sexta-feira, 19 de julho de 2024

Pioneira em cibersegurança: conheça a CrowdStrike, empresa responsável por apagão global

 


Companhia com sede no Texas já criticou Microsoft por "empregar centenas de pessoas na China", tem quase 8 mil funcionários e faturou US$ 3 bilhões em 2023

 

 

Foto tirada em Tóquio, no dia 19 de julho de 2024, mostra telas com os logos da "CrowdStrike", empresa americana de cibersegurança - AFP

A empresa americana CrowdStrike, cujo software provocou um gigantesco apagão cibernético mundial nesta sexta-feira, 19, aproveitou a ascensão da computação na nuvem para se tornar um ator essencial na cibersegurança em pouco mais de uma década.

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O incidente ocorreu devido à atualização do software do grupo nos sistemas operacionais Windows da gigante Microsoft e provocou um cenário de caos em diversas atividades digitais ao redor do mundo, de aeroportos a hospitais.

O ocorrido evidenciou a influência da CrowdStrike, pouco conhecida pelo público, no setor digital.

Com sede em Austin (estado do Texas, sul dos Estados Unidos), a empresa é a atual líder mundial em segurança para dispositivos em rede, como notebooks, tablets e smartphones.

George Kurtz, cofundador e diretor-executivo do grupo, quer se concentrar na proteção contra invasões, em vez de apenas o combate aos vírus.

Desta forma, a companhia se destaca dos tradicionais serviços de software antivírus, como Symantec e McAfee, dos quais foi diretor tecnológico até 2011, ano em que fundou a CrowdStrike.

Um relatório divulgado pela empresa americana em 2024 estimou que 70% dos ciberataques não envolvem vírus, mas sim manipulações realizadas diretamente por hackers que utilizam permissões roubadas ou recuperadas.

Com seu principal produto, a plataforma de nuvem Falcon, lançada em 2012, a CrowdStrike também se beneficiou da democratização da banda larga e a ascensão das ferramentas de armazenamento de dados, para oferecer um produto totalmente baseado na nuvem.

A computação remota também permite atualizações rápidas e de forma regular.

A empresa americana integrou a tecnologia da Inteligência Artificial (IA) em sua plataforma para facilitar a detecção de atividades incomuns que podem estar relacionadas a vírus ou a tentativas de invasão.

Identificar ameaças

Kurtz e os outros dois fundadores, Dimitri Alperovitch e Gregg Marston, adotaram um foco pró-ativo em relação ao risco.

Desta forma, criaram uma equipe de centenas de pessoas dedicadas a identificar ameaças cibernéticas em todo o mundo, para se antecipar a possíveis ataques.

A CrowdStrike estabeleceu que indivíduos apoiados pelo governo russo estavam por trás de um ciberataque aos servidores do Partido Democrata durante a campanha presidencial americana de 2016.

Em 2023, o chefe de segurança da CrowdStrike, Shawn Henry, criticou publicamente a Microsoft pelo que considera falhas em seu gerenciamento de riscos.

Em entrevista à revista Forbes, reprovou a gigante tecnológica por continuar empregando centenas de pessoas na China.

A Microsoft, cliente da CrowdStrike, também é uma de suas concorrentes, uma vez que oferece seus próprios serviços de proteção digital, tal qual grandes rivais como Amazon e Google.

Em janeiro de 2024, a líder mundial em segurança digital contava com 7.925 funcionários, segundo seu relatório anual.

No ano anterior, a empresa gerou US$ 3,05 bilhões, cerca de 36% a mais do que no período interanual.

Impulsionada pela IA generativa, que requer o desenvolvimento de capacidades adicionais na nuvem, a CrowdStrike elevou suas previsões anuais em junho.

A meta agora é o crescimento de vendas de 30% a 31% neste ano.

Embora seu negócio esteja em expansão, o grupo luta para aumentar a rentabilidade. Em 2023, registrou um lucro líquido de apenas US$ 89 milhões (quase R$ 445 milhões), o primeiro a nível anual desde sua criação.

Mercadante diz que governo tenta há meses acertar com Tarcísio assinatura de aporte no Rodoanel

 

A realização de agendas conjuntas entre o governo federal e o governo estadual de São Paulo continua sendo um ponto que incomoda a gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, além de criticar as ausências de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no anúncio de obras, Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, diz que a assinatura de contratos também está sendo atrasada devido à falta de agenda do dirigente estadual.

De acordo com Mercadante, há pelo menos três meses a gestão Lula tenta organizar com o governo paulista a assinatura um contrato referente às obras do Rodoanel, mas até agora não houve um acerto nas agendas.

Visto como um possível postulante à disputa pelo Palácio do Planalto em 2026, a relação entre Lula e Tarcísio – ex-ministro de Jair Bolsonaro -, esfriou recentemente. Antes o governador participava de agendas ao lado do presidente, mas nos últimos meses as trocas entre as duas lideranças tem sido por meio de críticas indiretas em discursos ou nas redes sociais.

Mercadante afirmou que se busca uma relação republicana com o dirigente, e que espera, assim como o presidente Lula, que ele compareça aos eventos do Executivo. As falas ocorreram nesta tarde, após anúncio de investimentos do BNDES na Embraer, agenda que não contou com a participação do governador paulista.

Lira diz que Haddad tem ‘carinho’ com Congresso e tem sido ‘decisivo para muitas pautas’

 



Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem “muito carinho” e interlocução com o Congresso, além de estar sendo decisivo no avanço da pauta econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Legislativo.

“É importante a gente ressaltar sempre que o ministro Haddad tem muito carinho, tem muita atenção, tem muita interlocução com o Congresso Nacional, e tem sido decisivo para muitas pautas econômicas”, disse Lira em entrevista à GloboNews.

Questionado sobre o anúncio do ministro na véspera de que o governo realizará um contingenciamento no valor de 15 bilhões de reais para cumprir o arcabouço fiscal, Lira defendeu o papel de Haddad falar a Lula “o que ele está enxergando de maior dificuldade ou facilidade para que o Brasil cumpra o arcabouço fiscal”.

Ele ainda acrescentou que é muito melhor para o Brasil quando o governo sai “unido” em uma decisão, o que gera menos “imprevisibilidade e insegurança jurídica e econômica”.

Sobre a regulamentação da reforma tributária, Lira afirmou que o Senado poderá analisar e fazer correções no texto aprovado pela Câmara e fez a avaliação de que o Brasil tem uma perspectiva melhor com a reestruturação na legislação sobre tributos.

“O Senado vai ter o prazo para analisar com muita cautela… Temos que caminhar para deixar a reforma tributária mais azeitada, o quanto for possível. Não há nenhum parlamentar que queira votar um projeto que vá prejudicar o país”, afirmou.

Abear reforça que instabilidade cibernética não afeta operação das aéreas associadas

 ABEAR - Associação Brasileira das Empresas Aéreas


A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que a instabilidade apresentada pelo sistema global de segurança cibernética não afeta a operação das companhias associadas no Brasil nesta sexta-feira, 19. A operação segue regularmente, segundo a entidade.

O pronunciamento da Abear reforça informações já divulgadas por companhias aéreas associadas, pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Anac e o ministério afirmaram que o sistema aéreo brasileiro funciona normalmente, mas seguem monitorando eventuais impactos, incluindo atrasos.

Enquanto Gol e Latam disseram não terem sido impactadas pelo incidente, a Azul, que não é associada à Abear, informou que voos podem sofrer atrasos em função do apagão.


Sabesp é privatizada: governo de SP levanta R$ 14,8 bi com oferta de ações; entenda o que muda

 


Sabesp

Sabesp (Crédito: Reprodução/Facebook)

 

A Sabesp precificou sua oferta de ações para fundos e pessoas físicas a R$ 67 cada, mesmo preço ofertado pela Equatorial Energia para se tornar acionista de referência da companhia, levantando no total R$ 14,8 bilhões, conforme comunicado.

O valor por papel representa um desconto de 18,3% em relação ao preço de fechamento na quinta-feira das ações da companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo.

Com a maior maior oferta de ações da história do setor de saneamento no país, o governo paulista irá reduzir a participação do Estado na Sabesp dos atuais 50,3% para cerca de 18%, enquanto a Equatorial (acionista de referência) será dona de fatia de 15%, que deverá ser mantida até o final de 2029.

A Equatorial, que atualmente tem operações na aérea de saneamento apenas no Amapá, foi a única finalista no processo de escolha de investidor estratégico para a Sabesp, a maior empresa do setor no país e uma das maiores da América Latina. A empresa fez uma oferta equivalente a R$ 6,9 bilhões.

O acordo de investimento entre a Sabesp e a Equatorial foi celebrado na quinta-feira, 18. O documento prevê, por exemplo, a cláusula de “lock-up” de cinco anos, que impede a venda de ações pelo acionista de referência até o dia 31 de dezembro de 2029.

O documento lembra ainda que as ações passarão a ser negociadas na B3 já a partir desta sexta, enquanto a liquidação da oferta ocorrerá na segunda-feira, 22, quando também serão revelados preço mínimo e cobertura mínima estabelecidos durante o processo de definição das condições para o follow-on.

PT questiona privatização na Justiça

Nesta semana, o Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entrou com uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal para questionar o processo de privatização da Sabesp, promovido pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de oposição a Lula.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, deu 24 horas para que o governo do Estado de São Paulo e órgãos vinculados à gestão paulista deem explicações sobre o processo de privatização, além de determinar que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República se posicionem sobre o tema no mesmo prazo.

Um dos argumentos dos opositores da privatização é que a Sabesp está sendo vendida a um preço baixo. A Equatorial, única empresa a apresentar oferta para ser investidor de referência, propôs R$ 67 por ação. O valor estava abaixo das cotações da ação no mercado naquele momento, e se distanciou mais ainda das cotações atuais. A ação da Sabesp chegou à máxima histórica de R$ 85 nos últimos dias, recuando a R$ 82 na véspera – ainda 20% acima do preço da Equatorial.

A privatização da Sabesp prevê compromisso de investimentos da ordem de R$ 70 bilhões até 2029 para universalização dos serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo. A Equatorial também não poderá investir em áreas ou outros locais que concorram com a Sabesp, nem vender suas ações até lá. Além da Equatorial, nomes como a gestora IG4, a francesa Veolia, Aegea, Cosan, os canadenses da Brookfield e o grupo Votorantim chegaram a avaliar a participação na privatização.

Para pagar os R$ 6,9 bilhões ao governo de São Paulo, a Equatorial conseguiu um empréstimo-ponte com quatro bancos e prazo de 18 meses. Em paralelo, fez uma emissão de notas comerciais, liquidadas na última terça-feira, 16, e que serão dadas como garantia aos empréstimos. Os bancos participantes da emissão das notas são Itaú BBA, Safra, UBS BB e Bradesco BBI.

Perfil da Equatorial

Equatorial se consolidou nos últimos 25 anos no setor de energia elétrica – atualmente é dona de 7 distribuidoras, 3 mil quilômetros de linhas de transmissão e negócios na área de energias renováveis. E estreou em saneamento há apenas dois anos, ao arrematar a concessão da CSA, do Amapá, por R$ 930 milhões.

A entrada da Equatorial no capital da Sabesp, como acionista de referência, é um salto gigantesco em sua atuação nessa área. Como acionista de referência, terá direito a indicar o presidente e os diretores da Sabesp, além de ficar com três assentos no conselho de administração – o governo paulista indica três nomes e outros três serão conselheiros independentes.

A Equatorial é o terceiro maior grupo de distribuição de energia do País em número de clientes (atende mais de 10 milhões de consumidores). Em 2023 faturou cerca de R$ 40 bilhões, com lucro consolidado de R$ 2,8 bilhões. Com capital bastante pulverizado, a empresa não tem um controlador definido – seus principais acionistas são os fundos Opportunity (6,3%), Atmos (5,7%) e Capital World Investors (5,2%).

A leitura do mercado é de que a operação pode ser positiva tanto para a Equatorial, que é conhecida por sua capacidade de gestão, quanto para a Sabesp, que tem uma operação consolidada no setor.

Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda

 


A crise na Avibras já se arrasta há pelo menos uma década. Os funcionários estão há mais de dois anos sem trabalhar e sem receber salários. A Justiça homologou este ano a recuperação judicial solicitada pela empresa, que está em tratativas para ser vendida a um grupo australiano.

 

Por g1 Vale do Paraíba e Região

 

Avibras, em Jacareí — Foto: Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos

Avibras, em Jacareí — Foto: Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos 

 

O Deputado Federal Guilherme Boulos (PSOL) apresentou, nesta quinta-feira (18), um projeto de lei na Câmara dos Deputados, para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras.

De acordo com o projeto de lei, a desapropriação da Avibras tem como objetivo:

  • reforçar a posição estratégica da defesa do Brasil e a segurança nacional;
  • permitir a retomada de investimento dos projetos em andamento e de novos projetos;
  • garantir às forças armadas o abastecimento perene de insumos estratégicos à operação;
  • e possibilitar que a administração pública direcione investimentos para projetos essenciais à defesa do Brasil.


Com base no relatório da empresa, o deputado diz que “o governo federal poderia estabelecer um valor justo para desapropriação da Avibras por um valor próximo a R$ 2 bilhões”.

A proposta diz ainda que “a possibilidade de venda da Avibras a empresas estrangeiras pode prejudicar a segurança nacional e a defesa do Estado, bem como a autonomia e a indústria nacional”.

A crise na Avibras já se arrasta há pelo menos uma década. Os funcionários estão há mais de dois anos sem trabalhar e sem receber salários. A Justiça homologou este ano a recuperação judicial solicitada pela empresa, essa é uma das etapas necessárias para uma possível negociação.

No final de junho, a Avibras divulgou uma nota dizendo que segue em negociação para a venda da fábrica para a empresa australiana DefendTex,. O comunicado dizia que as companhias estão empenhadas em concluir o processo de aquisição e realizar o aporte de capital a partir do dia 30 de julho - leia mais abaixo.

Projeto de lei quer que o governo federal compre a Avibras 

 

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Alares compra Azza Telecom por R$ 188 milhões, e atinge marca de 765 mil clientes

 Alares internet | Parnamirim RN


A Alares, uma das maiores provedoras regionais de internet do País, acertou a compra da Azza Telecom, empresa que tem 133 mil clientes em 48 cidades paulistas. O negócio saiu pelo valor de R$ 188 milhões, de acordo com nota distribuída à imprensa. A conclusão da aquisição ainda depende de aprovações regulatórias.

A Azza Telecom, com sede em Sorocaba (SP), possui cerca de 8 mil quilômetros de redes que permitem conectar em torno de 836 mil de endereços. A empresa possui ainda 30 lojas para o atendimento presencial dos clientes.

Com esta aquisição, a Alares passará de 633 mil para 765 mil clientes, enquanto o número de cidades onde atua passará de 180 para 228 cidades nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul, sendo líder em 40% das localidades onde atua.

A compra fortalecerá principalmente a presença da companhia no Estado de São Paulo, um dos mercados mais concorridos do País. Por fim, a rede de fibra ótica vai crescer de 24 mil para 32 mil quilômetros.

Segundo o presidente da Alares, Denis Ferreira, esse movimento representa
mais um passo importante na estratégia de crescimento da companhia – que já realizou várias outras aquisições – e reforça sua atuação como protagonista na consolidação do mercado de banda larga do Brasil.

“Nossa rede de fibra óptica chegará a mais de 32 mil quilômetros, se estendendo por diversas cidades do Brasil desde o Ceará até o Paraná, endereçando um mercado de 3,3 milhões de residências e empresas nas regiões que atua”, afirma Ferreira, em nota.