Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
LISBOA (Reuters) – A empresa portuguesa de petróleo e gás Galp
Energia considera o Brasil um país atraente para prosseguir sua aposta
em energia solar e eólica, disse o CEO Andy Brown nesta segunda-feira,
acrescentando que a empresa está procurando oportunidades de
investimento no país.
A Galp concordou em outubro em adquirir e desenvolver dois projetos
solares no Brasil com uma capacidade combinada de cerca de 600 megawatts
(MW), dando um salto importante no seu esforço para remodelar o seu
portfólio e reduzir a sua pegada de carbono.
“Esses 600 MW são apenas o começo, estamos analisando oportunidades
em diferentes locais do país”, disse o chefe executivo em entrevista
coletiva.
“Queremos expandir nossa posição em renováveis e o Brasil é um país
rico em oportunidades, tem uma estrutura atraente para investirmos”,
disse Brown.
Ele disse que a Galp está se concentrando em projetos solares e
eólicos, acrescentando que o Brasil também é um “lugar muito atraente
para o hidrogênio competitivo” –uma área que a Galp “vai considerar em
tempo oportuno” enquanto constrói sua posição renovável.
Em junho, a Galp anunciou que iria reforçar o foco em energias
renováveis e limitar os gastos com combustíveis fósseis em
desenvolvimentos já aprovados, resultando em um corte de 20% para entre
800 milhões de euros e 1 bilhão de euros em capex até 2025.
Também em 2025, o negócio de upstream representará cerca de 40% do
capex líquido da empresa, abaixo dos 70% e 88% entre 2016 e 2020.
A companhia gastará principalmente em empreendimentos já sancionados,
como o projeto Bacalhau I, em projeto petrolífero no mar do Brasil.
Brown acrescentou que a Galp, depois de ter investido cerca de 5
bilhões de dólares nos últimos 20 anos no upstream do Brasil, “já tem 50
anos de oferta” garantidos com as reservas descobertas e não planeja
perfurar mais poços no país.
Os benefícios da digitalização para o universo corporativo
Por Da Redação
Escritório do Facebook: questionamentos sobre segurança de dados e privacidade dos usuários (Hasselblad X1D/Divulgação)
Para o universo corporativo, a
digitalização trouxe benefícios inegáveis — e riscos de reputação na
mesma proporção. O tráfego de dados funciona como um poderoso megafone,
em que a comunicação da companhia é difundida em larga escala, com
enormes possibilidades de expandir a base de clientes, alcançar novos
parceiros e multiplicar receitas. Qualquer falha mínima na comunicação,
uma só prática que seja em desalinho com o discurso, no entanto, pode
ser o suficiente para a empresa em questão ser imediatamente cancelada.
Todo um trabalho construído ao longo de anos pode desafinar na
velocidade de um áudio acelerado de WhatsApp.
Em uma adaptação da clássica frase atribuída a Júlio César, não basta
a uma empresa ser confiável — ela precisa parecer confiável. A
transparência é hoje o princípio fundamental para a reputação de uma
companhia, como atestam as big techs do Vale do Silício, às voltas com
questionamentos sobre segurança de dados e privacidade dos usuários. “Em
um mundo com tanta desconfiança, a confiança precisa ser o valor
maior”, explica Dan Farber, vice-presidente sênior de comunicação da
Salesforce. “Nada é mais importante do que ganhar a confiança de nossos
funcionários, clientes, parceiros e das comunidades.”
Dan Farber e Fábio Costa, general manager da Salesforce Brasil,
explicam nesta edição da EXAME CEO que você tem em mãos os cinco pilares
que tornam uma empresa confiável: segurança em si, cuidado com o
cliente, confiança nos funcionários, compromisso com a saúde dos
colaboradores e sustentabilidade. São princípios que, em momentos
sensíveis como as crises de saúde e da economia derivadas da pandemia de
covid-19, ganham ainda mais relevância. Implementar essas iniciativas
pode sair caro — mas uma mensagem distorcida pode custar mais caro
ainda.
Por isso, o chefe de
Estado francês foi mantido à distância do líder russo durante longas
conversas sobre a crise na Ucrânia em Moscou
Por Reuters
Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron, durante reunião em Moscou
(Sputnik/Kremlin/Reuters)
O presidente francês, Emmanuel Macron, recusou um pedido do Kremlin para que ele fizesse um teste russo para detecção de covid-19 quando chegou para uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta semana, para evitar que a Rússia se apossasse de seu DNA, disseram à Reuters duas fontes na comitiva de Macron.
Por isso, o chefe de Estado francês foi mantido à distância do líder
russo durante longas conversas sobre a crise na Ucrânia em Moscou.
Eles foram fotografados em extremidades opostas de uma mesa tão longa
que provocou comentários satíricos nas mídias sociais e especulações,
inclusive de diplomatas, de que Putin poderia estar usando isso para
enviar uma mensagem.
Mas duas fontes que têm conhecimento do protocolo de saúde do
presidente francês disseram à Reuters que Macron teve que fazer uma
escolha: aceitar um teste de PCR feito pelas autoridades russas e ter
permissão para se aproximar de Putin ou recusar e ter que cumprir normas
sociais de distanciamento mais rigorosas.
"Sabíamos muito bem que isso significava nenhum aperto de mão e
aquela mesa longa. Mas não podíamos aceitar que eles colocassem as mãos
no DNA do presidente", disse uma das fontes à Reuters, referindo-se a
preocupações de segurança se o líder francês fosse testado por médicos
russos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Macron recusou o
teste e disse que a Rússia não tinha problemas com isso, mas
significava que era necessária uma distância de 6 metros de Putin para
proteger a saúde do líder do Kremlin.
"Não há política nisso, não interfere nas negociações de forma alguma", afirmou ele.
Uma segunda fonte na comitiva de Macron disse que ele fez um teste de
PCR francês antes da partida e um teste de antígeno feito por seu
próprio médico quando já estava na Rússia.
"Os russos nos disseram que Putin precisava ser mantido em uma bolha de saúde rigorosa", declarou a segunda fonte.
O gabinete de Macron disse que o protocolo de saúde russo "não nos
parece aceitável ou compatível com nossas restrições diárias",
referindo-se ao tempo que seria necessário para aguardar os resultados.
Elevar a taxa de juros “não resolveria nenhum dos problemas atuais”, disse ela em entrevista divulgada nesta sexta-feira
Por Bloomberg
(Bloomberg/Bloomberg)
Por Craig Stirling, da Bloomberg
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que o Conselho do BCE pode prejudicar a recuperação da economia dos efeitos da pandemia caso se apresse em apertar a política monetária.
Elevar a taxa de juros “não resolveria nenhum dos problemas atuais”,
disse ela à Redaktionsnetzwerk Deutschland em entrevista divulgada nesta
sexta-feira. “Pelo contrário: se agíssemos com muita pressa agora, a
recuperação de nossas economias pode ser consideravelmente mais fraca e
os empregos seriam prejudicados.”
Ao mesmo tempo em que Lagarde diz que o BCE “agirá se necessário”, ela passou areiterara opinião que emitiu a parlamentares na segunda-feira de que “todos os nossos movimentos precisarão ser graduais”.
Os comentários repetem uma mensagem mais branda desde a surpreendente
rotação de Lagarde na semana passada, quando ela não excluiu uma alta
de juros este ano em uma mudança alinhada à postura de outros bancos
centrais globais que suscitam apostas em aperto mais rápido. Isso se
seguiu a uma onda de inflação crescente, incluindo dados mais altos
desde que o euro foi criado.
Lagarde ressaltou que a zona do euro não pode ser comparada a outras grandes jurisdições.
“A economia dos EUA está superaquecida, enquanto nossa economia está
longe de estar assim”, disse ela. “É por isso que podemos – e devemos –
proceder com mais cautela. Não queremos sufocar a recuperação.”
“A inflação pode ser maior do que projetamos em dezembro”, disse
Lagarde. “Vamos analisar isso em março e depois começar a partir daí.”
Umnúmero crescentede autoridades do BCE
está perdendo a fé na atual projeção de inflação da instituição,
encorajando sua mudança para aumento das taxas, disseram autoridades com
conhecimento do assunto à Bloomberg.
Lagarde alertou que a inflação provavelmente ultrapassará a meta de
2% no médio prazo se os salários superarem “significativamente e
persistentemente” esse nível.
“Não estamos vendo isso no momento”, disse ela. “Na maioria
dos países da zona do euro, incluindo a Alemanha, as exigências
salariais são muito moderadas.
A falta de fluência em inglês sempre foi uma barreira para
quem deseja fazer cursos de especialização no exterior. Agora, a edtech
brasileira Alumia, especializada em cursos on-line, tem a solução. Uma
parceria com a Saint Leo University, na Flórida, irá oferecer formação
totalmente em português para estudantes brasileiros. Os primeiros cursos
serão Administração, Cyber Security, Gestão de RH, Psicologia e TI.
A
startup vai investir R$ 10 milhões na parceria. CEO e cofundador da
Alumia, Gustavo Rahmilevitz disse que mais cinco cursos serão lançados no segundo semestre.
(Nota publicada na edição 1260 da Revista Dinheiro)
As empresas nunca se uniram tanto por meio de fusões e
aquisições como em 2021. Estudo da consultoria Bain & Company mostra
que os negócios de M&A atingiram o maior patamar em uma década
(Nota publicada na edição 1260 da Revista Dinheiro)
Investimento
de R$ 100 milhões em 110 lojas e no novo centro tecnológico coloca a
MadeiraMadeira entre as empresas líderes que buscam o domínio do
pulverizado mercado de móveis e decoração no País.
ADAPTAÇÃO
Depois da visita da equipe da Ikea ao Brasil, a empresa viu que a
dinâmica da indústria nacional tornaria o processo mais caro por aqui
(Crédito: Guilherme Pupo)
Beatriz Pacheco
Um ano atrás, a MadeiraMadeira se tornou o 16º unicórnio
brasileiro, ultrapassando o valuation de US$ 1 bilhão com o aporte de
US$ 190 milhões liderado pelos fundos SoftBank e Dynamo. De lá para cá,
seu negócio deu uma guinada. Nesse período, o clássico modelo de
marketplace ficou para trás com a consolidação de uma rede com mais de
110 lojas e a estruturação de um centro de inovação, ambos focados na
marca própria. Juntos, eles receberam investimentos de R$ 100 milhões.
As mudanças colocam a startup com uma das líderes na corrida para se
tornar uma espécie de versão brasileira da Ikea – marca sueca que é
referência global no segmento – e dobrar a sua fatia (hoje de 20%) no
setor moveleiro, que ainda é bastante pulverizado e pouco digitalizado,
com 90% de vendas no mundo físico. Nessa disputa, a empresa compartilha a
ambição com a Mobly, outra nativa digital que partiu para o off-line em
busca de impulsionar o salto no mercado.
Daniel Scandian, CEO e cofundador da MadeiraMadeira, diz que a
empresa nascida no Paraná chegou a trazer parte da equipe escandinava
para o Brasil e entender a dinâmica da Ikea, mas particularidades da
indústria nacional tornariam o processo produtivo mais demorado e
custoso por aqui. “Entendemos que não conseguiríamos crescer mais de dez
vezes, como queremos”, afirmou. A MadeiraMadeira está entre as dez
startups mais cotadas por analistas para abertura de capital ainda em
2022, algo que a concorrente Mobly fez há um ano. A performance, no
entanto, não correspondeu, tornando a companhia uma das small caps que
mais vêm sofrendo no mercado financeiro – as ações foram precificadas a
R$ 21,00 no IPO e fecharam em R$ 6,35 na terça-feira (8).
Apesar da perspectiva negativa para o consumo no País, Scandian
acredita que este ano será melhor que 2021 para a operação. “Com o
consumidor mais sensível a preço, o e-commerce se torna mais atraente”,
disse. É com essa expectativa que a companhia quer acelerar as
transações em suas plataformas virtuais – a rede de lojas físicas seria
uma extensão do digital e a vitrine de marca própria para um cliente que
ainda não está na rede. O CEO lembra, porém, que existe um teto para
incremento da participação do on-line e que, até o fim do ano, essa
fatia chega no máximo a 12%.
100 milhões de reais para consolidar a rede física com 110 lojas no país e um centro de tecnologia em curitiba, no paraná
Ampliar o portfólio de produtos foi a chave para a startup entrar no
varejo físico. A estratégia de expansão começou pela logística, com 16
pontos de distribuição no Brasil. Segundo Scandian, foi a primeira
questão que a MadeiraMadeira precisou endereçar, depois que uma falha na
operação de entregas durante a Black Friday de 2018 provocou caos e
mais de 30 mil pedidos foram perdidos. “Hoje, 70% da operação logística é
proprietária, e devemos chegar a 85% neste ano.” Para manter o ritmo de
crescimento do negócio de 70% ao ano, o próximo passo será reduzir o
tempo de produção dos móveis, que pode cair de seis meses para um mês
com o novo centro tecnológico. “Esse processo nos torna uma espécie de
Ikea fast fashion”, disse o executivo.
20% de market share no e-commerce de móveis e decoração no país. a empresa quer dobrar a sua fatia no setor
DISPUTA
Já a Ikea, que, em 2020, havia adiado para este ano seus
planos de entrar na América do Sul com a inauguração de uma loja em
Santiago, no Chile, não trouxe mais novidades até agora. Na indefinição
da sueca, tanto a MadeiraMadeira quanto a Mobly projetam expansão
internacional no médio prazo. O que segura as brasileiras hoje, além da
instabilidade econômica, é a avenida para crescimento dentro do País. No
caso da paranaense, a região Nordeste será o foco. “É um mercado ainda
mal representado na nossa operação”, afirmou Daniel Scandian. Para esse
estirão, a startup está de olho em aquisições de empresas dentro do
próprio segmento, operação que deve se consolidar ainda em 2022.
70% da operação logística da empresa é proprietária, e a projeção é alcançar 85% até o fim deste ano para apoiar a demanda
Além disso, outra parte decisiva da estratégia são as marcas
próprias, aposta da companhia para se diferenciar no concorrido setor
moveleiro. Para aumentar as vendas das linhas exclusivas de 25% para 60%
do faturamento, a empresa apostou na inovação de design, matéria-prima e
até em tecnologias acopladas, caso do sofá com entrada USB. “Com essa
engenharia de produto, conseguimos democratizar peças de uma categoria
superior”, disse o CEO.