quinta-feira, 11 de julho de 2024

Santa Helena e +Mu lançam whey sabor Paçoquita

 


Paçoquita

As duas marcas também já possuem barras de proteína sabor paçoquita (Crédito: Divulgação)

A Santa Helena e a +Mu, marca que atua no mercado fitness, estão lançando o whey sabor Paçoquita. A novidade estará disponível nos supermercados e lojas de suplementos no início de agosto.

Esse é o segundo produto resultado da parceria entre as duas marcas. O primeiro foi a barra de proteína.

“A parceria com a +Mu segue forte e crescendo. O sucesso das barras de proteína foi tão grande que os consumidores nos provocaram nas redes por mais novidades”, explica Breno Carvalho, gerente executivo de marketing da Santa Helena Indústria de Alimentos.

Segundo o executivo, essa inovação amplia de forma relevante a presença da marca nas gôndolas de saudabilidade. O novo produto oferece 18g de proteínas por porção, não tem adição de açúcar, e é feito com Paçoquita de verdade.

“Essa colaboração não só junta a qualidade reconhecida das duas marcas, mas também celebra a mistura de sabores autênticos e a inovação em produtos nutricionais. O novo sabor promete surpreender os consumidores, mostrando nosso compromisso em oferecer produtos que combinem qualidade e sabor”, disse Rafael Bertoni, Gerente Senior de Marketing da +Mu.

De volta ao Shark Tank, Caito Maia aponta onde empreendedores mais erram

 


Caito Maia

Empresário diz que cenário do varejo nacional é desafiador (Crédito: Divulgação)

 

21O fundador da Chilli Beans Caito Maia está de volta como convidado ao time de empresários do Shark Thank Brasil. A nona temporada do programa tem a estreia prevista para o segundo semestre de 2024, mas ainda não tem data definida.

Em entrevista ao site IstoÉ Dinheiro, Maia dá um spoiler de que participou da gravação de dois programas da temporada e entrou como sócio de quatro negócios. E o empresário aponta onde mais os empreendedores erram: na hora de avaliar o quanto o negócio vale.

“Em seis anos que eu fiquei como participante fixo tiveram inúmeras oportunidades que eu queria entrar em negócios, mas não entrei porque o valuation era muito alto. Muitas pessoas poderiam ter saído de lá com um investidor se tivessem sido mais conscientes na hora de avaliar o negócio”.

A bancada dos tubarões fixos na nona temporada contará com a presença de: José Carlos Semenzato, Monique Evelle, Sergio Zimerman e Carol Paiffer.

Smart money: quando o dinheiro não é o mais importante

Uma das expressões bastante usadas no meio do empreendedorismo e no programa é o smart money, que quer dizer que além do dinheiro o empreendedor também deseja as conexões e a experiência daquela pessoa como sócio. Maia explica que os empreendedores precisam entender esse conceito para conseguirem fazer bons negócios de maneira estratégica.

“Muita gente fala que está atrás de smart money, mas muitas vezes nem sabe o que é isso. No smart money você não pega dinheiro, você pega a experiência daquela pessoa, que vale mais do que o dinheiro. Nesta temporada dois caras entraram pedindo R$ 1 e saíram com quase R$ 1 milhão”, revelou.

 

Crise no varejo nacional?

A nona temporada do programa tem uma ausência muito sentida entre os tubarões: a saída de João Appolinário, dono da Polishop. A varejista entrou em recuperação judicial no mês de maio deste ano com dívidas que chegam a R$ 352,1 milhões. Além da Polishop, Subway, Starbucks e Casa do Pão de Queijo são outras redes que entraram na Justiça com um pedido de recuperação judicial.

Apesar de reforçar que a Chilli Beans planeja crescer 15% no ano, Maia vê a atual conjuntura econômica como “desafiadora” por conta dos juros altos no país e do poder de compra do consumidor.

“A taxa de juros alta está achatando a rentabilidade do varejo. Um outro ponto é que muitos empréstimos que foram tomados durante a pandemia estão sendo pagos agora. Diante deste momento o varejista precisa adaptar o seu produto e os seus preços ao bolso do consumidor”, afirmou.

Empreendedorismo pop

Famoso por usar o seu carisma pessoal para falar sobre empreendedorismo, Maia critica os discursos dos coachs, que não vivenciam o dia a dia e os desafios que um empresário precisa superar. Apesar disso, ele acredita que programas como o Shark Tank são positivos para a democratização.

“Eu fico com muito orgulho disso. A gente lota ginásio, lota estádio falando disso e eu acho muito positivo. O Shark Tank mostrou para as pessoas um caminho e, mais do que encorajar, deu um conteúdo técnico para elas. O programa foi muito importante nesse processo”, avaliou.

Eve Air Mobility construirá cinco novos protótipos do “carro voador”

 


Eve Air Mobility construirá cinco novos protótipos do "carro voador"
(Foto: Divulgação / Eve Air Mobility)

 

 

A Eve Air Mobility, anunciou nesta quarta-feira (10), que planeja construir mais cinco protótipos da do seu eVTOL (Veículo elétrico de decolagem e aterrissagem vertical), conhecidos como protótipos conformes. A subsidiária da Embraer já havia apresentado em maio deste ano, as primeiras imagens do primeiro protótipo do “carro voador” construído em escala real.

De acordo com a empresa, a aeronave foi projetada com precisão para ser ao mesmo tempo forte e flexível, com prioridade máxima para a segurança dos passageiros. Estes protótipos terão a mesma qualidade e características das versões comerciais das aeronaves, e que deverão passar por testes rigorosos, incluindo campanhas de testes de voo, para garantir que estejam prontos para voar com total segurança.

Eve Air Mobility construirá cinco novos protótipos do "carro voador"
(Foto: Divulgação / Eve)

Saiba mais sobre o “carro voador”

Primeiro vertiporto da América Latina será instalado em São José dos Campos

Azul e Gol iniciam venda de 40 rotas compartilhadas pelo Brasil; veja os novos itinerários

 


As companhias aéreas Azul e Gol informaram nesta quinta-feira, 11, que iniciaram o acordo de cooperação comercial que conecta as malhas de ambas as empresas por meio de um acordo de compartilhamento de voos.

A partir desta quinta, 40 rotas não sobrepostas estarão disponíveis para vendas nos canais das empresas, com previsão de adição de outras ao longo das próximas semanas. O acordo foi anunciado pelas empresas no final de maio.

Em nota, o presidente da Azul, Abhi Shah, destaca que o acordo (ou codeshare) representa um crescimento exponencial da conectividade. “A parceria entre a Azul e GOL é a maneira mais rápida para fomentar as viagens aéreas dentro do Brasil”, diz.

20 rotas disponíveis

Nos canais de vendas da Azul, já estão disponíveis 20 itinerários operados pela Gol: Belém (PA) – Rio Branco (AC), Confins (MG) – São José dos Campos (SP), Curitiba (PR) – São José dos Campos (SP), Juazeiro do Norte (CE) -Galeão (RJ), Recife (PE) – São José dos Campos (SP), Uruguaiana (RS) – Brasília (DF), Viracopos (SP) – Boa Vista (RR), Viracopos (SP) – Porto Velho (RO), Viracopos (SP) – Rio Branco (AC), entre outras.

Juntas, Azul e GOL possuem cerca de 1.500 decolagens diárias. Com o início do codeshare, mais de 2.700 oportunidades de viagens com apenas uma conexão serão criadas dentro do Brasil.

Carne, queijo, remédios, pão, bebidas: veja produtos que pagarão menos, mais ou zero de imposto

 


Dieese: São Paulo tem a cesta básica mais cara do país

O texto da regulamentação do projeto da reforma tributária foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira, 10. A proposta, além de estabelecer uma trava para a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que não deverá ultrapassar 26,5%, ela amplia a cesta básica com imposto zero e o alcance do mecanismo de devolução de parte dos impostos, chamado “cashback”.

trava passaria a valer a partir de 2033, depois do período de transição da reforma tributária, que começa em 2026. Caso a alíquota ultrapasse o limite, o governo seria obrigado a formular, em conjunto com o Comitê Gestor do IBS, um projeto de lei complementar com medidas para reduzir a carga tributária.

Os novos tributos – IBS, CBS e IS (ver abaixo) – vão substituir cinco em vigor, após um período de transição que começará em 2025, com uma nova etapa em 2027, depois 2029 e, então, em 2033, quando o novo sistema tributário entrará totalmente em vigor.

Veja o que mudou na tributação de alguns produtos

Isenções

Carnes

Os produtos de proteína animal, carne de gado ou frango – foram o principal ponto de debate no texto da regulamentação da reforma tributária. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o setor de alimentos, incluindo a bancada do agronegócio, defendiam que a carne fosse incluída na cesta básica para terem isenção de imposto. O texto apresentado pelo relator na Câmara, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), não incluía o produto na cesta isenta.

Contudo, após a votação do texto-base, no período de análise dos destaques, o próprio relator mudou o texto e incluiu as carnes na cesta básica. Assim, os produtos de proteína animal passam a fazer parte da lista de produtos que compõem a cesta básica, e, portanto, terão alíquota zero de IBS e CBS.

Peixes, queijos e sal

A carne de peixe, assim como o queijo, que estão na categoria de proteína, também foram incluídos pelo relator na cesta básica com alíquota zero para IBS e CBS. O relator incluiu ainda o sal, pois, “também é ingrediente na culinária brasileira”, disse o deputado.

Absorventes

Os absorventes também terão alíquota zero. Na versão original do projeto, eles estavam na lista de alíquota reduzida de 40%.

A tributação dos produtos da cesta básica ficou assim:

Tributação dos produtos da cesta básica definida na regulamentação da reforma tributária
Reprodução/Agência Câmara de Notícias

Reduções

Medicamentos

A proposta aprovada ampliou a lista de alíquotas reduzidas para todos os medicamentos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os medicamentos produzidos em farmácia de manipulação.

Os deputados retiraram o citrato de sildenafila, medicamento para impotência sexual popularmente conhecido como Viagra, da lista de medicamentos com alíquota zero. O princípio ativo passará a pagar 40% da alíquota cheia. A tadalafila, outro princípio ativo usado para tratar disfunções eréteis, continuará com o IVA reduzido, na mesma categoria do Viagra.

Pão de forma

Na lista de redução de 60% de tributo, o relator acrescentou pão de forma e extrato de tomate.

O texto incluiu ainda na alíquota zero o óleo de milho, a aveia e farinhas, sem especificar, no entanto, quais. Algumas continuam na tabela de redução de 60%, como a de milho.

Pets

O texto incluiu redução de alíquota de planos de saúde de animais domésticos, os pets, reduzida em 30%. “O GT [Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados] achou por bem incorporar a proposta equiparando, resumidamente, o plano de saúde à situação fiscal do veterinário, que tem um desconto. Esse desconto se reflete no plano de saúde animal, que vai ficar mais barato”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao explicar a inclusão dos pets.

Aumento

Bebidas alcoólicas, açucaradas, cigarros, carros….

A reforma tributária criou o Imposto Seletivo, chamado de “Imposto do Pecado”, pois irá incindir sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. A lista inclui:

•    cigarros;
•    bebidas alcoólicas;
•    bebidas açucaradas;
•    embarcações e aeronaves;
•    extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural;
•    apostas físicas e online;
•    carros, inclusive os elétricos

O Imposto Seletivo substituirá parcialmente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A regulamentação da reforma tributária

O projeto regulamenta diversos aspectos da cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo (IS), que substituirão o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e parcialmente o IPI.

Pela proposta, a alíquota média de referência da nova tributação, que é a soma do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de estados e municípios e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) federal, será 26,5%. Vários setores, porém, terão descontos na alíquota referencial ou isenção total, como a cesta básica.

Os novos tributos vão substituir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS). Após a aprovação, a nova legislação entrará em vigor em etapas: parte em 2025, depois 2027, 2029 e 2033, quando o novo sistema tributário entrará totalmente em vigor.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária sobre bens e serviços foi aprovada pelo Congresso no fim do ano passado, após inúmeras tentativas nos últimos 30 dias para tentar desatar o nó tributário que pesa hoje sobre cidadãos e empresas. Agora, houve a regulamentação do que foi aprovado anteriormente. O governo ainda vai apresentar ao Congresso uma proposta para mudar a tributação sobre renda e patrimônio.

*Com informações de Agência Câmara de Notícias, Reuters e Estadão Conteúdo

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Entenda os principais pontos do projeto que regulamenta a reforma tributária

 


Meta dos pedidos de empréstimo se destinam a pagar dívidas e empreender, aponta fintech

A Câmara dos Deputados colocou em votação nesta quarta-feira, 10, o projeto que regulamenta a reforma tributária. Por 336 votos a favor e 142 contra – e duas abstenções – os parlamentares aprovaram o texto-base do projeto. Foram mais de 8 horas de discussão em Plenário.

Os deputados ainda precisam votar os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de fazer outras mudanças no substitutivo do relator, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

O relatório final foi apresentado na semana passada pelo grupo de trabalho composto por deputados federais para analisar o texto proposto pelo governo federal ainda em abril.

A regulamentação da reforma tributária

O projeto regulamenta diversos aspectos da cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo (IS), que substituirão o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e parcialmente o IPI.

Pela proposta, a alíquota média de referência da nova tributação, que é a soma do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de estados e municípios e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) federal, será 26,5%. Vários setores, porém, terão descontos na alíquota referencial ou isenção total, como é o caso da cesta básica.

Os novos tributos vão substituir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS). Após a aprovação, a nova legislação entrará em vigor em etapas: parte em 2025, depois 2027, 2029 e 2033, quando o novo sistema tributário entrará totalmente em vigor.

São definidos os percentuais de redução para vários setores e produtos, além de benefícios tributários, como crédito presumido, reduções de base de cálculo, imunidades, isenções e outros incentivos.

 

A versão votada apresentou mudanças como:

  • devolução de 100% da CBS da energia, água e gás para pessoas de baixa renda;
  • alíquota máxima de 0,25% para os minerais – contra o máximo de 1% estipulado pela emenda constitucional;
  • redução de 30% nos tributos para planos de saúde de animais domésticos;
  • todos os medicamentos não listados em alíquota zero contarão com redução de 60% da alíquota geral;
  • e turista estrangeiro contará com devolução dos tributos por produtos comprados no Brasil e embarcados na bagagem.

Veja os principais pontos do projeto:

Cashback

O texto que regulamenta os novos impostos manteve as regras para a devolução do imposto para as pessoas mais pobres, o chamado cashback, para água, esgoto e energia. Pelo texto, o IBS e o CBS serão devolvidos às pessoas integrantes de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.

A regulamentação do cashback estabeleceu que a devolução de tributos beneficiará famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e as inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Quem estiver em uma dessas duas categorias será automaticamente incluído no programa. Uma lei ordinária definirá o funcionamento do programa.

Pela proposta, o cashback será de 100% para a CBS e de 20% para o IBS, na aquisição do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP); 50% para a CBS e 20% para o IBS, nas operações de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural; de 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. O texto também abre a possibilidade de que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios aumentem os descontos previstos na lei.

O texto prevê ainda a incidência do split payment, mecanismo no qual o valor pago do IBC e CBS por um comprador é automaticamente dividido entre o vendedor e as autoridades fiscais no momento da transação. Segundo os deputados, o mecanismo reduz a possibilidade de sonegação fiscal e melhora a eficiência da arrecadação tributária.

Cesta básica e carnes

O relatório de regulamentação da reforma tributária ampliou a cesta básica nacional com alimentos isentos de tributos de 15 itens para 18 itens. O texto incluiu óleos de milho, aveia e farinhas na cesta com alíquota zero do IBS e da CBS.

Pela lista, terão alíquota zero arroz; leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica; manteiga; margarina; feijão; raízes e tubérculos; cocos; café; óleo de soja e óleos de babaçu; farinha de mandioca; farinha, grumos e sêmolas, de milho e grãos esmagados ou em flocos, de milho; farinha de trigo; açúcar; massas alimentícias; pão do tipo comum (contendo apenas farinha de cereais, fermento biológico, água e sal); óleos de milho; aveia e farinhas.

O sal e os sucos naturais sem açúcar ficaram fora da cesta básica. A bancada do agronegócio articulava também a inclusão do molho de tomate e das carnes, que também não entraram na cesta básica.

Apesar de o presidente Lula ter defendido a inclusão de carnes “populares” na cesta básica nacional, que terá isenção de IVA, o grupo de trabalho deixou esses alimentos fora da cesta. Dessa forma, as carnes de boi e de frango vão pagar 40% da alíquota cheia do IVA, como previsto no texto enviado pelo governo.

Caso a alíquota cheia fique em 26,5%, as carnes pagariam 10,5% de imposto, assim como diversos alimentos e insumos agropecuários com alíquota reduzida. Segundo o grupo de trabalho, caso as carnes fossem incluídas na cesta básica, a alíquota do IVA poderia subir para até 27,1%, o que tornaria o Brasil o país com a maior alíquota desse tipo de imposto, superando a Hungria, que cobra 27%.

Medicamentos e absorventes

Em relação aos medicamentos, o texto original do governo previa uma lista de 343 princípios ativos com isenção de imposto e 850 com alíquota reduzida para 40% do valor total, pagando 10,6% de IVA, em vez de 26,5%. O texto  ampliou a lista de alíquotas reduzidas para todos os medicamentos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os medicamentos produzidos em farmácia de manipulação. A quantidade de substâncias isentas de tributos ficou então em 383 e a quantidade de princípios ativos com alíquota reduzida permaneceu em 850.

Os deputados retiraram o citrato de sildenafila, medicamento para impotência sexual popularmente conhecido como Viagra, da lista de medicamentos com alíquota zero. O princípio ativo passará a pagar 40% da alíquota cheia. A tadalafila, outro princípio ativo usado para tratar disfunções eréteis, continuará com o IVA reduzido, na mesma categoria do Viagra.

Em contrapartida, os absorventes, que na versão original do projeto estavam na lista de alíquota reduzida de 40%, passarão para a alíquota zero.

Imposto Seletivo

Também apelidado de imposto do pecado, o Imposto Seletivo teve a lista de produtos ampliada pelo grupo de trabalho. O tributo, que substituirá parcialmente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), passará a incidir sobre carros, incluindo os elétricos, e apostas.

Em troca, os parlamentares não incluíram a cobrança sobre caminhões, armas e munições. Durante a tramitação da PEC, o Imposto Seletivo sobre armamentos e munições foi retirado do Imposto Seletivo. Parlamentares e entidades da sociedade civil tentarão reincluir a tributação sobre os armamentos durante a tramitação.

Agora, a lista de produtos com Imposto Seletivo é composta por:
•    cigarros;
•    bebidas alcoólicas;
•    bebidas açucaradas;
•    embarcações e aeronaves;
•    extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural;
•    apostas físicas e online;
•    carros, incluindo os elétricos

Nanoempreendedor

Os deputados criaram a figura do nanoempreendedor, que não existe na legislação brasileira. A categoria é composta por empreendedores que faturam R$ 40,5 mil anualmente (R$ 3.375 mensais) que poderão escolher entre ficar no Simples Nacional, regime simplificado para micro e pequenas empresas cumulativo (com taxação em cascata), ou migrar para o IVA, que tem alíquota maior, mas não é cumulativo.

Pelo texto proposto, o nanoempreendedor que migrar para o IVA deixará de recolher para a Previdência Social. Atualmente, o empreendedor com o menor volume de receitas são os microempreendedores individuais (MEI), que faturam até R$ 81 mil anuais e contribuem para a Previdência. Dessa forma, o volume de receita para definir o nanoempreendedor equivale à metade do MEI.

*Com informações de Agência Câmara de Notícias, Reuters e Estadão Conteúdo

Relator cede na última hora e faz acordo para carne na cesta básica com imposto zero

 Deputado Federal Reginaldo Lopes - Portal da Câmara dos ...


O relator do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), cedeu na última hora e decidiu apoiar a inclusão da carne na cesta básica com imposto zero. A medida, defendida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o principal impasse político da proposta.

“Estamos acolhendo no relatório da reforma todas as proteínas. Carnes, peixes, queijos e, lógico, o sal, porque o sal também é um ingrediente na culinária brasileira”, disse Lopes, no plenário. O PL havia apresentado um destaque para incluir a carne na cesta básica. Esse destaque será ainda votado e deverá ser aprovado, com apoio do relator, do governo e do PT, que estavam antes estavam contrários.

Representantes do setor de carne, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira dos Frigoríficos Brasileiros (Abrafrigo) e outros executivos da indústria de alimentos, aplaudiram a decisão no plenário.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a afirmar a aliados nesta quarta-feira, 10, que isentar as carnes seria “loucura” e que era preciso acabar com a disputa política em torno da medida. Na avaliação de Lira, a cesta básica beneficia tanto pobres quanto ricos e que, por isso, o melhor seria focar no cashback, o mecanismo de devolução de impostos para pessoas de baixa renda.