O
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta
segunda-feira, 22, que os R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento
na nova política industrial do Brasil será um “alento” para que o País
saia do patamar em que se encontra e dê um “salto de qualidade”.
Contudo, o chefe do Executivo cobrou dos ministros que haja um
acompanhamento para garantir o cumprimento das ações previstas.
Chamada
de “Nova Indústria Brasil”, a política foi apresentada nesta
segunda-feira durante evento no Palácio do Planalto. No total, segundo o
governo, serão até R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até
2026.
Parte
desse recurso, R$ 106 bilhões, já havia sido anunciada na primeira
reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em
julho. Agora, o governo está incorporando ao montante R$ 194 bilhões,
provenientes de diferentes fontes de recursos.
Em seu
discurso, o presidente ressaltou que é necessária uma mudança na postura
do Brasil perante o mercado externo. “Uma coisa que o ministro Rui
Costa disse e que tem que se levar em conta é que muitas vezes , para
que o Brasil se torne competitivo, o Brasil tem que financiar alguma das
coisa que quer exportar. A gente não pode agir como sempre agiu que
todo mundo é obrigado a gostar do Brasil, que todo mundo vai comprar do
Brasil, sem que a gente cumpra nossas obrigações. O debate a nível de
mercado internacional é muito competitivo, é uma guerra.”
Na
esteira, Lula cobrou os ministros por uma continuidade de estudos do
ato desta segunda-feira. “É muito importante para o Brasil que a gente
volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada
como o mundo exige hoje e que a gente possa superar, de uma vez por
todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente
grande e desenvolvido, estamos sempre na beira mas nunca chegamos lá.”
O
chefe do Executivo comentou que, inicialmente, o problema do País era o
dinheiro, mas que agora, com a incorporação de recursos para
financiamento, é possível que gargalos se resolvam com mais facilidade.
“Se dinheiro não é problema, então precisamos resolver as coisas com
muito mais facilidade”, disse.
Na fala, ele cobrou os
ministros para que se expanda as fronteiras de maneira comercial para
que o País mostre o verdadeiro potencial. “Nós precisamos também fazer
com que os empresários brasileiros acreditem um pouco no Brasil.”