segunda-feira, 3 de abril de 2023

EUA saúdam planos do Banco Mundial para o clima e pressionam por mudanças mais ambiciosas


EUA saúdam planos do Banco Mundial para o clima e pressionam por mudanças mais ambiciosas

Participante de um evento em frente ao logo do Banco Mundial

WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos saudaram nesta segunda-feira os planos do Banco Mundial de aumentar os empréstimos anuais, em 5 bilhões de dólares, a países de renda média para combater as mudanças climáticas e outras crises globais ao longo de dez anos, mas disseram que estão pressionando por mais mudanças ambiciosas em breve.

Um alto funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA disse à Reuters que os diretores do Banco Mundial devem endossar o tão esperado plano durante suas reuniões semestrais na próxima semana, enquanto pedem que a administração do banco delineie planos firmes para novas reformas.

Os Estados Unidos, país que é o maior acionista do banco, há meses pressiona o Banco Mundial a tomar medidas mais ousadas para aumentar o financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas, futuras pandemias e outros desafios globais.

O Banco Mundial forneceu 100 bilhões de dólares entre 2020 e 2022 para bens públicos globais, mas estima que os países em desenvolvimento e o setor privado precisariam investir muito mais – cerca de 2,4 trilhões de dólares por ano – para atender a essas necessidades.

“Precisamos manter a ambição. Ainda há muito mais a fazer”, disse o funcionário, acrescentando que os Estados Unidos estão pressionando o banco para mapear reformas concretas adicionais, juntamente com um cronograma para implementação.

O governo do presidente norte-americano Joe Biden vê o “mapa da evolução” do banco como um “pagamento inicial de uma série de reformas importantes”, mas quer as reformas implementadas assim que possível, em vez de esperar que os governadores do banco se reúnam em outubro, disse o funcionário.

(Reportagem de Andrea Shalal)

 

Natura&Co acerta venda da Aesop para L’Oréal em negócio de US$2,5 bi


Natura&Co acerta venda da Aesop para L’Oréal em negócio de US$2,5 bi

Natura&Co acerta venda da Aesop para L'Oréal

SÃO PAULO (Reuters) – A Natura&Co assinou acordo para a venda da Aesop para a L’Oréal em negócio que avaliado (“enterprise value”) em 2,53 bilhões de dólares, disseram as empresas nesta segunda-feira.

A expectativa é que o negócio seja fechado no terceiro trimestre.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/naturaco-acerta-venda-da/

BNDES aprova crédito de R$907 mi para 4 parques eólicos da Casa dos Ventos no RN


BNDES aprova crédito de R$907 mi para 4 parques eólicos da Casa dos Ventos no RN

Turbina de energia eólica

 

Reuters

 

 RIO DE JANEIRO (Reuters) – O BNDES aprovou um financiamento de 907 milhões de reais para a geradora renovável Casa dos Ventos implantar quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, informou o banco de fomento nesta segunda-feira em comunicado.

Os quatro parques eólicos, Ventos de Santa Luzia 11, 12 e 13 e Ventos de Santo Antônio 1, têm uma capacidade instalada total de 202,5 MW. O investimento total no projeto é de mais de 1,3 bilhão de reais.

A energia gerada será suficiente para atender cerca de 500 mil domicílios e reduzir a emissão de carbono de 522 mil toneladas ao ano.

Os quatro sítios de geração de energia a partir do vento integram o Complexo Eólico Umari, localizado nos municípios de Monte das Gameleiras, São José do Campestre e Serra de São Bento. As obras do complexo começaram no ano passado e o projeto deve entrar em operação em agosto de 2024, de acordo com o banco.

O empréstimo será destinado prioritariamente para a aquisição e instalação de aerogeradores e na realização de obras civis, além da implantação de sistema de transmissão associado ao projeto. 

Cada um dos parques eólicos tem como proprietário uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) diferente. As quatro SPEs são controladas pela CDV Holding, uma joint venture entre a brasileira Casa dos Ventos e o grupo francês TotalEnergies.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

 

Lula diz que não concorda com previsões “pessimistas” de crescimento do PIB abaixo de 1%

 

Lula diz que não concorda com previsões “pessimistas” de crescimento do PIB abaixo de 1%

Lula participa de cerimônia no Palácio do Planalto


(Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que não concorda com avaliações de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer menos de 1% e disse que a economia do país crescerá mais do que o estimado por aqueles que classificou como pessimistas.

“Não concordo com as avaliações negativas de que o PIB vai crescer zero não sei das quantas, 0,1%”, disse o presidente na abertura de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, em fala transmitida pela TV Brasil.

“Eu acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo. Vai acontecer mais coisas no Brasil do que as pessoas estão esperando que vai acontecer”, acrescentou.

O presidente também manifestou confiança de que o governo conseguirá aprovar no Congresso Nacional a proposta de novo arcabouço fiscal, anunciada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assim como uma reforma tributária, que tem sido aprontada como prioritária pela equipe econômica de seu governo.

“Se você olhar para a cara do Haddad depois do marco regulatório que ele fez, olha a cara dele de felicidade. Significa que ele está acontecendo, que vai passar. Nós estamos acreditando que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária neste país”, disse.

Lula afirmou que o salto da economia pode vir da atividade do que chamou de micro e pequena economia nos “rincões” do país. Ele afirmou ainda que é dever do governo manifestar otimismo com a situação da economia, porque, segundo ele, ninguém aposta em um cavalo se o próprio dono do animal dizer que ele está cansado ou com problemas.

“Estamos acreditando que esse país voltará a ser um país em crescimento, em geração de emprego, que essa é a nossa obsessão agora”, disse. “Temos que ter como obsessão fazer esse país voltar a crescer.”

Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a estimativa de crescimento do PIB em 2023 seguiu em 0,90%.

Lula também anunciou na abertura da reunião ministerial que na próxima segunda-feira fará o balanço dos 100 primeiros dias do governo, acrescentando que irá anunciar na ocasião os próximos passos de sua gestão.

 “Na próxima segunda-feira, ao fazer a avaliação dos 100 dias, a gente vai ter que anunciar o que a gente vai fazer para frente, porque os 100 dias vão fazer parte do passado”, disse.

(Reportagem de Eduardo Simões, em São PauloEdição de Pedro Fonseca)

Promotores da Suíça investigam compra do Credit Suisse pelo UBS, orquestrada pelo governo


Crédito: Wikimedia Commons

Compra do Credit Suisse pelo UBS envolveu o Banco Central Suiço e o próprio governo local (Crédito: Wikimedia Commons)

 

Promotores da Suíça investigam a compra orquestrada pelo governo do Credit Suisse pelo concorrente UBS Group. A promotoria federal contatou autoridades nacionais e locais e “emitiu ordens de investigação” para analisar e identificar qualquer ofensa criminal ocorrida no âmbito do acordo, que envolveu o governo, o regulador financeiro (Finma) e o Banco Central da Suíça (SNB, na sigla em inglês), disse uma porta-voz, em comunicado.

“Diante da relevância dos eventos, o escritório da procuradoria-geral quer cumprir de modo proativo seu mandato e sua responsabilidade para contribuir para um centro financeiro suíço limpo”, afirmou a porta-voz.

Representantes do Credit, do UBS e do Ministério das Finanças da Suíça não quiseram comentar.

Reguladores suíços intervieram para arranjar o negócio há dois fins de semana, após uma fuga em massa de clientes do Credit Suisse, diante de temores sobre sua saúde financeira. Membros do governo e reguladores disseram que a compra era a única opção. Deixar o Credit quebrar, segundo eles, levaria a uma crise financeira no país e, provavelmente, global.

O UBS está pagando mais de US$ 3 bilhões pelo Credit. Como incentivo, o governo suíço disse que proverá mais de US$ 9 bilhões para compensar algumas perdas que o UBS possa ter de absorver no negócio. O SNB ainda proveu mais de US$ 200 bilhões em liquidez ao UBS, para ajudar a facilitar a transação.

Houve várias críticas ao negócio. Acionistas do Credit Suisse reclamaram por não terem direito de votar a fusão, enquanto os detentores de US$ 17 bilhões em bônus “additional tier 1” (AT1) perderam os papéis pelo acordo e afirmaram ter sido injustamente punidos na transação. Bônus AT1 são ativos que podem ficar sem valor quando um banco enfrenta problemas financeiros. Em geral, porém, os acionistas enfrentam perdas antes desses detentores de bônus.

O governo também é alvo de críticas por sua decisão de aprovar logo novas leis para facilitar o acordo, entre elas que ele acontecesse sem o voto dos acionistas. Fonte: Dow Jones Newswires.


Hapvida publica edital de follow on que pode movimentar até R$1 bi


Crédito: Hapvida/Divulgação

A empresa, uma das maiores do setor de saúde do país, afirmou no edital que a família controladora Pinheiro Koren de Lima vai subscrever um total de R$ 360 milhões da oferta (Crédito: Hapvida/Divulgação)

 

SÃO PAULO (Reuters) – O grupo de serviços de saúde Hapvida publicou no final da noite do domingo edital de oferta pública primária que pode levantar até 1 bilhão de reais considerando lote adicional de ações e o preço de fechamento do papel na sexta-feira, em estratégia para reforçar sua estrutura de capital.

A empresa, uma das maiores do setor de saúde do país, afirmou no edital que a família controladora Pinheiro Koren de Lima vai subscrever um total de 360 milhões de reais da oferta.

A Hapvida vai disponibilizar um lote inicial de cerca de 330 milhões de ações ordinárias, com possibilidade de elevar esse volume em até 20%, ou cerca 65,9 milhões de papéis. A ação ON da Hapvida encerrou na sexta-feira a 2,62 reais, acumulando em 2023 uma queda de cerca de 48%, pressionada por impacto de alta de juros após uma série de aquisições e sinistralidade elevada do grupo.

“A companhia pretende utilizar integralmente os recursos líquidos provenientes da oferta para fortalecimento de sua estrutura de capital”, afirmou a Hapvida no edital.

Na sexta-feira, as ações da Hapvida encerraram em alta de mais de 18%. Na ocasião, a empresa anunciou a venda de 10 imóveis por 1,25 bilhão de reais para a família controladora, bem como a contratação de bancos para analisar a viabilidade da oferta subsequente.

No edital, a Hapvida afirmou que a emissão das novas ações da oferta será feita com exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas da companhia.

(Por Alberto Alerigi Jr.)


sexta-feira, 31 de março de 2023

IPOs em todo mundo enfrentam dúvidas com crise bancária e temores de recessão


Crédito: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Nos Estados Unidos, o volume de IPOs saltou mais de 50% em relação ao quarto trimestre de 2022 (Crédito: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

 

Por Pablo Mayo Cerqueiro e Echo Wang e Elisa Anzolin

 

LONDRES/NOVA YORK (Reuters) – Uma crise bancária e os temores de uma recessão têm diminuído as perspectivas para as ofertas públicas iniciais (IPOs) este ano, levando empresas a desacelerar seus planos de abrir capital, o que deve resultar em taxas mais baixas para bancos de investimento.

Apesar de uma recuperação na captação de recursos e na atividade de negociação em bloco, o volume acumulado de IPOs no ano chegou ao patamar mais baixo desde 2019. As flutuações do mercado acionário em todo o mundo levantaram quase 26 bilhões de dólares até agora, de acordo com dados da Dealogic.

O desempenho fraco de alguns IPOs, incluindo o do provedor alemão de hospedagem na web Ionos, combinado com a liquidação no mercado de ações desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank, tem forçado várias empresas a adiar os planos para sua primeira venda de ações.

Conselheiros de mercado de capitais de ações (ECM, na sigla em inglês), contudo, estão otimistas com a previsão de uma recuperação na atividade de listagem no segundo semestre do ano.

Nos Estados Unidos, o volume de IPOs saltou mais de 50% em relação ao quarto trimestre de 2022, mas ainda um recuo de 11% em comparação com o mesmo período no ano passado.

Os IPOs retomaram fôlego brevemente em fevereiro, quando companhias como a empresa de tecnologia solar Nextracker e o fabricante de sensores chinês Hesai Group avançaram com suas listagens.

“Falando de forma realista, estamos olhando para a segunda metade do ano como ponto de partida (para uma reabertura do mercado de IPO)”, disse Keith Canton, chefe de ECM para as Américas do JPMorgan Chase&Co.

Um ponto positivo para os IPOs é o setor de transição energética, onde espera-se que o fluxo de projetos continue robusto, de acordo com os banqueiros de IPO.

(Reportagem de Pablo Mayo Cerqueiro, em Londres; Echo Wang, em Nova York; e Elisa Anzolin, em Milão; reportagem adicional de Emma-Victoria Farr, em Frankfurt)