Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 20,
que o resultado fiscal de 2024 será muito melhor do que o do ano passado
e que há muitos setores com potencial para se desenvolver e impulsionar
o crescimento econômico.
As
declarações foram dadas durante palestra sobre “Perspectiva Econômica
Brasileira” em evento realizado pelo BTG Pactual, em São Paulo, com
moderação feita pelo economista-chefe da instituição e ex-secretário do
Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
“Nós estamos tirando o pé do
fiscal. Esse ano não tem como não ser muito melhor do que o ano passado,
não tem como. Aconteça o que acontecer, o ano que vem vai ser melhor do
que esse ano, aconteça o que acontecer. Eu estou acompanhando os dados.
Nós estamos tirando o estímulo fiscal de maneira organizada, sensata,
sem prejudicar os pobres. Não vejo nenhum diagnóstico que aponte um erro
grave na condução dessa questão”, afirmou Haddad.
Ele
ponderou que a questão fiscal, que preocupa a Fazenda, é importante,
mas que é preciso olhar para o todo. O ministro apontou que o conjunto
de medidas tomado pelo governo melhorou o ambiente de crédito e há
espaço para mais. Ele também destacou a importância da construção civil
para a economia, com a geração de empregos e renda e o potencial do
mercado de seguros diante da crise climática, que depende de aprovação
de projetos no Congresso.
“Veja o que aconteceu no Rio Grande do
Sul também. Todo mundo dizia que seria uma década perdida e o discurso
acabou em dois meses”, destacando a melhora na arrecadação do Estado no
primeiro semestre, a produção industrial e o estancamento das demissões.
Haddad também destacou o potencial do País no agronegócio. “Hoje nós
não somos só o celeiro do mundo, nós somos o supermercado do mundo”,
afirmou Haddad.
Diante
desse cenário, o ministro avalia que não se precisa fazer grande coisa
no Brasil para o País crescer. “Eu só vejo possibilidades para a gente
explorar. Precisa distensionar um pouco na política, continuar esse
trabalho de agregar, de adensar as pessoas que querem o bem do Brasil. O
Brasil está pronto para dar um salto. Essa é a minha convicção total:
nós temos condições de dar um salto”, disse.
Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda ‘nada’, diz a Squadra (Crédito: Brazil Journal)
Do Brazil Journal
A
hora para investir em ações brasileiras é agora: os preços estão muito
deprimidos e os riscos não justificam os atuais níveis de desconto da
Bolsa. Esta é a principal mensagem da carta de gestão que acaba de ser
publicada pela Squadra Investimentos, que administra R$ 19 bilhões no
Rio de Janeiro.
“Tem que investir quando está barato, não quando você acha que vai subir,” disse o fundador Guilherme Aché ao Brazil Journal.
Entre
suas teses de maior convicção, a gestora destacou Equatorial e
Energisa, com taxas internas implícitas de retorno batendo em inflação +
12% ao ano. Outros destaques são Ultrapar, Vibra, PRIO, Rumo e
Multiplan.
A XP Investimentos elevou para 11,75% sua projeção para a taxa básica de juros
ao final deste ano, com o ciclo de aperto de juros começando já no
próximo mês, e estimou que a taxa básica chegará a 12% em janeiro de
2025, disse a plataforma de investimentos em relatório nesta
segunda-feira (19).
Anteriormente,
a expectativa da XP era que a Selic terminasse 2024 em 10,50%, patamar
em que está atualmente. Para o final de 2025, a XP espera uma Selic de
12%, mas alerta que pode calibrar este cenário no futuro.
“O Copom deve iniciar um ciclo moderado de ajuste financeiro já em setembro.
Projetamos
que a taxa Selic atingirá 12%, após uma alta de 0,25 ponto percentual,
seguida de duas altas de 0,50 pp e uma final de 0 ,25 pp em janeiro do
ano que vem”, afirma o relatório assinado pelo economista-chefe da XP,
Caio Megale, e equipe.
“Considerando
que nos distanciaremos ainda mais do nível neutro de juros, é provável
que o Copom encontre espaço para cortes no final de 2025 ou início de
2026. Aguardaremos a evolução dos dados antes de calibrar esse cenário.
Por agora, manteremos a projeção de taxa Selic em 12,00% para o final de 2025.”
A
XP elevou ainda expectativa para o IPCA, índice de referência para o
regime de metas de inflação, para 4,4% ao final deste ano, ante previsão anterior de alta de 4,1%.
A
meta de inflação é de 3%, com banda de tolerância 1,5 ponto percentual
para mais ou para menos, para o final de 2025, a XP controla sua
projeção para o IPCA para 4%, ante 4,3% estimados anteriormente.
A
plataforma informou ainda que elevou para 2,7% a estimativa para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, ante projeção de
2,2%. Para 2025, a previsão foi reduzida para 1,6%, ante 1,7%
A XP manteve a projeção para o câmbio em 5,40 reais tanto para o final deste ano quanto para o encerramento do ano que vem.
O Comitê de Política Monetária (Copom) será convocado nos dias 17 e 18 de setembro.
O
diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo,
afirmou nesta segunda-feira, 19, que a entrevista do presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, com a indicação de que os
diretores do BC vão trabalhar na normalidade “foi importante”. À Rádio
Gaúcha, na última sexta-feira, 16, Lula disse que a pessoa que vai
indicar como novo presidente do Banco Central vai precisar ter
“compromisso com o povo brasileiro” e “coragem” para alterar a Selic
sempre que for necessário.
“Na hora que precisar reduzir a
taxa de juros, ele vai ter de ter coragem de dizer que vai reduzir. Na
hora que vai aumentar, ele vai ter de ter a mesma coragem de dizer que
vai aumentar”, afirmou o presidente na ocasião.
Galípolo,
que participou nesta segunda-feira de evento em Belo Horizonte,
reforçou que está colocada a possibilidade de alta da Selic, mas lembrou
que faltam quatro semanas para reunião.
O BC tem as
ferramentas necessárias para perseguir a meta de inflação, destacou o
diretor, acrescentando que cabe à autoridade monetária colocar os juros
em nível restritivo o suficiente para atingir o alvo, de 3%.
Segundo
ele, tem sido bastante interessante a experiência com um BC
independente. “A discussão sobre autonomia do BC vem de posições
antagônicas. Há ideia de que autonomia do BC significa se contrapor ao
poder democraticamente eleito. Há outra posição de que, com autonomia,
BC não precisa prestar contas à sociedade.”
A
Nokia anunciou que foi selecionada pela TIM Brasil para expandir a
cobertura de sua rede móvel de tecnologia 5G em 15 Estados brasileiros, a
partir de janeiro de 2025. Em comunicado nesta segunda-feira, o
fabricante finlandês de equipamentos de rede disse que o acordo levará
conectividade segura e de velocidade ultra-alta a uma população mais
ampla, permitindo a empresas locais que digitalizem suas operações, de
forma a “promover a inovação e impulsionar o crescimento econômico”.
Detalhes financeiros do acordo não foram revelados.
No começo da manhã (pelo horário de Brasília) desta segunda-feira, a ação da Nokia chegou a subir 1,3% na Bolsa de Helsinque.
O
Ibovespa ampliou a alta e trabalhava acima dos 135 mil pontos pela
primeira vez na sua história nesta segunda-feira, 19, endossado pela
trajetória ascendente de Wall Street, com Vale e Bradesco respondendo
pelas principais contribuições positivas.
Por
volta de 12h10, o Ibovespa avançava 0,95%, a 135.230,66 pontos, tendo
chegado a 135.349,94 pontos na máxima até o momento, novo topo histórico
intradia. O volume financeiro somava R$ 7,8 bilhões.
Em
Nova York, o S&P 500 avançava 0,45%, com investidores no aguardo do
discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole na
sexta-feira, enquanto seguem ajustando apostas para a queda dos juros
nos Estados Unidos.
Pesquisa da Reuters realizada com economistas
de 14 a 19 de agosto mostrou uma pequena maioria esperando que o Fed
reduzirá sua taxa de juros em 25 pontos-base em cada uma das três
reuniões de política monetária restantes em 2024.
A
perspectiva de que o Fed começará a diminuir os juros no próximo mês,
combinada a uma avaliação de modo geral positiva da temporada de
balanços no Brasil, tem contribuído para a performance recente do
Ibovespa, que já sobe 5,94% em agosto.
Nesta sessão, apesar dos
saltos de Petz, Magazine Luiza e Cogna, as principais contribuições
positivas eram Vale, com a alta do minério de ferro, e Bradesco, com
“upgrade” do Goldman Sachs.
“Se
o índice continuar marcando novas máximas ou fechar três pregões pelo
menos acima dos 134.400 pontos, mostrará resiliência no movimento e os
próximos objetivos estão em 137.000, 141.000 e 150.000 pontos”, estima o
Itaú BBA.
Dólar
O dólar recuava mais de 1% frente ao real
nesta segunda-feira, em movimento alinhado com a fraqueza da moeda
norte-americana no exterior, à medida que investidores consolidam suas
apostas sobre um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Às
11h57, o dólar à vista caía 1,03%, a R$ 5,4110 na venda. Na B3, o
contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 1,02%, a
R$ 5,429 na venda.
O desempenho da moeda norte-americana no Brasil
acompanhava perdas da moeda ante uma série de divisas fortes e de
emergentes ao redor mundo, com destaque para o retorno da força do iene.
O dólar tinha queda de 0,81% em relação ao iene, a 146,38.
Entre moedas emergentes, o dólar recuava contra o peso chileno, o rand sul-africano e o peso colombiano.
Os
movimentos ocorrem em meio a expectativa pelo início de um ciclo de
afrouxamento monetário no Fed em sua reunião de setembro, após uma série
de dados benignos para a inflação dos EUA na semana passada.
Operadores
veem 77% de chance de o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual no
próximo mês, o que seria o primeiro movimento da taxa desde julho de
2023, quando ela foi elevada para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
Quanto
mais o banco central dos EUA reduzir os juros, pior para o dólar, que
se torna comparativamente menos atraente quando os rendimentos dos
Treasuries caem.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,48%, a 101,970.
No
radar dos investidores nesta semana está o discurso do chair do Fed,
Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira, em que ele
pode fornecer sinais sobre a trajetória dos juros nos EUA.
Interior de uma cafeteria Cheirin Bão (Crédito: Reprodução/Cheirin Bão)
Matheus Almeidai
Em
menos de 5 anos de operação, a Cheirin Bão chegou a 800 unidades em
funcionamento, ultrapassou a concorrência e se tornou a maior rede de
franquias de cafeterias do Brasil.
A liderança no segmento foi
consolidada em 2023, quando encerrou o ano com 539 unidades e um
crescimento de 23,2% em relação aos 414 estabelecimentos da rede em
2022, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Para
efeito de comparação, a empresa aparece no ranking da ABF das 50
maiores franqueadoras brasileiras pouco atrás da Kopenhagen, que fechou o
ano passado com 672 lojas, mas com chocolate como carro-chefe. A
Kopenhagen informa, em números mais recentes, possuir 689 lojas com
cafeteria.
No
mesmo ranking, apenas duas são do segmento exclusivo de cafeterias: a
Cheirin Bão e a Casa de Bolos, que tinha ao final do ano passado 481
estabelecimentos.
O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de unidades da rede, com 163. Em São Paulo, também são 163.
A história da Cheirin Bão
Fundada
em 2019, a Cheirin Bão cresceu de forma acelerada através de um modelo
montado para apressar seu escalonamento. As unidades requerem uma
estrutura enxuta, com apenas um forno e uma máquina de café alugada. Já
os produtos servidos são integralmente fornecidos pela franqueadora,
assim como a publicidade.
Com
apenas R$ 300 mil, é possível tornar-se um franqueado. Segundo Wilton
Bezerra, CEO e co-fundador da empresa, o faturamento das lojas varia de
R$ 40 mil a R$ 1 milhão a depender do ponto, com lucro líquido de cerca
de 25%. “Quanto mais eu mantenho esse investimento baixo, maior a
possibilidade de retorno de capital. Isso possibilita que esses
franqueados se tornem multifranqueados”, afirma.
O
resultado foi um faturamento de R$ 350 milhões em 2023. Este ano, a
projeção informada pela empresa é de que a receita chegue a R$ 400
milhões.
Para
montar um modelo que fosse bem sucedido para o franqueado e assim
crescesse mais rápido, os fundadores utilizaram suas raízes no sul de
Minas Gerais e a experiência de ambos no setor de franchising. Wilton
Bezerra veio da área estratégico-operacional de franquias, e outro
fundador, Eduardo Schroeder, do administrativo-jurídico.
Ambos
fundaram a holding Universal Franchising (UF), que antes da Cheirin Bão
possuía duas empresas de estética (Depilesse e BeautyB), e hoje conta
ainda com a rede de restaurantes Culinária Mineira.
Marca ainda desconhecida do grande público
A
Cheirin Bão não possui uma marca tão conhecida como seu tamanho
sugeriria. Isso é explicado em parte pela estratégia adotada nos
primeiros anos, com pouco investimento em mídia.
“A gente
inicialmente trabalhou muito em termos de posicionamento de lojas,
crescendo marca, mostrando a marca através das lojas”, explica o CEO.
“Mas agora a gente este ano, em 2024, entrou forte com mídia.”
A
empresa investiu neste ano R$ 10 milhões em campanhas de publicidade
para televisão e internet. O ator Jackson Antunes, da atual novela da
Rede Globo Pantanal, foi escolhido como rosto da marca.
Do plantio ao pó da máquina
O
modelo da Cheirin Bão conseguiu cortar custos dos franqueados através
de diferentes estratégias. Primeiramente, a holding possui um
ecossistema para atuar em todas as etapas de produção do que é vendido
ao cliente.
“Desde
a produção lá na fazenda, o plantio do café, a industrialização dos
produtos e a distribuição até chegarem nas lojas, todas as empresas são
do grupo”, afirma Bezerra. “Não são parcerias. São empresas do grupo,
CNPJs distintos obviamente, mas a UF é sócia em todas.”
As
comidas congeladas para aquecimento na loja são o único alimento que
conta com um parceiro produtor. Ainda assim, a distribuição fica por
conta dos centros logísticos da UF.
“A gente faz a curadoria dos
fornecedores, negociação de preço, compra esses produtos, armazena no
operador logístico e entrega nas lojas”, resume Bezerra. “O frentista
não precisa comprar nada localmente, tudo chega pra ele.”
O CEO
destaca, porém, que mesmo as comidas produzidas por parceiros contam com
receitas exclusivas. A rede lança dois cardápios por ano. A cada seis
meses, entram cerca de vinte produtos para a lista de comidas e bebidas
servidas nas cafeterias.
Outra estratégia para baratear os custos é
o estabelecimento de um valor fixo de royalties de R$ 2,5 mil por mês.
Já a máquina de café expresso é alugada por R$ 600 ao mês, com
manutenções inclusas.
Além disso, o formato com apenas forno e
cafeteira dispensa a contratação de mão de obra qualificada e espaço de
dispensa ou cozinha.
No cardápio fixo, o CEO destaca os waffles de pão de queijo, os sanduíches do mesmo waffle e o café coado.
Planos de expansão
A
rede prepara o início da comercialização de seus produtos no varejo
digital, para enviá-los a lugares onde ainda não há lojas. A operação
deve começar em setembro. Assim, espera aumentar a sua presença no país.
Atualmente, mais de 300 unidades estão no Sudeste. Os recursos
arrecadados com a venda do comércio pela internet serão destinados ao
fundo de publicidade da empresa.
Também estão nos planos da
Cheirin Bão as primeiras unidades franqueadas fora do país, a serem
abertas por empresários e franqueadores master em Miami e Boston,
cidades dos Estados Unidos com grande presença de brasileiros. A
expectativa é que sejam inauguradas entre o final do ano e o começo de
2025.
Para o futuro, os mineiros não descartam levar a UF para a
bolsa de valores brasileira. “É o objetivo de qualquer empresa que
cresce. Eu não escondo que é um desejo futuro também”, diz Bezerra, que
esclarece que o plano aguardará um bom momento no mercado de capitais.
“A gente tem hoje processos de governança bem estabelecidos, de
compliance, deixando a empresa pronta pra isso.”