ser inauguradas, em Ipanema e na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O plano inclui uma terceira unidade na capital fluminense.

Nesse ano, outras duas lojas serão abertas em Brasília e em Campinas (SP). O plano para 2022 deve incluir a entrada nas regiões Nordeste, começando por Salvador (BA), e também nos estados do Sul do País, além de mais uma unidade na capital paulista, no bairro de Moema.

Andres Mutschler, CEO da Westwing

“Mesmo com a força do digital, na nossa categoria, quase 90% das vendas ainda estão no offline”, afirma Mutschler. “Além de impulsionar a própria plataforma e o conhecimento da marca, nas lojas físicas, os móveis têm 60% de participação nas vendas, contra 20% no online.”

A Westwing não é a única nativa digital do setor que está dando mais ênfase ao offline. A Mobly, por exemplo, anunciou recentemente o plano de acelerar sua expansão nessa área. Sob essa orientação, em julho, a empresa inaugurou uma megastore em Jundiaí (SP).

Até o fim do ano, a companhia prevê novidades nesse formato e também nos modelos de outlets e de franquias. A estratégia inclui, por exemplo, um outlet em Carapicuíba (SP) e mais três megastores, também na capital paulista.

Turbinada por um aporte captado em janeiro, de US$ 190 milhões, liderado pelo Softbank, quem também tem um plano agressivo é a MadeiraMadeira. A empresa planeja fechar 2021 com 120 Guide Shops, como são batizadas as suas lojas físicas.

“Todos esses players estão começando a perceber que o modelo de vender móveis e decoração, puramente online, ainda é difícil, complexo e pouco escalável”, diz Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese. “Nessa categoria, poder tocar e ver a ambientação do produto é essencial.”

Ações e rumores

O olhar mais atento para as lojas físicas não é o único traço que une a Westwing e a Mobly. Novatas na B3 – as empresas abriram capital com uma diferença de cinco dias, as duas operações vêm assistindo ao preço de suas ações despencar no mercado.

No caso da Westwing, o recuo desde o IPO foi de 41,3%. Avaliada em R$ 1,55 bilhão em sua oferta pública, hoje a empresa tem um valor de mercado de R$ 851 milhões. Nem mesmo os indicadores registrados no segundo trimestre foram capazes de impulsionar uma reação.

No período, a Westwing reportou um crescimento de 14,1% em seu GMV, para R$ 115,8 milhões, e um salto de 50,5% em sua receita líquida, para R$ 79,6 milhões. Já o número de compradores ativos teve alta de 55,7%, para 331,5 mil usuários.

No segundo trimestre, o GMV da Westwing cresceu 14,1%, para R$ 115,8 milhões

“Em geral, a bolsa como um todo está sendo impactada. Entretanto, as small caps de tecnologia estão, de fato, sofrendo mais”, diz Mutschler. “Mas esse fenômeno, em particular, está sendo puxado pelos investidores pessoa física, que ainda não estão acostumados com esse tipo de ativo.”

Além desse desempenho, outra questão recente colocou a Westwing sob os holofotes. Em reportagem publicada há duas semanas, o jornal Valor Econômico diz ter apurado a informação de que a companhia estaria buscando sócios para a sua operação. Entre os nomes que teriam sido procurados estão a Renner, dona da Camicado, e a Riachuelo.

Procurada pelo NeoFeed, a Renner afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não comenta rumores de mercado. Já a Riachuelo não se manifestou até o fechamento desta reportagem. Mutschler, por sua vez, ressalta:

“Como dissemos em um comunicado, estamos sempre monitorando oportunidades que podem envolver uma operação societária”, diz. “Mas não há nada de concreto. Nosso plano A é investir e executar aquilo que prometemos aos investidores no nosso IPO.”

 

Sic semper tyrannis - Quem defende golpe são "traidores da Constituição e da Pátria", diz Celso de Mello


Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo fez um alerta sobre os atos bolsonaristas convocados para o dia 7 de setembro. Segundo os próprios organizadores, o objetivo não é manifestar apoio ao presidente Jair Bolsonaro, nem sequer defender alguma posição política. Trata-se, isso sim, de invadir o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.

U.DettmarCelso de Mello

"Vamos entregá-los (STF e Congresso) às Forças Armadas, para que adotem as providências cabíveis", disse um dos organizadores, que se apresenta como coronel Azim, em vídeo que circula nas redes sociais. 

"Ninguém pode ir a Brasília simplesmente para passear, balançar bandeirinhas, tampouco ficar somente acampado", advertiu o coronel Azim. No vídeo, menciona-se que a ação do dia 7 de setembro está sendo coordenada por alguns militares da reserva, com experiência em formar grupamentos de pessoas. "Vamos juntos adentrarmos no STF e no Congresso", disse, segundo reproduz em editorial o jornal O Estado de S.Paulo, nesta terça-feira (24/8).

Para o ex-presidente do Supremo Celso de Mello, "se tal intenção se confirmar, esse será, ainda que frustrado, um curioso atentado ao Estado democrático de Direito, com dia, hora e local previamente marcados e divulgados, fugindo à ortodoxia dos "pronunciamientos" clássicos da América Latina".

Segundo o ministro aposentado, "a repulsa do povo brasileiro a essa alegada (e irracional) tentativa de golpear as instituições da República e de instaurar um regime ditatorial entre nós deve servir de alerta e advertência a quem pretender praticar tão grave ilícito constitucional, considerado o que prescreve o artigo 5º, inciso XLIV , da Constituição".

Para Celso, "déspotas, seus epígonos e todos aqueles que pretendem instituir um projeto ditatorial de poder, não importando de quem se trate, merecem exemplar punição criminal, além do desprezo do Povo, pois são 'traidores da Constituição e da Pátria' e profanadores dos valores consagrados pela República erigida sob a égide do princípio democrático".

Leia abaixo a íntegra da manifestação de Celso:

"Os jornais noticiam que manifestantes, em gesto atrevido de sumo e insultuoso desrespeito à Constituição da República, pretenderiam promover, no "Dia da Pátria", convocação para um golpe de Estado, com data marcada, devendo esse ato com tal finalidade inconstitucional realizar-se no dia 07/09/2021, às 10h, na praça dos 3 Poderes, em Brasília (v. "O Estado de S.Paulo", editorial, p. 03, edição de 24/08/2021, v.g.)! Se tal intenção se confirmar, esse será, ainda que frustrado, um curioso atentado ao Estado democrático de Direito, com dia, hora e local previamente marcados e divulgados, fugindo à ortodoxia dos "pronunciamientos" clássicos da América Latina!!!! Tem-se notícia , porém, de que a importantíssima Revolução Mexicana de 1910 foi previamente anunciada no Plano de San Luis Potosí, redigido por Francisco Ignacio Madero, que conclamou o povo mexicano a insurgir-se contra a ditadura de Porfirio Diaz (denominada "Porfiriato") no dia 20 de novembro de 1910 , às 18h. A repulsa do povo brasileiro a essa alegada (e irracional) tentativa de golpear as instituições da República e de instaurar um regime ditatorial entre nós deve servir de alerta e advertência a quem pretender praticar tão grave ilícito constitucional, considerado o que prescreve o artigo 5º, inciso XLIV , da Constituição, que assim dispõe:
"XLIV — constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático"!
Essa — enfatize-se — uma das gravíssimas respostas penais aplicáveis aos insurgentes como consequência do ato ominoso cometido por quem ousar romper a integridade da ordem democrática e ferir a intangibilidade da Constituição da República! Déspotas, seus epígonos e todos aqueles que pretendem instituir um projeto ditatorial de poder, não importando de quem se trate, merecem exemplar punição criminal, além do desprezo do Povo , pois são "traidores da Constituição e da Pátria" e profanadores dos valores consagrados pela República erigida sob a égide do princípio democrático!!!
"Sic semper tyrannis"!!!"

 

 

 https://www.conjur.com.br/2021-ago-24/quem-defende-golpe-sao-traidores-constituicao-patria

Negócio de mais de R$ 3 bi dá nova musculatura à Uniasselvi


Com a compra da Unicesumar, a companhia passa a ter 635 mil alunos no EAD 
 
A universidade maringaense era cobiçada, pois possui cursos de ensino a distância de qualidade e graduação de medicina

A Uniasselvi, do grupo Vitru Educação, comprou a Unicesumar, instituição de ensino superior de Maringá, por um valor de até R$ 3,5 bilhões. De acordo com a companhia, a Unicesumar tem valor de mercado de R$ 3,2 bilhões, incluindo um valor de R$ 78 milhões de dívida líquida a ser ajustada na data de fechamento. A transação está sujeita às condições habituais de fechamento, como a aprovação pelo Cade.

A nova companhia passa a ter 635 mil alunos no ensino a distância e encosta na Kroton, líder do setor que, no período, tinha 695 mil estudantes nessa modalidade de aprendizado. A Cesumar era cobiçada, pois possui cursos de ensino a distância de qualidade (com nota máxima no MEC) e graduação de medicina. Os dois segmentos são os que mais crescem e ganharam ainda mais relevância na pandemia.

Com o acordo, o reitor da Unicesumar, Wilson Matos, se tornará o chanceler e vice-presidente do conselho da Vitru, e Weslley Silva, atual diretor de Relações Institucionais da Unicesumar, se tornará um membro do conselho. Além disso, Willian Mattos, chefe de Ensino a Distância (EAD) da instituição maringaense, será nomeado Co-CEO da Vitru e vai liderar a empresa juntamente com o nosso CEO, Pedro Graça.

 

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/uniasselvi-compra-unicesumar-por-mais-de-r-3-bilhoes?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Neg%C3%B3cio+de+mais+de+R%24+3+bi+d%C3%A1+nova+musculatura+%C3%A0+Uniasselvi+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+24_08_2021