sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Empreender com retorno: 17 franquias que faturam mais de R$ 20 mil por mês


A EXAME preparou uma lista com redes de franquia com faturamentos mensais acima de R$20 mil para quem quer ser dono de um negócio próprio — e rentável


Nem sempre empreender significa começar um negócio do zero. Para empreendedores de primeira viagem, o franchising pode ser uma alternativa para abrir um negócio com menos riscos e mais orientação, já que as franqueadoras costumam dar assistência para os novos empresários.

Nesse cenário, abrir uma franquia pode minimizar riscos e ajudar empreendedores a entender, com a ajuda de outros franqueados, informações da rede como o desempenho do negócio e a relação com a franqueadora. Além disso, as franquias chegam ao ponto de equilíbrio em períodos de tempo determinados e o faturamento — e tempo de retorno do investimento — são definidos desde o início.

A EXAME listou algumas franqueadoras que faturam acima de 20.000 reais mês a mês, e com receitas que podem chegar a 800.000 mensais. Veja a lista abaixo.

Franquias que faturam mais de R$ 20 mil por mês

1. Açougue Vegano

Primeira rede de franquias de restaurantes veganos do Brasil, com receitas que vão de coxinha de jaca a espetinho de soja e até feijoada vegana. O investimento inicial no modelo quiosque é de R$ 150 mil, incluso taxa de franquia, instalação e capital de giro.

Faturamento médio mensal: R$ 70 mil

2. Anjos Colchões & Sofás

Inaugurada em 1990, a rede especializada em colchões e estofados entrou para o franchising em 2007. Atualmente possui 170 unidades em 17 estados brasileiros e cinco lojas no Paraguai. O investimento inicial é de R$ 350 mil.

Faturamento médio mensal: R$ 150 mil e um prazo de retorno de oito a 18 meses

3. Biscoitê

Primeira rede de biscoitos para presente do Brasil, atualmente conta com mais de 30 pontos de venda distribuídos no eixo Rio-São Paulo e atende todo território nacional via e-commerce. O investimento inicial para o modelo de negócio carrinho é de R$ 150 mil, incluindo taxa de franquia e royalties.

Faturamento médio mensal: R$ 60 mil

4. Botocenter

Rede de clínicas de estética especializadas na aplicação de toxina botulínica, nasceu em 2019 na cidade de Recife com a proposta de oferecer um serviço de qualidade com custo-benefício para os públicos das classes B e C e hoje tem mais de 20 lojas. Com investimento inicial a partir de R$ 285 mil.

Faturamento médio mensal: R$ 130 mil.

5. Doggi

É a primeira rede de franquias especializada em banho e tosa por aplicativo do Brasil. Além do agendamento de banho e tosa, o usuário também consegue participar do clube de assinatura Doggi, que oferece até 20% de desconto e ainda não cobra pelo serviço de ‘leva e traz’ dos cachorros. A partir de R$ 60 mil é possível investir no modelo de negócio.

Faturamento médio mensal: R$ 50 mil

6. Doctor Feet

A rede especializada em serviços de podologia, manicure e venda de produtos médicos, ortopédicos, de bem-estar e saúde. O investimento é em torno de R$ 350 mil.

Faturamento médio mensal:  de R$ 35 mil a R$ 80 mil, dependendo da quantidade de cabines da unidade.

7. Emagrecentro

A rede de emagrecimento e estética corporal é referência no segmento e oferece tratamentos a preços acessíveis. Atualmente possui mais de 240 unidades no Brasil e cinco nos EUA, onde usa a bandeira Best Shape. A partir de R$ 100 mil, valor que inclui capital de instalação e taxa da franquia, é possível abrir uma unidade da marca.

Faturamento médio mensal: R$ 83 mil

8. Luminova

A rede de escolas do grupo Sistema Educacional Brasileiro (SEB) é voltada para os públicos das classes B e C. Para os interessados na franquia, o investimento inicial é a partir de R$ 4,7 milhões.

Faturamento médio mensal: R$ 800 mil, entre o terceiro e quarto ano da escola.

9. Mais1 Café

Maior rede de cafés especiais do Brasil, oferece bebidas da mais alta qualidade em várias opções, desde o clássico coado até drinques gelados com o grão especial. A rede está presente em todo Brasil e conta com 400 lojas. O investimento inicial parte de R$ 150 mil, e contempla instalação e taxa de franquia.

Faturamento médio mensal: R$ 30 mil

10.  Mr. Fit

Criada em 2013, no interior de São Paulo, a rede é pioneira em fast-food de alimentação saudável e hoje conta com mais de 500 franquias no Brasil, além de unidades também em Portugal. A loja tradicional exige um investimento a partir de R$ 72 mil.

Faturamento médio mensal: de R$ 25 a R$ 90 mil

11.  OdontoCompany

A OdontoCompany é a maior rede de clínicas odontológicas do mundo, com mais de 1300 unidades espalhadas em todos os estados brasileiros. Há mais de 30 anos no mercado e 10 anos no franchising, a rede integra a SMZTO Holding de Franquias. O investimento inicial é a partir de R$ 120 mil.

Faturamento médio mensal: de R$ 65 mil a R$ 190 mil

12.  Park Education

A rede de escolas de educação bilíngue oferece cursos de idiomas a negócios, marketing, criatividade e empreendedorismo. Hoje tem mais de 100 unidades comercializadas, e 95 em operação. Investimento inicial no modelo light é a partir de R$ 50 mil, incluindo as taxas de franquia, publicidade e a propaganda inicial.

Faturamento médio mensal: R$ 20 mil

13.  Pello Menos

A rede está no mercado desde 1996, sendo pioneira nos serviços de depilação à cera indolor e sem hora marcada no Brasil. O investimento em uma unidade é a partir de R$ 320 mil.

Faturamento médio mensal: R$ 80 mil

14. Pizza Prime

A rede de pizzarias 100% brasileira atualmente conta com mais de 70 lojas pelo Brasil. O investimento inicial no modelo de negócio é de R$ 255 mil, já incluso a taxa de franquia.

Faturamento médio mensal: R$ 140 mil

15. Sestini

Referência no segmento de bolsas, malas e acessórios, a Sestini está no mercado há mais de 25 anos, com itens em lojas franqueadas e multimarcas. O investimento inicial está entre R$ 400 mil e R$ 500 mil.

Faturamento mensal: de R$ 150 mil, em média

16. Yes! Cosmetics

Com 20 anos de mercado e 100 unidades em todo o Brasil, a rede focada em cosméticos de alta qualidade e preços acessíveis oferece a oportunidade de empreender com investimento inicial a partir de R$ 126 mil com instalação, taxa de franquia e sistemas incluso para o modelo quiosque.

Faturamento médio mensal: R$ 65 mil e R$ 70 mil respectivamente.

17. Portal Solar (energia solar)

Lançada em 2021, a franquia do Portal Solar para projetos e instalação de energia solar em residências e empresas possui uma das menores taxas de franquia do mercado (a partir de R$ 35 mil) e possui o modelo home-based para empreendedores atuarem em um negócio rentável, sem necessidade de estoque e equipe de engenharia, com payback que varia entre 4 e 7 meses e lucro médio entre 20% e 35% sobre o faturamento bruto dos equipamentos.

Faturamento médio mensal: entre R$ 30 mil e R$ 60 mil já a partir do terceiro mês de operação

 

 https://exame.com/pme/17-franquias-faturam-mais-20-mil-por-mes/

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Após aporte de R$ 500 mi, Gupy compra a concorrente Kenoby


Com a Kenoby, a HRTech de recrutamento passa a somar mais de 2.300 clientes e 36 milhões de usuários

 

Pouco mais de uma semana depois de receber o maior investimento já feito para uma plataforma de RH na América Latina, a Gupy foi às compras e adquiriu sua principal concorrente: a Kenoby.

Essa é a segunda aquisição da Gupy, que em outubro passado adquiriu a startup maranhense Niduu, que trouxe uma expansão da atuação da empresa para a educação corporativa.

A rodada fechada em janeiro, que captou R$ 500 milhões, foi liderada pelos fundos SoftBank Latin America e Riverwood, teve participação da Endeavor Catalyst e foi acompanhada pelos atuais investidores Oria Capital e Maya Capital. Esse também foi o maior investimento para uma empresa fundada por mulheres no Brasil.

Com a Kenoby, a HRTech passa a somar mais de 2.300 clientes, 36 milhões de usuários e cerca de 80 mil vagas publicadas por mês. O valor da aquisição não foi divulgado pela empresa.

Segundo Mariana Dias, CEO e cofundadora da Gupy, a movimentação é um passo importante da empresa para se tornar líder do setor.

“A Kenoby teve um papel muito importante no ecossistema de HRTechs e se tornou um dos maiores ATS (Applicant Tracking System) do país, ajudando a gerar cerca de 500 mil contratações desde a sua fundação com um time e uma cultura muito fortes”, diz a CEO.

No final de janeiro, a executiva comentou que um dos planos para o novo aporte de R$ 500 milhões seria a expansão com foco no Brasil.

“Temos clientes em mais de 10 países, mas estamos focados no Brasil. Podemos ajudar com muitas coisas no nosso país, queremos que mais candidatos possam conseguir um emprego”, afirma Mariana.

A Kenoby foi fundada em 2015 por Marcel Lotufo, ex-headhunter que queria criar uma solução digital para um recrutamento mais eficiente. Sua primeira cliente foi a empresa de benefícios Alelo.

Para Dias, a junção das plataformas vai impulsionar a inovação tecnológica voltada para o mercado de RH. A Gupy pretende somar a expertise da Kenoby à sua experiência, unindo as equipes para aprimorar as ferramentas de processos seletivos.

Para os candidatos, o foco será oferecer mais transparência, melhores experiências e garantir uma conexão mais fluida com as empresas empregadoras.

“A Kenoby tem um time muito talentoso, além de uma cultura que tem como um dos pilares a diversidade, assim como a Gupy. Estamos muito felizes com a oportunidade de expandir nosso impacto por meio de pessoas que buscam o mesmo propósito que nós”, explica Dias.
 
 

 https://exame.com/pme/apos-aporte-de-r-500-mi-gupy-compra-a-concorrente-kenoby/

YouTube lança novos projetos para enfrentar concorrência


Crédito: AFP/Arquivos

YouTube lança novos projetos para enfrentar concorrência - AFP/Arquivos (Crédito: AFP/Arquivos)

O YouTube apresentou nesta quinta-feira (10) os seus projetos para 2022, que terão como objetivo, por exemplo, atrair influenciadores para a sua plataforma virtual de vídeos e promover formatos populares, no contexto de uma batalha cada vez mais acirrada para manter os criadores e a atenção dos usuários.

“Os criadores são o coração e a alma da plataforma”, disse Neal Mohan, gerente de produto do serviço de plataforma do Google.

Uma das principais apostas em 2002 será o desenvolvimento de “curtas”, vídeos de até 60 segundos, muitas vezes humorísticos ou musicais, baseados no modelo do muito popular aplicativo TikTok, também copiado pelo novo Meta (Facebook e Instagram).

“YouTube Shorts”, lançado em mais de 100 países em julho, “tem mais de 5 bilhões de visualizações”, observa Mohan.

O formato “Live” também é bem sucedido. De acordo com a plataforma, o tempo gasto assistindo a vídeos ao vivo mais que triplicou em dois anos, de janeiro de 2020 a dezembro de 2021.

“Uma das perguntas mais frequentes dos criadores de conteúdo ao vivo é ‘Do que estou falando?'”, diz Neal Mohan. Em resposta, o YouTube terá ofertas colaborativas “ao vivo”, que permitirão que os influenciadores discutam ao vivo em grupos, uma abordagem menos intimidadora.

A plataforma, tal como os seus concorrentes, pretende ainda diversificar as fontes de renda das suas estrelas em ascensão e já estabelecidas, com a possibilidade de oferecer assinaturas pagas a canais, por exemplo.

Também pretende explorar NFTs (tokens não fungíveis) de objetos digitais associados a um objeto único, prática cuja popularidade explodiu em 2021 e que poderá “permitir aos criadores uma relação mais próxima com os seus fãs”.

O YouTube gostaria de “fornecer um método controlável para que os seguidores possuam vídeos, fotos, obras de arte ou até mesmo experiências únicas de seu influenciador favorito”.

O serviço não esqueceu as marcas, e está trabalhando em ferramentas para facilitar as compras diretamente em vídeos ou por meio de “compras ao vivo”.

O Google obteve US$ 76 bilhões em lucro líquido anual em 2021, quase o dobro de 2020, e domina a publicidade online, logo à frente do Meta.

Mas a pressão contra as ferramentas de segmentação de publicidade, acusadas de coletar muitos dados confidenciais dos usuários, e o aumento da concorrência do TikTok e dos videogames obrigam os dois gigantes a diversificar para não serem superados por seus concorrentes.

 

ArcelorMittal vai investir R$1,3 bi em ampliação de usina no RJ nos próximos 3 anos

Ficheiro:Arcelormittal-logo.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre


SÃO PAULO (Reuters) – A ArcelorMittal anunciou nesta quinta-feira que vai investir 1,3 bilhão de reais nos próximos três anos na ampliação de sua usina em Barra Mansa (RJ), que receberá um novo laminador de aço com capacidade para 500 mil toneladas por ano.

Os recursos serão aplicados também na ampliação do laminador atual da usina. A medida vem após o conjunto de investimentos de 4,3 bilhões anunciados pela companhia em novembro. Além disso, tem outro projeto para retomada da expansão de uma unidade em São Francisco do Sul (SC), que receberá 1,95 bilhão de reais.

Somados, somam investimento no país de 7,6 bilhões de reais. 

 

(Por Alberto Alerigi Jr.)


 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Com água de reúso, Opersan quer crescer 10% e faturar R$ 120 mi em 2022


Pressão ESG, crise hídrica e novo marco do saneamento básico estão fazendo cada vez mais empresas investirem em sistemas próprios para o tratamento de efluentes

 

 

Uma das principais empresas dedicadas a sistemas de tratamento de água e esgoto para empresas, o Grupo Opersan espera crescimento real de 10% e chegar a 120 milhões de reais de faturamento em 2022.

Por trás do otimismo estão alguns fatores. A começar pela adoção de pautas ligadas ao ESG, sigla em inglês para os compromissos ambientais, sociais e de governança, num número crescente de empresas brasileiras.

Em paralelo, a crise hídrica animou empresários com os investimentos em soluções para reaproveitar a água até então desperdiçada em processos produtivos.

Por fim, a entrada em vigor do Marco do Saneamento Básico, de 2020, despertou o interesse sobre o tema, diz Diogo Taranto, diretor de desenvolvimento de negócios no Grupo Opersan.

Na visão dele, a lei 14.026 que atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico, apesar de referir-se especificamente ao avanço de serviços de tratamento de água e efluentes no setor público, trará inúmeros benefícios para o setor privado, com reflexos positivos para economia, meio ambiente e sociedade. “O público terá que se ajustar e o privado não poderá permanecer à margem”, diz.

Tudo isso tem feito os empresários brasileiros encararem a gestão da água com mais seriedade. “Muitas indústrias ainda descartam efluentes de forma irregular. Contudo, a realidade imposta pela legislação e pressão social têm gerado repercussão positiva. Já vivemos um clima favorável para que o empresariado brasileiro abrace a gestão da água com a responsabilidade que a lei e boas práticas exigem”, diz Taranto.

A empresa investirá no mercado privado de saneamento cerca de 20 milhões de reais, entre construção, manutenção e fornecimento de sistemas de tratamento de águas, efluentes e reúso. “Existem projetos em nosso pipeline que podem dobrar esta quantia”, diz.

Fundado há mais de 30 anos, o Grupo Opersan fornece soluções ambientais para o tratamento de águas e efluentes, com cerca de 1.000 clientes ativos em todas as regiões do país e que já teve investimento do fundo Pátria, dedicado a infraestrutura.

 https://exame.com/negocios/com-agua-de-reuso-opersan-quer-crescer-10-e-faturar-r-120-mi-em-2022/

Empresa holandesa avaliada em US$ 780 milhões chega ao Brasil


Com presença local em 20 países, a CM.com quer impulsionar como marcas interagem com clientes

 

Ser atendido por uma marca pelo canal de mensagem que mais gosta de utilizar. É com esse objetivo de auxiliar o consumidor onde e quando ele desejar, no momento mais confortável, sem restrições de local e horário, que a holandesa CM.com, empresa de comércio conversacional, chega ao Brasil.Avaliada em US$ 780 milhões (mais de R$ 4 bilhões) e listada na Bolsa de Valores de Amsterdã desde 2020, a companhia conta a partir de fevereiro com uma sede na cidade de São Paulo. Além do Brasil, a empresa já abril um hub no México.

As soluções oferecidas permitem que os clientes interajam com seus consumidores por meio de múltiplos canais de mensagens e proporcionem um melhor atendimento ao cliente.

Com uma comunicação automatizada, por meio de diferentes canais e aplicativos como SMS, WhatsApp Business, Twitter, Telegram, Instagram e Facebook Messenger, a companhia auxilia o consumidor a tomar as decisões desde a hora da compra do produto até o pós-venda.

No Brasil, a CM.com traz o Mobile Service Cloud, um software completo de atendimento.

Um estudo da consultoria Juniper Research mostrou que as vendas realizadas por meio de canais que envolvem chatbots e assistentes de voz crescerão sete vezes até 2025. A projeção para esse mercado, que atualmente é estimado em US$ 41 bilhões, deve chegar a US$ 290 bilhões nos próximos anos.

A receita da CM.com cresceu 97% no primeiro semestre de 2021, totalizando US$ 121 milhões e o lucro bruto mais que dobrou, aumentando 129%, com evolução positiva da margem de 22% para 25%.

A receita estimada para 2021 atingiu o limite superior da faixa de US$ 270 milhões, para US$ 304 milhões.

A empresa tem também uma ferramenta para profissionais de marketing chamada Mobile Marketing Cloud, e o Conversational AI Cloud, uma plataforma de chatbot em que as interações se dão por meio de respostas predefinidas ou com o uso de inteligência artificial.

“Com os consumidores cada vez mais presentes nos canais digitais, é estratégico que as marcas os utilizem de forma assertiva para interagir e construir, por meio dessas trocas, uma jornada automatizada e humanizada. Uma pesquisa realizada pelo Facebook em 2019 mostrou que, em vários países, duas em cada três pessoas se comunicam com as marcas por meio de mensagens online. Já no Brasil, 72% disseram que planejam aumentar suas compras no e-commerce. A cada interação com o cliente, os dados ficam mais completos e as mensagens mais assertivas e personalizadas”, explica o Country Manager da CM.com no Brasil, Ronald Bragarbyk.

De acordo com o gerente-geral internacional, Hodny Benazzi, o lançamento do CM.com na América Latina é estratégico. O Brasil, em específico, é conhecido por ser um dos países mais engajados nas mídias sociais do mundo.

 

Tiba capta R$ 23 mi para atender pequeno varejo com software completo


Solução de gestão da companhia deve chegar ao mercado ao longo dos próximos dois meses

 


A história da digitalização de processos internos e gestão tinha até agora deixado as pequenas empresas fora da festa, inclusive porque começou com grandes nomes internacionais como prestadores de serviço. Companhias nacionais de softwares começaram a desenvolver produtos locais principalmente a partir do ano 2.000. Assim, o pequeno empresário ainda tem, muitas vezes, que fazer suas contas no excel — e quando muito. Essa realidade está pouco a pouco se modificando. Com esse espaço ainda como um oceano azul a ser explorado, Leandro Moura e Ramires Paiva fundaram a Tiba. O registro de funcionamento da companhia saiu nos últimos dias de 2021, mas a companhia já levantou R$ 23 milhões em capital semente com as gestoras Canary e Global Founders Capital (GFC).

A existência dessa lacuna no mercado é tão gritante que os investidores prontamente entenderam o projeto e os sócios puderam aproveitar o grande momento de liquidez para capital de risco, que tem inundado empreendedores de oportunidades.

Os recursos serão usados em tecnologia e na aceleração de contratações, que começaram a ser feitas em janeiro.  A proposta da companhia é o desenvolvimento de softwares completos para gestão, que cuidam desde a contabilidade (um desafio para esses empresários), passando por estoques, contas a pagar e receber e até folha de pagamentos. O setor escolhido para começar o negócio foi o varejo, mas mais à frente eles pretendem partir para outras frentes também.

Na visão de ambos, algumas empresas de maior porte estão adaptando suas soluções para tentar chegar mais perto desse público. Essa é uma rota que visivelmente Totvs e Stone (agora com Linx) estão traçando. A questão para eles é que as soluções carregam um legado que, na verdade, foi pensado para companhias maiores ou então vieram de aquisições que ainda precisam ser integradas. “Existem soluções para pequenas empresas muito boas, mas nunca todas juntas e as plataformas não se conversam.”

A expectativa deles é que os clientes atendidos, com suporte na gestão e tempo para se dedicar ao negócio, consigam ter um aumento de vendas entre 20% e 30%, com uma melhor atenção ao estoque e suprimentos.

Por enquanto, a companhia não está em fase operacional. O produto deve chegar ao mercado ao longo dos próximos dois meses, para engatar os primeiros clientes ao sistema — o esforço de relacionamento já existe, pois fez parte inclusive da pesquisa para criação da empresa. O motivo é tempo para estrear com tudo pronto e não em fases, pois esse agregado é maior carência. “Acreditamos que se chegarmos com tudo já desenvolvido vamos ganhar escala muito mais rapidamente que os competidores que oferecem soluções pontuais”, afirma Moura, que além de fundador é COO da Tiba, em entrevista ao EXAME IN.

Antes de colocar a Tiba de pé, os sócios, que têm experiência em contabilidade, produtos financeiros e varejo, inclusive fora do Brasil, eles não só testaram as soluções da concorrência como também viajaram para buscar locais com um varejo tão pulverizado quanto o brasileiro e gostaram muito de encontrar propostas semelhantes funcionando bem em países como Índia, Indonésia, Vietnã e Nigéria, além da América Latina. “São locais muito diferentes, mas o drama do pequeno varejo é sempre muito parecido”, destaca Paiva, que é CEO do negócio.

Embora o ponto de largada da Tiba seja software, o modelo de negócios prevê ganho principalmente com linhas de crédito, na verdade, para esse empresário, com uma atuação de bank as a service. “Esse empreendedor está sempre apertado, basicamente com desconto de cartão”, diz Paiva. A ligação entre software, redução de custo e crescimento está justamente no dinheiro. “O que não falta hoje são recursos nas fintechs que querem chegar até esse cliente, mas muitas vezes o empresário não está preparado para acessar esse crédito”, completa o CEO.

A trajetória que a Tiba vai propor como solução é de adoção do software, e de cara uma eficiência em custo, para então vir crescimento e crédito associados. A monetização do modelo de negócios pelo crédito — e outras soluções que devem vir ao reboque — tanto é o foco que, no início, a solução de gestão será oferecida em uma versão free, ou seja, de graça. “Precisamos colocar para rodar um modelo com grande base e alta eficiência em dados”, enfatiza Paiva.

Esse é o maior desafio da Tiba na largada: nascer com um porte que consiga provar sua razão de ser. Os sócios, contudo, estão confiantes no sucesso da proposta, tanto que muito rapidamente conseguiram fazer uma rodada de capital semente. A série A, inclusive, já está sendo programada para ocorrer dentro de 12 a 18 meses e com conversas em andamento.

No modelo criado por Paiva e Moura, há diversas verticais de negócios que surgem a partir da organização do pequeno varejo. Uma delas, por exemplo, é usar a sua base de dados — que em seu agregado e não individualmente — pode ser vendida para a grande indústria se relacionar melhor com os varejos pequeno. Em geral, esse mercado varejista extremamente pulverizado responde por cerca de 70% das vendas de grandes marcas como Ambev e Coca-cola, as mais organizadas nesse atendimento, e gigantes como Unilever, Danone  e tantas outras. A maioria da indústria atua com distribuidores e perdem o detalhe da penetração a partir dessa ponta. "Mas, para indústria, a melhor margem está nos menores clientes e isso ainda não está bem estruturado", afirma Moura.

Na explicação dos fundadores, de um lado um varejista perde porque não consegue ver que o vizinho do lado tem preços melhores e negocia em posição de vantagem. Do outro, a indústria não consegue ter visibilidade desses pequenos, porque não existe nem mesmo a organização interna para isso.

Com escala para crédito eficiente e soluções de dados para indústria, a Tiba vai conseguir ter clareza sobre a monetização de software. Nesse momento, eles sabem que esses ganhos já são suficientes para a operação. A crença deles é que tendo ganhos com crédito e com a indústria, o produto de gestão para o pequeno vai poder ter um custo muito final muito mais interessante e agregar mais benefícios.

 

https://exame.com/exame-in/tiba-capta-r-23-mi-para-atender-pequeno-varejo-com-software-completo/