Grupo usou empresas em dificuldades, companhias de fachada e laranjas para embolsar indevidamente 3 milhões de euros em auxílio governamental durante a pandemia. Penas chegam a 10 anos de prisão.Um tribunal de Hamburgo, no norte da Alemanha, condenou nesta quinta-feira (01/06) cinco pessoas a penas de até 10 prisão por fraudes durante a pandemia de covid-19. Os quatro homens e uma mulher receberam indevidamente três milhões de euros (R$ 16 milhões) em ajuda emergencial do governo.
“Um crime quase perfeito”, disse o juiz ao proferir as sentenças.
De abril a outubro de 2021, os acusados compraram empresas em dificuldades financeiras ou de fachada e solicitaram auxílio emergencial 80 vezes de forma indevida. Para encobrir os rastros, usaram laranjas como supostos diretores administrativos.
Busca por evidências
Segundo a acusação, o grupo solicitou 12,5 milhões de euros em auxílio – o equivalente a cerca de R$ 67,4 milhões. Depois de já terem recebido três milhões de euros, entraram no radar dos investigadores, que grampearam seus telefones e coletaram evidências da fraude.
O chefe da quadrilha, um homem de 34 anos, foi condenado a dez anos de prisão. A segunda maior pena, de oito anos de prisão, foi proferida a um contador, de 48 anos, que preencheu os requerimentos. Outros dois homens receberam penas de sete e cinco anos de detenção.
A esposa do chefe da quadrilha foi condenada a uma pena suspensa de dois anos, por cumplicidade, e deverá prestar 100 horas de serviço comunitário. Ela foi a única a dizer ao tribunal que se sentia envergonhada de ter usado a pandemia para enriquecimento próprio.
le (DPA, ots)
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