WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos saudaram nesta segunda-feira os planos do Banco Mundial de aumentar os empréstimos anuais, em 5 bilhões de dólares, a países de renda média para combater as mudanças climáticas e outras crises globais ao longo de dez anos, mas disseram que estão pressionando por mais mudanças ambiciosas em breve.
Um alto funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA disse à Reuters que os diretores do Banco Mundial devem endossar o tão esperado plano durante suas reuniões semestrais na próxima semana, enquanto pedem que a administração do banco delineie planos firmes para novas reformas.
Os Estados Unidos, país que é o maior acionista do banco, há meses pressiona o Banco Mundial a tomar medidas mais ousadas para aumentar o financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas, futuras pandemias e outros desafios globais.
O Banco Mundial forneceu 100 bilhões de dólares entre 2020 e 2022 para bens públicos globais, mas estima que os países em desenvolvimento e o setor privado precisariam investir muito mais – cerca de 2,4 trilhões de dólares por ano – para atender a essas necessidades.
“Precisamos manter a ambição. Ainda há muito mais a fazer”, disse o funcionário, acrescentando que os Estados Unidos estão pressionando o banco para mapear reformas concretas adicionais, juntamente com um cronograma para implementação.
O governo do presidente norte-americano Joe Biden vê o “mapa da evolução” do banco como um “pagamento inicial de uma série de reformas importantes”, mas quer as reformas implementadas assim que possível, em vez de esperar que os governadores do banco se reúnam em outubro, disse o funcionário.
(Reportagem de Andrea Shalal)