domingo, 5 de maio de 2024

Kora Saúde: acionistas controladores propõem saída voluntária do novo mercado e dispensa de OPA

 Kora Saúde sai a R$ 7,20 e vale R$ 5,5 bilhões - Brazil Journal


A Kora Saúde comunicou neste domingo, 5, que os acionistas controladores pediram a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar a proposta de saída voluntária da companhia do segmento especial de listagem da B3, chamado de Novo Mercado, com a dispensa da realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA).

Com isso, a Kora migraria para o segmento básico de listagem da B3. O pedido de assembleia incluiu também como pauta a reforma e consolidação do estatuto social da companhia, sujeita à aprovação da saída do Novo Mercado.

O comunicado não informou a data de realização da assembleia. Por ora, a direção da Kora se limitou a dizer que manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre o desenvolvimento do assunto.

A Kora é um dos maiores grupos hospitalares do País, com sete hospitais no Espírito Santo, dois no Tocantins e está presente ainda no Mato Grosso, Distrito Federal e Ceará.

Os controladores do grupo são os fundos Fuji Brasil Partners e Viso Advantage, detentores de 68,4% das ações. Eles enviaram uma carta à empresa na sexta-feira, 3, com as justificativas para os pedidos.

Na carta, eles afirmaram que a Kora, como outras empresas do setor de saúde, vem enfrentando um cenário difícil ao longo dos últimos anos, agravado pela crise financeira dos planos de saúde e da taxa elevada de juros no Brasil. “Devido à alavancagem atual da companhia, isso tem drenado parte fundamental da geração de caixa que deveria ser destinada à operação”, escrevem.

Na avaliação dos controladores, esses desafios foram intensificados nos últimos meses e têm pressionado a cotação das ações da Kora, que acumulam quedas de 34,62% desde o começo de 2024 e de 74,63% nos últimos 24 meses.

Busca por diversidade de gênero nas empresas gera polêmicas e alguns bons resultados

 

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A busca por diversidade de gênero e igualdade salarial ganhou mais espaço no debate público brasileiro desde o ano passado, gerou polêmica e alguns resultados. O burburinho em torno do terma ficou mais forte após o decreto que regulamentou, no final do ano passado, a transparência salarial (lei 14.611/2023). A lei obriga empresas com mais de cem empregados a publicarem relatórios semestrais sobre remuneração e diversidade dentro das equipes. A necessidade de políticas públicas que tratam do assunto tem levado também outros órgãos reguladores a se movimentarem no mesmo sentido, como é o caso de entidades que atuam no mercado de capitais.

Clara Serva, sócia da área de Empresas, Direitos Humanos e ESG do TozziniFreire Advogados, reconhece “avanços substanciais” nos últimos anos e lembra que, em julho de 2023, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o Anexo ASG da B3, que determinou que as companhias listadas devem eleger ao menos uma mulher e um “integrante de comunidade subrepresentada” para seus conselhos de administração ou diretorias estatutárias. As empresas precisam incluir, no Formulário de Referência, as medidas tomadas para atingir essa meta ou explicar por que não adotaram, mecanismo conhecido como “pratique ou explique”.

No caso da lei 14.611/2023, o tema tem gerado judicialização. Gabriela Lima, sócia da área de Direito Trabalhista e Previdenciário do TozziniFreire, explica que as críticas são relacionadas aos critérios usados pelo governo para a elaboração desses relatórios. Ela diz que muitas companhias têm pedido liminares na Justiça que as desobriguem de publicar os relatórios nos termos vigentes.

“O Ministério do Trabalho dividiu os cargos em grandes grupos de ocupação, mas comparou o salário do CEO com o dos gerentes, por exemplo. Isso gera uma distorção. Além disso, a Pasta pegou informações de 2022, quando a autodeclaração de raça não era obrigatória. Então a parte que fala sobre representação de pessoas negras muito provavelmente está equivocada”, diz a advogada.

Lima chama atenção também para o fato de muitos parâmetros de igualdade racial e de gênero já estarem previstos na Constituição Federal e na CLT. “Essas medidas recentes são super importantes, mas reforçam algo que já existia”, diz. Ela pontua que o artigo 461 da CLT já determinava que não pode haver diferença salarial em caso de funções idênticas no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção de gênero, etnia, nacionalidade ou idade.

Mercado americano

 Pelo menos desde 2015, o mercado financeiro americano também tem implementado políticas para fortalecer a diversidade e a governança dentro das empresas. Na época, a Security and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) e outras agências financeiras federais emitiram a Declaração Final de Política Interagências Estabelecendo Padrões Conjuntos para Avaliação das Políticas e Práticas de Diversidade das Entidades Reguladas.

O movimento veio juntamente com uma norma americana conhecida como Dodd-Frank Act, que obrigou, na seção 342, as agências regulatórias a criarem Departamentos para a Inclusão de Mulheres e Minorias (OMWI, na sigla em inglês). O Dodd-Frank foi editado em resposta à crise financeira de 2008 e teve com objetivo regular o mercado de capitais nos Estados Unidos.

Em busca de bons resultados

Como efeito cascata, algumas companhias também criaram departamentos internos para pensar a questão. É o que conta Shunda Robinson, vice-presidente sênior de Diversidade, Equidade e Inclusão da GM Financial, braço financeiro da General Motors.

“Se as mulheres eram maioria na empresa, por que os homens ocupavam mais cargos de poder?”, questiona Shunda, dizendo que essa foi a pergunta que a levou a implementar, em 2015, um programa de mentoria para acesso igualitário ao desenvolvimento de carreira dentro da GM Financial. Ela conta que não havia dúvidas de que a composição de gênero, há quase dez anos, lembrava a de uma pirâmide. “As mulheres estavam na base e os homens no topo”, afirmou a executiva em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Shunda reconhece que ainda falta avançar, mas comemora os progressos após a implementação do programa. Em 2023, as mulheres compunham 54% da equipe global e 35% da liderança. Já na filial brasileira, onde 50,4% são mulheres, a maioria (52%) dos cargos de chefia já é ocupado pelo gênero feminino. Os números locais são de abril de 2024.

‘Quanto mais diversidade, maior a percepção de risco’

Mas por que uma lei americana que objetivava a prevenção de crises considerou importante se esforçar para garantir a inclusão de mulheres no mercado de capitais? Clara Serva, da TozziniFreire, diz acreditar que a percepção de riscos mercadológicos é maior quanto mais diversas forem as organizações. “Se eu não sei identificar o que está nas entrelinhas, o que não foi dito, eu não consigo identificar o risco.”

Também há práticas que impactam diretamente o retorno financeiro. Cristina Kerr, presidente executiva (CEO, na sigla em inglês) da consultoria CKZ Diversidade, nota uma cobrança cada vez mais forte por políticas de governança dentro de cadeias produtivas. “Tem acontecido de fornecedores perderem o cliente, mesmo tendo o melhor produto do mercado, porque a organização não é diversa, por exemplo. E aí companhias maiores deixam de contratar”, explica.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Agrishow encerra com R$ 13,608 bilhões em negócios de máquinas e implementos, alta de 2,4%

 

Agrishow Oficial

A 29ª edição da Agrishow, considerada a maior feira do agronegócio da América Latina, alcançou o volume recorde de R$ 13,608 bilhões em intenções de negócios especificamente com máquinas e implementos agrícolas, informou a organização da feira em nota enviada a jornalistas. O crescimento foi de 2,4%, se comparado com a edição de 2023, quando foi registrado o montante de R$ 13,290 bilhões.

A organização cancelou no fim da manhã de hoje a coletiva de imprensa em que divulgaria o balanço dos resultados. O público foi o mesmo do ano anterior, destacou ainda o comunicado, de 195 mil pessoas.

“Mantivemos os visitantes e aumentamos as intenções de negócios. E esperamos que, para o próximo ano, o agronegócio brasileiro possa estar ainda mais forte e pujante”, afirmou o presidente da feira, João Marchesan, na nota, ressaltando o momento desfavorável de “clima, juros altos e falta de recursos controlados”.

Segundo ele, “a mobilidade e a infraestrutura da feira foram alguns dos destaques”. Ainda assim, o evento teve diversos imprevistos ao longo de seus cinco dias, que incluíram quedas de energia e dificuldades na entrada e na saída do complexo. No penúltimo dia, houve um acidente com um helicóptero que deixou dois feridos.

Em 2025, a Agrishow ocorrerá entre 28 de abril e 2 de maio.

Laticínio mineiro Bom Destino se prepara para expansão internacional

 


Comemorando 35 anos, empresa líder em laticínios de búfala no Brasil e na América Latina planeja crescer 40% em vendas

 

 

Os irmãos Marcelo e João Batista, que a partir de uma fazenda de leite criaram o quarto maior laticínio de búfalas no mundo (Crédito:Lucaa Loyola)

Os caminhos do empreendedorismo nem sempre são traçados com linhas retas. No caso dos irmãos pecuaristas Marcelo e João Batista Souza, fundadores da empresa Laticínios Bom Destino, no Distrito de Oliveira (MG), a morte do pai foi um marco. Ao lado da mãe, eles não apenas honraram o legado da família na produção de leite como deram início a um negócio promissor ao agregar a produção de queijos. No início, faziam muçarela com o leite de vaca que ordenhavam. Era tudo artesanal, na cozinha de casa, mas com todo carinho e dedicação. A ponto de obter o registro do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para montar uma pequena fábrica.

Quando ouviram falar do leite de búfala foi quase por acaso. Enxergando ali a oportunidade, decidiram atender aos pedidos de dois clientes de Belo Horizonte para fornecer mozzarella bufalina. Passados 35 anos, os irmãos comemoram uma história de sucesso e planejam um futuro ainda mais próspero. Para 2024, a expectativa é que as vendas cresçam 40%. E, depois de conquistar o Brasil, os irmãos se preparam para ganhar o mundo.

Hoje, o rebanho próprio soma cerca de 5 mil animais, distribuídos em duas fazendas de criação e quatro produtoras.
A capacidade de processamento da fábrica é de 1 milhão de litros de leite de búfala, em parte adquirido por meio de parcerias com produtores locais.
Isso permite produzir 260 toneladas mensais de laticínios — volume que garante à empresa a liderança de mercado do setor, tanto no Brasil quanto na América Latina, além de ser a quarta maior do mundo em produção e capacidade de processamento de laticínios de búfala.

A partir da mozzarella, a empresa criou um portfólio de 50 produtos que inclui queijos, manteiga, requeijão, iogurte, doce de leite e produtos sem lactose (Crédito:Divulgação )

SELO DE PUREZA

Segundo os irmãos, hoje o portfólio da empresa está distribuído em 50 itens, entre queijos dos mais diferentes tipos, coalhadas, iogurtes, manteiga, doce de leite e produtos zero lactose, garantidos pelo Selo de Pureza 100% Búfalo da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB).

O laticínio adotou um programa de criação responsável, com uma série de práticas para promover o bem-estar e a saúde dos animais. A preocupação se alinha às novas exigências de consumidores, que buscam não apenas laticínios mais leves e saudáveis como também práticas sustentáveis na criação.

A evolução nos negócios reflete o avanço da categoria. Segundo dados da ABCB, o volume de leite de búfala processado saltou de cerca de 9 milhões de litros em 2020 para mais de 17,5 milhões de litros em 2023.

 

 https://istoedinheiro.com.br/laticinio-mineiro-bom-destino-se-prepara-para-expansao-internacional/

Banco do Brasil tem R$ 3,2 bi em propostas na Agrishow e bate recorde para feiras

 Ficheiro:BB-logo1.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Banco do Brasil acolheu R$ 3,2 bilhões em propostas de negócios na edição 2024 da Agrishow, a maior feira de agronegócios do País, realizada em Ribeirão Preto (SP). O número é recorde na participação do banco em feiras. Neste ano, foram acolhidos até aqui R$ 11,9 bilhões em propostas nestes eventos, 20,2% a mais que no mesmo período do ano passado.

Líder em financiamento ao segmento agro no Brasil, o BB participa da Agrishow desde a primeira edição, em 1994, e neste ano, realizou 320 eventos pré-feira em cidades da região. Foram cerca de 100 funcionários atuando junto às principais revendas de maquinário.

A presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirma que o recorde é resultado do trabalho conjunto de várias áreas de negócio do banco.

“Assim, estamos contribuindo com o desenvolvimento do agronegócio e da agricultura familiar e, consequentemente, com o crescimento da economia brasileira”, diz ela, em nota.

A Agrishow termina nesta sexta-feira. A meta do BB era realizar R$ 3 bilhões em negócios durante todo o evento, mas esse objetivo já tinha sido alcançado na tarde de quinta, 2.

ONS aciona termelétricas e importa energia do Uruguai para atender o Rio Grande do Sul

 ONS


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) solicitou o despacho da termelétrica Canoas e a elevação da usina Pampa Sul à sua capacidade máxima de 345 megawatts (MW) para suprir a demanda energética do Rio Grande do Sul. As medidas ocorrem em meio aos fortes temporais no Estado esta semana.

Além disso, foi pedida a importação de energia do Uruguai, por meio da conversora Melo, com valores variando de 120 MW a 390 MW.

Em nota, o ONS informou que, no primeiro momento do grande volume de chuva, as ações foram direcionadas para garantir a segurança das usinas hidrelétricas das bacias dos rios Jacuí e Taquari-Antas. Além disso, o Operador segue monitorando a situação da UHE 14 de Julho, que teve situação de emergência decretada após o rompimento parcial de sua barragem, assim como a evolução do armazenamento dos reservatórios de outras hidrelétricas da região.

Petrobras investe R$ 20 milhões em pesquisa sobre hidrogênio branco

 

Análise: Governo assumiu gestão da Petrobras | Blogs CNN | CNN Brasil

A Petrobras anunciou que vai investir R$ 20 milhões em pesquisas sobre os processos de geração e viabilidade de extração do hidrogênio natural no Brasil, também chamado de hidrogênio geológico ou branco, que é produzido naturalmente na crosta terrestre. A Petrobras é a maior consumidora de hidrogênio cinza do Brasil, de origem fóssil, e vem buscando alternativas para descarbonizar seus processos de refino. A estatal também avalia a produção de hidrogênio verde, a partir da eletrólise.

O hidrogênio natural é considerado um potencial recurso de energia renovável, cuja utilização não gera gases de efeito estufa. Também pode ser encontrado nas profundezas da crosta oceânica ou em gases vulcânicos e sistemas hidrotermais.O trabalho de pesquisa sobre o tema ocorre desde outubro de 2023, inicialmente no estado da Bahia, com previsão de ser realizado em outros estados do País, informa a companhia.

Em março, a empresa promoveu o primeiro Workshop de Hidrogênio Natural, no Centro de Pesquisa (Cenpes), no Rio de Janeiro, reunindo estudiosos do Brasil e do exterior, com objetivo de capacitar o seu corpo técnico. Segundo a estatal, a realização das pesquisas e o teste de ferramentas para prospecção do hidrogênio natural envolvem parcerias com instituições e empresas nacionais e internacionais.

“O hidrogênio é uma das alternativas mais promissoras para o atingimento das metas de descarbonização. A Petrobras está, conforme previsto em seu Planejamento Estratégico, estudando a cadeia de valor do hidrogênio com estudos de projetos, parcerias estratégicas com foco no mercado de produtos e atividades de pesquisa e desenvolvimento”, disse em nota o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos José do Nascimento Travassos.

Segundo ele, os estudos em pesquisas referentes ao hidrogênio natural colocam a Petrobras na vanguarda na análise do potencial desta fonte no Brasil.

Os investimentos da Petrobras em pesquisa e desenvolvimento (P&D) previstos até 2028 para a economia de baixo carbono devem somar US$ 700 milhões, subindo de 15% do total de investimentos em P&D da Petrobras em 2024 para 30% ao final do período.