quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O mercado está avesso à China — e isso pode ser bom para o Brasil

 


Contexto geopolítico, cerco a grupos econômicos e desaceleração têm influenciado desinvestimentos no país asiático

 


Bolsa de valores da china: mercado vê em aversão à China vantagem para o Brasil (MARK RALSTON/AFP/Getty Images)

Bolsa de valores da china: mercado vê em aversão à China vantagem para o Brasil (MARK RALSTON/AFP/Getty Images)

A China esteve há décadas entre as apostas de grandes investidores, como Ray Dalio e Mark Mobius. Mas todo aquele brilho que saltava aos olhos do mercado vem sendo ofuscado. Instabilidades causadas pelo governo, como o recente cerco a grandes grupos econômicos, como Ant e Alibaba, vem mantendo investidores mais cautelosos. E o crescimento, que era pujante, está cada vez mais fraco.

Entre os grandes defensores da tese de investimento no país, Dalio já desembarcou de pelo menos dez empresas da região, segundo o jornal SCMP, e Mobius já se queixou de que sequer conseguiu tirar seu dinheiro da China. Os desinvestimentos levaram a China a registrar sua primeira perda líquida de investimento estrangeiro da história, com a saída de US$ 12 bilhões no terceiro trimestre. Os dados do quarto trimestre ainda não foram divulgados.

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Mais do que os desafios internos, analistas do BNP Paribas avaliam que a política externa da China se tornou um fator de aversão ao risco no mercado. "A queda do investimento estrangeiro direto indica que os investidores estão retirando seu dinheiro da China como resposta ao conflito entre Ucrânia e Rússia e ao aumento das tensões em torno de Taiwan", avaliam os analistas em relatório.

O clima é exatamente o oposto de um ano atrás, quando os processos de reabertura mais ampla aumentaram as expectativas de aquecimento econômico.

Apesar da tese favorável aos investimentos na China, a bolsa de Xangai fechou 2023 com 6,3% de queda, enquanto os principais índices de ações do mundo fecharam o ano com fortes altas. A perda foi ainda maior em dólar, dada a desvalorização de 8% do iuane frente à moeda americana em 2023. Essa desvalorização, inclusive, estaria travando mais incentivos monetários, ainda com incertezas sobre o início dos cortes de juros nos Estados Unidos.

"A decisão de manter as taxas é negativa para o sentimento do mercado e para o crescimento econômico, sugerindo que as autoridades não estão se esforçando muito para apresentar uma mensagem coordenada e forte pró-crescimento no início do ano", avaliou Wei He, analista da Gavekal, em relatório.

Embora a bolsa chinesa esteja em um patamar mais baixo do que no início de 2023, o J.P. Morgan avalia que os níveis de preços apenas parecem estar baratos. Mas seriam, na verdade, uma "armadilha". "Na minha experiência, a maioria das armadilhas de valor acaba. Achei que estávamos próximos no ano passado, mas eu estava errado. As enormes taxas de poupança de 40% da China representam munição potencial para uma recuperação do mercado de ações, mas ainda não existe um catalisador."

Ruim para a China, bom para o Brasil?

Diante desse cenário, parte dos investidores acredita que o Brasil pode se beneficiar de uma melhor posição relativa entre os emergentes. Em painel com investidores no fim do ano passado, Emy Shayo Cherman, estrategista de ações para a América Latina do J.P. Morgan, chegou a afirmar que o Brasil tem o potencial de se tornar uma "Miss Universo" dos mercados emergentes.

Alguns fatores favorecem o Brasil, como não estar inserido em contextos bélicos, a melhor perspectiva de crescimento e os níveis de preços relativamente atrativos. Essa posição, segundo a BlackRock, maior gestora do mundo, deve levar os fundos emergentes a aumentarem a porção de ativos brasileiros em seus portfólios.

"Minha visão é otimista em relação aos fluxos para o Brasil. O investidor emergente não quer mais a China, que concentrava 40% desses fluxos. Esse dinheiro será redirecionado para Índia, México e o Brasil. E o Brasil, nessa lista, aparece em posição de vantagem", afirmou Karina Saade, CEO da BlackRock Brasil, em coletiva realizada em dezembro.

Somente no ano passado, os estrangeiros aportaram R$ 56 bilhões na bolsa brasileira.

Embora a China seja a principal parceira comercial do Brasil, a maior aversão de investidores e a desaceleração econômica não devem impactar os fluxos para o Brasil, na avaliação de Walter Maciel, CEO da AZ Quest. "O Brasil é o celeiro do mundo e a China vai continuar precisando de comida. O que deverá acontecer na China será uma transição do modelo econômico, de incentivo à infraestrutura para mais consumo local", afirmou em entrevista recente à Exame Invest. Maciel, no entanto, não descartou impactos em setores específicos, como no mercado de minério de ferro.

 

 https://exame.com/invest/mercados/o-mercado-esta-avesso-a-china-e-isso-pode-ser-bom-para-o-brasil/

 


"O Brasil será irreconhecível daqui a 5 anos", diz Walter Maciel, CEO da AZ Quest


Em entrevista à Exame, economista diz que o mercado está subestimando o potencial de crescimento do país e que o real pode passar por supervalorização

 

Walter Maciel, CEO da AZ Quest, avalia que um dos maiores erros do mercado tem sido subestimar o potencial de crescimento do Brasil. Para este ano, a projeção da gestora de mais de R$ 24 bilhões em investimentos, é de que a economia brasileira terá uma expansão acima de 2%. O consenso do boletim Focus é de 1,59% de alta no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e de 2% para os anos seguintes. "Tenho certeza que o Brasil vai crescer muito mais que o projetado", afirma Maciel em entrevista à EXAME Invest.

Entre os fatores que sustentam a visão do economista estão as reformas realizadas durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro e o aumento de produção da petróleo e do agronegócio. "O Brasil daqui a cinco anos será irreconhecível", diz.

"Real deve se valorizar"

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Com uma balança comercial cada vez mais robusta, Maciel vê alta probabilidade de o dólar perder ainda mais força localmente, chegando próximo de R$ 4,30 no fim do ano."A minha preocupação para daqui a cinco anos é nós exportarmos tanto que o real poderá se valorizar demais e o Brasil perder competitividade internacional. Mas aí seria um problema bom, daria para aumentar as reservas para desvalorizar o real ou montar um fundo soberano. Acho que estamos em um caminho espetacular."

Mas para isso se concretizar, Maciel alerta que não pode haver grandes problemas fiscais. Pelo cenário-base, ao menos, a perspectiva é otimista. Parte da solução, afirmou, veio com o novo arcabouço fiscal, o qual considera mais eficaz que o teto de gastos implementado pelo governo de Michel Temer, por ter mais flexibilidade.

"Não é um mundo ideal, mas é muito melhor do que se esperava na época da eleição. Na época da eleição, o mercado precificou o Brasil para aquilo que esperava. Quando passa a ter uma surpresa imensa positiva, tem que mudar de cabeça. E o mercado só mudou agora porque apanhou no ano passado", diz Maciel.

"Bolsa pode subir bastante"

Com o Brasil voltando aos trilhos, Maciel vê grandes oportunidades no mercado local. "A bolsa aqui pode subir bastante. A relação preço/lucro hoje está mais barata do que em 2020, quando os jornais diziam que seria a maior recessão da história. O único período recente que a bolsa estava mais barata que agora foi na eleição de 2002, quando achávamos que o PT faria tudo que dizia que iria fazer. Então, o medo era justificado. Hoje, a bolsa está barata. Então, deve haver uma reprecificação muito forte."


https://exame.com/invest/mercados/o-brasil-sera-irreconhecivel-daqui-a-5-anos-diz-walter-maciel-ceo-da-az-quest/amp/

TJ determina que Prefeitura de SP volte a oferecer procedimento de aborto legal em hospital

 

Apresentação

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira, 17, que a Prefeitura da capital volte a fornecer o serviço de aborto legal realizado no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. A oferta do procedimento havia sido suspensa em dezembro pela prefeitura.

Na decisão, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre determinou ainda que o hospital faça uma busca ativa para que todas as pacientes que tiveram o procedimento cancelado sejam atendidas. O hospital, tido como referência e que oferece a realização do aborto legal há cerca de 30 anos, fica proibido de negar o agendamento do serviço para novas pacientes.

Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo disse em nota que o serviço de aborto legal segue disponível às gestantes em outros quatro hospitais municipais “independentemente do período gestacional”, e que o procedimento também é feito em hospitais estaduais (leia a íntegra da nota abaixo).

Já sobre a decisão do TJ-SP diz que, “ainda que o Município tenha mantido/disponibilizado o serviço e a realização do procedimento em outras unidades de saúde após a suspensão”, o Hospital Vila Nova Cachoeirinha é o único da cidade de São Paulo que não impunha limite de idade gestacional.

O processo de interrupção da gravidez no Brasil é previsto na Constituição em três casos: caso haja risco de vida para a mulher, em caso de estupro e quando o feto é anencéfalo.

A decisão liminar respondeu a uma ação popular movida pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo deputado estadual Carlos Giannazi e pelo seu irmão, o vereador Celso Giannazi, todos do PSOL.

O juiz também dá a opção do serviço não ser reativado na unidade, com a condição de que a Prefeitura providencie que as novas pacientes e aquelas que tiveram o acesso negado sejam atendidas por outros hospitais. O reagendamento deve ser feito em no máximo dez dias.

Em ambas as opções, a Prefeitura de São Paulo deve se encarregar de procurar a paciente que teve o serviço negado pelo hospital. O juiz dá o prazo de cinco dias para a Prefeitura decidir qual das opções vai acatar.

“O aborto legal constitui, logicamente, um direito, e a criação de obstáculos para sua realização, além de simbolizar retrocesso, representa grave violação aos direitos e à dignidade da mulher”, diz trecho da decisão.

Na última semana, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações sobre interrupção do atendimento hospital em questão. O órgão questionou o porquê de a unidade de saúde não oferecer o serviço desde dezembro, sendo que é especializado no atendimento de mulheres com mais de 22 semanas de gravidez.

Na ocasião, MPF também pediu informações aos hospitais municipais do Tatuapé, do Campo Limpo, do Jardim Sarah e Tide Setúbal, para averiguar se a oferta do procedimento está regular, independentemente da idade gestacional, conforme prevê a legislação.

Se não respeitar a decisão do TJ-SP, a administração municipal terá que pagar multa diária de R$ 50 mil. A prefeitura não respondeu se acatará a decisão, nem quais das opções propostas pelo juiz vai seguir, caso acate.

O que diz a Prefeitura

“O serviço de aborto legal segue disponível às gestantes no município de São Paulo, independentemente do período gestacional, conforme estabelece a legislação em quatro hospitais: Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), Hospital Municipal Tide Setúbal e Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni (Jardim Sarah). Lembrando que o procedimento também é feito em hospitais estaduais. A reorganização do Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha tem como objetivo realizar no local mutirões de cirurgia, como de endometriose e histerectomia, e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher a fim de atender à demanda necessária.”

Decreto delega competência à ministra do Planejamento para atos no âmbito do Orçamento

 Simone Tebet - Simone Tebet adicionou uma nova foto.


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou Decreto, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 18, que delega à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, competência para prática de atos, no âmbito dos orçamentos fiscal e da seguridade social.

Entre esses atos, está a alteração de Grupos de Natureza de Despesa (GNDs); abertura de crédito suplementares autorizados na Lei Orçamentária de 2024; reabertura de créditos especiais em favor de órgãos do Executivo; reabertura de créditos extraordinários; transposição, remanejamento ou transferência de dotações orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária de 2024.

Inflação nos supermercados fecha 2023 em 1,02%; menor patamar desde 2017

 


O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou inflação de 1,20% em dezembro, resultado influenciado pela alta no setor de alimentos (1,50%). No acumulado do ano, no entanto, o índice terminou com alta de 1,02%, acima do que a APAS estimava – inflação de 0,85% no ano.

Dentro do segmento de alimentos, os produtos in natura apresentaram a maior inflação no mês (6,33%), seguidos por bebidas não alcoólicas (1,52%), produtos semielaborados (0,89%), industrializados (0,80%) e bebidas alcoólicas (0,74%). Por outro lado, houve deflação mensal nos artigos de limpeza (-0,44%) e artigos de higiene e beleza (-0,21%).

“O resultado do IPS de dezembro acelerou quando comparado ao mês de novembro (0,74%) e com relação a dezembro de 2022 (1,0%). No acumulado do ano, no entanto, o índice terminou com alta de 1,02%, marginalmente acima do que a APAS estimava – inflação de 0,85% no ano, o que significaria o menor patamar desde 2017”, comenta o economista chefe da Apas, Felipe Queiróz.

Para este ano, a entidade projeta que a inflação nos supermercados acelere e encerre o ano em 4,5%. A perspectiva projetada pela associação considera os fatores provenientes do cenário externo e das alterações climáticas sobre o comportamento dos preços.

Fonte: APAS

Semielaborados

A categoria de produtos semielaborados apresentou em dezembro a terceira alta consecutiva (0,89%), embora em magnitude menor do que a observada em novembro. O resultado é fruto da forte expansão nos preços dos cereais (8,39%) e aves (4,14%), uma vez que as demais categorias apresentaram deflação no mês. Embora o último trimestre de 2023 tenha apresentado inflação dos produtos semielaborados, no ano houve deflação de 5,90%, resultado que reflete nas cestas de consumo das famílias.

O preço da carne suína teve queda, com deflação em dezembro de 0,34%. No ano de 2023, a baixa nos preços da carne suína foi de 6,57%. Na contramão, as aves apresentaram inflação no mês de dezembro em função principalmente das compras da ceia de final de ano. O crescimento no preço (4,14%) decorreu em função da alta do preço do quilo do frango (3,88%) e do preço do peru (11,45%). No entanto, no ano, o preço as aves também apresentaram deflação de 6,95%.

Dezembro também por marcado pela inflação na subcategoria de cereais (8,39%), com todos os produtos que a compõe acompanhando a mesma tendência. No ano, a inflação foi elevada nessa subcategoria (10,44%), fruto da alta expansão no preço do arroz (26,08%). Por outro lado, a grande safra de feijão contribuiu para que o produto apresentasse forte deflação durante o ano passado, que ficou em -14,41%.

Industrializados

A categoria de produtos industrializados apresentou inflação de 0,80% em dezembro, o que contribuiu para que a acumulada em 2023 fosse de 1,35%. No mês, houve inflação em todas as subcategorias que compõem os produtos industrializados. As principais altas foram nos doces (1,14%), panificados (1,91%) e derivados da carne (0,41%). No acumulado do ano, houve sinais mistos com subcategorias apresentando inflação e outras apresentando deflação.

Os resultados dos produtos industrializados foram influenciados principalmente pelos aumentos nos custos de insumos produtivos derivados do trigo, tendo em vista que uma parte significativa é importada pelo Brasil.

Em termos individuais – sem considerar o peso que tem para o indicador – o preço do azeite de oliva chamou a atenção pelo seu crescimento significativo no ano de 2023: 42,65%.

Os pescados apresentaram deflação no mês de dezembro (-0,29%), mas inflação de 0,29% no ano.

“O preço da merluza foi a única a apresentar deflação no último mês de 2023 e, devido ao seu peso na pesquisa, fez com que o mês apresentasse a redução de preços”, explica Queiróz.

 

Produtos In natura

 

 Os produtos in natura tiveram inflação de 6,33% no mês de dezembro; no ano, o crescimento nos preços foi de 10,32%. O resultado mensal foi fortemente influenciado pela inflação dos tubérculos (16,23%) e legumes (7,22%); já na avaliação anual, frutas (10,61%), legumes (13,23%) e verduras (26,40%) se destacam como vetores de crescimento dos preços.

Dentro da subcategoria das frutas, a maior contribuição para a inflação mensal veio do aumento de 15,03% na laranja e banana (2,15%); para a inflação anual, laranja (23,97%), maçã (6,14%) e frutas da época (13,36%).

 Já na subcategoria dos legumes, a inflação mensal foi influenciada pelo aumento do preço do tomate (8,19%), abobrinha (10,99%) e mandioquinha (6,24%); A cenoura (47,95%) e abobrinha (46,56%) são as principais contribuições para a inflação anual.

Quando analisado os tubérculos, a inflação mensal ocorreu em todos os produtos exceto no alho, que apresentou deflação de 0,25%. O destaque de alta foi a batata, que teve aumento de 36,29%. A avaliação anual também infere que a batata teve a principal contribuição para a inflação da subcategoria, com aumento de 13,15%.

A inflação mensal das verduras foi impactada principalmente pelo crescimento nos preços da alface (1,73%), do coentro (2,47%) e da salsa/cebolinha (0,16%). Na análise anual, todas as verduras apresentaram aumento nos preços, sendo que a alface (26,68%), coentro (26,87%) e couve (30,61%).

Bebidas

Ambas subcategorias de bebidas apresentaram inflação no mês de dezembro – bebidas não alcoólicas (1,52%) e bebidas alcoólicas (0,74%) – muito influenciada pelas festividades do final de ano. O mesmo movimento inflacionário foi observado nas duas subcategorias na comparação anual.

Dentro das bebidas não alcoólicas, no mês de dezembro, todos os produtos apresentaram inflação, exceto as bebidas à base de soja, que tiveram deflação de 0,13%. O destaque foi a inflação de 1,86% nos refrigerantes. Na comparação anual, todas as categorias apresentaram elevação de preços em 2023, novamente com destaque para os refrigerantes (6,06%) e pó para refresco (5,36%).

Já a inflação apresentada pelas bebidas alcoólicas em dezembro foi fortemente influenciada pelo crescimento de 1,0% nos preços das cervejas; na comparação anual, os preços das cervejas (7,85%) e do vinho (2,73%) foram os principais vetores de expansão.

Artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza

Os artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza apresentaram deflação mensal de 0,44% e 0,21%, respectivamente. Sabão em pó foi a maior contribuição para a redução de preços mensal dos artigos de limpeza, com queda de 1,83%. Já a deflação dos artigos de higiene e beleza decorreu da queda de 0,54% no preço dos sabonetes, 1,47% nas fraldas descartáveis e 0,17% nos desodorantes.

Na avaliação anual, os artigos de limpeza também apresentaram deflação (-0,37%), muito influenciada pela queda de 6,58% no sabão em pó. Por outro lado, os artigos de higiene e beleza apresentaram inflação anual de 3,93%, tendo como principais vetores o aumento de 5,56% no preço do papel higiênico, 2,45% na fralda descartável e 1,57% no sabonete.

 

 https://istoedinheiro.com.br/inflacao-nos-supermercados-fecha-2023-em-102/


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Dinamarquesa Maersk e alemã Hapag-Lloyd formam aliança no setor de transporte marítimo

 

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A gigante dinamarquesa A.P. Moeller-Maersk e a alemã Hapag-Lloyd estão se unindo para fechar um acordo de compartilhamento de novas embarcações a partir do próximo ano, em uma mudança no quadro global dessas alianças no setor.

O pacto busca impulsionar eficiências e ajudar a acelerar os esforços de descarbonização das empresas, anunciaram nesta quarta-feira as companhias.

Juntas, as duas empresas respondem por pouco mais de 20% da fatia global de mercado no setor de transporte marítimo de cargas.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.


Os erros que as empresas cometem ao adotar a inteligência artificial sem reflexão ou estratégia

 Os erros que as empresas cometem ao adotar a inteligência ...

Por Louise Bragado,  

 

 Fundador e cientista-chefe da consultoria estratégica tds.company, professor extraordinário da Cesar School e professor emérito do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Silvio Meira é um dos maiores especialistas em inovação e tecnologia do país. Um dos fundadores do Porto Digital de Recife, também faz parte do conselho de empresas como CI&T, Magalu, MRV e Tempest, e acompanha de perto o desenvolvimento do ambiente de negócios brasileiro. 

 Diante das transformações robustas pelas quais o mercado vem passando, Meira faz um alerta para as empresas: "Há uma falta de estratégia em relação aos investimentos em IA". Para ele, muito mais do que inserir tecnologia na operação, as organizações precisam repensar e redesenhar o negócio como um todo, olhando para a IA não como uma ferramenta, mas como uma nova dimensão da realidade -- uma aliada na tomada de decisões se as lideranças souberem, de fato, como usá-la.