A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está próxima de completar 4 anos. Nesse período, a lei foi amplamente debatida e as empresas passaram a criar setores exclusivos para adequação a ela. A importância em se adequar a lei fez com que empresas investissem em profissionais e em tecnologias relativas ao tema - uma pesquisa da TIC Provedores revelou que 40% das empresas no Brasil já contam com um setor exclusivo para proteger dados. Em relação às penalidades aplicadas pela ANPD, em 2023, o órgão aplicou no começo do segundo semestre a primeira multa administrativa por descumprimento à LGPD. A decisão aconteceu contra uma empresa de telemarketing por usar dados de eleitores em uma campanha política municipal.
Dentro deste cenário, o Dia Internacional da Proteção de Dados, na próxima segunda-feira (28), assume extrema relevância, porque aborda não apenas a segurança dos dados dos clientes das empresas, mas toda a complexa rede que impulsiona as operações empresariais, incluindo fornecedores, colaboradores, sócios, investidores, entre outros. "É imprescindível encarar a privacidade não só como um direito adquirido, mas como uma responsabilidade constante. Nesse sentido, a conscientização e a educação tornam-se fundamentais para todas as equipes dentro das empresas, visando garantir a preservação e o respeito aos dados em todos os aspectos do negócio", afirma Aline Deparis, CEO da Privacy Tools. Como tendência para a gestão da privacidade e proteção de dados para 2024, Aline destaca o uso da governança de IA, sendo crucial para assegurar sua utilização de maneira ética, segura e responsável. Segundo o Gartner, até 2025, 60% das grandes organizações usarão técnicas de computação de aprimoramento de privacidade (PEC) em análise, inteligência de negócios e/ou computação em nuvem.