quarta-feira, 14 de junho de 2023

Negociação da Braskem é flerte com a reestatização no setor petroquímico


Funcionários trabalham em unidade da Braskem em Maceió

Funcionários trabalham em unidade da Braskem em Maceió (Crédito: Reuters) 

 

Salas pegam fogo na Faria Lima e em Brasília. Contam fontes do mercado que a oferta da Unipar pelo controle da Braskem enfrentará um grande desafio: a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Trata-se da aquisição da maior petroquímica do País pela segunda maior.

A solução para driblar a concentração de mercado da operação pode ser ainda pior: a reestatização do setor petroquímico. A ideia é que a Petrobras, acionista minoritária da Braskem, fique com parte dos ativos da empresa nos segmentos em que haveria maior concentração de mercado. Notadamente, no mercado de PVC.

A manobra representaria um retrocesso em um movimento estratégico iniciado ainda no Governo Itamar Franco, quando a Petrobras iniciou um plano para deixar de controlar ativos de petroquímica.

Além disso, de acordo com essas fontes, a reestatização diminuiria ainda mais a competição em um segmento já altamente concentrado, uma vez que a Petrobras detém o monopólio do petróleo, insumo do setor.

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