segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Feminista, democrata, grupo “Mulheres do Brasil” chega aos 10 anos gloriosa existência


Elas não são contra os homens, mas a favor das mulheres. Maior grupo político suprapartidário do país, o “Mulheres do Brasil” completa 10 anos de atuação com mais de 119 mil participantes.

 

Luiza Trajano, presidente do “Mulheres do Brasil” Crédito: Ângela Rezé

São mulheres de diferentes profissões e classes sociais, das mais diversas origens e segmentos, que agora celebram sua trajetória de luta pela representatividade feminina na sociedade. Em dez anos de atuação, o “Mulheres do Brasil” atinge a marca de mais de 119 mil mulheres inscritas, hoje formando mais de 154 núcleos nacionais e internacionais, sendo 116 no Brasil e 39 no exterior. Os números impressionam, o entusiasmo é grande, e os resultados provam as vitórias do caminho:

“O grupo se consagrou como referência importante para o movimento feminista no país”, observa Alexandra Segantin, CEO do “Mulheres do Brasil”. Presidido pela empresária Luiza Trajano, o movimento suprapartidário foi fundado em 2013, com o objetivo de estimular a participação das mulheres em todos os espaços de poder que envolvam a tomada de decisões no país. Eles querem influenciar, e estão influenciando, as políticas públicas – sem nunca tomar partido.

Nosso partido é o Brasil, assim anunciam em suas premissas, que incluem a luta a favor dos direitos humanos, da igualdade racial, da educação de qualidade para todo país, da liberdade de imprensa, de um sistema público e eficiente de saúde – entre outros propósitos que talvez expliquem o crescimento do número de voluntárias, que se multiplica todos os dias, em núcleos hoje presentes em 22 países de todos os continentes.
Ao longo desses 10 anos de atuação, entre as inúmeras ações significativas do grupo “Mulheres do Brasil” poderíamos destacar, por exemplo, o Movimento Unidos pela Vacina, que facilitou a logística de acesso das vacinas contra a covid-19, principalmente até estados como Maranhão, Acre e Amapá; o Fundo Dona de Mim, programa de microcrédito para empreendedoras invisibilizadas em comunidades, que já contemplou mais de 3 mil mulheres; e o Programa Aceleradora de Carreiras, voltado para mulheres pardas e pretas.

O grupo é contra todo tipo de discriminação, inclusive contra os homens – nada contra eles, reafirmam, somos a favor das mulheres. Nesse sentido, um dos propósitos fundamentais do “Mulheres do Brasil” é a mobilização e a articulação para que haja políticas públicas e inclusivas.

“Desde o início lutamos pela igualdade de salários entre os homens e mulheres”, comenta Alexandra Segantin, “conquista que resultou na sanção pelo atual presidente do Projeto de Lei no 1.085, que garante a igualdade salarial, e também pela recente aprovação na Câmara dos Deputados das cotas para mulheres nos conselhos administrativos.

Celebrando os dez anos, que se completam no início de outubro, o grupo “Mulheres do Brasil” realizará um programa ao vivo na próxima segunda-feira, dia 25 de setembro, a ser transmitido pelo Globoplay e no canal do youtube do grupo, a partir das 14.30. Apresentado por Luiza Trajano, pela jornalista Maria Beltrão e convidados, o programa vai contar a história desse movimento que vem transformando vidas femininas em todo mundo.

 

 https://mulher.istoe.com.br/feminista-democrata-o-grupo-mulheres-do-brasil-chega-aos-10-anos-gloriosos-de-existencia/

 

Subsidiária MServiços, da Marisa, contrata Ô Insurance para ofertar seguros auto a mulheres

A Marisa informou que sua subsidiária MServiços contratou a Ô Insurance para implantar uma plataforma tecnológica que viabilizará a oferta de produtos e serviços no balcão Marisa na qual as clientes poderão contratar seguros auto “especialmente desenhados para a mulher”. O plano de negócio prevê a geração de R$ 140 milhões em prêmios acumulados nos próximos cinco anos, gerando aproximadamente R$ 20 milhões em comissão para a Marisa, segundo comunicado ao mercado.

Com essa nova oferta de seguros auto a mulheres, as clientes Marisa terão opções de busca entre seguradoras como Porto Seguro, HDI e Suhai em um hub disponível via aplicativo e em breve em totens das lojas.

“Ao agregar produtos e serviços ao seu hub, na esteira do anúncio da parceria com a Credsystem, a Marisa mostra a eficácia de sua estratégia de utilizar o poder de sua marca para a geração adicional de receita, seja nas lojas físicas ou no online, via site ou aplicativo”, diz a companhia.

Antes deste novo acordo, a varejista já distribuía produtos de seguro em parceria com a Assurant e a Sulamérica (planos odontológicos).

 

Ciclone se forma no Rio Grande do Sul e frente fria avança; veja previsões

Em Cruz Alta, pelo menos cinco casas ficaram alagadas e outras duas foram destelhadas — Foto: Defesa Civil/Divulgação


A formação de um novo ciclone extratropical em alto-mar próximo à costa de Santa Catarina e o litoral norte do Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira, 26, e a madrugada quarta, 27, vai intensificar a instabilidade na região com muita chuva, vento e tempo severo, conforme a Defesa Civil gaúcha.

O órgão acrescenta, no entanto, que a intensificação das chuvas será devido ao aprofundamento e avanço de um sistema de baixa pressão para o oceano, fluxo de umidade do oceano combinado ao da Amazônia e formação de uma frente fria.

Nesta segunda-feira, 25, fortes áreas de instabilidade já se formam no território gaúcho ainda pela manhã, principalmente sobre Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Santa Maria, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

“No decorrer do dia, a tendência é de que a instabilidade migre no sentido sul e alcance pontos da metade sul gaúcha. O risco de chuva forte com temporais isolados de raios, granizo e vento forte persiste na região”, reforça a MetSul.

A expectativa é de que, na terça-feira, uma área de baixa pressão se desloque do nordeste da Argentina e Paraguai para o Sul do Brasil, cruzando a região de oeste para leste na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

“Esta baixa pressão reforçará muito a instabilidade durante o dia na terça com chuva intensa em muitos locais e temporais que localmente podem fortes e até severos com risco de vendavais e granizo, potencialmente médio a grande em alguns pontos com danos”, salienta a MetSul.

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Conforme a previsão, o ciclone estará configurado na costa na quarta-feira e sua circulação de umidade ainda traz chuva para o Rio Grande do Sul para parte do norte e leste do Estado, especialmente na primeira metade do dia, mas gradualmente o tempo começa a melhorar antes de uma sequência de dias de sol e tempo firme na maior parte do Rio Grande do Sul, que se inicia na quinta-feira, 28.

Segundo a MetSul, Santa Catarina e Paraná devem ter pancadas de chuva e temporais isolados de vento e granizo em diferentes pontos nos próximos dias. Na quarta-feira, a frente fria associada ao ciclone vai avançar pelos dois Estados, com chuva mais intensa, especialmente em Santa Catarina. “A frente levará chuva e temporais a pontos do sul e do leste de São Paulo até o fim da quarta-feira”, projeta a MetSul.

Rajadas de vento

Na terça-feira, a baixa pressão se aprofunda entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Vai gerar rajadas de vento de 60 km/h a 80 km/h, isoladamente superiores em elevações, na parte norte gaúcha, Santa Catarina (mais no oeste), Paraná (maior intensidade no oeste), Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Na quarta-feira, o ciclone estará formado sobre o Atlântico nas costas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Vai trazer vento forte com rajadas ocasionalmente intensas mais na área da Lagoa dos Patos, setor sul da Grande Porto Alegre, leste da Serra, litoral norte gaúcho, planalto sul catarinense e a costa catarinense”, acrescenta a MetSul.

Nestas áreas, em média, as rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, mas com picos de 80 km/h a 90 km/h em alguns setores da orla e até de 100 km/h ou mais nas montanhas da Serra do Mar. O ciclone se afasta rapidamente na quinta-feira da costa do Sul do Brasil.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de modo independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

 

Economia mundial corre risco de desintegração; entenda


Guerra, pandemia e protecionismo reverteram o processo de globalização do comércio internacional e elevaram os riscos a países dependentes das exportações, segundo a OMC 

 

Comércio global, antes visto como a salvação da economia mundial, perdeu tração após

Comércio global, antes visto como a salvação da economia mundial, perdeu tração após (Crédito: Gregor Fischer)

• Cadeia produtiva global foi afetada por pandemia e guerra da Ucrânia
• Especialistas apontam que a desintegração pode levar algum tempo para ser solucionada
• Riscos do enfraquecimento do sistema global impactam meio ambiente

O fenômeno da globalização entrou em estado de hibernação desde que a pandemia, a guerra na Ucrânia e o aumento das tensões comerciais e militares entre Estados Unidos e China tomaram conta do noticiário internacional. E isso pode custar muito caro para o PIB global, segundo a Organização Mundial do Comercio (OMC). Um estudo divulgado pela entidade em 14 de setembro mostra que o custo da fragmentação em blocos do sistema comercial pode reduzir em 5% a renda real em nível mundial.

 Os países em desenvolvimento, e com economias dependentes das exportações, podem sofrer perdas de dois dígitos, segundo a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala. “A fragmentação do mundo e o aumento das incertezas devem levar ao aumento da exclusão socioeconômica e ao aguçamento da deterioração do meio ambiente”, afirmou. “O argumento em favor do fortalecimento do sistema comercial é muito mais forte do que o que propõe abandoná-lo.”

“A fragmentação do mundo e o aumento das incertezas devem levar ao aumento da exclusão socioeconômica e deterioração do meio ambiente” Ngozi Okonjo-Iweala Diretora-geral da OMC (Crédito:Carlos Eduardo Valim)

Parte dessa desunião do comércio global se explica pelo aumento do protecionismo e do fortalecimento das cadeias internas de produção desde a Covid.

O desabastecimento de itens essenciais — desde vacina e máscaras até equipamentos médicos — despertaram muitos países a rever a política de terceirização da produção. Fábricas chinesas que antes abasteciam o mundo todo foram substituídas por microprodução local, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

20%
é a redução prevista na tensão política entre China e EUA caso os países firmassem mais acordos comerciais

Esse fenômeno, no entanto, precisa encontrar um novo equilíbrio, segundo a OMC, que apela para que governos busquem uma cooperação internacional maior e uma integração econômica mais ampla — processo que a organização define como “reglobalização”.

“A globalização está em uma encruzilhada e precisamos refletir sobre para onde vamos”, disse o economista-chefe da OMC, Ralph Ossa, baseado em Genebra.

“As várias crises têm levado à percepção de que a globalização nos expõe a maiores riscos.” Ossa afirmou que as autoridades deveriam “aceitar o comércio com entusiasmo em vez de rejeitá-lo, se quisermos superar os desafios do nosso tempo”.

5%
é a queda na renda média mundial com a escalada do isolamento comercial das nações, segundo estimativa
da OMC

Outro argumento para o aumento da fragmentação do comércio global, na análise da OMC, é a escalada das preocupações com a segurança nacional.

Como grande parte do fluxo internacional tem substituído produtos por serviços e equipamentos de tecnologia, há um temor de que a abertura de fronteiras gere exposição de dados e informações estratégicas, como é o caso das restrições impostas pelos Estados Unidos a chinesa Huawei ou a incorporação de tecnologia 5G.

“As questões envolvendo segurança dos países já não se limitam a questões de conflitos militares, mas ganharam um espectro mais ampla de segurança econômica”, disse a OMC, no relatório. “Por isso, a segurança hoje envolve também a política comercial de forma muito extensiva.”

Nesse contexto, a OMC correlaciona a paz e o aumento do comércio global. Pelas projeções do relatório, se Estados Unidos e China dobrassem o comércio entre eles, as possibilidades de conflito cairiam mais de 20%. “As tensões comerciais afetam a composição dos fluxos comerciais bilaterais, principalmente no caso de categorias de produtos sensíveis, como semicondutores.”

Perspectiva

A processo de fragmentação e isolamento do comércio global deve perdurar, segundo Eduardo Felipe Matias, autor do livro A Humanidade e suas Fronteiras e doutor em direito internacional pela USP.

Ele diz que a crise sanitária e conflitos armados fortaleceu discursos de políticos populistas, com forte teor nacionalista, invertendo a percepção mundial pré-pandemia de que o comércio global era a saída para o crescimento econômico.

“Há algum tempo o desemprego gerado em alguns setores pela redistribuição da produção mundial vem gerando uma perigosa ascensão de políticos xenófobos e protecionistas ao redor do mundo”, disse Matias. “Tudo isso deve seguir trazendo turbulências ao comércio internacional por um período.”

A invasão russa à Ucrânia, que caminha para completar dois anos em fevereiro, um tempo longo o bastante para fortalecer a ideia de que os países não podem depender de nações que não controla.

Com os embargos do Ocidente — em especial os membros da Otan — ao governo de Vladimir Putin a nacionalização de produtos essenciais já acontece na Alemanha e no Reino Unido para produção de gás natural.

E no cone sul o Brasil também começou a produzir fertilizante para suprir a baixa oferta e aumento dos preços.

Para Denis Medina, professor da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP), diante de um mundo mais fragmentado, desbravar novas fronteiras no comércio internacional será uma tarefa cada vez mais trabalhosa e exigirá mais mesa de negociação de acordo e menos nacionalismo irracional.


Amazon investe até US$ 4 bilhões em empresa de IA

A Amazon anunciou, nesta segunda-feira (25), um investimento de até US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões, na cotação atual) na empresa americana Anthropic, de Inteligência Artificial (IA), que desenvolve um programa rival do ChatGPT, o que vai acelerar a corrida mundial dessas tecnologias.

Com esta colaboração, a gigante do comércio online e da “nuvem” (armazenamento de dados acessíveis à distância) terá uma participação minoritária na Anthropic, que criou o Claude, um “chatbot” que concorre com o ChatGPT, a conhecida ferramenta de Inteligência Artificial da OpenAI.

A Anthropic usará os chips da Amazon Web Service (AWS) – a maior empresa de “nuvem” do mundo – desenvolvidos especificamente para construir modelos de “machine learning” (aprendizado automático).

Este acordo permitirá, segundo a Amazon, acelerar os futuros modelos de “chatbot” da Anthropic, aos quais os usuários da AWS terão acesso.

A Inteligência Artificial “generativa”, capaz de gerar novos conteúdos a partir de dados de aprendizado, desperta muito interesse entre os gigantes da Internet.

Há poucos dias, a Amazon anunciou que sua assistente virtual Alexa terá Inteligência Artificial.

A Microsoft informou, na última quinta-feira, que iria integrar a nova interface de Inteligência Artificial generativa da OpenAI em seu mecanismo de busca Bing.

A Anthropic, com sede em San Francisco, é considerada uma líder na área.

“Temos um enorme respeito pela equipe e pelos modelos fundadores da Anthropic e acreditamos que podemos ajudar a melhorar a experiência dos clientes, no curto e no longo prazo, por meio de uma colaboração mais profunda”, disse o CEO da Amazon, Andy Jassy.

Os gigantes do Vale do Silício e os grandes fundos de investimento apostam na Inteligência Artificial enquanto procuram um aplicativo que lhes forneça uma vantagem decisiva.

O sucesso instantâneo do ChatGPT chamou a atenção para os “chatbots” e gerou imitadores e rivais, entre eles o Google com seu chatbot Bard.

Os titãs chineses Tencent e Baidu também lançaram bots que, segundo eles, podem competir com o ChatGPT.

– O mercado de chips –

Este acordo entre a Anthropic e a Amazon é, acima de tudo, um passo decisivo na corrida para desenvolver chips para impulsionar a IA.

As empresas do setor querem parar de usar chips fabricados pela líder do mercado NVIDIA, segundo o analista-chefe de pesquisa de IA da S&P Global Market, Nick Patience.

“Será difícil para qualquer um fazer alguma diferença nos próximos 12 a 18 meses”, disse ele à AFP.

Mas acordos como este entre a Amazon e a Anthropic podem ajudar a mudar o cenário em cinco anos.

A Anthropic concorda em usar não apenas os chips da Amazon, mas também sua capacidade instalada na nuvem, Amazon Web Services (AWS) – centros de dados que armazenam e processam dados em grande escala.

A Amazon afirmou que assumirá uma “participação minoritária” no seu novo sócio, que já arrecadou mais de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais na cotação atual) desde a sua criação em 2021.

O comunicado garante que o chatbot “Claude” ajudará os clientes da AWS “de todos os tamanhos a desenvolver novos aplicativos generativos impulsionados por IA para transformar suas organizações”.

O acordo intensifica a concorrência entre Amazon e Google, que abriu seus serviços na nuvem para a Anthropic e investiu 300 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais) para adquirir 10% da empresa.

Os modelos de IA exigem uma potência de computação enorme, por isso as empresas de IA contam com centros de dados na nuvem fornecidos por empresas como AWS, Google Cloud e Microsoft Azure.

À medida que os gigantes da tecnologia impulsionam os seus próprios objetivos de Inteligência Artificial, eles buscam estabelecer vínculos com empresas de IA menores: a Microsoft lidera o caminho com um investimento bilionário na OpenAI.

jxb/jz/mb/aa

 

Bolsonaro diz que PL precisa resolver ‘problemas’ em SP após atritos com Nunes


O ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, em 30 de junho de 2023. - AFP/Arquivos

O ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, em 30 de junho de 2023. - AFP/Arquivos (Crédito: AFP) 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o PL precisa resolver alguns “problemas” para as eleições de 2024, inclusive em São Paulo. A declaração foi dada após atritos com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), com quem tem se reaproximado.

“Se Deus quiser, vamos resolver a questão do Ceará. Temos alguns outros problemas por aí, vão pintar alguns problemas em São Paulo, a gente vai resolver isso tudo”, disse Bolsonaro durante participação na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora, na sigla em inglês) por videoconferência neste sábado, 23.

Em São Paulo, o PL rifou o deputado Ricardo Salles (PL) da disputa para a Prefeitura no ano que vem e negocia uma aliança com Ricardo Nunes. Atraindo certa desconfiança da base bolsonarista, Nunes vive um “vaivém” com o ex-presidente.

No último dia 5, o prefeito disse em uma palestra que não tinha proximidade nem Bolsonaro nem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia 15, o prefeito visitou o ex-presidente no Hospital Vila Nova Star, onde Bolsonaro passou por duas cirurgias. Nunes já disse diversas vezes que espera ter o apoio dele para o projeto de reeleição.

No Ceará, também citado por Bolsonaro no evento, aliados esperam do ex-presidente uma definição sobre o candidato a prefeito de Fortaleza. O grupo político do PL discute o lançamento das pré-candidaturas do deputado André Fernandes (PL), do deputado estadual Carmelo Neto (PL) ou de algum outro nome. O ex-deputado federal Capitão Wagner (União), antigo aliado de Bolsonaro, corre paralelamente. Bolsonaro é apontado como aquele que vai bater o martelo sobre o candidato do PL na corrida.

União da direita

No evento em Belo Horizonte, Bolsonaro ainda citou que “a direita sempre esteve unida”. “O que nos falta é cada vez mais acertarmos o nosso norte”, disse o ex-presidente à plateia da CPAC.

Neste sábado, também na CPAC, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a união da direita. “No ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida, nós temos de estar juntos”, disse o governador.

Sem citar Zema, Fábio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, criticou “esse papo de unir a direita”. “Quando se olha a realidade, quem o propaga não mexe uma palha pela tal ‘direita'”, afirmou, no X (antigo Twitter), no sábado.

O governador de Minas é um dos pré-candidatos apontados para a disputa à Presidência em 2026, assim como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Eles são cotados para disputar o espólio de Bolsonaro, que se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Fazenda e Planejamento mantêm em relatório projeção de Selic acumulada 2023 em 13,1%

Haddad e Tebet levam a Lula preocupações com Orçamento 2024

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento atualizaram nesta sexta-feira, 22, mais indicadores da grade de parâmetros macroeconômicos utilizados nos cálculos da execução orçamentária de 2023. Os dados estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º bimestre, divulgado nesta sexta-feira, 22.

Foram mantidas, por sua vez, as projeções de 2023 da Selic acumulada, no patamar de 13,1%, e do câmbio médio, em R$ 5. Anteontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu novamente a taxa básica de juros em 0,50 pp., para 12,75% ao ano.

Houve ajuste para cima, contudo, na previsão para a alta da massa salarial nominal, que passou de 9,4% para 10,6%. Já a estimativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional passou de US$ 78,17 para US$ 83,8.

Na segunda-feira, 18, a equipe econômica divulgou novas projeções para o crescimento da economia neste ano, que passou de 2,5% para 3,2%.

Na ocasião, a projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA foi mantida em 4,85%, enquanto a estimativa para o INPC – utilizado para a correção do salário mínimo – passou de 4,48% para 4,36%.