quarta-feira, 17 de julho de 2024

Comissão do Senado adia para agosto análise da PEC da autonomia financeira do BC

 


Sede do Banco Central em Brasília

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, em sessão nesta quarta-feira, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central, prevendo retomada do debate sobre o tema em agosto, após o recesso parlamentar.

O adiamento ocorreu a pedido do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para quem houve avanço nas negociações sobre o tema nos últimos dias, mas o texto ainda “não está completo”. Respaldado por outros membros da comissão, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), acatou o pedido.

“Se sairmos dos extremos, do debate político e ideológico, e construirmos um caminho de centro, que é institucional, é o cerne da proposta, conseguiremos os 49 votos necessários para aprovar o texto no Senado e 308 na Câmara”, disse Alcolumbre.

Nesta semana, o governo sugeriu a parlamentares que o BC passe a arcar com custos do programa de seguro rural Proagro caso a instituição saia do Orçamento geral da União como previsto na proposta. Atualmente, a autoridade monetária administra o Proagro, que é custeado com recursos do Tesouro.

Uma fonte com conhecimento do assunto já havia afirmado à Reuters que a proposta envolvendo o Proagro era parte da estratégia do governo de postergar o debate com a inserção de uma espécie de bode na sala, já que sem acordo não haveria votação do texto na CCJ.

Na sessão da comissão, o relator da matéria, senador Plínio Valério (PSD-AM), disse que foi procurado pelo governo com sugestões de mudanças no texto apenas nesta quarta, o que inviabilizaria uma análise mais aprofundada.

Wagner voltou a afirmar nesta quarta que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não é contra a autonomia financeira do BC, mas não concorda com pontos do texto. Um deles é a transformação da autarquia em empresa pública.

A interpretação do governo é que a nova regra mudaria a forma de contabilização dos fluxos de recursos entre BC e Tesouro, passando a impactar o resultado primário do governo, o que inviabilizaria o cumprimento do arcabouço fiscal. Atualmente, o Tesouro cobre eventuais resultados negativos da autoridade monetária, mas os fluxos são contabilizados como despesa financeira, não primária.

Os resultados negativos do BC decorrem principalmente de suas operações cambiais, que são afetadas por contratos de swap e flutuações nas reservas internacionais do Brasil. No ano passado, o resultado do BC foi negativo em R$ 114 bilhões.

A proposta agora adiada, que dá um passo além da autonomia operacional do BC, em vigor desde 2021, é defendida pela maioria dos membros da diretoria da autoridade monetária, mas criticada pelo governo Lula.

O texto altera o regime jurídico da autarquia para transformá-la em empresa pública de natureza especial com autonomia orçamentária e financeira. Com a medida, o orçamento do órgão seria financiado por receitas próprias, deixando de depender de repasses do Tesouro.

Lula vinha fazendo reiteradas críticas ao BC e ao modelo de autonomia operacional, com foco em ataques contra o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Jair Bolsonaro. O presidente interrompeu as críticas nas últimas semanas em meio a uma rápida desvalorização do real, que refletia em parte as incertezas geradas por suas declarações.

A PEC da autonomia financeira também já foi alvo de questionamentos do ministro de Haddad, que disse em março que não concordava com pontos do texto e que o BC deveria ter dialogado com o governo antes de sair em defesa da proposta.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Eneva compra termoelétricas do BTG e fará oferta de ações de até R$ 4,2 bilhões

 ENEVAINICIATIVAS QUE FOMENTAM O DESENVOLVIMENTO LOCAL ...


A empresa de energia Eneva anunciou nesta terça-feira, 16, a assinatura de um memorando de entendimentos para a compra de participação do banco BTG em quatro usinas termoelétricas. Além disso, a empresa informou ter contratado o BTG Pactual, o Itaú BBA e o Bradesco BBI para realizar uma oferta pública de ações (follow-on). O valor proposto inicialmente é de R$ 3,2 bilhões, com a possibilidade de um lote adicional de ações, o que elevaria o valor a até R$ 4,2 bilhões.

As usinas que estão sendo adquiridas pela Eneva são Tevisa, Povoação, Gera Maranhão e Linhares. Em fato relevante, a empresa diz que as operações, se concretizadas, oferecem sinergias, ganhos de eficiência e possibilidades adicionais de crescimento para o grupo.

O memorando assinado com a Holding BTG prevê a incorporação integral pela Eneva da térmicas Tevisa (em Viana, ES) e Povoação (em Linhares, ES), por um valor total de R$ 1,765 bilhão – correspondente a R$ 611 milhões da Tevisa e R$ 1,154 bilhão da Povoação. A Tevisa tem capacidade de geração total de 212,1 MW, e Povoação, de 74,9 MW.

No caso da Gera Maranhão (em Miranda do Norte, MA, com capacidade de geração de 330 MW), a aquisição é dos 50% que o BTG detém na usina. As partes acordaram que a Eneva deverá pagar o valor de R$ 285 milhões à Holding BTG pela aquisição da participação, bem como, se for o caso, uma parcela contingente de preço em um valor que pode chegar a R$ 126 milhões.

Nos termos do atual acordo de acionistas da Gera Maranhão, os demais acionistas daquela companhia possuem direito de primeira oferta e direito de tag along com relação às ações de emissão da Gera Maranhão detidas pela Holding Participações. O preço Gera Maranhão poderá ser ajustado em decorrência dos resultados encontrados na auditoria da Gera Maranhão em andamento.

No caso da térmica Linhares (também em Linhares, ES, com capacidade de geração de até 242 MW), o negócio será fechado com o fundo FIP BDIV, gerido pelo BTG. Nos termos do Memorando de Entendimentos, as partes acertaram que a Eneva deverá pagar ao FIP o valor de R$ 206 milhões pela aquisição das Debêntures Linhares, “a ser ajustado pela curva de juros até a data de fechamento”; e R$ 650 milhões pela aquisição da Participação Linhares, “bem como, se for o caso, uma parcela contingente de preço em valor que pode chegar a R$ 103 milhões, sujeita ao êxito na antecipação do contrato de reserva de capacidade e a potencial recontratação da usina no próximo leilão de reserva de capacidade”.

Verve: fundo 2 vai investir US$ 10M em startups “made in Brazil”

 

Quando criou o primeiro fundo, a Verve Capital tinha o objetivo de ser agnóstica, inclusive na geografia. A gestora assinou cheques para startups early stage no mundo todo, incluindo Ásia e Europa, mas percebeu que, se quisesse fazer a diferença, teria que se voltar para dentro de casa. Em meio à captação para o seu segundo fundo, os sócios da gestora, Marcelo Franco e Gabriel Farme, contam que o foco agora será nas empresas brasileiras.

“Logo no começo, a gente percebeu que onde fazia diferença como primeiro investidor era realmente no Brasil. É a nossa jabuticaba, que a gente conhece bem. Gostamos de identificar problemas reais, que tenham fit com a região. Então, no novo fundo, teremos 95% dos investimentos no Brasil e vamos deixar 5% para participar como followers lá fora, na América Latina”, explica Marcelo.

O fundo 2 da Verve espera concluir este ano a captação de US$ 10 milhões para investir em até 25 startups brasileiras, num período de quatro anos. Os cheques serão de US$ 200 mil a US$ 500 mil por empresa. A expectativa é fazer de quatro a seis investimentos ainda este ano.

A busca continua sendo por startups em estágio inicial, que ainda não tenham recebido aportes de VCs. Apesar de serem agnósticos, os investidores dizem ter mais afinidade com os setores de fintechs e retail. Segundo a Verve, o fundo 2 está próximo de 60% do capital planejado e já captou quase US$ 6 milhões.

“Como a gente está bem no começo dessas jornadas, existem as tendências. Há algum tempo atrás, só se falava em marketplace, hoje é inteligência artificial. Queremos ir surfando nessas microtendências, e separar o que é hype do que faz sentido. O que nos interessa é saber o que está sendo feito em soluções para problemas locais”, afirma Marcelo.

Micro VC

O lançamento do novo fundo ocorre num momento em que a Verve passa a se posicionar como micro VC. A ideia, de acordo com Gabriel, é que sejam fundos com período de investimento mais curto e retornos mais baixos, com um formato mais próximo do investimento anjo.

“Tecnicamente, são fundos com menos de US$ 100 milhões under management. No Brasil, acho que seria até US$ 10 milhões e focados em early stage. É um formato um pouco diferente do que existe no mercado porque a gente não precisa de retornos de 100 ou 200 vezes. Como somos os primeiros cheques, a partir de série B já é janela de oportunidade para desinvestir. A gente entra pra ajudar do zero ao 1, pra ajudar nos primeiros 12 a 24 meses”, aponta Gabriel.

A estratégia pode fazer sentido neste momento de falta de liquidez no mercado, com investidores aguardando novos exits para recuperarem o apetite pelas rodadas. Para Marcelo, a escassez de recursos no mercado tem sido positiva para a formação de empreendedores resilientes, que estão “dispostos a encarar a jornada”. No entanto, é preciso haver saídas para que o capital se recicle.

“Cheques muito grandes resolvem o problema de captação, mas por outro lado são super passivos. Este não tem sido um momento fácil de captar, e como um micro VC há prós e contras. Por ser um fundo pequeno, não conseguimos atingir investidores grandes, como fundos de pensão. Temos que ter mais LPs, com cheques menores. Porém, esses LPs são, muitas vezes, executivos de grandes bancos e empresas que acabam se tornando parte do nosso ecossistema”, destaca Marcelo.

Para a Verve, uma das vantagens de ser um micro VC é poder manter uma relação mais próxima com os investidores, criando, inclusive, conexões entre essas pessoas e os fundadores, o que pode se refletir em rodadas de investimento maiores no futuro.

“A gente conta com essa ajuda deles e tem casos de investidores que conseguiram facilitar o contato de algum empreendedor com um cara que ele estava buscando há seis meses. Uma das vantagens do micro é poder dar acesso à indústria do VC para pessoas que querem participar dessa indústria. Estamos muito animados com esse novo momento do mercado”, diz Gabriel. 

 

 https://startups.com.br/dealflow/verve-fundo-2-vai-investir-us-10m-em-startups-made-in-brazil/

 

Quem é o empresário de Recife que passou a deter fatia de 12,5% da Americanas

 

Lojas | ParkShopping - LOJAS AMERICANAS


Lojas Americanas em Brasília

Por Luciana Magalhães

 

SÃO PAULO (Reuters) – O investidor e educador pernambucano Inácio de Barros Melo Neto, detentor de 12,5% das ações ordinárias da Americanas, pode elevar ainda mais sua participação na companhia, embora não tenha pretensão de se tornar seu controlador, disse ele nesta segunda-feira, em entrevista à Reuters.

“Eu acredito que a empresa vá mudar de patamar. Se o valor da ação baixar, eu posso comprar ainda mais”, disse Melo Neto em entrevista por telefone.

O nome do investidor veio a público depois que a Americanas anunciou, na noite de sexta-feira, que ele passou a deter 113 milhões de ações da varejista, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Morador de Recife, o bacharel de Direito, de 44 anos, é empresário do ramo da educação e dirige a Faculdade de Medicina de Olinda, que foi fundada por sua família.

Ele contou na entrevista à Reuters que começou a investir em bolsa de valores em 2020 e atualmente detém apenas ações da Americanas em seu portfólio, por acreditar na retomada da varejista, que pediu recuperação judicial em 2023 depois da descoberta de uma fraude contábil bilionária.

O empresário estima que no último ano e no meio tenha desembolsado mais de 50 milhões de reais na compra de ações da companhia.

Sem experiência prévia em bolsa, segundo ele, Melo Neto contou que vem estudando a área de renda variável há algum tempo e que acredita na capacidade financeira dos principais acionistas da Americanas, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

No início do mês, a companhia divulgou que que esses três acionistas e seus afiliados passariam a deter 49,2% das ações da Americanas após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, o trio detinha 30,12% da Americanas.

“Meu objetivo é vender as ações no futuro e lucrar, mas eu não tenho nenhuma pressa“, disse Melo Neto, que contou não conhecer pessoalmente nenhum dos três acionistas de referência da companhia, embora tanto ele quanto Lemann sejam investidores na área de educação.

Melo Neto disse que chegou a comprar ações da Americanas quando elas estavam valendo cerca de 0,40 real. Na segunda-feira, a ação da companhia fechou cotada em 0,62 real.

A investigação policial da fraude contábil da Americanas continua em andamento e existem dúvidas em relação a como a empresa vai sair deste processo, uma vez que o impacto financeiro e reputacional foi muito grande e que o setor de varejo brasileiro é muito competitivo e ágil, disse à Reuters André Pimentel, sócio da Performa Partners, que participou da reestruturação da varejista no início dos anos 2000.

 

(Por Luciana MagalhãesReportagem adicional de Alberto Alerigi Jr.Edição de Pedro Fonseca)

Privatização da Sabesp: Equatorial é confirmada como investidora que ficará com fatia de 15%

 

Municípios paulistas aprovam contrato único com Sabesp, em ...

A Equatorial Participações e Investimentos foi confirmada pelo governo do estado de São Paulo como investidora estratégica na Sabesp.

O fato ocorre após a empresa cumprir as exigências previstas no prospecto da oferta pública para adquirir o bloco prioritário de 15% das ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.

“A conjugação da reconhecida gestão e governança da Equatorial com a expertise de construção e operação no setor de saneamento do qualificado corpo técnico da Sabesp contribuirá com o alcance da universalização, de forma antecipada, levando o serviço para quem hoje não tem acesso”, disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, à imprensa.

Na segunda-feira, 15, encerrou o período do chamado “bookbuilding”, ou seja, quando investidores de diferentes perfis, inclusive pessoas físicas, funcionários e aposentados da Sabesp, puderam fazer suas intenções de investimento em 17% das ações da própria pertencentes ao estado.

Segundo o governo paulista, o book foi concluído com o atingimento da cobertura mínima, isto é, o volume de sobre demanda mínimo com base nas ordens recebidas dos investidores.

Agora, a oferta vai para a fase de precificação, quando será apurado o preço e o volume finais da oferta.

A expectativa é de que o resultado seja anunciado na quinta-feira, 18 de julho. A liquidação da oferta pública está prevista para o dia 22 de julho.

Nos 30 anos do Real, Mercado Pago lança cédula celebrativa

 

Nos 30 anos do Real, Mercado Pago lança cédula celebrativa ...




Em campanha educacional, o banco digital traz a personagem Mari, criada com IA para contar a história e a evolução do uso do dinheiro




EXAME Solutions

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O real completa três décadas de existência em 2024, e neste triênio, a moeda oficial brasileira e o sistema financeiro evoluíram. Lançado em 1994, o Plano Real é um marco para a economia do país por ter colocado ponto final na hiperinflação, que superava 2.500% ao ano nas décadas de 1980 e 1990.

Embora a moeda tenha perdido poder de compra nesse ínterim, a inflação está mais “domada” (em anos ruins, sobe 10% em intervalos de 12 meses). Em celebração às transformações no relacionamento com o dinheiro, o Mercado Pago, banco digital do Grupo Mercado Livre, acaba de lançar uma campanha educacional protagonizada por Mari, uma personagem criada por inteligência artificial.  

“O principal objetivo dela é, de maneira interativa, didática e próxima ao brasileiro, contar a história da nossa moeda e como usufruir dos benefícios do dinheiro digital”, explica Ignácio Estivariz, vice-presidente de banco digital do Mercado Pago. 

Em uma experiência de realidade aumentada, a Mari conta a evolução digital do dinheiro, trazendo um pouco da trajetória de como a moeda contribui para a economia e para o setor financeiro até a chegada do Pix e do Open Finance e a expectativa para o Drex – nome dado pelo Banco Central ao formato digital da moeda brasileira.  Para conhecê-la basta acessar: www.30anosdoreal.com.br 


CDB comemorativo: rendimento de 130% do CDI para novos investidores  

Ao final da jornada, depois de ter identificado em uma pesquisa encomendada pelo Mercado Pago ao Instituto Brasileiro de Pesquisa e Dados (IBPAD), a qual revela que um a cada três brasileiros não investe por falta de conhecimento e informações, os usuários terão acesso a um CDB comemorativo, com rendimento de 130% do CDI** para quem investir pela primeira vez pelo aplicativo do Mercado Pago.  

A conta que mais rende do Brasil 

Outra etapa da experiência com a Mari traz os benefícios de ter o dinheiro em movimento com a conta que mais rende do Brasil*** a 105% do CDI com liquidez diária e isenção de IOF, lançada pelo Mercado Pago em março deste ano.  

Segundo Estivariz, diante da falta de conhecimento sobre tipos de investimentos e deixando claro que o rendimento em conta não é um deles, este recurso já é conhecido por 56% dos brasileiros como uma forma de fazer o dinheiro crescer. Informação também identificada na pesquisa.  

“É um grande desafio mostrar aos brasileiros o que significa o rendimento do CDI. É muito complexo levarmos aos nossos usuários a explicação de que o Certificado de Depósito Interbancário é uma espécie de título emitido por bancos quando emprestam dinheiro entre eles e que isso impacta no rendimento do dinheiro que ele tem em conta”, explica Estivariz. “Nesse contexto, estamos trabalhando no educacional, mas também amplificando a mensagem de que a única coisa que precisa ser feita para ter o dinheiro rendendo 105% do CDI é ter realizado o aporte de pelo menos R$1.000 na sua conta Mercado Pago”, completa.  

Letramento financeiro 

As iniciativas do Mercado Pago vão ao encontro da necessidade de levar cada vez mais letramento financeiro às pessoas. Um estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), a pedido do banco digital, mostra que 77% dos brasileiros — que opinam sobre o Plano Real — têm mais acesso a produtos financeiros depois da chegada da moeda. Além disso, 78% afirmam ter conta-corrente em algum banco.  

A causa está em mudanças na regulamentação feitas pelo Banco Central do Brasil que atraíram novos perfis de agentes financeiros ao mercado, a exemplo de fintechs e bancos digitais. Ademais, ferramentas gratuitas — como o Pix — estimularam pessoas a abrirem contas.  

Apesar do quadro, muitas pessoas ainda preferem investimentos menos sofisticados, como a poupança — uma escolha de 45% dos respondentes. A pesquisa também mostra que mais da metade (63%) dos entrevistados não aplicam dinheiro — porque faltam recursos no final do mês. “Ou seja, apesar de terem à disposição investimentos acessíveis e recursos à disposição, os brasileiros ainda não utilizam esses recursos para fazer o seu dinheiro render”, analisa Estivariz. O instituto ouviu mais de 2 mil pessoas entre 19 e 24 de junho deste ano.

“Um desafio fundamental é elevar o nível de educação financeira para melhorar a compreensão do brasileiro sobre produtos e serviços simplificados. Para isso, seguiremos trabalhando para cada vez mais oferecer experiências simples, seguras e rentáveis”, afirma Estivariz.
 
 https://exame.com/negocios/nos-30-anos-do-real-mercado-pago-lanca-cedula-celebrativa/

Smart Fit compra rede de estúdios Velocity por R$ 183 milhões

 

Aquisição envolve 82 unidades de Velocity e Kore, marca de estúdios para treinos funcionais da empresa


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Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

 

 O grupo Smart Fit, dono da terceira maior rede de academias do mundo, concluiu nesta terça-feira, 16, a aquisição integral da rede de estúdios de bike indoor Velocity. O valor total do negócio é de R$ 183 milhões e inclui todas as 82 unidades das Velocity e Kore, a marca de estúdios para treinos funcionais da empresa.

Em comunicado ao mercado, a Smart Fit informou que R$ 163 milhões serão a pagos no momento do fechamento da transação. Outros R$ 10 milhões serão pagos até o sexto aniversário da data de fechamento da aquisição e mais R$ 10 milhões sujeito ao cumprimento de metas estabelecidas entre as partes.

Com a aquisição, a Smart Fit completa seu portfólio na vertical dedicada a estúdios que já possui as marcas:

▪️Race Bootcamp (corrida indoor e treinos funcionais)
▪️Vidya (hot yoga)
▪️Jab House (boxe)
▪️Tonus Gym (musculação)
▪️One Pilates

“A Velocity é a empresa mais bem sucedida de estúdios de bike indoor do país e justamente a modalidade que faltava em nosso portfólio”, diz Diogo Corona, COO da Smart Fit. “Com a aquisição, ampliamos ainda mais nossa liderança no setor de estúdios fitness premium no Brasil.”

A Smart Fit terminou o primeiro trimestre com 1.469 unidades em 15 países. No balanço, a receita no período foi de R$ 1,3 bilhões, alta de 28% na comparação anual.

O objetivo da Smart Fit com a aquisição da Velocity é seguir o modelo das empresas líderes no setor de estúdios, com algumas delas ultrapassando 2.000 estúdios.

Atualmente o grupo Smart Fit possui 56 estúdios no Brasil e dois em Portugal, onde serão inauguradas mais duas salas no segundo semestre. Com a aquisição da Velocity, a área de estúdios da companhia mais que triplica de tamanho.

“A aquisição traz para dentro do grupo uma rede pioneira com produto e experiências diferenciados, alta capilaridade e sinônimo de categoria no segmento em que atua, além do alto potencial de crescimento”, diz José Luís Rizzardo, Diretor de RI e M&A da SmartFit.

O modelo de crescimento vai priorizar a abertura de lojas em parceria com franqueados. Atualmente, a Smart Fit tem 58 estúdios, sendo 30 próprios e 28 franqueados. Nos próximos meses devem ser abertas mais 65 salas, a maioria no formato de franquia.

 

Como a Velocity foi criada

 

A Velocity acaba de completar dez anos. Fundada em 2014 pelo neozelandês radicado no Brasil Shane Young e pelo australiano Declan Sherman, o grupo tornou-se sinônimo de bike indoor no país.

“Sabemos que ainda estamos longe de onde queremos chegar e temos certeza que essa nova parceria vai nos dar os recursos e ferramentas necessárias para continuar trilhando nosso caminho de revolucionar o mundo da atividade física”, diz Young.

"O time da Velocity, que inclui o fundador Shane Young e demais pessoas da Velocity seguem na companhia", informou José Luís Rizzardo, diretor de RI da Smart Fit.

Com experiência no mercado financeiro, Young queria empreender no país onde já morava há alguns anos. Ele se inspirou nos estúdios de spinning que conheceu em Nova York, nos Estados Unidos. "Fizemos algumas adaptações para o público brasileiro, mas o foco era levar uma prática integrada de bem-estar físico e mental aos alunos", diz.

Desde 2015, a influenciadora Gabriela Morais (ex-Pugliesi) é sócia da Velocity e foi responsável por boa parte da divulgação da marca em seus primeiros anos. Ela segue como sócia minoritária da empresa, apesar de se dedicar a sua própria marca de produtos de beleza e saúde.

No mesmo ano, o empresário André Coracini se tornou sócio da companhia e ocupa o cargo de Diretor Geral.

Desde sua fundação, o grupo sempre buscou inovar não apenas em suas aulas, mas também na estratégia de precificação. A flexibilidade permitiu atrair tanto clientes que pagam apenas pelas aulas que frequentam quanto aqueles que desejam a liberdade de participar de aulas de forma ilimitada.

Hoje, os pacotes variam entre R$ 285,00 até R$ 2.730,00 e as aulas avulsas custam entre R$ 52,00 e R$ 60,00, dependendo da região da franquia.

Em 2018, quando tinha cerca de dez estúdios próprios, a rede decidiu alavancar seu crescimento com unidades franqueadas. O investimento inicial para abrir uma franquia Velocity é de um milhão de reais e R$ 800 mil para um studio Kore, ambos com retorno em até 15 meses. O ritmo de expansão é tão intenso quanto das aulas. A expectativa é terminar o ano com 140 unidades das duas marcas.

 

 https://exame.com/negocios/smart-fit-compra-rede-de-estudios-velocity-por-r-183-milhoes/