A empresa de capital de risco Sequoia separará as operações na China e Índia de seus negócios nos Estados Unidos, à medida que navega por um cenário geopolítico cada vez mais complexo, com tensões crescentes entre Pequim e Washington. Ela disse nesta terça-feira, 6, a seus investidores que se dividirá em três sociedades independentes, com marcas diferentes.
As mudanças serão concluídas até março de 2024, e farão com que os negócios de capital de risco nos EUA e na Europa continuem sendo conhecidos como Sequoia Capital. A Sequoia China mudará seu nome em inglês para HongShan, que é como é chamada atualmente em mandarim. Na Índia e no Sudeste Asiático, a empresa será conhecida como Peak XV Partners. As três unidades deixarão de compartilhar funções de back-office, como TI, finanças e contabilidade, de acordo com uma nota aos investidores vista pelo The Wall Street Journal.
A Sequoia, uma empresa do Vale do Silício fundada há meio século, é conhecida por seus primeiros investimentos na Apple, Google e Airbnb, e participações em outras empresas de tecnologia globais e americanas de grande sucesso. Mais recentemente, ela se envolveu em controvérsias sobre seus negócios crescentes na China, onde investiu na ByteDance, proprietária da popular plataforma de vídeos curtos TikTok.
A Sequoia Capital China foi iniciada em 2005 e é dirigida por Neil Shen, um dos principais capitalistas de risco da China. Também foi um dos primeiros investidores da empresa chinesa de entrega de alimentos Meituan e do mercado de comércio eletrônico Pinduoduo. Mais recentemente, a Sequoia se ramificou no mercado público e investimentos em infraestrutura e aquisições.
No ano passado, a Sequoia China levantou US$ 8,5 bilhões de investidores globais, que incluíam instituições dos EUA, atraindo o escrutínio de autoridades e legisladores americanos.
A Sequoia China tem atualmente cerca de US$ 56 bilhões em ativos sob gestão, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, que disse que os investidores dos EUA representam cerca de metade de sua base total de investidores.
Fonte: Dow Jones Newswires
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