terça-feira, 14 de novembro de 2023

Serasa: 59% das dívidas de cartão de crédito entre os brasileiros são de compras em supermercados


Serasa

Levantamento ouviu em outubro 11.541 pessoas maiores de 18 anos de todas as regiões do país (Crédito: Marcos Santos/ USP Imagens)

A pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, divulgada na última quinta-feira, 9, pela Serasa, revelou que 59% das dívidas de cartão de crédito entre os brasileiros são referentes a compras em supermercados.

De acordo com o levantamento, que ouviu em outubro 11.541 pessoas maiores de 18 anos de todas as regiões do país, sendo 52% homens e 48% mulheres, o segundo maior responsável pelo endividamento com cartão são as compras de produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos, representando 46% das dívidas, e, em seguida, gastos com remédios e tratamentos médicos, com 37%.

As dívidas de cartão de crédito impactam 55% dos brasileiros endividados em 2023, 2 pontos percentuais acima do que era em 2021 e 2022. Nos anos anteriores à pandemia esse índice era ainda maior: 76% em 2018 e 71% em 2019, o que mostra que a volta da rotina fora de casa levou a uma aceleração dos gastos com cartão de crédito.

O estudo também identificou que o brasileiro continua com esperança de honrar com as dívidas, apesar das dificuldades econômicas. De acordo com o levantamento, esse Índice de esperança dos endividados cresceu 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. 

Feirão

Com o propósito de reduzir a inadimplência no Brasil, a Serasa faz em novembro o Feirão Limpa Nome. Até 30/11 os consumidores podem negociar dívidas com até 99% de desconto com mais de 500 empresas, como bancos, lojas, empresas de telecomunicações, entre outras. Pela primeira vez, as concessionárias Neoenergia, Light e Enel também participam da ação.

Para negociar basta acessar o aplicativo ou site www.serasa.com.br.

 

Cingapura abre mercado para gelatina e colágeno bovino do Brasil

 134.700+ Gelatina fotos de stock, imagens e fotos royalty-free - iStock


Brasília, 14 – O Brasil vai poder exportar gelatina e colágeno bovino para Cingapura, informaram o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores em nota conjunta. De acordo com as pastas, as negociações para acordo quanto ao Certificado Sanitário Internacional (CSI) levaram cerca de um mês. Em 2022, Cingapura importou o equivalente US$ 62 milhões dos dois produtos, sendo aproximadamente US$ 6 milhões em gelatina bovina, principalmente da China, e cerca de US$ 56 milhões em colágeno, proveniente dos Estados Unidos, conforme dados do MRE.

Na avaliação das pastas, a abertura de mercado para esses produtos e a autorização recente também por Cingapura para importação de carnes bovina e suína processadas do Brasil elevarão o fluxo comercial entre os países.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, 57 novos mercados foram abertos para produtos agropecuários brasileiros nos últimos dez meses. As autorizações sanitárias para as aberturas de mercado são negociadas país a país. Entre os principais mercados alcançados, destacam-se a comercialização para as carnes bovina e suína brasileiras para o México e República Dominicana, e do algodão brasileiro para o Egito, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do ministério.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Randoncorp registra receita de R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre


No acumulado do ano, a companhia faturou R$ 8,3 bilhões 
 
 
Entre os fatores que contribuem para o resultado trimestral, está a continuidade da boa demanda do mercado de semirreboques

 

A Randoncorp registrou receita líquida consolidada de R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre. No acumulado do ano, a companhia faturou R$ 8,3 bilhões, valor que representa estabilidade na comparação dos nove primeiros meses de 2022, mesmo em um ano com forte retração de volumes em um dos principais mercados de atuação da empresa (veja os principais resultados na tabela ao final desta reportagem). Considerando o contexto de mercado complexo e competitivo, com queda nos volumes e receitas associadas ao mercado de caminhões e cenário internacional desafiador, o CFO da Randoncorp, Paulo Prignolato, explica que o desempenho foi fruto da estratégia de negócios. "Estamos conseguindo enfrentar e superar esses desafios pela resiliência das nossas empresas e pela nossa diversificação de mercados, geografias e portfólios, que além de contribuírem para os resultados positivos, nos permitem seguir executando nosso plano estratégico", destaca.

Entre os fatores que contribuem para o resultado trimestral, estão a continuidade da boa demanda do mercado de semirreboques, suportada pelo setor agrícola e avanço de outros segmentos – como o de tanques de combustíveis –, e a boa performance do mercado de reposição, tanto em receita quanto em volumes de vendas. O agronegócio tem contribuído de maneira ainda mais intensa nos negócios da Randoncorp. Dois exemplos disso foram registrados no trimestre. Com a retomada das vendas de semirreboques basculantes e graneleiros, o setor representou 64% da receita da vertical Montadora, um avanço de sete pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre deste ano. Já na vertical Autopeças, a unidade Castertech Fundição e Tecnologia registrou avanço de 1,3 ponto percentual na receita líquida oriunda do mercado agrícola, se comparado com o terceiro trimestre de 2022.

As receitas do mercado externo, que reúnem os valores de exportações com as vendas realizadas pelas unidades localizadas fora do Brasil, somaram US$ 119,1 milhões no terceiro trimestre, representando 20,1% da receita líquida consolidada. No acumulado de 2023, este indicador atingiu US$ 385,4 milhões, 15,5% superior ao mesmo período de 2022, favorecido pelo acréscimo das receitas das operações Hercules, nos Estados Unidos, e Juratek, no Reino Unido. A RandonCorp é a 21ª maior empresa da região e também a sétima maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil. Acesse o ranking completo clicando aqui.

 

Brasil registra 34 mil estupros no 1º semestre, um a cada oito minutos, aponta relatório

Uma mulher foi estuprada a cada dez minutos no Brasil em 2021, revela  relatório – Sociedade – CartaCapital

Os estupros de meninas e mulheres no Brasil chegaram a 34 mil casos, um crescimento de 14,9% na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Isso significa que uma menina ou mulher sofreu violência sexual a cada 8 minutos no 1º semestre.

Os feminicídios e homicídios femininos também tiveram crescimento no mesmo período, com elevação de 2,6%. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os estupros de meninas e mulheres no Brasil chegaram a 34 mil casos, um crescimento de 14,9% na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Isso significa que uma menina ou mulher sofreu violência sexual a cada 8 minutos no 1º semestre.

Os feminicídios e homicídios femininos também tiveram crescimento no mesmo período, com elevação de 2,6%. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O aumento verificado em anos recentes, por sua vez, pode estar associado à maior compreensão do que é a violência sexual, inclusive com a maior visibilidade de casos, como o da influenciadora Mariana Ferrer, em 2018.

Todas as regiões apresentaram crescimento nos casos. A maior variação se deu na região Sul (32,4%), seguida da região Norte (25%) e do Nordeste (13,2%). No Centro-Oeste o aumento foi de 9,7% e no Sudeste a alta foi de 4,8%.

Os dados de perfil das vítimas de estupro do Brasil indicam que a maior parte das vítimas é de crianças, e os crimes acontecem dentro das próprias casas, com autoria de pessoas conhecidas, geralmente familiares. Em relação à tipificação, 74,5% dos casos foram de estupro de vulnerável (vítimas com menos de 14 anos ou eram incapazes de consentir, por enfermidade, deficiência mental ou qualquer outra causa.

Os pesquisadores ressaltam que os dados correspondem aos registros de boletins de ocorrência em delegacias de Polícia Civil e, portanto, podem ser ainda maiores por causa da subnotificação de casos de violência sexual.

Casos de feminicídio também aumentam

Nos primeiros seis meses do ano, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, superando as 704 mortes do mesmo período em 2022. Isso significa um aumento de 2,6%.

Também de acordo com o Fórum, os dados vêm crescendo nos últimos anos: entre o 1º semestre de 2019 e o 1º semestre de 2023, houve um aumento de 14,4% no número de vítimas de feminicídio.

A Região Sudeste, única que apresentou crescimento no País, registrou 273 vítimas, com variação de 16,2%. Três dos quatro estados da região apresentaram crescimento: o estado de São Paulo foi o principal responsável pela elevação, com crescimento de 33,7%, de 83 casos nos seis primeiros meses de 2022 para 111 casos em 2023.

Assim como os assassinatos motivados por razões de gênero, as demais formas de crimes contra mulheres também tiveram crescimento. Os homicídios femininos aumentaram 2,6% no primeiro semestre, chegando a 1.902 casos.

Especialistas opinam que, como a lei do feminicídio é relativamente nova (de 2015), os Estados ainda podem enfrentar desafios na tipificação correta do crime, seja no trabalho de investigação das Polícias Civis, quanto no Judiciário. Com isso, homicídios comuns podem ser, na verdade, feminicídios, ou seja, aqueles casos em que as mulheres morreram em razão de sua condição de gênero.

Os dados se baseiam nos boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civis dos Estados e do Distrito Federal, e, portanto, podem ser alterados no curso da investigação.

Apesar do aumento da violência contra as mulheres, 12 Estados apresentaram redução dos feminicídios este ano: Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe, Tocantins e Rio de Janeiro (o Estado teve aumento dos homicídios dolosos de mulheres apesar da redução dos feminicídios).

“Parece urgente que os poderes Executivo e Judiciário priorizem a adoção de medidas que sejam capazes de garantir proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, especialmente àquelas voltadas a melhoria do funcionamento da rede de acolhimento”, diz o relatório do Fórum.

 

Emirates abre feira de aviação em Dubai com compra de aviões da Boeing por US$ 52 bilhões

A companhia aérea Emirates, dos Emirados Árabes, abriu o Dubai Air Show, uma das maiores feiras internacionais de aviação, com o anúncio da compra de aviões da Boeing por US$ 52 bilhões (cerca de R$ 254,8 bilhões), demonstrando a recuperação da aviação após as paralisações da pandemia.

A Emirates fez o anúncio na presença do príncipe herdeiro do Dubai, Sheikh Hamad bin Mohammed Al Maktoum, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, 13, à tarde. Logo em seguida, a FlyDubai, companhia aérea de baixo custo parceira, anunciou a compra de 30 Boeing 787-9 Dreamliners, a primeira aeronave de fuselagem larga em sua frota.

A Dubai Air Show tem duração de cinco dias e está sendo realizada no Aeroporto Al Maktoum, no Dubai World Central. Este é o segundo aeroporto do emirado, após o Aeroporto Internacional do Dubai.

A aviação global está em alta após a pandemia de coronavírus, que resultou em bloqueios mundiais e aeronaves paradas, especialmente no Aeroporto Al Maktoum, que serviu como estacionamento para os Airbus A380 da Emirates por meses.

O tráfego aéreo agora está em 97% dos níveis pré-covid, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). As companhias aéreas do Oriente Médio, que fornecem rotas-chave de leste a oeste para viagens globais, registraram um aumento de 26,6% no tráfego em setembro em comparação com o ano anterior, segundo a Iata.

A Emirates, um dos principais motores econômicos de Dubai, em meio ao seu mercado imobiliário em expansão, anunciou lucros recordes de meio ano de US$ 2,7 bilhões na quinta-feira. Isso representa um aumento em relação aos US$ 1,2 bilhão do mesmo período do ano passado, colocando a companhia aérea potencialmente a caminho de outro ano recorde. A empresa afirma ter pago cerca de US$ 2,5 bilhões dos empréstimos recebidos durante o auge da pandemia para se manter em operação.

Tim Clark, presidente da Emirates, disse à Bloomberg em setembro para “ficar de olho” nas compras tanto da Airbus quanto da Boeing durante o evento aéreo. A companhia aérea está contratando um grande número de novos pilotos e tripulantes, provavelmente para tripular as novas aeronaves.

“Temos muitos planos grandes para a companhia aérea no futuro”, disse Clark. “Nova frota, números maiores, rede maior”.

Também no mercado está a Riyadh Air, uma nova transportadora saudita que está sendo criada como parte dos trilhões de dólares em gastos planejados no reino. Em março, a companhia aérea anunciou um pedido de até 72 jatos Boeing 787-9 Dreamliner e tem planos adicionais de expansão.

A Turkish Airlines também pode fazer uma compra recorde de 355 aeronaves da Airbus, incluindo 250 aeronaves A321neo, segundo a agência de notícias estatal Anadolu.

Na tarde desta segunda-feira, a Boeing Co. anunciou que a SunExpress, uma companhia aérea de propriedade conjunta da Turkish Airlines e da Lufthansa, comprometeu-se a comprar até 90 aeronaves Boeing 737 MAX de corredor único. O acordo inclui 28 modelos Boeing 737-8 e 17 modelos Boeing 737-10, além da oportunidade de adquirir mais 45 aeronaves Boeing 737 MAX. As empresas não divulgaram o valor do acordo.

 

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Implante na medula espinhal permite a paciente com Parkinson andar quase normalmente


A engenheira de pesquisas Camille Varescon ativa a neuroprótese implantada debaixo da pele de Marc, um paciente acometido pelo mal de Parkinson, em Lausanne, Suíça, em 3 de novembro de 2023 - AFP

 

Um homem com mal de Parkinson em estágio avançado recuperou quase totalmente a capacidade de caminhar, graças a eletrodos implantados em sua medula espinhal, informou um grupo de pesquisadores nesta segunda-feira (6).

A façanha médica pode ser uma tecnologia “revolucionária” para as pessoas que lutam para se mover, apesar desse debilitante transtorno cerebral.

O tratamento foi desenvolvido por pesquisadores suíços que já haviam usado implantes na medula espinhal para ajudar que várias pessoas com paraplegia voltassem a andar.

O paciente, Marc, um homem de 62 anos que vive na França, sofre de mal de Parkinson há aproximadamente 30 anos. Assim como mais de 90% das pessoas com Parkinson avançado, Marc tem grande dificuldade para caminhar.

Os chamados episódios de “congelamento”, durante os quais os pacientes ficam temporariamente impossibilitados de se mover, expondo-os a risco de quedas, são particularmente “terríveis”, disse Marc à AFP.

“Se você tem um obstáculo ou se alguém passa na sua frente, inesperadamente, você começa a ‘congelar’ e cai”, disse Marc, que não quis revelar seu sobrenome.

Muitos aspectos do mal de Parkinson ainda são desconhecidos, e o tratamento desses sintomas tem-se mostrado difícil. Podem afetar seriamente a vida dos pacientes, às vezes deixando-os acamados ou presos a uma cadeira de rodas.

Então, quando surgiu a oportunidade de se submeter a uma cirurgia invasiva na Suíça com o objetivo de resolver o problema, Marc não hesitou em aproveitar a oportunidade.

– ‘Posso fazer o que eu quiser’ –

“Agora posso andar de um ponto a outro sem me preocupar em como chegarei lá”, disse.

“Posso dar um passeio, fazer compras sozinho. Posso fazer o que quiser”, acrescentou.

A equipe suíça de pesquisadores implantou um sistema complexo de eletrodos chamado “neuroprótese” em pontos-chave ao longo da medula espinhal de Marc.

“Desenvolvemos uma neuroprótese que reduziu os problemas de marcha, os problemas de equilíbrio e o congelamento da marcha”, disse a equipe liderada pela cirurgiã Jocelyne Bloch e pelo neurocientista Gregoire Courtine.

Os dois já haviam feito um avanço usando implantes na medula espinhal que permitiram que pacientes paraplégicos voltassem a andar.

A pesquisa mais recente, publicada na revista Nature Medicine, funcionou, segundo quase o mesmo princípio.

No caso de pacientes paralisados, o trauma provém de um acidente, que corta a comunicação entre o cérebro e a medula espinhal. Para Marc e outros pacientes com Parkinson, essa comunicação ainda existe, mas o sinal cerebral é afetado pelo desaparecimento progressivo dos neurônios que geram a dopamina, que é um neurotransmissor.

Nesse caso, a neuroprótese teve de fazer mais do que simplesmente enviar um estímulo elétrico que provocasse o movimento. Também teve de assumir o papel do cérebro na geração desse estímulo no momento adequado para que o movimento resultante correspondesse aos desejos do paciente.

“A ideia é medir os movimentos residuais, ou seja, a intenção de andar, com pequenos sensores que se encontram nas pernas”, disse Courtine à AFP.

“Graças a isso, sabemos se a pessoa quer balançar, ou parar, e podemos ajustar o estímulo de acordo”, disse Courtine, pesquisadora do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne.

– ‘Um grande avanço potencial’ –

A neuroprótese foi testada primeiro em primatas e depois implantada em Marc, que a usa aproximadamente oito horas por dia há quase dois anos.

Marc disse que agora consegue andar com muito mais facilidade e que até planeja uma viagem ao Brasil. Ainda assim, completou, o esforço exige concentração, principalmente ao subir escadas.

Mas até que ponto este implante pode ajudar muitos outros pacientes com Parkinson que lutam para andar todos os dias? A doença afeta os pacientes de diferentes maneiras.

A equipe suíça ampliou seu experimento para um grupo de seis pacientes com Parkinson.

O implante invasivo é bastante caro, o que limita o acesso de muitos pacientes.

Bloch e Courtine lançaram uma “startup” chamada Onward para investigar sua futura comercialização. Mas mesmo chegar a este ponto já representa “um grande avanço potencial”, de acordo com David Dexter, diretor de pesquisa do Parkinson’s UK.

“Este é um procedimento bastante invasivo, mas pode ser uma tecnologia revolucionária para ajudar a restaurar os movimentos em pessoas com Parkinson avançado”, disse Dexter, enfatizando que são necessárias mais pesquisas.

 

Sem novas listas com autorizados a sair de Gaza, fronteira é reaberta

Ministro do Egito: "Fronteira em Rafah está aberta e sempre esteve" | Exame

A fronteira de Rafah foi reaberta nesta quinta-feira (9) após ter ficado um dia fechada “por falta de segurança”, informaram os Estados Unidos, apesar de não ter especificado o que motivou o fechamento da fronteira que liga a Faixa de Gaza ao Egito. Apesar de reaberta, não foram divulgadas novas listas com estrangeiros autorizados a deixar o local. Com isso, os 34 brasileiros presos no enclave palestino seguem sem previsão de deixar a zona de guerra.

Nessa quarta-feira (8), a diplomacia brasileira chegou a informar ao grupo de brasileiros que havia a expectativa de que a autorização saísse hoje, mas a previsão não se confirmou. Em publicação numa rede social nesta quinta, o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, lamentou mais um dia sem autorização para sair  

“Coloca nosso nome e a gente sai. Por que não estão colocando nosso nome nessa lista? Isso é um absurdo. Nós somos reféns aqui de Israel”, desabafou Hassan, que está em Khan Yunis com a esposa e as duas filhas, de 3 e 6 anos, todas brasileiras. Ele foi para Gaza visitar a família poucos dias antes de começar a guerra no Oriente Médio.  

“Mais de um mês nesse conflito. Infelizmente, além das bombas, explosões e mortes, tem outra guerra: a da fome, da água, do gás, do combustível, dos remédios que você não encontra. Você entra no supermercado e não encontra nada. Não tem gás para fazer comida”, relatou Hasan. Apesar das dificuldades, o palestino naturalizado brasileiro mostrou que ainda há pão para se alimentar.  

Até o momento, mais de 3.400 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza, sendo 36% com passaporte dos Estados Unidos. Como os critérios para liberação dos estrangeiros não são divulgados, especialistas ouvidos pela Agência Brasil indicam a hipótese de manipulação dessas autorizações de acordo com o apoio dado pelos países a Israel. Em comunicado divulgado ontem, a Embaixada de Israel no Brasil negou qualquer intenção de atrasar a saída dos brasileiros.  

Dos 34 brasileiros presos em Gaza, 16 estão na cidade de Khan Yunis e 18 em Rafah, ambas no sul do território, próximas da fronteira com o Egito. Entre os brasileiros estão 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens.