quarta-feira, 17 de julho de 2024

PPSA habilita 10 empresas para leilão de petróleo da União no dia 31 de julho

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A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) habilitou 10 empresas para o leilão de petróleo da União, que será realizado no próximo dia 31, na B3, em São Paulo. Serão comercializados 37,5 milhões de barris de petróleo, que é a produção estimada da União para 2025, relativa aos campos de Mero e Búzios, informou a estatal que representa a União nos contratos de Partilha de Produção.

Foram habilitadas Petrobras, Refinaria de Mataripe, CNOOC Petroleum Brasil, ExxonMobil Exploração Brasil, Equinor Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International (Brazil) Trading, Prio Comercializadora, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP Brasil.

“Só o número inédito de empresas habilitadas já demonstra um interesse maior do mercado e esperamos competição nos lotes”, disse a diretora técnica da PPSA e presidente interina da empresa, Tabita Loureiro.

Até então, o maior número de empresas habilitadas foi no terceiro Leilão, em novembro de 2021, quando seis empresas enviaram a documentação e três apresentaram lances.

Ao todo serão três lotes ofertados no leilão, sendo dois de Mero – um com 12 milhões de barris e outro com 11 milhões de barris -, e um lote de Búzios, com 2,5 milhões de barris.

Receita e MP fazem operação contra sonegação de R$ 1,4 bi na venda de 450 mil bois

 Por que os bois estão sendo tingidos de preto?


A Receita Federal e o Ministério Público do Estado do Maranhão abriram na manhã desta quarta, 17, a Operação Rei do Gado no rastro de um esquema de sonegação fiscal em vendas fraudulentas de gado que somam R$ 1,4 bilhão. O Fisco suspeita de sonegação de R$ 300 milhões em tributos federais. Os agentes apreenderam dólares com investigados,

A Promotoria e a Receita investigam um esquema que envolveu a emissão de 6.947 notas fiscais inidôneas referentes à venda de mais de 448.887 bovinos entre julho de 2020 e abril de 2023.

Segundo o Fisco, as notas fiscais eram emitidas em nome de laranjas e foram “utilizadas para acobertar gado oriundo de produtores rurais que apresentam indícios de terem omitido receitas nas suas declarações de imposto de renda”.

Os agentes foram às ruas para prender preventivamente um investigado que reside em Brasília, além de vasculhar 50 endereços nas seguintes nos municípios de Bálsamo, Cardoso, Macedônia, Rancharia, Santa Fé do Sul e Votuporanga, em São Paulo; Açailândia, Imperatriz e Itinga do Maranhão, no Maranhão; Bambuí e Luz, em Minas. Também foram vasculhados residências e escritórios em Brasília, Goiânia e Palmas.

A Justiça do Maranhão decretou a suspensão do exercício da função de servidores públicos e o sequestro e bloqueio de até R$ 67 milhões em bens dos investigados.

China testa modelos para criar inteligência artificial socialista, diz jornal

 


Vista Xangai (Crédito: Manuel Joseph/Pexels)

Autoridades do governo chinês estão testando modelos de linguagem ampla de empresas de inteligência artificial para garantirem que seus sistemas “incorporem os valores socialistas fundamentais”, publicou o Financial Times nesta quarta-feira, 17.

A Administração do Ciberespaço da China (CAC) forçou grandes empresas de tecnologia e startups de IA, incluindo ByteDance, Alibaba, Moonshot e 01.AI a participarem de uma revisão governamental obrigatória de seus modelos de IA, disse o jornal, citando várias pessoas envolvidas no processo.

Comissão do Senado adia para agosto análise da PEC da autonomia financeira do BC

 


Sede do Banco Central em Brasília

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, em sessão nesta quarta-feira, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central, prevendo retomada do debate sobre o tema em agosto, após o recesso parlamentar.

O adiamento ocorreu a pedido do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para quem houve avanço nas negociações sobre o tema nos últimos dias, mas o texto ainda “não está completo”. Respaldado por outros membros da comissão, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), acatou o pedido.

“Se sairmos dos extremos, do debate político e ideológico, e construirmos um caminho de centro, que é institucional, é o cerne da proposta, conseguiremos os 49 votos necessários para aprovar o texto no Senado e 308 na Câmara”, disse Alcolumbre.

Nesta semana, o governo sugeriu a parlamentares que o BC passe a arcar com custos do programa de seguro rural Proagro caso a instituição saia do Orçamento geral da União como previsto na proposta. Atualmente, a autoridade monetária administra o Proagro, que é custeado com recursos do Tesouro.

Uma fonte com conhecimento do assunto já havia afirmado à Reuters que a proposta envolvendo o Proagro era parte da estratégia do governo de postergar o debate com a inserção de uma espécie de bode na sala, já que sem acordo não haveria votação do texto na CCJ.

Na sessão da comissão, o relator da matéria, senador Plínio Valério (PSD-AM), disse que foi procurado pelo governo com sugestões de mudanças no texto apenas nesta quarta, o que inviabilizaria uma análise mais aprofundada.

Wagner voltou a afirmar nesta quarta que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não é contra a autonomia financeira do BC, mas não concorda com pontos do texto. Um deles é a transformação da autarquia em empresa pública.

A interpretação do governo é que a nova regra mudaria a forma de contabilização dos fluxos de recursos entre BC e Tesouro, passando a impactar o resultado primário do governo, o que inviabilizaria o cumprimento do arcabouço fiscal. Atualmente, o Tesouro cobre eventuais resultados negativos da autoridade monetária, mas os fluxos são contabilizados como despesa financeira, não primária.

Os resultados negativos do BC decorrem principalmente de suas operações cambiais, que são afetadas por contratos de swap e flutuações nas reservas internacionais do Brasil. No ano passado, o resultado do BC foi negativo em R$ 114 bilhões.

A proposta agora adiada, que dá um passo além da autonomia operacional do BC, em vigor desde 2021, é defendida pela maioria dos membros da diretoria da autoridade monetária, mas criticada pelo governo Lula.

O texto altera o regime jurídico da autarquia para transformá-la em empresa pública de natureza especial com autonomia orçamentária e financeira. Com a medida, o orçamento do órgão seria financiado por receitas próprias, deixando de depender de repasses do Tesouro.

Lula vinha fazendo reiteradas críticas ao BC e ao modelo de autonomia operacional, com foco em ataques contra o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Jair Bolsonaro. O presidente interrompeu as críticas nas últimas semanas em meio a uma rápida desvalorização do real, que refletia em parte as incertezas geradas por suas declarações.

A PEC da autonomia financeira também já foi alvo de questionamentos do ministro de Haddad, que disse em março que não concordava com pontos do texto e que o BC deveria ter dialogado com o governo antes de sair em defesa da proposta.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Eneva compra termoelétricas do BTG e fará oferta de ações de até R$ 4,2 bilhões

 ENEVAINICIATIVAS QUE FOMENTAM O DESENVOLVIMENTO LOCAL ...


A empresa de energia Eneva anunciou nesta terça-feira, 16, a assinatura de um memorando de entendimentos para a compra de participação do banco BTG em quatro usinas termoelétricas. Além disso, a empresa informou ter contratado o BTG Pactual, o Itaú BBA e o Bradesco BBI para realizar uma oferta pública de ações (follow-on). O valor proposto inicialmente é de R$ 3,2 bilhões, com a possibilidade de um lote adicional de ações, o que elevaria o valor a até R$ 4,2 bilhões.

As usinas que estão sendo adquiridas pela Eneva são Tevisa, Povoação, Gera Maranhão e Linhares. Em fato relevante, a empresa diz que as operações, se concretizadas, oferecem sinergias, ganhos de eficiência e possibilidades adicionais de crescimento para o grupo.

O memorando assinado com a Holding BTG prevê a incorporação integral pela Eneva da térmicas Tevisa (em Viana, ES) e Povoação (em Linhares, ES), por um valor total de R$ 1,765 bilhão – correspondente a R$ 611 milhões da Tevisa e R$ 1,154 bilhão da Povoação. A Tevisa tem capacidade de geração total de 212,1 MW, e Povoação, de 74,9 MW.

No caso da Gera Maranhão (em Miranda do Norte, MA, com capacidade de geração de 330 MW), a aquisição é dos 50% que o BTG detém na usina. As partes acordaram que a Eneva deverá pagar o valor de R$ 285 milhões à Holding BTG pela aquisição da participação, bem como, se for o caso, uma parcela contingente de preço em um valor que pode chegar a R$ 126 milhões.

Nos termos do atual acordo de acionistas da Gera Maranhão, os demais acionistas daquela companhia possuem direito de primeira oferta e direito de tag along com relação às ações de emissão da Gera Maranhão detidas pela Holding Participações. O preço Gera Maranhão poderá ser ajustado em decorrência dos resultados encontrados na auditoria da Gera Maranhão em andamento.

No caso da térmica Linhares (também em Linhares, ES, com capacidade de geração de até 242 MW), o negócio será fechado com o fundo FIP BDIV, gerido pelo BTG. Nos termos do Memorando de Entendimentos, as partes acertaram que a Eneva deverá pagar ao FIP o valor de R$ 206 milhões pela aquisição das Debêntures Linhares, “a ser ajustado pela curva de juros até a data de fechamento”; e R$ 650 milhões pela aquisição da Participação Linhares, “bem como, se for o caso, uma parcela contingente de preço em valor que pode chegar a R$ 103 milhões, sujeita ao êxito na antecipação do contrato de reserva de capacidade e a potencial recontratação da usina no próximo leilão de reserva de capacidade”.

Verve: fundo 2 vai investir US$ 10M em startups “made in Brazil”

 

Quando criou o primeiro fundo, a Verve Capital tinha o objetivo de ser agnóstica, inclusive na geografia. A gestora assinou cheques para startups early stage no mundo todo, incluindo Ásia e Europa, mas percebeu que, se quisesse fazer a diferença, teria que se voltar para dentro de casa. Em meio à captação para o seu segundo fundo, os sócios da gestora, Marcelo Franco e Gabriel Farme, contam que o foco agora será nas empresas brasileiras.

“Logo no começo, a gente percebeu que onde fazia diferença como primeiro investidor era realmente no Brasil. É a nossa jabuticaba, que a gente conhece bem. Gostamos de identificar problemas reais, que tenham fit com a região. Então, no novo fundo, teremos 95% dos investimentos no Brasil e vamos deixar 5% para participar como followers lá fora, na América Latina”, explica Marcelo.

O fundo 2 da Verve espera concluir este ano a captação de US$ 10 milhões para investir em até 25 startups brasileiras, num período de quatro anos. Os cheques serão de US$ 200 mil a US$ 500 mil por empresa. A expectativa é fazer de quatro a seis investimentos ainda este ano.

A busca continua sendo por startups em estágio inicial, que ainda não tenham recebido aportes de VCs. Apesar de serem agnósticos, os investidores dizem ter mais afinidade com os setores de fintechs e retail. Segundo a Verve, o fundo 2 está próximo de 60% do capital planejado e já captou quase US$ 6 milhões.

“Como a gente está bem no começo dessas jornadas, existem as tendências. Há algum tempo atrás, só se falava em marketplace, hoje é inteligência artificial. Queremos ir surfando nessas microtendências, e separar o que é hype do que faz sentido. O que nos interessa é saber o que está sendo feito em soluções para problemas locais”, afirma Marcelo.

Micro VC

O lançamento do novo fundo ocorre num momento em que a Verve passa a se posicionar como micro VC. A ideia, de acordo com Gabriel, é que sejam fundos com período de investimento mais curto e retornos mais baixos, com um formato mais próximo do investimento anjo.

“Tecnicamente, são fundos com menos de US$ 100 milhões under management. No Brasil, acho que seria até US$ 10 milhões e focados em early stage. É um formato um pouco diferente do que existe no mercado porque a gente não precisa de retornos de 100 ou 200 vezes. Como somos os primeiros cheques, a partir de série B já é janela de oportunidade para desinvestir. A gente entra pra ajudar do zero ao 1, pra ajudar nos primeiros 12 a 24 meses”, aponta Gabriel.

A estratégia pode fazer sentido neste momento de falta de liquidez no mercado, com investidores aguardando novos exits para recuperarem o apetite pelas rodadas. Para Marcelo, a escassez de recursos no mercado tem sido positiva para a formação de empreendedores resilientes, que estão “dispostos a encarar a jornada”. No entanto, é preciso haver saídas para que o capital se recicle.

“Cheques muito grandes resolvem o problema de captação, mas por outro lado são super passivos. Este não tem sido um momento fácil de captar, e como um micro VC há prós e contras. Por ser um fundo pequeno, não conseguimos atingir investidores grandes, como fundos de pensão. Temos que ter mais LPs, com cheques menores. Porém, esses LPs são, muitas vezes, executivos de grandes bancos e empresas que acabam se tornando parte do nosso ecossistema”, destaca Marcelo.

Para a Verve, uma das vantagens de ser um micro VC é poder manter uma relação mais próxima com os investidores, criando, inclusive, conexões entre essas pessoas e os fundadores, o que pode se refletir em rodadas de investimento maiores no futuro.

“A gente conta com essa ajuda deles e tem casos de investidores que conseguiram facilitar o contato de algum empreendedor com um cara que ele estava buscando há seis meses. Uma das vantagens do micro é poder dar acesso à indústria do VC para pessoas que querem participar dessa indústria. Estamos muito animados com esse novo momento do mercado”, diz Gabriel. 

 

 https://startups.com.br/dealflow/verve-fundo-2-vai-investir-us-10m-em-startups-made-in-brazil/

 

Quem é o empresário de Recife que passou a deter fatia de 12,5% da Americanas

 

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Lojas Americanas em Brasília

Por Luciana Magalhães

 

SÃO PAULO (Reuters) – O investidor e educador pernambucano Inácio de Barros Melo Neto, detentor de 12,5% das ações ordinárias da Americanas, pode elevar ainda mais sua participação na companhia, embora não tenha pretensão de se tornar seu controlador, disse ele nesta segunda-feira, em entrevista à Reuters.

“Eu acredito que a empresa vá mudar de patamar. Se o valor da ação baixar, eu posso comprar ainda mais”, disse Melo Neto em entrevista por telefone.

O nome do investidor veio a público depois que a Americanas anunciou, na noite de sexta-feira, que ele passou a deter 113 milhões de ações da varejista, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Morador de Recife, o bacharel de Direito, de 44 anos, é empresário do ramo da educação e dirige a Faculdade de Medicina de Olinda, que foi fundada por sua família.

Ele contou na entrevista à Reuters que começou a investir em bolsa de valores em 2020 e atualmente detém apenas ações da Americanas em seu portfólio, por acreditar na retomada da varejista, que pediu recuperação judicial em 2023 depois da descoberta de uma fraude contábil bilionária.

O empresário estima que no último ano e no meio tenha desembolsado mais de 50 milhões de reais na compra de ações da companhia.

Sem experiência prévia em bolsa, segundo ele, Melo Neto contou que vem estudando a área de renda variável há algum tempo e que acredita na capacidade financeira dos principais acionistas da Americanas, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

No início do mês, a companhia divulgou que que esses três acionistas e seus afiliados passariam a deter 49,2% das ações da Americanas após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, o trio detinha 30,12% da Americanas.

“Meu objetivo é vender as ações no futuro e lucrar, mas eu não tenho nenhuma pressa“, disse Melo Neto, que contou não conhecer pessoalmente nenhum dos três acionistas de referência da companhia, embora tanto ele quanto Lemann sejam investidores na área de educação.

Melo Neto disse que chegou a comprar ações da Americanas quando elas estavam valendo cerca de 0,40 real. Na segunda-feira, a ação da companhia fechou cotada em 0,62 real.

A investigação policial da fraude contábil da Americanas continua em andamento e existem dúvidas em relação a como a empresa vai sair deste processo, uma vez que o impacto financeiro e reputacional foi muito grande e que o setor de varejo brasileiro é muito competitivo e ágil, disse à Reuters André Pimentel, sócio da Performa Partners, que participou da reestruturação da varejista no início dos anos 2000.

 

(Por Luciana MagalhãesReportagem adicional de Alberto Alerigi Jr.Edição de Pedro Fonseca)