quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Engie avaliará grande lote de transmissão em 2023, busca negócios em renováveis

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Por Letícia Fucuchima

 

SÃO PAULO (Reuters) – Buscando crescer nos setores de geração e transmissão de energia, a Engie Brasil pretende estudar grandes linhas de transmissão que devem ir a leilão em 2023 –inclusive um projeto de 18 bilhões de reais em investimentos–, ao mesmo tempo em que busca novos negócios em energias renováveis, tanto via aquisições quanto empreendimentos próprios.

Em reunião com investidores nesta quarta-feira, executivos da Engie destacaram que, mesmo atenta a oportunidades de crescimento, a empresa também monitora riscos ligados a fornecedores, principalmente no mercado eólico, já que alguns fabricantes de aerogeradores vêm enfrentando dificuldades na entrega de equipamentos.

Em transmissão de energia, a Engie planeja estudar os lotes que irão a leilão em 2023, até mesmo um empreendimento que exigirá 18 bilhões de reais em investimentos, indicou Guilherme Ferrari, diretor de Novos Negócios.

“Acho que nenhum player consegue encampar sozinho esse tipo de investimento… Você vai ter que montar tanto parcerias técnicas, quanto de capacidade de investimento. A ideia inicial é olhar esse lote… Certamente vai ser um lote de atenção não só da Engie, como de outros players do setor”.Os leilões de transmissão do ano que vem devem oferecer ao mercado grandes projetos, principalmente para escoamento da energia gerada no Nordeste para os centros de carga do Sudeste. A expectativa é de que, combinados, os lotes somem mais de 50 bilhões de reais em investimentos.

Apesar das perspectivas positivas para o setor de transmissão nos próximos anos, os executivos da Engie Brasil disseram ver com preocupação o elevado volume de projetos que devem ser leiloados de uma vez, já que essa concentração tende a aumentar riscos associados à implantação, como a qualidade da mão de obra e a entrega de equipamentos.

Já no setor de geração, a Engie Brasil continua monitorando oportunidades em energias renováveis, como potenciais aquisições e o desenvolvimento de novos projetos “greenfield” (do zero).

Ferrari disse que, apesar do cenário de sobreoferta do mercado de energia no médio prazo, a companhia detém uma carteira de projetos “robusta” para desenvolvimento.

 

DIVIDENDOS


Mesmo com o maior nível de investimentos previsto para os próximos anos, a companhia pretende manter a distribuição de dividendos em 100% do “payout”, disse o CEO, Eduardo Sattamini.

“Cabe dentro do nosso balanço, estamos com 2 vezes dívida líquida sobre Ebitda, bastante confortável”, afirmou o executivo, acrescentando pode haver uma redução temporária nos dividendos em momentos de maior execução de Capex, mas nada permanente.

 

ABERTURA DE MERCADO

 

A Engie Brasil também se vê preparada para capturar novos clientes que devem migrar para o mercado livre de energia a partir de 2024, após ter lançado uma plataforma digital e produtos específicos para atender consumidores de pequeno porte, conhecidos como “varejistas” no setor elétrico.

Diretores afirmaram que têm trabalhado para valorar adequadamente os preços de venda de energia no “varejo elétrico”, já que esse segmento opera sob uma lógica diferente dos grandes clientes que as elétricas estão acostumadas a atender.

Gabriel Mann, diretor de Comercialização, disse que o lançamento de uma plataforma digital para facilitar a migração dos pequenos clientes ao mercado livre foi crucial, uma vez que ela reduziu os custos de transação envolvendo esses clientes.

Ele destacou ainda que a companhia tem um programa de parceiros que ajuda na captura desses pequenos clientes, que estão espalhados por todo o país. “Isso me ajuda a manter adequado custo de transação e me dá a capilaridade no Brasil inteiro”, explicou.

Os esforços realizados para acessar o mercado de varejo elétrico elevam os custos da companhia, o que acaba sendo embutido nos preços de venda, a fim de garantir uma margem adequada nessas operações, acrescentou Mann.

Em relação a riscos de inadimplência, Sattamini disse que o índice tem sido “muito baixo, quase zero”. Segundo ele, em alguns casos ocorre atraso no pagamento das contas, mas os consumidores acabam quitando as pendências antes de cair em inadimplência.

 

NOVOS INVESTIMENTOS DA TAG

 

Durante a reunião da Engie Brasil, a transportadora de gás TAG anunciou que pretende investir 3,3 bilhões de reais entre 2023 e 2027, sendo metade desse valor para projetos de expansão do mercado, como novos gasodutos.

(Por Letícia Fucuchima)

 

Equinor confirma usina solar Mendubim de 531 MW e aportes de US$430 mi com parceiros


Equinor confirma usina solar Mendubim de 531 MW e aportes de US$430 mi com parceiros

Usina solar em Manaus, no Brasil

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Equinor anunciou a decisão final de investimento no projeto de energia solar Mendubim, de 531 megawatts (MW), juntamente com parceiros, com investimentos totais de 430 milhões de dólares, no que será o segundo projeto de larga escala desse tipo da companhia no Brasil.

Localizado no Rio Grande do Norte, o projeto Mendubim é uma joint venture entre Scatec, Hydro Rein e Equinor.

Os três parceiros têm participações econômicas iguais de 33,3% no projeto e irão, em conjunto, realizar os serviços de Engenharia, Gestão de compras e Construção (EPC – engineering, procurement and construction), explicou a companhia.

Os serviços de operação e manutenção, além do gerenciamento do ativo, serão fornecidos em conjunto por Equinor e Scatec.

“O projeto sustenta a ambição da companhia de acelerar o crescimento em renováveis e se desenvolver como produtor de energia com foco em áreas selecionadas”, disse a Equinor em nota.

 

A Equinor destacou que iniciou as atividades em renováveis no Brasil com a planta solar de 162 MW de Apodi, em operação desde 2018, em parceria com a Scatec.

“Com o projeto Mendubim, expandimos consideravelmente nossos investimentos em renováveis no Brasil e damos um importante passo para seguir construindo um portfólio significativo de energia solar no país”, disse em nota Olav Kolbeinstveit, vice-presidente sênior de energia e mercados em renováveis da Equinor.

O investimento de 430 milhões de dólares contará com uma combinação de financiamento de longo prazo e contribuição de capital dos parceiros.

Segundo a Equinor, Mendubim entregará retornos reais, ao nível de projeto, dentro da faixa estimada pela Equinor para projetos renováveis globalmente, de 4-8%.

Cerca de 60% da energia produzida será comercializada por meio de um contrato de compra e venda de energia, em dólar, de duração de 20 anos com a Alunorte, empresa líder mundial no fornecimento de alumina para a indústria de alumínio.

Os 40% restantes da produção serão comercializados no mercado de energia brasileiro.

Os serviços de comercialização de energia devem ser realizados pela Hydro Energia e pela Danske Commodities, empresa de comercialização de energia da Equinor. A Danske Commodities estabeleceu recentemente um escritório em São Paulo para dar suporte às atividades da Equinor no país.

(Por Marta Nogueira)

 

Transição de governo diz ser fundamental reformar TLP para viabilizar financiamentos


Transição de governo diz ser fundamental reformar TLP para viabilizar financiamentos

Ex-ministro Mauro Borges


BRASÍLIA (Reuters) – Uma reforma da Taxa de Longo Prazo (TLP) é fundamental para viabilizar os investimentos no país, disse o ex-ministro Mauro Borges, membro do grupo técnico de Indústria e Comércio da transição de governo.Borges disse que a TLP é ineficiente, alta e pouco flexível, ressaltando que sugestões de mudanças na regra serão feitas ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ele, uma das ideias é criar um “cardápio de TLPs”, com a taxa podendo variar a depender do prazo do investimento. Em outra hipótese, poderia ser aplicado um redutor da TLP para áreas específicas, como projetos de investimentos relacionados a clima e transição energética.

(Por Bernardo Caram; Edição de Alexandre Caverni)

 

Grupo J.Safra compra Saurus para complementar Safrapay


Crédito:  Reprodução/ Site Safrapay

Safrapay espera agregar valor aos produtos e serviços, tornando os atuais clientes mais fiéis e também buscar novos clientes (Crédito: Reprodução/ Site Safrapay)

 

 

O Grupo J.Safra comprou a Saurus, empresa de automação comercial e gestão, e vai utilizá-la para complementar a oferta da Safrapay, empresa de adquirência. A Saurus foi criada há mais de dez anos, tem mais de 10 mil clientes ativos e uma rede de mais de 300 software houses parceiras. O valor da operação não foi revelado.

A Saurus oferece soluções prontas para pequenos e grandes clientes. Com ela, a Safrapay espera agregar valor aos produtos e serviços, tornando os atuais clientes mais fiéis e também buscar novos clientes. A expectativa é de uma atuação que conjugue os mundos físico e digital.

“Estamos muito otimistas com a chegada da Saurus. A aquisição demonstra mais um movimento na direção de consolidar a Safrapay não só como uma empresa de adquirência, mas como uma empresa de tecnologia com a oferta de um ecossistema completo, multicanal com soluções para o varejo”, afirma em nota Pedro Coutinho, executivo à frente da Safrapay.

De acordo com ele, a compra da empresa aproxima os serviços financeiros das operações do varejo, algo que as companhias de adquirência têm buscado fazer diante da maior concorrência na captura de transações. Segundo ele, um dos objetivos é permitir aos clientes uma gestão simplificada dos negócios.

“Com essa aquisição a Safrapay passa a entregar ainda mais serviços de valor agregado, o que proporcionará aos seus clientes o acesso a diversas soluções através de um fornecedor único, consolidando ainda mais nosso”, acrescenta Coutinho.

A Safrapay espera também impulsionar as software houses ligadas à Saurus, aproximando-as das empresas e do mercado.

O J.Safra Investment Banking foi o assessor financeiro do Grupo J.Safra na transação.

 

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Regra fiscal tem que ser compatível com crescimento e emprego, diz Nelson Barbosa


Regra fiscal tem que ser compatível com crescimento e emprego, diz Nelson Barbosa

Ex-ministro Nelson Barbosa


Por Bernardo Caram

 

 

BRASÍLIA (Reuters) – O plano fiscal para o país tem que ser compatível com a geração de empregos e o crescimento econômico, disse nesta terça-feira o ex-ministro Nelson Barbosa, membro da coordenação de Economia da transição de governo, argumentando que o arcabouço precisa passar pela avaliação do mercado, mas também pela aprovação da população.

“Para que essa estratégia de reequilíbrio orçamentário seja eficaz, tem que ser compatível com geração de emprego, com crescimento. Só equilíbrio fiscal com uma economia estagnada e alto desemprego não atende às demandas da população”, disse. “Balancear essas duas facetas é a parte mais difícil, mas não é uma coisa nova.”

Em evento dos jornais O Globo e Valor Econômico, Barbosa afirmou existir um consenso de que estabilidade fiscal significa ter uma dívida pública estável em proporção do PIB.

O ex-ministro argumentou que experiências internacionais que dão certo mostram que o foco principal deve ser o gasto público, que é o caminho para levar a uma sustentabilidade do endividamento.

Barbosa ainda fez uma associação da questão fiscal com o regime de metas de inflação do Banco Central.

“O que acontece no sistema de metas de inflação quando eventualmente a meta não é cumprida? O Banco Central explica por que isso aconteceu e quais as ações adotadas para trazer a inflação de volta à meta, sem criminalização da política monetária, sem crise institucional”, afirmou.

“Esse princípio que nós brasileiros já aplicamos bem na política monetária deve ser o princípio norteador dessa nova regra fiscal. Uma regra que dê flexibilidade para você administrar choques de curto prazo, mantendo previsibilidade de onde você quer chegar, quais são as ações e em que prazo você vai trazer a situação de volta ao controle.”

Ele também defendeu que as regras fiscais não sejam constitucionalizadas, se posicionando a favor de que as ações do Tesouro sejam guiadas por uma lei complementar –instrumento hierarquicamente abaixo da Constituição. Essa previsão foi incluída no parecer da PEC de Transição apresentado nesta terça-feira.

Para Barbosa, na situação orçamentária que o país está, será necessária uma flexibilização fiscal de curto prazo, além de um programa fiscal de médio e longo prazos que, segundo ele, será objeto de sugestões da equipe de transição na segunda-feira.

 

POSTO IPIRANGA

 

O ex-ministro afirmou ainda que o PT não tem um “posto Ipiranga”, ressaltando que o partido “discute tudo” e não tem uma referência individual para suas políticas.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo cobrado a apresentar o nome que comandará seu Ministério da Economia, mas já afirmou que fará as indicações apenas após sua diplomação na próxima semana.

O apelido de posto Ipiranga foi dado a Paulo Guedes ao assumir o Ministério da Economia de Jair Bolsonaro em 2019, por ter uma suposta autonomia para conduzir todas as áreas da política econômica do governo.

 

Adama adquire empresa neozelandesa AgriNova Estadão Conteúdo 06/12/22 - 15h07 AddThis Sharing Buttons Share to Facebook Share to WhatsAppShare to TwitterShare

A evolução do nosso logo: A união que nos faz maiores ...

A empresa de agroquímicos Adama, controlada pela holding Syngenta Group, adquiriu a neozelandesa AgriNova, também conhecida como Grochem, informaram as companhias em comunicado à imprensa. Segundo a nota, a Grochem é responsável pelo desenvolvimento e fabricação de produtos voltados para a proteção de culturas, reguladores de crescimento vegetal, biosoluções e nutrientes vegetais principalmente no segmento de horticultura.

“Esta aquisição permitirá que a Adama aumente seu portfólio de produtos no mercado da Nova Zelândia e abra caminho para sua expansão nos segmentos complementares de produtos biológicos, nutrição vegetal e reguladores de crescimento vegetal”, disse a empresa em nota.

 

Com parceria com GPA, Dia e Oba, Shopee avança em venda em supermercados

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Com novas parcerias, a Shopee passa a oferecer nesta semana produtos de supermercados com ofertas e cupons de descontos voltados para essa categoria de produtos. Dentre as grandes marcas que agora vendem pela plataforma estão Pão de Açúcar, Dia Supermercado e Oba Hortifrúti.

A cada dia da semana, uma categoria diferente estará em destaque: itens de lavanderia às segundas; mercearia às quartas e produtos para happy hour às sextas.

Outras lojas da Shopee Oficial que fazem parte da seção são: Ambev, Heineken, Nestlé, Cacau Show, Unilever.

A seção de Mercado da Shopee permitirá que os consumidores combinem diferentes cupons (de descontos do marketplace e de loja, além de frete grátis) para ampliar a economia nas compras. A iniciativa acontece quando a concorrência tem buscado modelos de rentabilidade mais racional no e-commerce, elevando a taxa cobrada dos lojistas e sendo mais criteriosas na concessão de cupons.

A Shopee tem buscado nacionalizar seus vendedores e ganhar capilaridade logística no País. Após ter reduzido sua operação em outros países da América Latina, a empresa parece ainda mais focada na operação brasileira, o que é sempre citado como risco para as varejistas brasileiras de comércio eletrônico