Faturamento
14/03/2023
https://www.gironews.com/informacoes-de-fornecedores/faturamento-milionario-71215/
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
14/03/2023
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14/03/2023
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou na manhã desta terça-feira (14) do Lançamento do Centro de Pesquisa em Engenharia para a Mobilidade Aérea do Futuro, em São José dos Campos. O ato aconteceu no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e contou com a presença do vice-governador, Felicio Ramuth (PSD) e do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo e ex-reitor da USP, Vahan Agopyan.
A nova unidade, que possui como marca fantasia, o nome FLYMOV, terá como foco três áreas de pesquisa:
Para Tarcísio de Freitas, a data de hoje é um “Dia de Celebração”, pela inovação anunciada no ITA. Em sua fala, o governador comentou sobre a certeza de que o Brasil será protagonista na Mobilidade Aérea Industrial, na liderança de redução de poluentes na aviação civil, na produção dedicada a sistemas autônomos de voo, e quem sabe ainda, na produção de veículos individuais de voo.
Tarcício também comentou da importância de manter no Brasil os pesquisadores, com alinhamento de capitais privados e públicos, com uma lógica de desenvolvimento em rede, agregada em um Centro como este que está sendo montado em São José, o que irá manter os talentos atuando no país e gerando empregos.
O centro de pesquisa, que será instalado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos deverá reunir mais de 120 pessoas diretamente envolvidas (pesquisadores, estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado) do ITA, Embraer, UNICAMP e do Centro de Engenharia de São Carlos da Universidade de Sçao Paulo (USP).
Com investimento previsto de R$ 48 milhões nos próximos cinco anos, o Centro de Pesquisa em Engenharia Aérea do Futuro (CPE-MAF), será implementado em parceria com a Embraer, e tem como meta o aumento da competitividade da indústria aeronáutica nacional, e a sustentabilidade do transporte aéreo para a geração de valor.
São R$ 24 milhões por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o mesmo valor será aplicado pela Embraer. Durante o evento, também foi anunciada a adesão da Unicamp no empreendimento.
Dr. Mario Antonio Zago, Presidente da Fapesp
O professor Zago ressaltou que o principal motivo de São Paulo estar na vanguarda da ciência nacional, é porque existem instituições importantes como Fapesp, ITA, Embraer e UNICAMP, que quando atuam juntas, é motivo para celebrar e objetivar retornos importantes em tecnologia e inovação.
Até agosto deste ano, segundo o gestor, será lançado um novo edital no valor de R$ 120 milhões para a busca de soluções que serão inseridas juntamente com a participação de diversas secretarias, objetivando, por exemplo, ações de prevenção para mitigar ações de desastres no país.
Reitor do ITA
O reitor do ITA, Anderson Correia, enfatizou a fabricação de aviões elétricos, com baixa emissão de carbono no país, além da possibilidade de geração de empregos na região. O desenvolvimento dessas novas tecnologias, irá contribuir também a Força Brasileira, na fabricação de aeronaves para o território nacional e para o mundo. Ainda, segundo o reitor, o investimento anunciado hoje, não traz apenas retorno econômico, mas também uma verdadeira reforma social, em que todos saem ganhando, com inovação e geração de empregos
A Corteva, a Bunge e a Chevron anunciaram nesta terça-feira, 14, que trabalharão juntas para introduzir híbridos de canola safra de inverno que produzem óleo vegetal com uma pegada de carbono mais baixa. O objetivo é tentar aumentar a disponibilidade de matérias-primas para o crescente mercado doméstico de combustíveis renováveis.
As empresas afirmaram que os híbridos de canola de inverno da Corteva podem ser usados em um sistema de cultivo duplo, seguindo a soja ou o algodão.
Com isso, a Bunge Chevron Ag Renewables, uma joint venture entre a Bunge e a petrolífera Chevron, planeja fechar negócio com agricultores para comprar a canola colhida na estação e usar o óleo para produzir combustível renovável.
As três companhias ainda disseram que a canola safra de inverno, que planejam introduzir no sul dos Estados Unidos, criará uma nova oportunidade de receita para os agricultores com uma rotação sustentável de culturas, acrescentando que esperam conduzir um programa piloto no cultivo na temporada de 2022/23.
Fonte: Dow Jones Newswires
SÃO PAULO (Reuters) – A fabricante de cosméticos Natura&Co avalia que conseguirá entregar neste ano uma melhora de seus resultados, após amargar no quarto trimestre prejuízo e queda de faturamento, afirmaram executivos da companhia nesta terça-feira.
As ações da companhia dona de marcas como Natura, Avon, Aesop e The Body Shop despencavam cerca de 16% por volta de 11:55, liderando as perdas do Ibovespa, que subia 0,4%.
“Quero reforçar minha confiança total em nossa jornada para recuperação da lucratividade”, afirmou o presidente-executivo, Fábio Barbosa, em conferência com analistas em inglês.
O executivo não fez projeções precisas, mas afirmou que ações executadas pela empresa no ano passado, que incluíram revisão da presença da The Body Shop, reajustes de preços e integrações de operações de marcas devem gerar frutos em 2023.
A companhia está focada em melhoria de margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) e geração de fluxo de caixa em 2023, depois de encerrar 2022 com queda de quase 24% no Ebitda ajustado e ver a margem recuar de 10,3% para 8,7%.
Executivos da companhia afirmaram que a Natura&Co ainda vê espaços para aumentos de preços de produtos em alguns países. Na América Latina, as receitas da marca Natura subiram 17,5% no quarto trimestre sobre um ano antes, enquanto a Avon mostrou evolução de 2,2% na região, pressionada por desempenho negativo da marca fora do Brasil.
Executivos da empresa afirmaram que a marca Avon está tendo desempenho positivo em algumas regiões como Oriente Médio e Ásia e Pacífico. Mas na Europa Central a marca tem sido impactada pela guerra na Ucrânia, enquanto Europa Ocidental e mercados desenvolvidos registraram resultados mais fracos.
“Nossos negócios no Brasil estão indo extremamente bem e a Avon melhorou lucratividade. Na América Latina enfrentamos ventos contrários…mas a marca Natura se provou na região e na Avon toda a reestruturação começou a melhorar a lucratividade”, disse Barbosa.
Analistas do BTG Pactual consideraram fracos os resultados do quarto trimestre da Natura&Co, afirmando que a recuperação difícil da companhia os deixa mais conservadores em relação à empresa. Barbosa citou em seus comentários que 2023 será mais um ano “desafiador”.
Luiz Guanais e equipe de analistas do BTG afirmaram em relatório a clientes enxergar a alta alavancagem em meio a um cenário de juros altos e os problemas na reformulação de suas operações Avon – na América Latina e no exterior – e The Body Shop como principais desafios.
Durante a conferência, executivos da Natura&Co afirmaram que a empresa está “trabalhando em sua estrutura de capital”, mas não deram detalhes sobre eventuais ações futuras.
A Natura&Co encerrou 2022 com dívida líquida de 7,44 bilhões de reais, alta de quase 25% sobre um ano antes. A alavancagem medida pelo Ebitda sobre a dívida líquida passou de 1,52 vez para 3,49 vezes.
(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Paula Arend Laier)
Por Iain Withers e Lawrence White
LONDRES (Reuters) – O colapso dramático do Silicon Valley Bank e a turbulência do mercado que ele desencadeou fazem parte da “batalha entre fogo e gelo” nos esforços globais para conter a inflação após anos de dinheiro fácil, disse o copresidente do Morgan Stanley, Ted Pick, nesta terça-feira.
Os aumentos acentuados nas taxas de juros pelo Federal Reserve e outros bancos centrais para combater os crescentes preços ao consumidor inevitavelmente levaram a surtos de estresse, disse Pick na Morgan Stanley European Financials Conference, acrescentando que os bancos norte-americanos SVB e Signature Bank foram vítimas dessas circunstâncias.
“Isso faz parte do processo de girar o botão para apertar as condições financeiras e garantir que estamos no caminho certo para normalizar um mundo com taxas de juros mais altas”, disse Pick.
“Mas pode muito bem haver surpresas, pode muito bem haver reações”, disse ele, acrescentando que o mercado está no meio de uma luta para “matar a inflação” que será travada em 12 a 18 meses.
O executivo-chefe do Lloyds, Charlie Nunn, disse anteriormente ao evento que os bancos britânicos ainda não estavam vendo uma “voo para a qualidade” nos depósitos entre clientes nervosos com a segurança dos seus recursos após o colapso do SVB.
Os principais bancos dos Estados Unidos, incluindo JPMorgan e Citigroup, viram uma onda de clientes solicitando a transferência de suas contas para bancos maiores, informou o Financial Times nesta terça.
Os analistas do Goldman Sachs disseram em nota na segunda-feira que o estresse bancário dos Estados Unidos pode se espalhar diretamente para os bancos europeus.
O Santander foi descrito como a única instituição com “exposição significativa” aos detentores de depósitos dos Estados Unidos, com cerca de 12% do total de depósitos nos Estados Unidos, enquanto o HSBC tinha 6% e o Barclays tinha 8% nas Américas como um todo, disse a pesquisa.
A diversidade da Suíça se reflete em sua culinária. Recentemente publicado, o livro "O Patrimônio Culinário Suíço" pinta um retrato tanto gastronômico como cultural da cozinha regional suíça.
Entrevista.
Um apanhado. Este é o termo que vem imediatamente à mente para descrever este livro de 661 páginasLink externo. O autor, o jornalista de gastronomia Paul Imhof, viajou anos pela Suíça recolhendo informações de um vasto leque de pessoas ativas nas áreas de agricultura, restaurantes e comércio de alimentos, mas também em bibliotecas. O resultado é uma coleção abrangente de dados sobre cada produto, incluindo suas origens, história, método de produção e área de distribuição.
Este trabalho reúne em um único livro um inventário culinário realizado entre 2005 e 2008 pela Associação do Patrimônio Culinário Suíço com a apoio dos cantões e especialistas de diferentes campos (acadêmicos, históricos, setoriais etc.), sob mandato da Confederação, e que tem sido constantemente atualizado desde então. O objetivo do inventário é fornecer uma visão o mais abrangente possível dos produtos da culinária suíça. Para serem incluídos, os produtos devem atender a três critérios: serem ainda consumidos, existirem há pelo menos 40 anos e terem uma ligação especial com a Suíça.
Mas este livro, que enumera mais de 450 produtos, não é um simples inventário. Proporciona também uma melhor compreensão da Suíça e de seu povo. "De fato, a tradição culinária é também uma viagem através da história, geografia, cultura e sociologia de um país", destaca Olivier Girardin, presidente da Associação do Patrimônio Culinário Suíço.
swissinfo.ch: O que diz o patrimônio culinário sobre a Suíça?
Olivier Girardin: Existem vários produtos regionais suíços. Temos um patrimônio muito rico, o que mostra que a Suíça é um país de confluências no centro da Europa, com várias culturas e diversas fronteiras. Essa diversidade se reflete em sua culinária.
O livro "Patrimônio Culinário Suíço" está disponível em francês desde o final de 2022. Uma versão em alemão será publicada na primavera de 2023. Editions infolio
Semelhante patrimônio mostra também como se vivia no mundo rural, onde nada se perdia e tudo se transformava. A cozinha suíça inclui uma grande variedade de queijos, mas também embutidos e carnes secas, o que atesta o cuidado tomado na conservação dos produtos. Esta herança culinária está ligado ao fato de uma grande parte do território se situar nas montanhas, onde no inverno só se podia comer o que se podia conservar.
swissinfo.ch: Em suma, trata-se sobretudo da cozinha rural de um país relativamente pobre. Estamos bastante longe do esplendor da cozinha de Versalhes...
O.G.: Perfeitamente. Este caráter rural e relativamente pobre é um elemento central do patrimônio culinário da Suíça. Mas a Suíça é também um país industrial – e esse é o lado mais moderno dessa herança – onde os produtos provêm da nossa indústria alimentar com grandes grupos como a Nestlé. Entre os produtos clássicos deste tipo estão a famosa pasta alimentícia Cenovis ou a mostarda Thomy.
swissinfo.ch: Os pontos em comum da cozinha suíça têm sido evocados, mas existem também grandes diferenças entre as regiões?
O.G.: Existem, naturalmente, produtos típicos de diferentes regiões. Por exemplo, o cardo é muito conhecido em Genebra, mas não em outras partes da Suíça. No leste do país, existe um tipo de milho (Riebelmais) [GA1] que não é encontrado em todos os lugares.
Mas, além dos produtos, é interessante notar que o vínculo com a alimentação é diferente de acordo com a região. Podemos ver que na Suíça de língua alemã, as pessoas são mais sensíveis ao modo de produção, por exemplo, com alimentos orgânicos. Na Suíça latina, as pessoas são mais sensíveis à gastronomia local. O aspecto gustativo é muito mais acentuado no lado latino do que no lado alemão, onde o bem-estar do animal é tido mais em conta.
É interessante notar que se utiliza de um produto para falar sobre diferenças culturais entre a Suíça alemã e a Suíça latina. De fato, fala-se da "barreira do rösti", embora seja consumido também na Suíça francófona. A identidade está também ligada à alimentação, e por isso é importante para a coesão nacional saber o que se come noutras partes do país.
O.G.: Podemos constatar que ele ganhou interesse. Os restaurantes gourmets incluem de bom grado produtos locais em seu cardápio. Assistimos também a um ressurgimento do interesse do público em consumir produtos regionais sazonais, o que está em sintonia com os tempos.
Por outro lado, no consumo quotidiano, a conservação desse patrimônio é um pouco menos evidente. Transmiti-la aos jovens é um verdadeiro desafio.
swissinfo.ch: Alguns produtos até desaparecem completamente. Por quê?
O.G.: Há uma mudança nos hábitos alimentares. A sociedade moderna perdeu de certa forma o hábito de cozinhar, o que contribui para o desaparecimento de produtos – por exemplo, o refogado de porco – que requerem uma preparação mais longa ou mais complexa.
Além disso, muitos produtos que são processados para serem preservados requerem grande conhecimento por parte de artesãos como açougueiros, padeiros ou queijeiros. Contudo, o processamento de alimentos tornou-se altamente industrializado, o que levou à perda de parte desse conhecimento.
No entanto, há também novos produtos que vão surgindo e que ultrapassaram o fatídico limite de 40 anos para serem inscritos no patrimônio culinário. É o caso, por exemplo, do azeite do Ticino, um dos últimos produtos que incluímos no patrimônio.
swissinfo.ch: Recentemente, tem-se falado muito de ecologia e de circuitos curtos. Será esta uma oportunidade para o nosso patrimônio culinário?
O.G.: Com efeito, penso que esse retorno às nossas raízes é uma oportunidade. É o oposto de uma globalização em que os alimentos são totalmente homogeneizados. É preciso explicar que os produtos inscritos no patrimônio culinário andam de mãos dadas com o conhecimento, a produção ecológica, o consumo racional e a tradição.
swissinfo.ch: No exterior, as pessoas costumam perguntar qual é o produto ou prato típico da Suíça. Qual é a resposta mais frequente?
O.G.: Muitas vezes pensamos no fondue ou na raclette. Tais produtos têm a vantagem adicional de serem fáceis de transportar e preparar. Há também queijos, como o gruyère ou o tête de moine (cabeça de monge), que fazem também muito sucesso no mercado de exportação, embora as quantidades produzidas não sejam as mesmas para ambos.
swissinfo.ch: Portanto, o queijo é realmente o produto suíço por excelência...
O.G.: Sim, o queijo e tudo o que lhe está associado. Mas também há salsichas. A Suíça tem cerca de 450 delas! Para mim, se tivesse de escolher um único produto suíço por excelência, seria a cervela; todo mundo consome, em todas as regiões. Também podemos notar a importância da categoria de produtos de panificação e confeitaria, pois é a mais representada em número de especialidades inscritas no patrimônio culinário suíço.
swissinfo.ch: Outra questão que se coloca frequentemente é qual é o prato tradicional suíço de Natal. Qual é a resposta?
O.G.: Depende, porque a tradição não é a mesma em todas as regiões. Mas hoje em dia, é claro que o fondue chinês ou o peru é o prato mais popular. No entanto, é entre as sobremesas que devemos procurar um produto tradicional que seja comum a todo o país, com o büche de Noël (tronco de Natal) que, mesmo não sendo especificamente suíço, é consumido em toda a Suíça. Há também pães de erva-doce e todos os biscoitos de Natal que se encontram em todo os lugares, mesmo que apresentem variedades regionais.
swissinfo.ch: Poderíamos promover melhor os produtos suíços no exterior?
O.G.: Um dos melhores produtos exportados é o queijo. Esta é uma tradição muito longa que às vezes remonta a séculos, por exemplo com o sbrinz. Mas é importante compreender que a Suíça produz apenas 50% de seus alimentos. Consequentemente, a exportação de produtos alimentares não é realmente um problema; nosso forte são produtos de nicho.
No entanto, espero que este livro ajude a tornar este rico patrimônio mais conhecido no exterior. Meu sonho seria que cada embaixada suíça possuísse um exemplar.
Adaptação: Karleno Bocarro