segunda-feira, 19 de junho de 2023

SVB Securities será adquirido em aquisição liderada por fundador Jeff Leerink

Jeffrey A. Leerink | SVB Securities

Estadão Conteúdoi



O SVB Securities, negócio de banco de investimento vinculado ao Silicon Valley Bank (SVB), será adquirido em uma aquisição liderada por Jeff Leerink, fundador e diretor executivo da unidade. O acordo é apoiado por fundos administrados pelo Baupost Group, do bilionário Seth Klarman, afirmou o ex-controlador do SVB em comunicado divulgado no domingo, 18.

O SVB Financial Group, que era dono do banco com foco em tecnologia, está em processo de recuperação judicial desde meados de março.

O grupo licitante pagará US$ 55 milhões em espécie pelo SVB Securities, reembolsará cerca de US$ 26 milhões em dívidas subordinadas e assumirá outras responsabilidades, de acordo com documento apresentado ao Tribunal de Falências dos EUA.

A transação, que poderá receber aprovação judicial até o final deste mês, fará com que o SVB Securities volte a ser chamado de Leerink Partners.

A empresa, que tem sede em Boston, foi aberta como Leerink Swann em 1995 e é conhecida por seu foco no setor de saúde. Seu fundador continuou administrando o negócio depois de ele ter sido adquirido pelo SVB Financial, em 2019.

A unidade de pesquisa de ações MoffettNathanson continuará sob controle do SVB Financial e não fará parte da aquisição. 

 

Fonte: Dow Jones Newswires.
 

Montadoras usaram 64% dos créditos voltados a carros em programa automotivo

logo mdic.jpg — Ministério do Desenvolvimento, Indústria ...

Em menos de 15 dias, montadoras de carros já solicitaram R$ 320 milhões de créditos do programa automotivo do governo, o que equivale a 64% dos recursos disponíveis para a categoria, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira, 19. Em menos de 15 dias, mais da metade do montante de créditos tributários reservado para automóveis, de R$ 500 milhões, já foi usada.

As montadoras que já solicitaram recursos foram a Renault, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot, que oferecem 266 versões de 32 modelos com descontos.

De acordo com a Pasta, as montadoras que mais solicitaram créditos foram a FCA Fiat Chrysler, que já usou R$ 130 milhões; a Volkswagen, com R$ 50 milhões; seguida da Peugeot Citroën, com R$ 40 milhões; e a Renault, que usou R$ 30 milhões. Na sequência, aparecem a GM e Hyundai, que pediram R$ 20 milhões cada; e, por fim, Honda, Nissan e Toyota, que solicitaram R$ 10 milhões cada.

Os descontos patrocinados pelo governo variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil e valem para veículos que custam até R$ 120 milhões.

“As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, como vem ocorrendo”, observou o MDIC.

Ônibus e caminhões

No caso das montadoras de ônibus e caminhões não houve alteração em relação aos montantes já usados e divulgados no balanço da semana passada. Para esses veículos, os descontos variam entre R$ 33,6 mil e R$ 99,4 mil.

Treze montadoras aderiram ao programa na modalidade ônibus e solicitaram R$ 130 milhões, equivalente a 43% dos R$ 300 milhões disponíveis para a categoria. As montadoras são Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Ford, Volkswagen, Volvo, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare, Iveco e Caio Induscar.

No caso dos caminhões, são dez montadoras que já usaram R$ 100 milhões, o que corresponde a 14% dos R$ 700 milhões disponíveis. As montadoras que aderiram ao programa automotivo são Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroën, Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões.


quarta-feira, 14 de junho de 2023

“Eletrobras foi sequestrada pela 3G Radar e ninguém vai tirá-la de lá”, diz Ikaro Chaves

 

Acionistas mais influentes não possuem 1% das ações, porém somam experiência em quebrar grandes empresas, como as Americanas e a Light.

Reprodução

O TVGGN 20 Horas desta segunda-feira (12) contou com a participação de Ikaro Chaves, diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras, que denunciou o sequestro da empresa pela 3G Radar, cujos sócios são os responsáveis pela quebra de outras grandes companhias, como as Americanas e a Light.

Chaves comenta que a associação já está denunciando há uito tempo a influência de Jorge Paulo Lemann, Marcelo Telles e Carlos Alberto Sicupira no processo de privatização da então estatal ainda no governo de Michel Temer (MDB). A influência, aliás, continuou ao longo do mandato de Jair Bolsonaro e culminou na venda da companhia no passado.

O convidado se indigna pelo fato de que o governo, maior acionista da Eletrobras não ter representatividade nas decisões da empresa, enquanto o grupo 3G Radar consegui indicar quatro conselheiros, mesmo detendo apenas 0,05% as ações.

“Por que o governo tem 43% das ações ordinárias da Eletrobras e não consegue votar com mais de 10%? Porque foi colocado uma limitação na Lei da Privatiação para que qualquer acionista só possa votar com 10%. Por acaso, o único acionista que continua com 10% da Eletrobras é o governo”, explica o diretor.

Ikaro Chaves reafirma que a Eletrobras foi sequestrada por Lemann e seu grupo, que mandam na empresa e “ninguém vai tirá-los de lá se as coisas permanecerem como estão”.

Privatização às avessas

Enquanto um processo normal de privatização seria feito por meio de um leilão, o que aconteceu na Eletrobras foi “uma privatização para eles mesmos”, em que os acionistas, especialmente os fundos internacionais, vão receber dividendos pelo processo de descotização.

Os acionistas também esperam lucrar com a venda de energia mais cara para o consumidor, enquanto os principais envolvidos na entrega a estatal para o mercado privado receberam altos salários.

Segundo Chaves, o presidente da Eletrobras ganhava R$ 50 mil por mês. Após a privatizaçãao, a remuneração saltou para R$ 300 mil mensais, sem contar os bônus.

Até os conselheiros, que recebiam R$ 5 mil mensais, lucraram com a privatização e chegam a faturar até R$ 200 mil, já que a ideia dos maiores interessados na privatização foi “ganhar muito dinheiro rápido”.

Confira a entrevista na íntegra:

 https://jornalggn.com.br/economia/tvggn-eletrobras-foi-sequestrada-pela-3g-radar-e-ninguem-vai-tira-la-de-la-diz-ikaro-chaves/

 

Americanas: fraude ajudou a incrementar resultados da companhia em R$ 25,3 bilhões

AMERICANAS | Ana Couto

A Americanas afirmou na manhã desta quarta-feira, 14, que a fraude, descrita em fato relevante nesta terça-feira, 13, ajudou a incrementar os resultados da companhia ao longo do tempo em R$ 25,3 bilhões até o dia 30 de setembro de 2022.

Segundo a varejista, tal resultado decorreu de diversos contratos de VPC artificialmente criados para melhorar os resultados, que atingiram o saldo de R$ 21,7 bilhões, enquanto a ausência de lançamento de juros sobre operações financeiras totalizaram o saldo de R$ 3,6 bilhões.

Em relação ao impacto na rubrica de fornecedores, “os efeitos praticamente se anularam”, segundo a varejista. Houve uma redução líquida de R$ 700 milhões em 30 de setembro de 2022, em uma combinação de lançamentos que incrementam a conta de fornecedores de R$ 18,4 bilhões e R$ 2,2 bilhões e lançamentos que reduziam a conta de fornecedores de R$ 17,7 bilhões e de R$ 3,6 bilhões.

A rubrica de fornecedores teve impacto de contrapartidas contábeis dos contratos de VPC artificialmente cridos e do lançamento incorreto dos juros sobre operações financeiras já mencionados, que reduziram a conta de fornecedores e totalizaram o saldo de R$ 17,7 bilhões e R$ 3,6 bilhões, respectivamente. A redução também considera a contratação de operações de financiamento de compras (risco sacado, forfait ou confirming) de R$18,4 bilhões e de capital de giro de R$ 2,2 bilhões, ambas inadequadamente contabilizadas na conta de fornecedores no balanço patrimonial da companhia.

Sobre a alavancagem da Americanas em 30 de setembro de 2022, a incorreta contabilização das operações de financiamento de compras e de capital de giro minorou sua dívida financeira bruta em R$ 20,6 bilhões.

“Os entendimentos acima, preliminares e sujeitos a alterações, foram oriundos dos resultados dos trabalhos de refazimento das demonstrações financeiras históricas da companhia e do relatório apresentado por seus assessores”, afirma a Americanas, em fato relevante.

 

Nove montadoras de carros e 10 de caminhões aderiram a programa automotivo, diz MDIC


Nove montadoras de carros e 10 de caminhões aderiram a programa automotivo, diz MDIC

06/06/2023 Brasília (DF) - Venda de carros na Cidade do Automóvel em Brasília (Crédito: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil) 

 

Nove montadoras de carros e dez montadoras de caminhões aderiram ao programa automotivo do governo, de acordo com o primeiro balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Do total de R$ 1,5 bilhão em créditos tributários que devem ser revertidos em descontos para a aquisição dos veículos, o setor já solicitou R$ 340 milhões.

Entre as fabricantes de carros de passeio, aderiram ao programa Renault, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot. De acordo com a Pasta, essas montadoras oferecem 233 versões de 31 modelos de veículos para compra com desconto.

Cada montadora teve direito a R$ 10 milhões em créditos já na adesão ao programa, e seis delas – Volks, Hyundai, GM, Fiat, Peugeot e Renault – já pediram outros R$ 10 milhões. Com isso, o governo já liberou R$ 150 milhões em crédito dos R$ 500 milhões previstos para automóveis.

“A lista é dinâmica, ou seja, as montadoras podem a qualquer momento incluir outros modelos, desde que comuniquem o MDIC. Na medida em que usarem os montantes solicitados, as montadoras podem pedir créditos adicionais. Essa possibilidade se esgota quando o teto de R$ 500 milhões for atingido”, destacou o ministério.

No caso dos caminhões a adesão foi de dez montadoras: Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroen, Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões. Os créditos liberados somam R$ 100 milhões, ou 14% dos R$ 700 milhões destinados aos veículos de carga.

Para ônibus, são nove fabricantes habilitados: Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare e Iveco. Os R$ 90 milhões em créditos liberados correspondem a 30% dos R$ 300 milhões disponíveis para os veículos de transporte de passageiros.

 

Negociação da Braskem é flerte com a reestatização no setor petroquímico


Funcionários trabalham em unidade da Braskem em Maceió

Funcionários trabalham em unidade da Braskem em Maceió (Crédito: Reuters) 

 

Salas pegam fogo na Faria Lima e em Brasília. Contam fontes do mercado que a oferta da Unipar pelo controle da Braskem enfrentará um grande desafio: a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Trata-se da aquisição da maior petroquímica do País pela segunda maior.

A solução para driblar a concentração de mercado da operação pode ser ainda pior: a reestatização do setor petroquímico. A ideia é que a Petrobras, acionista minoritária da Braskem, fique com parte dos ativos da empresa nos segmentos em que haveria maior concentração de mercado. Notadamente, no mercado de PVC.

A manobra representaria um retrocesso em um movimento estratégico iniciado ainda no Governo Itamar Franco, quando a Petrobras iniciou um plano para deixar de controlar ativos de petroquímica.

Além disso, de acordo com essas fontes, a reestatização diminuiria ainda mais a competição em um segmento já altamente concentrado, uma vez que a Petrobras detém o monopólio do petróleo, insumo do setor.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Americanas decidiu chamar crise de fraude após documentos apresentados, diz diretor-presidente

O atual diretor-presidente da Americanas, Leonardo Coelho, disse nesta terça-feira, 13, na CPI da Americanas, que acontece na Câmara dos Deputados, que neste dia a companhia decidiu chamar a crise de fraude, em virtude dos documentos apresentados pelos seus administradores judiciais. “A fraude da Americanas é uma fraude de resultados”, comentou.

Ao mostrar documentos, submetidos à CPI, ele mostrou que a companhia inflava seus resultados, mas como eles não apareciam no caixa, tinham de ser descontados de alguma forma: daí o uso de contratos fraudados de verbas de publicidade serem abatidos da “conta fornecedores”.