terça-feira, 7 de novembro de 2023


Banco Central do Brasil



As concessões dos bancos no crédito livre subiram 2,1% em setembro ante agosto, para R$ 474,6 bilhões, informou na manhã desta terça-feira, 7, o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o aumento foi de 5,0%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 5,00% em setembro, para R$ 249,4 bilhões. Em 12 meses, há alta de 10,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 11,2% em setembro ante agosto, para R$ 225,2 bilhões. Em 12 meses, há um recuo de 1,0%.


Mercado não espera déficit zero mas é importante perseguir meta fiscal, diz Campos Neto

Roberto Campos Neto: quem é o presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 7, que os participantes do mercado não esperam déficit zero nas contas públicas primárias em 2024, mas é importante que o governo persiga essa meta fiscal. Segundo ele, um afrouxamento da meta pioraria as expectativas para as contas públicas a partir de 2025, gerando assim um maior prêmio de risco.

Durante fórum de estratégias de investimento da Bradesco Asset e Bradesco Global Private, Campos Neto manifestou que apoia o esforço do Ministério da Fazenda em reforçar “o máximo possível” a intenção de cumprir a meta.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o governo dificilmente vai conseguir cumprir a meta de déficit zero em 2024, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dado declarações de que a intenção é cumpri-la.

 

Cenário internacional tem se mostrado mais volátil e adverso, diz BC na ata do Copom

Apesar de pressão do governo pela redução dos juros, Copom mantém taxa  básica em 13,75% - Portal do Cooperativismo Financeiro


Como já sinalizado no comunicado que se seguiu à decisão de reduzir a Selic para 12,25% ao ano, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 7, deu grande ênfase ao cenário internacional. De acordo com os membros do colegiado, o quadro externo tem se mostrado “mais volátil e adverso”.

“Há múltiplos mecanismos de transmissão da economia internacional para a economia doméstica, financeiros e econômicos, que devem ser incorporados na tomada de decisão”, observou o documento, relatando que um dos membros do Copom avalia que o cenário externo introduz um viés assimétrico altista no balanço de riscos para a inflação.

Já os demais membros consideraram que o cenário internacional afeta primordialmente o grau de incerteza relativo ao balanço de riscos. O Comitê foi unânime, portanto, ao avaliar que o aumento da incerteza no cenário global exige cautela.

 

Comércio teve prejuízo de até R$ 126 milhões com apagão na Grande São Paulo, diz associação


Comércio teve prejuízo de até R$ 126 milhões com apagão na Grande São Paulo, diz associação

Consumos imediatos e por impulso são os mais afetados, quando há essas restrições no fluxo de clientes. (Crédito: Rovena Rosa / Agência Brasil)

 

A Grande São Paulo teve perdas que chegam a R$ 126 milhões no comércio, após chegar a mais de 72h com falta de energia em dezenas de municípios. É o que estima a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em nota divulgada nesta segunda-feira, 6. Consumos imediatos e por impulso são os mais afetados, quando há essas restrições no fluxo de clientes.

A restrição na circulação causada pelas chuvas resultou em mais de 800 mil unidades consumidoras sem energia, prejudicando diretamente mais de 1,2 milhão de pessoas. Nesta terça-feira, 7, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que as concessionárias vão estudar opções para ressarcimento a moradores. A Enel, que distribui energia elétrica para 24 municípios de SP, obteve então apoio do gestor estadual, que resistiu responsabilizar a companhia de luz.

Na avaliação do economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na capital, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia, mas, podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras “imediatas” e “por impulso” dos consumidores.

A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).

 

 https://istoedinheiro.com.br/comercio-teve-prejuizo-de-ate-r-126-milhoes-com-apagao-na-grande-sao-paulo-diz-associacao/

 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

BNDES: Dino assina acordo de R$ 1 bi para segurança da Amazônia na 6ª


Ministro da Justiça articula desde maio com Mercadante o uso do Fundo Amazônia para investimentos em segurança pública na Amazônia Legal


NASA/CALTECH
Desmatamento na Amazônia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assina, na próxima sexta-feira (10/11), um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir cerca de R$ 1,2 bilhão na segurança pública de estados que compõem a Amazônia Legal.

Esse recurso será do Fundo Amazônia, que é administrado pelo BNDES e reúne recursos doados por nações estrangeiras com o objetivo de promover projetos para a prevenção, combate ao desmatamento e conservação das florestas na Amazônia Legal.

Ainda em maio, Dino se reuniu com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, com a proposta de utilizar o Fundo Amazônia no fortalecimento da segurança pública nos nove estados da Amazônia Legal.

Em tese, além de combater os crimes ambientais, esse investimento também vai fortalecer o controle das fronteiras e combater outros crimes, como o tráfico de drogas e os homicídios, garantindo a presença do estado nas regiões mais remotas da floresta.

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Sem detalhes

Ainda não há um plano detalhado de como o recurso vai ser usado. Além dos R$ 1,2 bilhões do BNDES, é previsto um investimento de cerca de R$ 800 mil do Governo Federal, o que totalizaria mais de R$ 2 bilhões de recursos para o batizado Programa Amazônia Segurança e Soberania (Amas).

Em resposta a um pedido de informação do Metrópoles, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, informou em 24 de outubro que o programa ainda está em estágio inicial de implementação e diversas de suas características ainda estão sendo delineadas.

“No tocante ao orçamento, informamos que os valores exatos referentes às ações e itens de aparelhamento estão sendo avaliados, considerando as particularidades das atividades a serem desenvolvidas. Neste ato, ainda não é possível encaminhar orçamento detalhado, vez que este poderia induzir uma percepção equivocada”, escreveu Cappelli na resposta.

Entre os planos que já foram divulgados está a construção de 34 novas bases integradas de segurança pública, nos modelos terrestres e fluviais. Também é previsto o uso do recurso para o projeto Ouro Alvo, que visa mapear a origem de minérios e combater o comércio ilícito de ouro.

Uma das metas do programa é ajudar no desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, conforme compromisso do governo brasileiro na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27).

 

 https://www.metropoles.com/brasil/bndes-dino-assina-acordo-de-r-1-bi-para-seguranca-da-amazonia-na-6a

 

Lula recebe CEO da Nissan e reforça investimentos no Brasil


Makoto Uchida, CEO da Nissan, disse que o Brasil é uma das “regiões estratégicas” para a montadora de carros


Divulgação/Ricardo Stuckert
Foto colorida do presidente Lula, vice-presidente Geraldo Alckmin e CEO Global da Nissan Corporation, Makoto Uchida - Metrópoles

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta segunda-feira (6/11), o CEO Global da Nissan Corporation, Makoto Uchida. A reunião no Palácio do Planalto contou também com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Lula reforçou o país como um bom local de investimentos por ter um mercado “crescente de possibilidades” e desejar aumentar sua renda. Uchida, CEO da Nissan, concordou: “O Brasil é uma das regiões estratégicas para nosso crescimento global”.

Dessa forma, a Nissan lançará dois novos modelos de carros esportivos tipo SUV no Brasil e expressou querer exportar veículos para a América Latina a partir do Brasil, que tem um complexo industrial em Resende, no Rio de Janeiro.

Uchida, na reunião, também apresentou a Lula o plano estratégico da empresa para os próximos dois anos. Os próximos passos da Nissan serão anunciados nesta terça-feira (7/11).

 

https://www.metropoles.com/brasil/lula-recebe-ceo-da-nissan-e-reforca-investimentos-no-brasil

Previsão do Focus de alta do IPCA 2023 segue em 4,63%; 2024 sobe de 3,90% para 3,91%


Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção piorou de 3,90% para 3,91%. Há um mês, era de 3,88%. (Crédito: José Cruz/ Agência Brasil)

 

A expectativa para o IPCA deste ano foi mantida no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6. A projeção para a inflação oficial em 2023 seguiu em 4,63%. Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção piorou de 3,90% para 3,91%. Há um mês, era de 3,88%.

Considerando as 100 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 se manteve em 4,61%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta passou de 3,92% para 3,93%, considerando 100 atualizações no período.

Para 2025, que tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50% pela 15ª semana consecutiva – o que evidencia a reancoragem parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa seguiu em 3,50% pela 18ª semana seguida.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo e também superam o alvo central de 3,0%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, o BC divulgou projeção de 3,6% para o IPCA de 2024, acima dos 3,5% da reunião anterior. Para 2025, subiu de 3,1% para 3,2% no modelo. Para 2023, a projeção foi atualizada de 5,0% para 4,7%. O colegiado reduziu a Selic pela terceira vez consecutiva em 0,50 pp, para 12,25% ao ano.

Curto prazo

Os economistas mantiveram a expectativa de inflação de curto prazo no Boletim Focus desta segunda. A mediana para outubro seguiu em 0,28%. Há um mês, a expectativa era de 0,38%.

Para o IPCA de novembro, a estimativa seguiu em 0,30%, de 0,32% um mês antes. Já para dezembro, a previsão para o indicador seguiu em 0,50%, ante 0,52% de quatro semanas atrás.

Projeção suavizada da inflação

Os economistas do mercado financeiro revisaram no Boletim Focus desta semana a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses que passou de 3,92% para 3,94%, de 4,00% há um mês.

No fim de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, Haddad confirmou que não há previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. “Até aqui, não (há previsão de publicar o decreto). Consultas estão sendo feitas pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda. Mas nós temos tempo, e provavelmente até o final do ano nós vamos ter notícias”, disse o ministro, em São Paulo.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, já disse ao Estadão/Broadcast que a SPE já terminou a pesquisa sobre as experiências internacionais, mas que ainda não houve apresentação para o restante da equipe econômica nem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável por editar o decreto.

Na avaliação do diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, uma maior autonomia requer maior prestação de contas, mas que a autoridade monetária não antecipa nenhuma mudança na política monetária em função da introdução da meta contínua.