quarta-feira, 22 de março de 2023

Louis Dreyfus aumentará investimentos após alta no lucro de 2022



Carga de soja

 

Louis Dreyfus aumentará investimentos após alta no lucro de 2022

Carga de soja

 

 Por Gus Trompiz

 

PARIS (Reuters) – A Louis Dreyfus Company (LDC) pode quase dobrar os investimentos anuais nos próximos anos, à medida que os lucros crescentes ajudam a companhia a expandir seu tradicional comércio de produtos agrícolas e novas atividades de ingredientes alimentícios, disse seu presidente-executivo à Reuters.

O grupo divulgou na quarta-feira um salto no lucro líquido anual para 1 bilhão de dólares, contra 697 milhões no ano anterior, juntando-se a outros comerciantes globais de grãos que se beneficiam dos preços altos e da forte demanda em um ano marcado pela invasão russa da Ucrânia, também exportadora de grãos.

A LDC quer acelerar os gastos de capital, inclusive em aquisições “complementares”, para entre 800 milhões de dólares e 1 bilhão de dólares anualmente durante o resto desta década, disse o presidente-executivo Michael Gelchie em entrevista.

A previsão se compara aos investimentos de 549 milhões de dólares em 2022, que já marcaram um aumento ante os 372 milhões de dólares do ano anterior.

“Isso pode e deve ser na forma de investimentos greenfield ou brownfield ou do tipo M&A (…), seja no principal negócio, o comércio, ou em negócios inovadores que realmente diversificam nosso portfólio”, disse Gelchie.

Os investimentos do ano passado incluíram a aquisição da australiana Emerald Grain. O preço do negócio foi de cerca de 102 milhões de dólares, sujeito a ajustes de fechamento, informou a LDC em seu relatório anual.

Gelchie se recusou a dar uma perspectiva para a companhia este ano, mas disse que a turbulência no setor bancário e o aumento das taxas de juros podem aumentar ainda mais a volatilidade do mercado.

A receita líquida subiu quase 21%, para 59,9 bilhões de dólares, de 49,6 bilhões.

A guerra na Ucrânia contribuiu para o aumento dos preços e para as tensões de oferta de produtos agrícolas básicos.

O patrimônio do grupo subiu para um recorde de 6,1 bilhões de dólares em 31 de dezembro de 2022, enquanto a dívida líquida ajustada caiu para 400 milhões de dólares em 31 de dezembro, de 1,5 bilhão um ano antes, disse a empresa.

A LDC também anunciou meta de redução de 33,6% para suas emissões de gases de efeito estufa de escopo 1 e 2 até 2030, em comparação com o ano de referência de 2022.


NRF 2023 e os aprendizados para o varejo


Nesse novo momento do varejo, que coloca o consumidor no centro, fala-se muito mais das tecnologias emergentes que vão proporcionar a jornada mais personalizada possível.

 

Antonio Alberto Tombe-Sodexo_DivulgaçãoAntonio Alberto Aguiar (Tombé), Diretor Executivo de Estabelecimentos da Sodexo Benefícios e Incentivos. (Foto: Divulgação)

 

A National Retail Federation (NRF), big show do varejo mundial, atrai milhares de pessoas dos mais diferentes segmentos para discutir os desafios, encontrar soluções e traçar os novos rumos do varejo. Em 2023, ficou claro que o setor vive um novo momento, que mostra que o consumidor está empoderado e, por isso, busca pela melhor experiência, pelo menor preço, em processos rápidos e convenientes.

Este cenário reforça um caminho que já estamos trilhando e que passou por muitas inovações. No passado, o setor imaginava que o e-commerce iria se sobrepor ao varejo físico, depois, entendeu-se que ambos precisavam estar unificados, e hoje, onde estamos, vivemos a omnicanalidade, que é a integração entre os variados canais de contato com o cliente. Fato é que todos os movimentos anteriores tiveram a ver com a garantia da melhor jornada do consumidor e assim seguiremos no futuro, convergindo para esse objetivo. Nesse novo momento do varejo, que coloca o consumidor no centro, fala-se muito mais das tecnologias emergentes que vão proporcionar a jornada mais personalizada possível.

Quero dividir um case de uma rede de supermercados, que expôs a solução na NRF e que confirma essa tese. A tecnologia apresentada realiza, continuamente, uma análise com algoritmos que levam em conta a validade de um produto, não apenas os que são registrados nas embalagens, como também o vencimento de frutas, legumes e verduras, por exemplo. Essa inteligência cria, com base nos dados, preços dinâmicos levando em consideração o prazo do alimento e o comportamento das pessoas que estão dentro da loja. Tudo isso graças às tecnologias avançadas que são capazes de identificar cada cliente, seja por meio do aplicativo do celular que cada um carrega, seja pela leitura facial dentro da loja. O caso representa a aplicação de uma jornada de experiência única, com ofertas exclusivas, baseadas em cada um dos consumidores, no mix de produtos e na rentabilidade do varejista.

Esse é apenas um dos exemplos de como a inteligência artificial (IA) baseada no uso de dados tem um potencial enorme de proporcionar uma atuação personalizada e sobre como o varejista pode gerar mais vendas para seu negócio, tendo como fator chave o uso de data analytics.

Com a evolução das tecnologias, dos aprendizados e até mesmo das ofertas de soluções no mercado, os custos para se investir em IA estão cada vez mais acessíveis, sendo que, hoje, já passaram a ser uma realidade para todos os portes de empreendimentos graças ao cloud computing, isso sem falar das soluções prontas e modulares que podem ser adquiridas em marketplaces para facilitar o processo.

Conforme o relatório Future Drivers 2025 da WGSN, divulgado durante a NRF realizada em janeiro deste ano, as práticas inovadoras estão sendo avaliadas por IA com mais regularidade e, até 2025, todos estarão mais acostumados com a tecnologia, sejam empresas ou clientes.

Este mesmo relatório aponta ainda que a cultura digital está valorizando os interesses do nicho, partindo da abordagem ampla e indo em direção à específica. O movimento é impulsionado pela Geração Z, especialmente nas redes sociais, com um crescimento de criadores de conteúdo, comunidades e plataformas, o que é chamado de microcultura, ou seja, a cultura voltada especificamente para um pequeno grupo.

Porém, na NRF não se falou apenas de tecnologia, já que muitas apresentações se voltaram também para as pessoas, em especial ao colaborador, que demanda capacitação para que possa fazer o uso correto das ferramentas e desempenhar melhor suas funções.

Um ponto que também vale destacar foi o rico debate sobre a questão da diversidade, como: formação das equipes, com atenção à negros e mulheres na liderança, e o fim do estereótipo do consumidor. Ainda segundo o estudo da WGSN, a pauta ESG é de extrema relevância no mundo dos negócios, porém deve ganhar ainda mais força até 2025, por conta do cenário atual de crises, questões sociais e ecológicas.

Dentre os aprendizados que ficaram com a minha participação no evento, principalmente no que diz respeito à economia, ressalto a adaptabilidade e a capacidade de se reinventar dos varejistas com horizontes desafiadores, fazendo com que estejam mais focados em encontrar soluções para obter retorno no curto prazo.

Estamos em um momento de aprimoramento, de manter os pés no chão, de pensar em ações com retorno rápido e de colocar o consumidor em seu merecido lugar, no centro, pois só assim será possível conquistar um crescimento sustentável.

 

https://revistalide.com.br/revista-lide/artigos/artigo-nrf-2023-e-os-aprendizados-para-o-varejo

Gaslighting no ambiente laboral no debate da nova Cipa

Fotos de Manipulação, Imagens de Manipulação sem royalties ...


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O gaslighting pode ser definido como o ato ou a prática da manipulação psicológica, em que o abusador tenta confundir e manipular a vítima até que ela se sinta insegura e tenha dúvida sobre suas capacidades, competências ou sanidade mental. Manipula, mente e causa esgotamento mental e físico na vítima.

Essa terminologia surgiu a partir de uma peça teatral denominada Gas Light datada de 1938, ambientada em Londres e adaptada ao cinema, cuja temática versa sobre uma relação tóxica, ante a manipulação psicológica pelo abusador dentro de um contexto doméstico — quando o marido adota o abuso psicológico contra a esposa, com o propósito de deixá-la louca — para se apropriar de seus bens.

Porém, o gaslighting entrou para o triste rol das conhecidas práticas de assédio moral organizacional, sendo espécie de violência que pode estar presente no ambiente de trabalho e que deve ser combatida, até porque cabe ao empregador adotar políticas para evitar constrangimentos e violência no ambiente de trabalho, sendo sua a obrigação de cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho, nos termos do artigo 157, inciso I, da CLT.

Na hipótese, o abusador distorce ou inventa informações de forma intencional, manipulando a vítima, que passa a duvidar de sua própria capacidade de sanidade. Essa conduta pode ser praticada por superiores hierárquicos e até mesmo entre colegas de trabalho, afetando principalmente mulheres e em ambientes de trabalho demasiadamente competitivos.

O tema — violência no ambiente de trabalho — ganhou especial destaque pelo Tribunal Superior do Trabalho, porquanto cada vez mais comuns os transtornos mentais relacionados ao trabalho, notadamente a exposição ao assédio moral e sexual, as jornadas exaustivas, as atividades estressantes, os eventos traumáticos, a discriminação, a perseguição da chefia e as metas abusivas, principais causas do início das patologias psicológicas e psiquiátrica.

O Ato Conjunto CSTJ.TST.GP 24/2014, institui o Programa Trabalho Seguro para a prevenção ao assédio sexual e moral e garantir relações de trabalho em que prevaleçam a dignidade, o respeito e os direitos do cidadão, conforme Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.

E sob esse enfoque, o Programa Emprega + Mulheres entrou em vigor por intermédio da lei 14.457/2022 em 22/09/2022 e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) bem como a legislação esparsa, para fomentar a inserção e permanência de mulheres no mercado de trabalho, e, estabelecer condições para que possam exercer a parentalidade.

Pesquisas apontam que o assédio sexual praticado contra as mulheres no ambiente de trabalho, é uma realidade, mesmo em relação àquelas que ocupam funções hierarquicamente de destaque nas Organizações. Outros tipos de violência também estão presentes no cotidiano das trabalhadoras brasileiras.

Diante desta realidade, para o enfrentamento do assédio sexual e outras formas de violência no ambiente de trabalho, a Lei 14.457/2022 institui o Programa Emprega + Mulheres, impondo às empresas que possuem  Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), medidas para a coibição de todas as formas de violência, traduzidas em assédios sexual e moral, dentre elas o gaslighting, porquanto atenta contra a dignidade, a integridade psíquica ou física do trabalhador (a).

Tamanha é a importância do tema, que a Cipa, a partir da Lei 14.457/22, que institui o Programa Emprega + Mulheres, passa a ser chamada de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio, tendo a importante missão de combater todas as formas de assédio no trabalho em observância à nova normatividade a partir do mês de março de 2023, bem assim difundir a valorização da trabalhadora de maneira a evitar que o ambiente laboral seja comprometido por qualquer tipo de violência, dentre elas o gaslighting.

O combate ao assédio sexual e violência no ambiente laboral como forma de inserção e permanência das mulheres no mercado de trabalho ganhou atenção especial do legislador, quando atribui à Cipa um papel importantíssimo neste particular, recebendo uma nova denominação: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio, conforme artigo 23, da Lei 14.457/2022, dispondo que as empresas deverão se adequar às novas regras no prazo de 180 dias a partir da vigência da nova lei.

Assim, devem ser também incluídas nas atividades da Cipa, diálogos de segurança e normas internas da empresa, condutas em relação ao combate às práticas de assédio sexual e de outras formas de violência , dentre elas o gaslighting, com ampla divulgação do seu conteúdo aos empregados e às empregadas, bem assim os procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias sobre assédio e violência, e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa denunciante, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis.

Em relação às mais recentes atribuições da Cipa, as empresas devem realizar, no mínimo a cada doze meses, ações de capacitação, de orientação e de sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da empresa sobre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho, em formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima efetividade de tais ações.

 

 https://www.conjur.com.br/2023-mar-20/elizabeth-greco-gaslighting-debate-cipa

Amanda Diaz, da keeggo: 'Líderes devem proporcionar um ambiente inclusivo e diverso'


Amanda Diaz, diretora de cultura da keeggo, defende que iniciativas simples, como a criação de comitês internos, podem estreitar a comunicação entre a equipe. 

 

 

Amanda-Diaz-Head-Cultura-Keeggo_altaresolucao-002Amanda Diaz, diretora de cultura da keeggo, (Foto: Divulgação)

Por mais que iniciativas de inclusão já sejam rotina em grande parte das empresas – 96% das companhias brasileiras realizam campanhas para fomentar programas referentes à temática, como aponta estudo da startup Blend Edu – o desafio de implementá-las ainda permeia as equipes. Felizmente, o movimento tem ajudado departamentos de recursos humanos a investirem cada vez mais em ações inclusivas. Um dos grandes exemplos de D&I no mercado, atualmente, é a keeggo, fornecedora de soluções de tecnologia para negócios.

Para Amanda Diaz, diretora de cultura da keeggo, promover a diversidade e inclusão na empresa é uma tarefa que requer uma mudança no mindset. Ela afirma que esse olhar deve vir da liderança primeiro, para só depois ser estendido às demais áreas. “O discurso precisa estar muito alinhado com a cultura da organização, por isso, os responsáveis devem pensar em ações afirmativas e o mais importante é que isso saia do papel e seja executado com consistência”, afirma.

Com quase 30 anos de atuação no Brasil, a companhia tem uma cultura fortalecida na área de Diversidade e Inclusão. Ela patrocina a Seleção Brasileira de Rugby em Cadeiras de Rodas, iniciativa que resultou na contratação de alguns atletas, somando ao quadro de colaboradores. Um deles é Gabriel Feitosa, que também exerce a função de assistente jurídico. Em 2022, ele conquistou o prêmio paralímpico na categoria Melhor Atleta de Rugby em Cadeiras de Rodas.

“Essa parceria tem sido muito agregadora para o nosso time. Desenvolvemos profissionais que já eram excelentes atletas, e que agora também estão se destacando dentro do universo da tecnologia. Sabemos da importância do esporte para o cenário brasileiro e mundial e poder contribuir para isso é com certeza um grande privilégio”, conta Diaz.

Para expandir conhecimentos e mobilizar seu time interno, a keeggo também tem se dedicado a orientar seus colaboradores por meio de treinamentos sobre Vieses Inconscientes, além de letramentos Raciais, LGBTQIA+, PCDs e de Gênero. A empresa também criou comitês dedicados a temas variados, como questões raciais, de equidade de gênero, LGBTQIA+, de acessibilidade, entre outros. Amanda destaca que a criação desses grupos pode ser uma iniciativa simples, mas tem resultados expressivos entre os colaboradores.

“Sempre pautamos nossa equipe sobre diversos assuntos complexos que precisam ser discutidos. Para estreitarmos ainda mais nossa comunicação, decidimos criar os comitês e, a partir de então, temos acompanhado a empatia e o envolvimento do nosso time com essas temáticas tão importantes. Isso tem contribuído para um ambiente cada vez mais diverso e para uma comunicação inclusiva”, finaliza a executiva.

 

 https://revistalide.com.br/revista-lide/noticias/gestao/-amanda-diaz-da-keeggo-lideres-devem-proporcionar-um-ambiente-inclusivo-e-diverso

 

JBS registra lucro líquido de R$ 2,350 bilhões no 4º trimestre, -63,7% em um ano

 


Crédito: JBS/Divulgação
 

São Paulo, 22 – A JBS encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 2,350 bilhões, ou R$ 1,06 por ação, valor 63,7% menor do que o lucro de R$ 6,473 bilhões verificado em igual período de 2021, informou a empresa nesta terça-feira, 21, depois do fechamento do mercado. A receita líquida ficou em R$ 97,865 bilhões, queda anual de 4,5%. Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 4,574 bilhões, queda de 65,2% ante o quarto trimestre de 2021, com margem de 4,9%.

A dívida líquida da companhia somou R$ 79,171 bilhões, 14,28% superior ao reportado em igual trimestre de 2021, de R$ 69,279 bilhões. Em dólares, a dívida líquida aumentou de US$ 12,414 bilhões para US$ 15,173 bilhões. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 2,29 vezes em reais e 2,26 vezes em dólares no quarto trimestre, contra 1,52 vez e 1,46 vez, respectivamente.

Em comunicado, a JBS informou também ter gerado R$ 5,8 bilhões em caixa nas atividades operacionais, recuo de 43,6% na comparação com o quarto trimestre de 2021. O fluxo de caixa livre, após adição de ativo imobilizado, juros pagos e recebidos, foi de R$ 1,2 bilhão.

A empresa informou também que, no quarto trimestre do ano passado, o valor total das atividades de investimentos foi de R$ 4,7 bilhões. Já o Capex, no período, totalizou R$ 3,4 bilhões.

Por unidade de negócio, o Ebitda ajustado da JBS Beef caiu 85,5%, da Pilgrim’s Pride recuou 61,4%, da JBS Brasil teve queda de 51,2%, da Seara caiu 38,0%, enquanto a JBS USA Pork recuou 8,8%, e a JBS Austrália teve queda de 14,2%.

A marca brasileira Seara teve receita líquida 9% maior no trimestre ante igual período do ano anterior, para R$ 11,032 bilhões. A companhia atribui o resultado a um aumento de 6,8% no preço médio de venda e de 2% em volumes. As vendas no mercado interno, que responderam por 53% da receita da unidade, totalizaram R$ 5,8 bilhões, aumento de 9,4% ante igual período de 2021. Em 2022 a Seara registrou uma receita líquida de R$ 43 bilhões, aumento de 17,6% em relação a 2021.

“A categoria de produtos preparados manteve a tendência de crescimento e registrou alta de 6% na receita líquida. No ano, a soma foi de R$ 20,8 bilhões, avanço de 13,3% na comparação anual”, disse a JBS em comunicado enviado à imprensa. No mercado externo, a receita líquida da Seara foi de US$ 993 milhões, um crescimento de 15,4% em relação ao quarto trimestre de 2021.

A JBS Brasil registrou de outubro a dezembro de 2022 uma receita 1,4% maior na comparação anual, de R$ 14,3 bilhões, apesar da queda de 11,4% na venda da categoria de bovino in natura, reflexo do cenário desafiador em igual período de 2021, segundo a empresa, quando houve a suspensão temporária das exportações brasileiras para China, que durou pouco mais de três meses e os volumes foram direcionados ao mercado doméstico.

Em 2022, a receita líquida da operação foi de R$ 58,9 bilhões, 9,6% superior que 2021 e o Ebitda ajustado foi de R$ 2,4 bilhões, alta de 7,7%. No mercado externo, a receita líquida em dólares subiu 7% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano, a alta foi de 13%, principalmente por conta do aumento do preço médio em 13%. A China continuou sendo o principal destino tanto no trimestre quanto no ano.

Acumulado de 2022

A empresa informou que a receita consolidada no ano de 2022 foi de R$ 374,8 bilhões (US$ 71,44 bilhões), alta de 6,9% em relação a 2021, sendo 74% das vendas realizadas em mercados domésticos e 26% por meio de exportações. O Ebitda ajustado foi de R$ 34,6 bilhões, perda de 24,3%, com margem Ebitda ajustado de 9,2% (-3,8 pontos), e lucro líquido de R$ 15,5 bilhões, queda de 24,5% na comparação anual, com lucro por ação de R$ 6,93.

No período, considerando o dividendo mínimo e os dividendos intercalares, foram distribuídos R$ 4,4 bilhões, o que implica em um dividend yield de 9,1%. Em 2022 a geração de caixa livre foi de R$ 2,1 bilhões, queda de 82,2% em comparação com 2021, segundo a JBS.


terça-feira, 21 de março de 2023

BNDES e Embrapii desembolsam R$ 145 mi para apoiar projetos de P&D

Vetor de P&D Initial logo. Ampersand monogram logo do Stock | Adobe Stock

 

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii), estão desembolsando R$ 145 milhões para apoiar o desenvolvimento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D).

As duas entidades, que firmaram parceria para atuar no segmento de P&D, fizeram o anúncio nesta terça-feira, 21, durante o evento “Inova + Indústria digital e sustentável”, realizado em um dos auditórios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A parceria firmada entre BNDES e a Embrapii prestará apoio a sete áreas estratégicas: Transformação Digital, Materiais Avançados, Novos Combustíveis, Tecnologias Estratégicas para o SUS, Defesa, Bioeconomia Florestal e Economia Circular.

O presidente da Embrapii, José Luis Gordon, membro da diretoria do BNDES, disse que já alguns casos de sucesso de empresas estão produzindo medicamentos e cosméticos a partir da flora da Amazônia. “Esse é apenas um início. Vamos fazer parcerias maiores para trazer mais recursos para projetos estruturantes, disruptiva, usando novos modelos de apoio e centros de competência”, disse.

 

Justiça do Rio derruba efeitos de medida cautelar obtidas pela Americanas

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Estadão Conteúdo

 

 

 A Justiça do Rio derrubou nesta terça-feira, 21, os efeitos da medida cautelar obtida pelas Lojas Americanas em 13 de janeiro, conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) havia adiantado instantes antes. Com a decisão, os bancos passam a poder compensar os recursos que a varejista tem junto às instituições.

A decisão foi tomada, por unanimidade, por três desembargadores da 15ª Câmara de Direito Privado. O tribunal analisou um agravo de instrumento impetrado em nome do Safra pelos escritórios FCDG Advogados e Wambier Advogados. O Safra tem R$ 100 milhões em recursos das Americanas em seus cofres.

A medida cautelar, obtida pelas Americanas dois dias após a revelação do rombo de R$ 20 bilhões – na ocasião, tratado como “inconsistência contábil” – impedia os bancos de compensar recursos que a varejista tinha em contas nas instituições financeiras.

Os magistrados declararam nula a decisão devido à forma como foi feito o pedido pelas Americanas. Desta maneira, os efeitos da recuperação judicial só passam a valer a partir de 19 de janeiro, quando a varejista de fato entrou com pedido de recuperação judicial.