Diferente do Franuí, o Berry Bites tem outros sabores de fruta e zero açucar
O
Franuí, doce argentino que ficou conhecido no Brasil após viralizar nas
redes sociais ano passado, acaba de ganhar um concorrente brasileiro: o
BerryBites. O novo doce nacional já é vendido em mercados focados em
público de classe alta em São Paulo e Rio de Janeiro e deve chegar a
outras capitais em breve.
O viral do Franuí ocorreu em meio à
crise econômica argentina, que levou milhares de turistas brasileiros ao
país. Influenciadores digitais passaram então a compartilhar nas redes
sociais suas experiências conhecendo e provando o doce: uma framboesa
congelada banhada com duas camadas de chocolate, nos sabores branco/ao
leite ou branco/amargo.
O
BerryBites é semelhante, porém se diferencia por utilizar chocolate sem
açúcar. “Eu queria fazer uma comida indulgente, mas que não desse peso
na consciência”, explica Ricardo Cotrim, dono da empresa brasileira.
Além disso, o doce nacional estreia com duas opções de fruta, framboesa e
mirtilo, e com o projeto de lançar novos sabores em breve.
Outra
diferença é o tamanho, de 100 gramas por pote contra 150 gramas por
embalagem de Franuí. A ideia foi deixar o produto como uma porção
individual, além de reduzir custo. Enquanto o pote de Franuí é vendido
por cerca de R$ 35, o Berrybytes sai por R$ 25.
A escolha dos
mercados onde o produto começou a ser comercializado – São Paulo e Rio
de Janeiro – não foi aleatória. “Eles [os mercados] têm um público
jovem, preocupado com saúde, classes A e B, que priorizam produtos de
qualidade”, explica o empreendedor.
A ideia
Em
meio à “viralização” do Franuí, Ricardo conta que foi abordado pelo
dono de uma rede de supermercados. “Foi este cliente que me pediu,
porque ele tinha dificuldade para comprar o Franuí”, diz. “Eu estava
estudando uma empresa de alimentos, então eu pensei: dá pra fazer.”
Contrim
era então CEO de uma distribuidora de frutas, a BeBerry, que planta
mirtilos em uma fazenda na cidade de Amparo, interior de São Paulo. Na
mesma fazenda, havia uma estrutura fabril parada da Búfalo Dourado,
outra empresa de Cotrim, uma produtora de laticínios vendida há dois
anos para o fundo de investimentos Aqua Capital.
“Já tinha câmara
fria, a parte elétrica, a hidráulica, muito do investimento já estava
lá”, diz Cotrim. “A gente fez uma mini fábrica, um ‘laboratóriozinho’
para testar fazer o produto. Conseguimos fazer mil potes por dia naquele
momento.”
Com investimento de cerca de R$ 2 milhões, foi possível
entregar na metade de maio de 2024 um lote de 20 mil BerryBites para os
mercados Zona Sul, do Rio de Janeiro, e para as redes Casa Santa Luzia e
St. Marche, em São Paulo.
Próximos passos
Em junho novos
equipamentos começaram a chegar à fábrica e, até o mês de agosto,
Ricardo acredita que terá capacidade de produção de 80 mil unidades por
mês.
Também já foram iniciadas conversas com outras redes de
supermercados. Até o fim de julho, o produto deve estar disponível em
Curitiba (PR) e, pouco depois, será lançado em Belo Horizonte (MG).
A
expectativa de Ricardo Cotrim é ter um faturamento entre R$ 1,5 milhão a
1,8 milhão até dezembro. “É um caminho longo até lá”, afirma. No
primeiro mês, ele diz que faturou R$ 100 mil.
Quanto aos investimentos, ele planeja chegar a R$ 10 milhões nos próximos dois anos em itens como equipamentos e logística.
Para
o marketing, a BerryBites aposta em campanhas com influencers em redes
sociais e em degustação e material de divulgação nos pontos de venda.
“Para esse tipo de produto, é o que mais tem adequação”, diz Cotrim.
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