A Taurus Armas divulgou seus resultados apresentando um Ebitda (indicador financeiro que mostra o potencial de geração de caixa de uma empresa) de R$ 1 bilhão em 2021, 111,4% acima do registrado em 2020, a companhia quebra uma barreira importante que reflete o seu atual padrão de desempenho operacional.
A receita líquida consolidada da Taurus atingiu R$ 2,7 bilhões em 2021, com alta de 47,4% em relação ao exercício anterior. Além do aumento no volume de vendas de armas, o preço médio dos produtos também teve crescimento no ano. Com base em investimentos dedicados a pesquisa e desenvolvimento, a Taurus vem agregando novos produtos à sua linha, colocando no mercado um mix de maior valor agregado. Ainda, em junho do ano passado, a empresa aplicou aumento de 10% em sua tabela de preços de armas nos Estados Unidos e, a partir de agosto, de 17% no Brasil. A demanda não foi afetada pelos reajustes. Em 2021, foram 2,2 milhões de armas produzidas, crescimento de 44,5% em relação ao ano anterior. Com lucro líquido de R$ 206,9 milhões no quarto trimestre, a Taurus apresentou resultado consolidado de R$ 635,1 milhões em 2021, seu terceiro resultado positivo consecutivo. O lucro obtido em 2021 multiplica por 2,4 vezes o valor apurado no exercício anterior.
A fábrica dos Estados Unidos atingiu a produção de 868 mil unidades no ano, volume superior ao estimado inicialmente como capacidade máxima da unidade de 800 mil armas por ano, considerando a estrutura original, que não demandou investimentos da companhia em função do acordo firmado com o governo do Estado da Georgia. O prédio tem ainda cerca de 60% de sua área disponível, com espaço para ampliação da capacidade a partir de novos investimentos. Ao mesmo tempo, a produtividade da fábrica brasileira continuou aumentando, de modo que a produção no ano somou 1,4 milhão de armas em 2021, 20% superior ao volume de produção de 2020.
As vendas também seguiram em alta. Em solo norte-americano, o NICS (National Instant Background Check System), indicador do número de pessoas interessadas em adquirir uma arma, mostrou que a demanda seguiu aquecida em 2021, atingindo o segundo maior patamar desde que foi criado. Ainda assim, em relação ao recorde histórico registrado em 2020, houve redução de 12%. Mas as vendas da Taurus no país apresentaram tendência inversa do NICS com crescimento de 23,4% em 2021, evidenciando o aumento do market share da marca. Para 2022, a percepção é que o cenário será semelhante, com a demanda norte-americana perdendo um pouco de força em relação aos dois últimos anos.
Além do aumento de participação de mercado nos Estados Unidos, a Taurus tem outros projetos em andamento, como a joint venture Jindal Taurus na Índia, que vai contribuir para ampliar a atuação na região. O projeto da fábrica no país está em andamento, após atraso significativo em função de dificuldades criadas pela pandemia de Covid-19. Agora, a construção do prédio está sendo concluída e a primeira equipe da Taurus do Brasil foi ao país para uma visita técnica em fevereiro. Para 2022, o planejamento considera investimentos da ordem de R$ 250 milhões, seguindo com a modernização e ampliação da estrutura industrial, de modo a dar sustentação ao crescimento da companhia. No ano passado a Taurus investiu R$ 175 milhões.
A Taurus Armas é a 127ª maior empresa da região e também a 51ª maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
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