quinta-feira, 7 de março de 2024

Buser aciona Cade e provoca debate no órgão antitruste sobre norma de transporte de passageiros

Viagens de ônibus com mais conforto pelo menor preço | Buser


Insatisfeita com a nova norma de mercado no transporte rodoviário interestadual de passageiros, por entender que o texto poderá inviabilizar a concorrência, a Buser buscou envolver o órgão antitruste brasileiro no debate. Em consulta julgada nesta quinta-feira, 7, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a empresa queria saber do Cade se, sujeitando-se à norma aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), estaria ela própria violando a lei de defesa da concorrência.

A consulta acabou não “conhecida”, no jargão jurídico, pelo entendimento do conselho de que a questão não poderia ser resolvida pelo instrumento da consulta.
Esse ponto técnico não impediu que os conselheiros do órgão antitruste abrissem uma discussão sobre eventuais reflexos das novas regras da ANTT no ambiente concorrencial. O tribunal chegou a debater a possibilidade de enviar o voto do caso e suas considerações à agência reguladora, mas a maioria decidiu pelo não encaminhamento.

Relator do caso, o conselheiro Victor Fernandes leu um longo voto na sessão, onde explicou por que não poderia acolher a consulta feita pela Buser, mas também levantou pontos de atenção sobre a regulamentação feita pela ANTT, aprovada no fim do ano passado, após anos de debate.

As novas regras são criticadas pela Buser e por outros atores do setor que tentam atuar no transporte interestadual, que se queixam principalmente do conceito de viabilidade econômica considerado pela agência para autorizar ou não a atividade de novas empresas nas rotas. A alegação é de que essa norma impõe barreiras a entrantes no mercado, desvirtuando o espírito da regra geral de ‘autorização’, que substituiu o modelo anterior.

Fernandes pontuou que, por não ter autonomia para escolher submeter-se ou não às normas da ANTT, não faria sentido a Buser perguntar ao órgão antitruste se, seguindo as regras, poderia infringir a lei de defesa da concorrência. Na visão do conselheiro, o pano de fundo do movimento da empresa junto ao Cade foi de suscitar um debate no conselho sobre a adequação da norma da agência reguladora. Ele ponderou, contudo, que o Cade não poderia fazer qualquer tipo de revisão sobre a resolução da ANTT dentro deste processo.

Apesar de não aceitar a consulta da Buser, Fernandes aproveitou a oportunidade para sustentar que o Cade pode se envolver mais no debate sobre a nova regulamentação, por meio da “advocacia da concorrência” (qualquer atividade conduzida pela autoridade da concorrência visando à promoção de um ambiente concorrencial saudável).

Em seu voto, ele rememorou que, durante o processo de elaboração da norma da ANTT, órgão do Ministério da Fazenda levantou preocupações sobre o conceito de viabilidade econômica e os efeitos disso para o ingresso de novos competidores no transporte de passageiros. O conselheiro reconheceu, por sua vez, que, em seu papel de defensor da concorrência, o Cade teria uma visão mais estreita sobre o tema, enquanto a agência reguladora precisa observar outras preocupações, como a qualidade do serviço.

“Me parece claramente que a ANTT enfrenta o desafio de navegar a transição de monopólios públicos para o regime de livre mercado”, disse Fernandes.

A complexidade do caso também foi reforçada por outros conselheiros. “Eu entendo o TRIP dentro de um modelo muito complexo, eu entendo a razoabilidade de um regime de transição, e a ANTT está tentando conviver com esses dois mundos, que é difícil de equilibrar. É uma árdua tarefa da ANTT de se equilibrar”, disse Gustavo Augusto, para quem o Cade precisa acompanhar os desdobramentos, partindo da avaliação de que a implementação da resolução da ANTT é mais importante que o próprio texto, “dentro da lógica de uma abertura gradual do mercado”.

Água de Cheiro anuncia Ratinho como novo sócio e mira faturar R$ 350 milhões em quatro anos

 


Ratinho

Marca quer recuperar espaço no mercado e aumentar faturamento em 50% em 2024 (Crédito: Divulgação)

 

A Água de Cheiro anunciou, nesta quinta-feira, 7, a chegada de Carlos Massa, o Ratinho, como novo sócio da empresa. O objetivo da marca é prosseguir com o plano de expansão e voltar a ser uma empresa de referência no mercado de beleza brasileiro.

A fatia de participação que o apresentador terá na empresa não foi divulgada. Ratinho também é dono da Rede Massa de Comunicação e de empresas no ramo hoteleiro de agronegócio. 

Segundo o apresentador, a entrada na companhia representa a afirmação de valores baseados na solidez, transparência e brasilidade. “A relevância histórica da marca e a sua identidade nacional foram os principais fatores que me inspiraram a abraçar essa parceria, pois vejo muito da minha história e de muitos brasileiros nela”, contou.

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Além desta parceria, a franqueadora também está investindo em uma reestruturação interna através da contratação de uma equipe especializada em expansão e a reformulação de todas as áreas relevantes do empreendimento, como Marketing, Trade e Produto. Ao todo, a empresa deve investir mais de R$15 milhões em expansão durante todo o ano de 2024.

Para o diretor geral da franqueadora, Olindo Junior, a associação com um empresário e apresentador terá um impacto significativo para a marca. “Com essa parceria, a Água de Cheiro será reapresentada ao mercado nos próximos meses como uma operação sólida e segura para o empreendedor brasileiro”, afirmou.

Empresa quer faturar 50% a mais que em 2023

A expectativa da empresa é de um faturamento de mais de R$ 90 milhões em 2024 – R$ 30 milhões a mais que no ano anterior –, com perspectiva de atingir até R$ 350 milhões em 2028.

Além de participar de forma ativa nos negócios da empresa, a estratégia da marca com o novo sócio é aumentar a penetração da marca em alguns dos principais canais de comunicação do Brasil. A Água de Cheiro está sob o comando da Beauty Franchising Administradora de Franquias LTDA. 

A companhia conta com 172 operações de varejo e mais de 42 pontos de distribuição para atendimento de revendedoras, totalizando 214 ativações em mais de 170 cidades em todo o território brasileiro. Com a chegada de Ratinho, a expectativa é que a marca atinja um número superior a 1.500 operações nos próximos cinco anos

O maior desafio da franqueadora é reconquistar o seu espaço como referência no mercado de beleza do Brasil, lugar que ocupou até meados dos anos 90. “Com o Ratinho participando do nosso quadro societário, teremos mais força para apresentar projetos de inovação, sempre focados na entrega de qualidade, design e custo-benefício para os consumidores”, finalizou Olindo Junior.

 

 https://istoedinheiro.com.br/agua-de-cheiro-anuncia-ratinho-como-novo-socio-e-planeja-faturar-r-350-milhoes-em-quatro-anos/

Receita Cresce 5,4% - Controladora da Riachuelo lucra R$ 230 milhões no 4º trimestre

 

 

Receita Cresce 5,4%

 

 

 

 


 

  A Guararapes Confecções S 
 
 
 
 
A Guararapes Confecções S.A., controladora da Lojas Riachuelo, apresentou no quarto trimestre de 2023 uma receita líquida consolidada de R$ 2,7 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da companhia foi de R$ 230 milhões, versus R$ 102 milhões no ano anterior, uma evolução de mais de 120%. No trimestre, a Guararapes apresentou crescimento das vendas em mesmas lojas (SSS) de 6,3%. 
 
 
 
Expansão
 
 
  Em linha com a sua estratégia de expansão, a companhia inaugurou 20 lojas durante o ano, sendo 14 Carter's, 4 Riachuelo e 2 FanLab. Dessa forma, encerrou o quarto trimestre de 2023 com 411 lojas, distribuídas em todas as regiões do Brasil, das quais 332 são da Riachuelo, 62 Carter's, 12 Casa Riachuelo e 5 FanLab. Além disso, possui também lojas no modelo store in store (SIS), sendo 13 Casa Riachuelo SIS e 2 Carter's SIS. 
 
 
 
https://www.gironews.com/redes-shopping/receita-cresce-54-74343/

Produção de veículos cresce 17% em fevereiro, diz Anfavea

 


Fábrica da Stellantis - Crédito: Divulgação

 

A produção de veículos, que inclui automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, registrou crescimento de 17,4% em fevereiro em comparação com o mesmo período de 2023. No segundo mês do ano, foram produzidas 189,7 mil unidades – ante 152,5 mil unidades. Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 24%.

O acumulado do bimestre soma alta de 8,9% quando comparado com o ano passado. Os dados foram divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), na manhã desta quinta-feira, 7, em coletiva de imrprensa.

“Esses primeiros dois meses de 2024 têm apontado para um cenário positivo, um cenário de crescimento, de investimentos”, afirma Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Vendas

Com 165,2 mil emplacamentos em fevereiro de 2024, houve crescimento de 2,2% ante janeiro e alta de 27,1% em comparação com o segundo mês do ano passado.

Exportações

No entanto, as 30,7 mil unidades exportadas em fevereiro representam queda de 14,1% frente ao mesmo mês do ano passado. Comparado com janeiro, os embarques cresceram 62,7%.

 

https://istoedinheiro.com.br/producao-de-veiculos-cresce-17-em-fevereiro-diz-anfavea/


Montadoras somam investimento recorde de quase R$ 100 bilhões até 2032

 


Nesta quarta-feira, 6, a Stellantis anunciou R$ 30 bilhões em aporte

 

Lula e Alckmin desfilam em Fábrica de São Bernardo da Volkswagen - Crédito: Divulgação/Ricardo Stucket/PR

 

Após o anúncio feito na quarta-feira, 6, pela Stellantis – dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM – de que irá investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030, as montadoras somam um investimento recorde de R$ 95 bilhões até 2032 no Brasil e região.

No entanto, as cifras podem ser ainda maiores. Pelos cálculos da Anfavea, entidade que representa a indústria automotiva, a previsão de aportes chega a R$ 117 bilhões até 2029.

Há dois meses, o governo Lula lançou um novo programa de apoio à indústria automotiva, o Mover, cuja regulamentação é esperada para este mês. Sucessor do Rota 2030, que terminou em dezembro de 2023, o Mover – acrônimo de Mobilidade Verde – vai liberar R$ 19,3 bilhões para as montadoras produzirem carros mais seguros e menos poluentes.

O programa, que vai até 2028, já surte efeitos, com os anúncios de investimentos pelas montadoras. Só nesta semana, em dois comunicados, o volume divulgado chega a R$ 41 bilhões, pois, além dos R$ 30 bilhões da Stellantis, a Toyota informou que deve investir R$ 11 bilhões também até 2030 para ampliação da oferta de automóveis híbridos flex. A montadora japonesa é pioneira nessa tecnologia, ao combinar um motor a combustão movido a gasolina e etanol com um elétrico, no Corolla, desde 2019.

Carlos Tavares e Emanuele Cappellano – Crédito: Divulgação

No caso da Stellantis, os investimentos são fruto não apenas do Mover, mas também da prorrogação dos incentivos regionais, que beneficiam sua fábrica em Pernambuco. Em novembro, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), disse que a manutenção dos estímulos – conquistada pela Stellantis após uma queda de braço com Volkswagen, GM e Toyota na tramitação da reforma tributária – assegurava pelo menos US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,4 bilhões) na operação da Stellantis na cidade de Goiana.

O Mover tem o objetivo de acelerar a eletrificação no País. Previsões de consultorias como a A&M e Bright Consulting indicam que até o fim desta década metade dos automóveis vendidos no Brasil terá algum grau de eletrificação. Na indústria, porém, ainda há uma avaliação de que será difícil alcançar essa marca.

Nesta semana, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que é preciso recuperar a indústria.

“O Brasil teve um processo de desindustrialização precoce ocasionado por juros altos, pelo câmbio e por impostos. Precisamos de iniciativas verdes e sustentáveis para descarbonização da matriz e formação de uma indústria exportadora.”

R$ 30 bi em descarbonização

Até 2030, o grupo Stellantis vai investir R$ 30 bilhões para lançar 40 produtos, entre novos modelos e a renovação do portfólio atual, incluindo seus primeiros carros híbridos produzidos no País.

A empresa não revela ainda quanto vai investir em cada marca, mas assegura que o plano é exclusivo do Brasil, onde a Stellantis produz em Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). Na Argentina, onde o grupo tem fábrica da Fiat e da Peugeot, estão previstos outros R$ 2 bilhões.

Neste ano, a montadora encerra um ciclo, iniciado em 2018, de R$ 16,2 bilhões. O novo pacote, que começa no ano que vem, prevê quatro novas plataformas (bases comuns para produção de diferentes modelos). Essas plataformas permitirão a produção de automóveis tanto híbridos flex – que combinam um motor elétrico com outro a combustão, movido a etanol e gasolina – quanto, no futuro, puramente elétricos, com baterias a princípio importadas.

A empresa anunciou que irá investir em uma tecnologia híbrida batizada de Bio-Hybrid, constituída por sistemas híbridos e híbridos plug-in (de carregamento na tomada), além de prever também o desenvolvimento de automóveis puramente elétricos. O lançamento do primeiro híbrido flex está previsto para o segundo semestre deste ano.

O anúncio do investimento foi feito primeiramente para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela manhã, no Palácio do Planalto, pelo CEO global da Stellantis, o português Carlos Tavares. No encontro, o executivo elogiou o programa Mover – sucessor do Rota 2030 -, classificado por ele como um programa “extremamente inteligente”. Mais tarde, em entrevista coletiva à imprensa, Tavares considerou que a América Latina se tornou uma região estável, e destacou que o Brasil é hoje um país que faz esforços para estabilizar sua economia, algo fundamental para a definição de novos investimentos.

Elétricos

A Stellantis tem como meta chegar a 2030 com os carros puramente elétricos representando 20% de suas vendas no Brasil. A eletrificação do portfólio está contemplada no volume de investimentos anunciado ontem.

Mas, com o ritmo de adoção dos carros elétricos avançando mais lentamente nos mercados emergentes do que nas economias desenvolvidas, a escala de produção é limitada, o que compromete a capacidade da indústria de oferecer novas tecnologias a preços mais acessíveis.

“Estamos assistindo neste momento a uma fragmentação do mundo e uma tendência em que a regionalização está cada vez mais forte, o que não é necessariamente uma coisa boa”, comentou Tavares.

“Os europeus querem veículos elétricos; os americanos ainda estão hesitando; aqui na América Latina temos o flex fuel; obviamente que os africanos não poderão pagar pelos veículos elétricos. Portanto, são necessárias soluções específicas a cada região”, acrescentou o executivo.

A saída para popularizar os carros elétricos, emendou Tavares, seria, então, vender a tecnologia com prejuízo, o que comprometeria a saúde financeira das empresas, com consequente risco de demissões. Por outro lado, subsídios a novas tecnologias esbarram no maior endividamento dos governos após os gastos extraordinários na pandemia.

Nesse sentido, o CEO da Stellantis disse que o biocombustível brasileiro, combinado a um motor elétrico em carros híbridos, permitirá que a eletrificação aconteça de forma acessível à classe média, ao contrário de outros mercados. O motor flex representa, conforme Tavares, uma solução que é tanto “amiga” do meio ambiente quanto acessível.

Entre as tecnologias contempladas pelos novos investimentos da Stellantis, em várias etapas de descarbonização, a montadora planeja aprimorar propulsores movidos apenas pelo etanol. Em todo o mundo, o grupo investe € 50 bilhões na transição energética.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CNI pede volta do BNDES em financiamentos de obras no exterior

 


Edifício sede do BNDES - Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saiu nesta quinta-feira, 7, em apoio à volta dos financiamentos de obras e serviços no exterior pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta, prevista em projeto de lei encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional, é polêmica pelos casos de inadimplência e de corrupção apontados pela operação Lava Jato em financiamentos do tipo.

Em seu posicionamento, a CNI considera que a aprovação do projeto seria um passo importante para a exportação de serviços brasileiros, em linha com o que já é feito pelos grandes exportadores mundiais.

Segundo a CNI, as exportações, tanto de bens quanto de serviços, são catalisadores de inovação, criação de emprego, diversificação econômica e aumento de renda.

“Esses fatores reforçam a importância das políticas públicas voltadas para o financiamento e garantias de crédito para as exportações”, sustenta a entidade.

A CNI observa que o apoio à exportação de serviços está paralisado desde 2015, especialmente para serviços de engenharia.

Citando dados que apontam para US$ 7,1 trilhões em serviços exportados no mundo, a CNI reforça que, com o apoio do BNDES, as empresas brasileiras teriam melhor condição de competir num mercado internacional em expansão.

Entre seus argumentos, diz que as exportações de serviços de engenharia favorecem também o comércio de bens com o exterior, uma vez que, mesmo após o fim dos projetos, a indústria brasileira segue fornecendo produtos de modo constante nos lugares onde as obras foram realizadas.

Conheça a proposta do vale-carne para beneficiários do Bolsa Família

 


Estudo consumo carne

Governo Lula estuda proposta de vale-carne para beneficiários do Bolsa Família (Crédito: Amanda Perobelli/Reuters)

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma proposta de “vale-carne” no valor de R$ 35 para as famílias beneficiadas do programa Bolsa Família, assim elas poderão comprar até dois quilos de carne bovina por mês.

Segundo o jornal “Estadão”, a ideia foi apresentada por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul ao ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, durante uma reunião no dia 17 agosto de 2023, na sede do ministério, em Brasília (DF). O nome provisório seria “Programa Carne no Prato”.

O ministro Paulo informou que repassou a proposta à Casa Civil e ao Ministério do Desenvolvimento Social. Os pecuaristas, entre eles Guilherme Bumlai, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), acreditam que a proposta pode beneficiar até 19,5 milhões de pessoas, criando a demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano.

Por meio de nota enviada à ISTOÉ, a Acrissul informou que a ideia do programa é a distribuição de um cartão exclusivo para que as famílias em situação de vulnerabilidade possam comprar carnes em redes conveniadas. “A nova demanda com o programa seria de 475 mil toneladas de carne bovina por ano. No ano passado, o Mato Grosso do Sul exportou 174 mil toneladas. Ou seja, a nova demanda representa duas vezes e meia a quantidade exportada pelo MS em um ano”, acrescentou.

Questionado pelo portal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ressaltou que recebeu a proposta do “Programa Carne no Prato”, que está em análise pela área técnica da pasta e será encaminhada para primeira avaliação pelos demais órgãos competentes.

Em janeiro deste ano, o Bolsa Família atingiu a marca de 21,12 milhões de lares atendidos, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social. Se cada uma dessas famílias recebesse R$ 35 adicionais para comprar carne, isso custaria cerca de R$ 8,8 bilhões por ano aos cofres públicos.