Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A
Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) habilitou 10 empresas para o leilão de
petróleo da União, que será realizado no próximo dia 31, na B3, em São
Paulo. Serão comercializados 37,5 milhões de barris de petróleo, que é a
produção estimada da União para 2025, relativa aos campos de Mero e
Búzios, informou a estatal que representa a União nos contratos de
Partilha de Produção.
Foram habilitadas Petrobras, Refinaria de
Mataripe, CNOOC Petroleum Brasil, ExxonMobil Exploração Brasil, Equinor
Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International (Brazil)
Trading, Prio Comercializadora, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP
Brasil.
“Só
o número inédito de empresas habilitadas já demonstra um interesse
maior do mercado e esperamos competição nos lotes”, disse a diretora
técnica da PPSA e presidente interina da empresa, Tabita Loureiro.
Até
então, o maior número de empresas habilitadas foi no terceiro Leilão,
em novembro de 2021, quando seis empresas enviaram a documentação e três
apresentaram lances.
Ao
todo serão três lotes ofertados no leilão, sendo dois de Mero – um com
12 milhões de barris e outro com 11 milhões de barris -, e um lote de
Búzios, com 2,5 milhões de barris.
A
Receita Federal e o Ministério Público do Estado do Maranhão abriram na
manhã desta quarta, 17, a Operação Rei do Gado no rastro de um esquema
de sonegação fiscal em vendas fraudulentas de gado que somam R$ 1,4
bilhão. O Fisco suspeita de sonegação de R$ 300 milhões em tributos
federais. Os agentes apreenderam dólares com investigados,
A
Promotoria e a Receita investigam um esquema que envolveu a emissão de
6.947 notas fiscais inidôneas referentes à venda de mais de 448.887
bovinos entre julho de 2020 e abril de 2023.
Segundo
o Fisco, as notas fiscais eram emitidas em nome de laranjas e foram
“utilizadas para acobertar gado oriundo de produtores rurais que
apresentam indícios de terem omitido receitas nas suas declarações de
imposto de renda”.
Os agentes foram às ruas para prender
preventivamente um investigado que reside em Brasília, além de vasculhar
50 endereços nas seguintes nos municípios de Bálsamo, Cardoso,
Macedônia, Rancharia, Santa Fé do Sul e Votuporanga, em São Paulo;
Açailândia, Imperatriz e Itinga do Maranhão, no Maranhão; Bambuí e Luz,
em Minas. Também foram vasculhados residências e escritórios em
Brasília, Goiânia e Palmas.
A
Justiça do Maranhão decretou a suspensão do exercício da função de
servidores públicos e o sequestro e bloqueio de até R$ 67 milhões em
bens dos investigados.
Autoridades
do governo chinês estão testando modelos de linguagem ampla de empresas
de inteligência artificial para garantirem que seus sistemas
“incorporem os valores socialistas fundamentais”, publicou o Financial
Times nesta quarta-feira, 17.
A
Administração do Ciberespaço da China (CAC) forçou grandes empresas de
tecnologia e startups de IA, incluindo ByteDance, Alibaba, Moonshot e
01.AI a participarem de uma revisão governamental obrigatória de seus
modelos de IA, disse o jornal, citando várias pessoas envolvidas no
processo.
A
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, em sessão
nesta quarta-feira, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central,
prevendo retomada do debate sobre o tema em agosto, após o recesso
parlamentar.
O
adiamento ocorreu a pedido do líder do governo no Senado, Jaques Wagner
(PT-BA), para quem houve avanço nas negociações sobre o tema nos
últimos dias, mas o texto ainda “não está completo”. Respaldado por
outros membros da comissão, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre
(União-AP), acatou o pedido.
“Se sairmos dos extremos, do debate
político e ideológico, e construirmos um caminho de centro, que é
institucional, é o cerne da proposta, conseguiremos os 49 votos
necessários para aprovar o texto no Senado e 308 na Câmara”, disse
Alcolumbre.
Nesta
semana, o governo sugeriu a parlamentares que o BC passe a arcar com
custos do programa de seguro rural Proagro caso a instituição saia do
Orçamento geral da União como previsto na proposta. Atualmente, a
autoridade monetária administra o Proagro, que é custeado com recursos
do Tesouro.
Uma fonte com conhecimento do assunto já havia
afirmado à Reuters que a proposta envolvendo o Proagro era parte da
estratégia do governo de postergar o debate com a inserção de uma
espécie de bode na sala, já que sem acordo não haveria votação do texto
na CCJ.
Na
sessão da comissão, o relator da matéria, senador Plínio Valério
(PSD-AM), disse que foi procurado pelo governo com sugestões de mudanças
no texto apenas nesta quarta, o que inviabilizaria uma análise mais
aprofundada.
Wagner voltou a afirmar nesta quarta que o ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, não é contra a autonomia financeira do BC,
mas não concorda com pontos do texto. Um deles é a transformação da
autarquia em empresa pública.
A
interpretação do governo é que a nova regra mudaria a forma de
contabilização dos fluxos de recursos entre BC e Tesouro, passando a
impactar o resultado primário do governo, o que inviabilizaria o
cumprimento do arcabouço fiscal. Atualmente, o Tesouro cobre eventuais
resultados negativos da autoridade monetária, mas os fluxos são
contabilizados como despesa financeira, não primária.
Os
resultados negativos do BC decorrem principalmente de suas operações
cambiais, que são afetadas por contratos de swap e flutuações nas
reservas internacionais do Brasil. No ano passado, o resultado do BC foi
negativo em R$ 114 bilhões.
A proposta agora adiada, que dá um
passo além da autonomia operacional do BC, em vigor desde 2021, é
defendida pela maioria dos membros da diretoria da autoridade monetária,
mas criticada pelo governo Lula.
O texto altera o regime jurídico
da autarquia para transformá-la em empresa pública de natureza especial
com autonomia orçamentária e financeira. Com a medida, o orçamento do
órgão seria financiado por receitas próprias, deixando de depender de
repasses do Tesouro.
Lula vinha fazendo reiteradas críticas ao BC e
ao modelo de autonomia operacional, com foco em ataques contra o
presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Jair
Bolsonaro. O presidente interrompeu as críticas nas últimas semanas em
meio a uma rápida desvalorização do real, que refletia em parte as
incertezas geradas por suas declarações.
A PEC da autonomia
financeira também já foi alvo de questionamentos do ministro de Haddad,
que disse em março que não concordava com pontos do texto e que o BC
deveria ter dialogado com o governo antes de sair em defesa da proposta.
A
empresa de energia Eneva anunciou nesta terça-feira, 16, a assinatura
de um memorando de entendimentos para a compra de participação do banco
BTG em quatro usinas termoelétricas. Além disso, a empresa informou ter
contratado o BTG Pactual, o Itaú BBA e o Bradesco BBI para realizar uma
oferta pública de ações (follow-on). O valor proposto inicialmente é de
R$ 3,2 bilhões, com a possibilidade de um lote adicional de ações, o que
elevaria o valor a até R$ 4,2 bilhões.
As usinas que estão sendo
adquiridas pela Eneva são Tevisa, Povoação, Gera Maranhão e Linhares. Em
fato relevante, a empresa diz que as operações, se concretizadas,
oferecem sinergias, ganhos de eficiência e possibilidades adicionais de
crescimento para o grupo.
O
memorando assinado com a Holding BTG prevê a incorporação integral pela
Eneva da térmicas Tevisa (em Viana, ES) e Povoação (em Linhares, ES),
por um valor total de R$ 1,765 bilhão – correspondente a R$ 611 milhões
da Tevisa e R$ 1,154 bilhão da Povoação. A Tevisa tem capacidade de
geração total de 212,1 MW, e Povoação, de 74,9 MW.
No caso da Gera
Maranhão (em Miranda do Norte, MA, com capacidade de geração de 330
MW), a aquisição é dos 50% que o BTG detém na usina. As partes acordaram
que a Eneva deverá pagar o valor de R$ 285 milhões à Holding BTG pela
aquisição da participação, bem como, se for o caso, uma parcela
contingente de preço em um valor que pode chegar a R$ 126 milhões.
Nos
termos do atual acordo de acionistas da Gera Maranhão, os demais
acionistas daquela companhia possuem direito de primeira oferta e
direito de tag along com relação às ações de emissão da Gera Maranhão
detidas pela Holding Participações. O preço Gera Maranhão poderá ser
ajustado em decorrência dos resultados encontrados na auditoria da Gera
Maranhão em andamento.
No caso da térmica Linhares (também em
Linhares, ES, com capacidade de geração de até 242 MW), o negócio será
fechado com o fundo FIP BDIV, gerido pelo BTG. Nos termos do Memorando
de Entendimentos, as partes acertaram que a Eneva deverá pagar ao FIP o
valor de R$ 206 milhões pela aquisição das Debêntures Linhares, “a ser
ajustado pela curva de juros até a data de fechamento”; e R$ 650 milhões
pela aquisição da Participação Linhares, “bem como, se for o caso, uma
parcela contingente de preço em valor que pode chegar a R$ 103 milhões,
sujeita ao êxito na antecipação do contrato de reserva de capacidade e a
potencial recontratação da usina no próximo leilão de reserva de
capacidade”.
Quando criou o primeiro fundo, a Verve Capital
tinha o objetivo de ser agnóstica, inclusive na geografia. A gestora
assinou cheques para startups early stage no mundo todo, incluindo Ásia e
Europa, mas percebeu que, se quisesse fazer a diferença, teria que se
voltar para dentro de casa. Em meio à captação para o seu segundo fundo,
os sócios da gestora, Marcelo Franco e Gabriel Farme, contam que o foco
agora será nas empresas brasileiras.
“Logo no começo, a gente percebeu que onde fazia diferença como
primeiro investidor era realmente no Brasil. É a nossa jabuticaba, que a
gente conhece bem. Gostamos de identificar problemas reais, que tenham
fit com a região. Então, no novo fundo, teremos 95% dos investimentos no
Brasil e vamos deixar 5% para participar como followers lá fora, na
América Latina”, explica Marcelo.
O fundo 2 da Verve espera concluir este ano a
captação de US$ 10 milhões para investir em até 25 startups brasileiras,
num período de quatro anos. Os cheques serão de US$ 200 mil a US$ 500
mil por empresa. A expectativa é fazer de quatro a seis investimentos
ainda este ano.
A busca continua sendo por startups em estágio inicial, que ainda não
tenham recebido aportes de VCs. Apesar de serem agnósticos, os
investidores dizem ter mais afinidade com os setores de fintechs e
retail. Segundo a Verve, o fundo 2 está próximo de 60% do capital planejado e já captou quase US$ 6 milhões.
“Como a gente está bem no começo dessas jornadas, existem as
tendências. Há algum tempo atrás, só se falava em marketplace, hoje é
inteligência artificial. Queremos ir surfando nessas microtendências, e
separar o que é hype do que faz sentido. O que nos interessa é saber o
que está sendo feito em soluções para problemas locais”, afirma Marcelo.
Micro VC
O lançamento do novo fundo ocorre num momento em que a Verve
passa a se posicionar como micro VC. A ideia, de acordo com Gabriel, é
que sejam fundos com período de investimento mais curto e retornos mais
baixos, com um formato mais próximo do investimento anjo.
“Tecnicamente, são fundos com menos de US$ 100 milhões under
management. No Brasil, acho que seria até US$ 10 milhões e focados em
early stage. É um formato um pouco diferente do que existe no mercado
porque a gente não precisa de retornos de 100 ou 200 vezes. Como somos
os primeiros cheques, a partir de série B já é janela de oportunidade
para desinvestir. A gente entra pra ajudar do zero ao 1, pra ajudar nos
primeiros 12 a 24 meses”, aponta Gabriel.
A estratégia pode fazer sentido neste momento de falta de liquidez no
mercado, com investidores aguardando novos exits para recuperarem o
apetite pelas rodadas. Para Marcelo, a escassez de recursos no mercado
tem sido positiva para a formação de empreendedores resilientes, que
estão “dispostos a encarar a jornada”. No entanto, é preciso haver
saídas para que o capital se recicle.
“Cheques muito grandes resolvem o problema de captação, mas por outro
lado são super passivos. Este não tem sido um momento fácil de captar, e
como um micro VC há prós e contras. Por ser um fundo pequeno, não
conseguimos atingir investidores grandes, como fundos de pensão. Temos
que ter mais LPs, com cheques menores. Porém, esses LPs são, muitas
vezes, executivos de grandes bancos e empresas que acabam se tornando
parte do nosso ecossistema”, destaca Marcelo.
Para a Verve, uma das vantagens de ser um micro VC é
poder manter uma relação mais próxima com os investidores, criando,
inclusive, conexões entre essas pessoas e os fundadores, o que pode se
refletir em rodadas de investimento maiores no futuro.
“A gente conta com essa ajuda deles e tem casos de investidores que
conseguiram facilitar o contato de algum empreendedor com um cara que
ele estava buscando há seis meses. Uma das vantagens do micro é poder
dar acesso à indústria do VC para pessoas que querem participar dessa
indústria. Estamos muito animados com esse novo momento do mercado”, diz
Gabriel.
SÃO
PAULO (Reuters) – O investidor e educador pernambucano Inácio de Barros
Melo Neto, detentor de 12,5% das ações ordinárias da Americanas,
pode elevar ainda mais sua participação na companhia, embora não tenha
pretensão de se tornar seu controlador, disse ele nesta segunda-feira,
em entrevista à Reuters.
“Eu
acredito que a empresa vá mudar de patamar. Se o valor da ação baixar,
eu posso comprar ainda mais”, disse Melo Neto em entrevista por
telefone.
O
nome do investidor veio a público depois que a Americanas anunciou, na
noite de sexta-feira, que ele passou a deter 113 milhões de ações da
varejista, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Morador
de Recife, o bacharel de Direito, de 44 anos, é empresário do ramo da
educação e dirige a Faculdade de Medicina de Olinda, que foi fundada por
sua família.
Ele
contou na entrevista à Reuters que começou a investir em bolsa de
valores em 2020 e atualmente detém apenas ações da Americanas em seu
portfólio, por acreditar na retomada da varejista, que pediu recuperação
judicial em 2023 depois da descoberta de uma fraude contábil
bilionária.
O empresário estima que no último ano e no meio tenha desembolsado mais de 50 milhões de reais na compra de ações da companhia.
Sem
experiência prévia em bolsa, segundo ele, Melo Neto contou que vem
estudando a área de renda variável há algum tempo e que acredita na
capacidade financeira dos principais acionistas da Americanas, o trio de
bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto
Sicupira.
No início do mês, a companhia divulgou que que esses
três acionistas e seus afiliados passariam a deter 49,2% das ações da
Americanas após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, o
trio detinha 30,12% da Americanas.
“Meu objetivo é vender as
ações no futuro e lucrar, mas eu não tenho nenhuma pressa“, disse Melo
Neto, que contou não conhecer pessoalmente nenhum dos três acionistas de
referência da companhia, embora tanto ele quanto Lemann sejam
investidores na área de educação.
Melo Neto disse que chegou a
comprar ações da Americanas quando elas estavam valendo cerca de 0,40
real. Na segunda-feira, a ação da companhia fechou cotada em 0,62 real.
A
investigação policial da fraude contábil da Americanas continua em
andamento e existem dúvidas em relação a como a empresa vai sair deste
processo, uma vez que o impacto financeiro e reputacional foi muito
grande e que o setor de varejo brasileiro é muito competitivo e ágil,
disse à Reuters André Pimentel, sócio da Performa Partners, que
participou da reestruturação da varejista no início dos anos 2000.
(Por Luciana MagalhãesReportagem adicional de Alberto Alerigi Jr.Edição de Pedro Fonseca)