terça-feira, 12 de setembro de 2023

Tebet: ‘esperamos que nas próximas reuniões do BC tenhamos corte de pelo menos de 0,5 p.p.’

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou há pouco que o mercado previa uma inflação “ligeiramente maior” para o IPCA de agosto, que subiu 0,23%, e que, portanto, a expectativa em torno do número acabou se tornando positiva. A ministra reforçou que o governo espera ver o Banco Central cortando a taxa Selic nas próximas três reuniões em pelo menos 5 p.p., para fechar o ano com um patamar de juros abaixo de 12%.

“A inflação é um ponto de atenção, inclusive nas votações que temos no CMN. O mercado previa até inflação ligeiramente maior esse mês, então a expectativa que era negativa acabou se tornando positiva, inclusive para efeito de queda de juro já na próxima reunião do Copom. O governo espera que nas próximas três reuniões nós tenhamos pelo menos 0,5 pp de diminuição da taxa de juro, pra fecharmos abaixo de 12%”, disse Tebet em entrevista à GloboNews.

Para Tebet, os números recentes também mostram que o Brasil vem registrando um crescimento econômico “sem aumento de inflação”. Ela destacou o PIB do segundo trimestre, que registrou uma surpresa positiva para o mercado, com alta de 0,9%. “Quando falamos em crescimento, claro que nos preocupamos muito com a inflação, que é perversa para os mais pobres.

Mas surpreendentemente verificamos que há crescimento no Brasil sem haver inflação, porque não é de consumo, o que nos tranquiliza”, afirmou a ministra, destacando que a inflação de agosto ficou dentro das expectativas, afetada pelo aumento da energia elétrica.

 

Marca de azeite brasileira é a 1ª do mundo a ser ‘carbono negativo’

A fabricante brasileira de azeite ‘Lagar H’, de Cachoeira do Sul (RS), tornou-se a primeira empresa do mundo a comprovar que tem produção “carbono negativo”.

O certificado inédito confirma que o carbono retirado da atmosfera pela empresa é maior do que a emissão de gases danosos para o planeta. O saldo considera todo o processo de produção, que vai do cultivo de azeitonas à fabricação e distribuição do azeite.

A marca de azeite brasileira começou a analisar suas emissões de gases de efeito estufa há dois anos, quando contratou a startup Akvo ESG. A iniciativa de verificar o balanço de carbono surgiu quando a empresa quis se enquadrar no Sistema B Brasil, que inclui metas de boas práticas sociais e ambientais (ESG).

Segundo o inventário da empresa, a remoção de carbono foi 1.266% superior ao volume total de suas emissões. Somadas todas as atividades da empresa, incluindo a agroindústria e os olivais, a Lagar H emitiu 55,8 toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) e retirou da atmosfera 715,99 tCO2e.

 

Um terço da população mundial continua sem acesso à Internet

Rede de cidades inteligentes


Um terço da população mundial continua sem acesso à Internet em 2023, embora o número de pessoas conectadas nunca tenha sido tão alto, segundo as últimas estatísticas da ONU publicadas nesta terça-feira (12).

Desde a última contagem da União Internacional de Telecomunicações (UIT) em 2022, cerca de 100 milhões de pessoas tiveram acesso à rede, mas 2,6 bilhões não puderam se conectar.

As pessoas conectadas representam 67% da população mundial, ou seja 5,4 bilhões de pessoas.

“Este aumento da conexão é mais um passo na direção correta”, disse a secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin, citada em nota.

Porém, o avanço não é suficiente e “são necessários esforços sustentados para alcançar uma conectividade universal e eficiente em 2030. Não cessaremos nossos esforços até que vivamos em um mundo no qual a conectividade efetiva seja uma realidade concreta para todos nós, independentemente de onde vivemos”, insistiu.

O avanço das conexões, obviamente, é maior nos países de baixa renda, com um aumento do número de usuários de cerca de 17% no ano passado, explica a UIT.

“No entanto, apenas um terço da população destes países está conectada à Internet”, acrescentou.

As últimas estimativas globais confirmam que o aumento de dois dígitos da conexão observado em 2020, estimulado pela pandemia de covid-19, pelos confinamentos e pelos longos períodos de teletrabalho, foi muito breve, destaca a UIT.

As populações que ainda não estão conectadas são também as mais difíceis de alcançar.

Outros obstáculos são frequentemente subestimados, como a baixa velocidade de conexão, preços altos demais, falta de conhecimento digital básico, barreiras culturais e linguísticas, discriminação de gênero e, às vezes, a falta de acesso à eletricidade.

 

Riachuelo retira peças de circulação após críticas nas redes sociais


 

A Riachuelo está retirando de suas lojas e do e-commerce um conjunto de roupas que gerou críticas nas redes sociais. O conjunto, que é composto por uma camisa e uma calça listrados nas cores branca e azul, foi associado por internautas aos uniformes dos campos de concentração nazistas utilizados durante a Segunda Guerra Mundial. As informações foram publicadas pelo G1 e confirmadas pelo Estadão.

Uma das vozes que se destacou nesse coro de críticas foi a da especialista em cultura material e consumo, e semiótica psicanalítica da USP, Maria Eugênya. Em uma publicação que já alcançou mais de 115 mil curtidas e 7 mil compartilhamentos, ela destacou a necessidade de “conhecer a história” e caracterizou como “puro cinismo” a decisão de colocar o “uso estético acima de crítica ou memória histórica”.

Em resposta à polêmica, a Riachuelo divulgou uma nota onde reconhece que a escolha do modelo e da cartela de cores “realmente foi uma infelicidade”. A empresa afirmou que não teve a intenção de fazer alusão a um período histórico marcado por graves violações aos direitos humanos e que está retirando todas as peças de suas lojas e do e-commerce. A nota também contém um pedido de desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas pelo produto. Confira abaixo o comunicado na íntegra.

“Nós, da Riachuelo, prezamos pelo respeito por todas as pessoas, e esclarecemos que, em nenhum momento, houve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que feriu os direitos humanos de tanta gente. A escolha do modelo das peças e da cartela de cores realmente foi uma infelicidade, e gostaríamos de reforçar que todas as peças já estão sendo retiradas das nossas lojas e e-commerce. Entendemos a sensibilidade do assunto, agradecemos o alerta trazido pelos nossos consumidores e pedimos desculpas a todas as pessoas que se sentiram ofendidas pelo que o produto possa ter representado.”

Até a publicação desta matéria, a Riachuelo não detalhou se tomará medidas adicionais após a retirada das peças de circulação. O Estadão também buscou esclarecimentos sobre o processo criativo por trás da concepção das peças e sobre as estratégias que a empresa possui para prevenir que situações de sensibilidade histórica e cultural se repitam no futuro. O espaço para resposta da empresa permanece aberto.

 

IPCA de agosto sobe 0,23% ante alta de 0,12% em julho, revela IBGE


A taxa acumulada pela inflação no ano até agosto ficou em 3,23%.

A taxa acumulada pela inflação no ano até agosto ficou em 3,23%. (Crédito: José Cruz/ Agência Brasil)

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,23%, ante uma elevação de 0,12% em julho, informou nesta terça-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava avanço de 0,28%. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,23% a avanço de 0,52%.

A taxa acumulada pela inflação no ano até agosto ficou em 3,23%.

O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,61% até agosto, ante taxa de 3,99% até julho e ligeiramente abaixo da mediana das projeções de mercado, de 4,66%. O intervalo de previsões, neste caso, ia de 4,27% a 4,76%.

 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Lula reitera que não aceita exigências da União Europeia para acordo com o Mercosul


"Temos que fazer uma reunião em que os presidentes estejam presentes para dizerem: quer ou não o acordo", disse o presidente, durante entrevista coletiva em Nova Délhi.

"Temos que fazer uma reunião em que os presidentes estejam presentes para dizerem: quer ou não o acordo", disse o presidente, durante entrevista coletiva em Nova Délhi. (Crédito: Ricardo Stuckert/PR)

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou nesta segunda-feira, 11, que não aceita as exigências impostas pela União Europeia para fechar o acordo comercial com o Mercosul e disse que pretende conversar diretamente com os líderes dos países europeus para avançar nas negociações. Lula revelou que disse no domingo, 10, ao presidente da França, Emmanuel Macron, que deseja fechar o acordo.

“Temos que fazer uma reunião em que os presidentes estejam presentes para dizerem: quer ou não o acordo”, disse o presidente, durante entrevista coletiva em Nova Délhi.

O brasileiro e o francês se encontraram na cidade indiana durante a Cúpula do G20, realizada no fim de semana.

O presidente do Brasil criticou a demora nas negociações. “A gente tem que chegar a um acordo, ou sim, ou não, ou faz acordo ou para de discutir acordo, porque após 22 anos de discussão, ninguém acredita mais”, afirmou. “Eu disse para o Macron que estou com vontade de fazer o acordo enquanto eu sou o presidente do Mercosul.”

Lula assumiu a chefia temporária do bloco em julho, pelo período de seis meses.

O presidente do Brasil defendeu ainda a elaboração de um acordo com “igualdade de condições”. “Acordo comercial é uma via de duas mãos: eu compro e eu vendo, nós temos que chegar num ponto de equilíbrio”, afirmou.

Projeção do IPCA no Focus volta a subir para 2023, de 4,92% para 4,93%


Projeção do IPCA no Focus volta a subir para 2023, de 4,92% para 4,93%

Para 2024, foco principal da política monetária, a projeção também teve alta de 3,88% para 3,89%. Há um mês, era de 3,86%. (Crédito: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil)

 

As expectativas inflacionárias voltaram a subir marginalmente no Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 11, pelo Banco Central. A projeção para a inflação oficial em 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de 4,92% para 4,93%. Um mês antes, a mediana era de 4,84%. Para 2024, foco principal da política monetária, a projeção também teve alta de 3,88% para 3,89%. Há um mês, era de 3,86%.

Considerando somente as 67 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,92% para 4,93%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta avançou de 3,80% para 3,82%, considerando 66 atualizações no período.

Para 2025, que agora tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50%, repetindo a mediana de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, também houve manutenção da estimativa em 3,50%. Há um mês, a projeção já era de 3,50%.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima da meta. Para 2023, a mediana supera o teto da meta (4,75%) e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto, o BC divulgou projeção de 3,4% para o IPCA de 2024, a mesma da reunião anterior. Para 2025, a projeção ficou em 3,0% no modelo, que considerava um primeiro corte de 0,25pp e não o que ocorreu, de 0,50pp -, de 3,1% em junho. Para 2023, a projeção é de 4,9%.