segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Galp busca novas oportunidades de investimento em energia solar e eólica no Brasil


Galp busca novas oportunidades de investimento em energia solar e eólica no Brasil

Refinaria da Galp Energia em Sines, Portugal.

Por Sergio Goncalves

 

LISBOA (Reuters) – A empresa portuguesa de petróleo e gás Galp Energia considera o Brasil um país atraente para prosseguir sua aposta em energia solar e eólica, disse o CEO Andy Brown nesta segunda-feira, acrescentando que a empresa está procurando oportunidades de investimento no país.

A Galp concordou em outubro em adquirir e desenvolver dois projetos solares no Brasil com uma capacidade combinada de cerca de 600 megawatts (MW), dando um salto importante no seu esforço para remodelar o seu portfólio e reduzir a sua pegada de carbono.

“Esses 600 MW são apenas o começo, estamos analisando oportunidades em diferentes locais do país”, disse o chefe executivo em entrevista coletiva.

“Queremos expandir nossa posição em renováveis e o Brasil é um país rico em oportunidades, tem uma estrutura atraente para investirmos”, disse Brown.

Ele disse que a Galp está se concentrando em projetos solares e eólicos, acrescentando que o Brasil também é um “lugar muito atraente para o hidrogênio competitivo” –uma área que a Galp “vai considerar em tempo oportuno” enquanto constrói sua posição renovável.

Em junho, a Galp anunciou que iria reforçar o foco em energias renováveis e limitar os gastos com combustíveis fósseis em desenvolvimentos já aprovados, resultando em um corte de 20% para entre 800 milhões de euros e 1 bilhão de euros em capex até 2025.

Também em 2025, o negócio de upstream representará cerca de 40% do capex líquido da empresa, abaixo dos 70% e 88% entre 2016 e 2020.

A companhia gastará principalmente em empreendimentos já sancionados, como o projeto Bacalhau I, em projeto petrolífero no mar do Brasil.

Brown acrescentou que a Galp, depois de ter investido cerca de 5 bilhões de dólares nos últimos 20 anos no upstream do Brasil, “já tem 50 anos de oferta” garantidos com as reservas descobertas e não planeja perfurar mais poços no país.




sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Os cinco pilares de uma empresa confiável


Os benefícios da digitalização para o universo corporativo

 


Para o universo corporativo, a digitalização trouxe benefícios inegáveis — e riscos de reputação na mesma proporção. O tráfego de dados funciona como um poderoso megafone, em que a comunicação da companhia é difundida em larga escala, com enormes possibilidades de expandir a base de clientes, alcançar novos parceiros e multiplicar receitas. Qualquer falha mínima na comunicação, uma só prática que seja em desalinho com o discurso, no entanto, pode ser o suficiente para a empresa em questão ser imediatamente cancelada. Todo um trabalho construído ao longo de anos pode desafinar na velocidade de um áudio acelerado de WhatsApp.

Em uma adaptação da clássica frase atribuída a Júlio César, não basta a uma empresa ser confiável — ela precisa parecer confiável. A transparência é hoje o princípio fundamental para a reputação de uma companhia, como atestam as big techs do Vale do Silício, às voltas com questionamentos sobre segurança de dados e privacidade dos usuários. “Em um mundo com tanta desconfiança, a confiança precisa ser o valor maior”, explica Dan Farber, vice-presidente sênior de comunicação da ­Salesforce. “Nada é mais importante do que ganhar a confiança de nossos funcionários, clientes, parceiros e das comunidades.”

Dan Farber e Fábio Costa, general manager da Salesforce Brasil, explicam nesta edição da EXAME CEO que você tem em mãos os cinco pilares que tornam uma empresa confiável: segurança em si, cuidado com o cliente, confiança nos funcionários, compromisso com a saúde dos colaboradores e sustentabilidade. São princípios que, em momentos sensíveis como as crises de saúde e da economia derivadas da pandemia de covid-19, ganham ainda mais relevância. Implementar essas iniciativas pode sair caro — mas uma mensagem distorcida pode custar mais caro ainda.

 

 https://exame.com/revista-exame/os-cinco-pilares-de-uma-empresa-confiavel/


Macron recusou teste russo de covid por temer roubo de DNA, dizem fontes


Por isso, o chefe de Estado francês foi mantido à distância do líder russo durante longas conversas sobre a crise na Ucrânia em Moscou


O presidente francês, Emmanuel Macron, recusou um pedido do Kremlin para que ele fizesse um teste russo para detecção de covid-19 quando chegou para uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta semana, para evitar que a Rússia se apossasse de seu DNA, disseram à Reuters duas fontes na comitiva de Macron.

Por isso, o chefe de Estado francês foi mantido à distância do líder russo durante longas conversas sobre a crise na Ucrânia em Moscou.

Eles foram fotografados em extremidades opostas de uma mesa tão longa que provocou comentários satíricos nas mídias sociais e especulações, inclusive de diplomatas, de que Putin poderia estar usando isso para enviar uma mensagem.

Mas duas fontes que têm conhecimento do protocolo de saúde do presidente francês disseram à Reuters que Macron teve que fazer uma escolha: aceitar um teste de PCR feito pelas autoridades russas e ter permissão para se aproximar de Putin ou recusar e ter que cumprir normas sociais de distanciamento mais rigorosas.

"Sabíamos muito bem que isso significava nenhum aperto de mão e aquela mesa longa. Mas não podíamos aceitar que eles colocassem as mãos no DNA do presidente", disse uma das fontes à Reuters, referindo-se a preocupações de segurança se o líder francês fosse testado por médicos russos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Macron recusou o teste e disse que a Rússia não tinha problemas com isso, mas significava que era necessária uma distância de 6 metros de Putin para proteger a saúde do líder do Kremlin.

"Não há política nisso, não interfere nas negociações de forma alguma", afirmou ele.

Uma segunda fonte na comitiva de Macron disse que ele fez um teste de PCR francês antes da partida e um teste de antígeno feito por seu próprio médico quando já estava na Rússia.

"Os russos nos disseram que Putin precisava ser mantido em uma bolha de saúde rigorosa", declarou a segunda fonte.

O gabinete de Macron disse que o protocolo de saúde russo "não nos parece aceitável ou compatível com nossas restrições diárias", referindo-se ao tempo que seria necessário para aguardar os resultados.

 

Lagarde alerta que BCE apressado demais pode sufocar recuperação


Elevar a taxa de juros “não resolveria nenhum dos problemas atuais”, disse ela em entrevista divulgada nesta sexta-feira

 


Por Craig Stirling, da Bloomberg

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que o Conselho do BCE pode prejudicar a recuperação da economia dos efeitos da pandemia caso se apresse em apertar a política monetária.

Elevar a taxa de juros “não resolveria nenhum dos problemas atuais”, disse ela à Redaktionsnetzwerk Deutschland em entrevista divulgada nesta sexta-feira. “Pelo contrário: se agíssemos com muita pressa agora, a recuperação de nossas economias pode ser consideravelmente mais fraca e os empregos seriam prejudicados.”

Ao mesmo tempo em que Lagarde diz que o BCE “agirá se necessário”, ela passou a reiterar a opinião que emitiu a parlamentares na segunda-feira de que “todos os nossos movimentos precisarão ser graduais”.

Os comentários repetem uma mensagem mais branda desde a surpreendente rotação de Lagarde na semana passada, quando ela não excluiu uma alta de juros este ano em uma mudança alinhada à postura de outros bancos centrais globais que suscitam apostas em aperto mais rápido. Isso se seguiu a uma onda de inflação crescente, incluindo dados mais altos desde que o euro foi criado.

Lagarde ressaltou que a zona do euro não pode ser comparada a outras grandes jurisdições.

“A economia dos EUA está superaquecida, enquanto nossa economia está longe de estar assim”, disse ela. “É por isso que podemos – e devemos – proceder com mais cautela. Não queremos sufocar a recuperação.”

“A inflação pode ser maior do que projetamos em dezembro”, disse Lagarde. “Vamos analisar isso em março e depois começar a partir daí.”

Um número crescente de autoridades do BCE está perdendo a fé na atual projeção de inflação da instituição, encorajando sua mudança para aumento das taxas, disseram autoridades com conhecimento do assunto à Bloomberg.

Lagarde alertou que a inflação provavelmente ultrapassará a meta de 2% no médio prazo se os salários superarem “significativamente e persistentemente” esse nível.

“Não estamos vendo isso no momento”, disse ela. “Na maioria dos países da zona do euro, incluindo a Alemanha, as exigências salariais são muito moderadas.

 

Cursos em português nos EUA


Crédito: Divulgação
 
A falta de fluência em inglês sempre foi uma barreira para quem deseja fazer cursos de especialização no exterior. Agora, a edtech brasileira Alumia, especializada em cursos on-line, tem a solução. Uma parceria com a Saint Leo University, na Flórida, irá oferecer formação totalmente em português para estudantes brasileiros. Os primeiros cursos serão Administração, Cyber Security, Gestão de RH, Psicologia e TI. 
 
A startup vai investir R$ 10 milhões na parceria. CEO e cofundador da Alumia, Gustavo Rahmilevitz disse que mais cinco cursos serão lançados no segundo semestre.

(Nota publicada na edição 1260 da Revista Dinheiro)


 

Tudo junto e misturado



As empresas nunca se uniram tanto por meio de fusões e aquisições como em 2021. Estudo da consultoria Bain & Company mostra que os negócios de M&A atingiram o maior patamar em uma década

 

(Nota publicada na edição 1260 da Revista Dinheiro)


 

Unicórnio MadeiraMadeira quer se tornar a Ikea brasileira


Investimento de R$ 100 milhões em 110 lojas e no novo centro tecnológico coloca a MadeiraMadeira entre as empresas líderes que buscam o domínio do pulverizado mercado de móveis e decoração no País.

Crédito: Guilherme Pupo

ADAPTAÇÃO Depois da visita da equipe da Ikea ao Brasil, a empresa viu que a dinâmica da indústria nacional tornaria o processo mais caro por aqui (Crédito: Guilherme Pupo)


Um ano atrás, a MadeiraMadeira se tornou o 16º unicórnio brasileiro, ultrapassando o valuation de US$ 1 bilhão com o aporte de US$ 190 milhões liderado pelos fundos SoftBank e Dynamo. De lá para cá, seu negócio deu uma guinada. Nesse período, o clássico modelo de marketplace ficou para trás com a consolidação de uma rede com mais de 110 lojas e a estruturação de um centro de inovação, ambos focados na marca própria. Juntos, eles receberam investimentos de R$ 100 milhões. As mudanças colocam a startup com uma das líderes na corrida para se tornar uma espécie de versão brasileira da Ikea – marca sueca que é referência global no segmento – e dobrar a sua fatia (hoje de 20%) no setor moveleiro, que ainda é bastante pulverizado e pouco digitalizado, com 90% de vendas no mundo físico. Nessa disputa, a empresa compartilha a ambição com a Mobly, outra nativa digital que partiu para o off-line em busca de impulsionar o salto no mercado.

Daniel Scandian, CEO e cofundador da MadeiraMadeira, diz que a empresa nascida no Paraná chegou a trazer parte da equipe escandinava para o Brasil e entender a dinâmica da Ikea, mas particularidades da indústria nacional tornariam o processo produtivo mais demorado e custoso por aqui. “Entendemos que não conseguiríamos crescer mais de dez vezes, como queremos”, afirmou. A MadeiraMadeira está entre as dez startups mais cotadas por analistas para abertura de capital ainda em 2022, algo que a concorrente Mobly fez há um ano. A performance, no entanto, não correspondeu, tornando a companhia uma das small caps que mais vêm sofrendo no mercado financeiro – as ações foram precificadas a R$ 21,00 no IPO e fecharam em R$ 6,35 na terça-feira (8).

DESIGN DE PRODUTO Para aumentar as vendas da linhas próprias, a empresa aposta em inovação de estilo, de material e em mais tecnologia (Crédito:Divulgação)

Apesar da perspectiva negativa para o consumo no País, Scandian acredita que este ano será melhor que 2021 para a operação. “Com o consumidor mais sensível a preço, o e-commerce se torna mais atraente”, disse. É com essa expectativa que a companhia quer acelerar as transações em suas plataformas virtuais – a rede de lojas físicas seria uma extensão do digital e a vitrine de marca própria para um cliente que ainda não está na rede. O CEO lembra, porém, que existe um teto para incremento da participação do on-line e que, até o fim do ano, essa fatia chega no máximo a 12%.

100 milhões de reais para consolidar a rede física com 110 lojas no país e um centro de tecnologia em curitiba, no paraná

Ampliar o portfólio de produtos foi a chave para a startup entrar no varejo físico. A estratégia de expansão começou pela logística, com 16 pontos de distribuição no Brasil. Segundo Scandian, foi a primeira questão que a MadeiraMadeira precisou endereçar, depois que uma falha na operação de entregas durante a Black Friday de 2018 provocou caos e mais de 30 mil pedidos foram perdidos. “Hoje, 70% da operação logística é proprietária, e devemos chegar a 85% neste ano.” Para manter o ritmo de crescimento do negócio de 70% ao ano, o próximo passo será reduzir o tempo de produção dos móveis, que pode cair de seis meses para um mês com o novo centro tecnológico. “Esse processo nos torna uma espécie de Ikea fast fashion”, disse o executivo.

20% de market share no e-commerce de móveis e decoração no país. a empresa quer dobrar a sua fatia no setor

Divulgação

DISPUTA 

Já a Ikea, que, em 2020, havia adiado para este ano seus planos de entrar na América do Sul com a inauguração de uma loja em Santiago, no Chile, não trouxe mais novidades até agora. Na indefinição da sueca, tanto a MadeiraMadeira quanto a Mobly projetam expansão internacional no médio prazo. O que segura as brasileiras hoje, além da instabilidade econômica, é a avenida para crescimento dentro do País. No caso da paranaense, a região Nordeste será o foco. “É um mercado ainda mal representado na nossa operação”, afirmou Daniel Scandian. Para esse estirão, a startup está de olho em aquisições de empresas dentro do próprio segmento, operação que deve se consolidar ainda em 2022.

70% da operação logística da empresa é proprietária, e a projeção é alcançar 85% até o fim deste ano para apoiar a demanda

Além disso, outra parte decisiva da estratégia são as marcas próprias, aposta da companhia para se diferenciar no concorrido setor moveleiro. Para aumentar as vendas das linhas exclusivas de 25% para 60% do faturamento, a empresa apostou na inovação de design, matéria-prima e até em tecnologias acopladas, caso do sofá com entrada USB. “Com essa engenharia de produto, conseguimos democratizar peças de uma categoria superior”, disse o CEO.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/a-corrida-para-se-tornar-a-ikea-brasileira/