segunda-feira, 30 de setembro de 2024

BC comunica vazamento de dados cadastrais ligados a chaves Pix na Qesh

 

Ficheiro:Banco Central do Brasil logo.png – Wikipédia, a ...

 

O Banco Central comunicou nesta segunda-feira, 30, um “incidente de segurança” com dados pessoais vinculados a chaves Pix sob a responsabilidade da instituição de pagamentos Qesh. Em nota, a autarquia informa que as informações vazadas foram de caráter cadastral e que não permitem a movimentação de recursos ou acesso às contas.

“Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário”, afirmou o BC, acrescentando que o vazamento ocorreu devido a “falhas pontuais” nos sistemas da Qesh.

As pessoas que tiverem dados cadastrais obtidos a partir desse incidente serão notificadas pelo aplicativo ou internet banking da sua instituição de pagamentos, informou o BC. Nem a autarquia, nem instituições participantes usarão outros meios de comunicação, como aplicativos e mensagem chamadas telefônicas.

“O BC informa que foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente”, afirmou a autarquia.

 

Ambipar recebe certificação de Ações Verdes pela B3 e Standard & Poors

A Ambipar informou nesta segunda-feira, 30, que foi reconhecida como ação verde (green equity) pela B3 e certificada pela Standard & Poors. É a primeira empresa privada da América Latina a obter tal denominação.

Atualmente, apenas 0,02% das empresas listadas em bolsas globais possuem esta certificação.

A outra empresa brasileira a ter tal titulação é a Sabesp, que recebeu a nomeação em junho deste ano, quando ainda era uma companhia estatal, sendo privatizada posteriormente em julho.

MEC quer dar bolsa para estudantes universitários; entenda

 

 

 

 Camilo Santana | Partido dos Trabalhadores

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta segunda-feira, 30, que o governo pretende criar uma versão para o ensino superior do programa Pé-de-Meia, que dá bolsas a alunos do ensino médio para combater a evasão escolar. Segundo ele, a iniciativa é prevista para 2025 e pretende beneficiar universitários de baixa renda.

A ampliação, porém, esbarra nos limites orçamentários. O programa já atendia 2,4 milhões de alunos, ao custo de R$7,1 bilhões anuais. Em agosto, o governo anunciou a expansão para mais 1,2 milhão. Três dias após o anúncio, no entanto, o Estadão mostrou que o governo congelou verbas para o programa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer o Pé-de-Meia como uma das marcas do seu governo. A ideia foi incluída no programa de Lula ainda na eleição, quando ele angariou o apoio da presidenciável Simone Tebet (MDB) no 2º turno. O benefício era uma das propostas da hoje ministra do Planejamento e Orçamento.

Em entrevista ao jornal O Globo, Santana afirmou que a proposta seguirá os mesmos moldes do que é feito no Pé-de-Meia para o ensino médio, mas não detalhou de onde virão os recursos.

O Pé-de-Meia prevê que o estudante que se matricular a cada ano no ensino médio receberá aporte inicial de R$ 200. Depois, quem frequentar a escola receberá nove parcelas de R$200, totalizando R$1,8 mil por ano.

Na conclusão de cada ano, o jovem recebe valor adicional de R$ 1 mil, que poderá ser sacado integralmente só quando ele terminar o ensino médio. Por fim, ao se formar na etapa, aquele que fizer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebe bônus de R$ 200.

“Tem aluno que abandona (o curso) porque às vezes não tem onde morar. Estamos começando a construir um Pé-de-Meia para o estudante universitário, uma proposta para ser discutida com o presidente. Ele já está empolgado”, disse o ministro na entrevista ao jornal carioca.

Segundo ele, a proposta ainda está sendo desenhada, mas a ideia é que o aporte financeiro possa ajudar universitários a pagarem aluguel, financiar alimentação, entre outros pontos. Segundo o ministro, o programa voltado para o ensino médio tem surtido efeito positivo, aumentando a frequência dos estudantes na escola.

Lula: Economia não tem mágica e não se dá ‘cavalo de pau’

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 30 em encontro com empresários realizado no México, que sempre soube que em economia não tem mágica e não se dá “cavalo de pau”.

“Eu sempre compreendi que em economia não tem mágica, você não inventa economia. Não dá um cavalo de pau como se estivesse num carro, numa autopista, num país do tamanho do México. E muito menos você dá um cavalo de pau numa economia do tamanho do Brasil”, disse o presidente brasileiro.

Lula disse que teve sorte em seus dois primeiros mandatos e que está tendo sorte de novo. Dessa vez, não falou em tom de ironia. O petista costuma ironizar adversários que atribuem à sorte os resultados de seu governo. Ele também afirmou que é preciso ter “sensibilidade política” para conduzir as ações no Brasil e no México.

O evento tem a presença nomes importantes do PIB brasileiro, como Joesley e Wesley Batista, da JBS. Também participa o indicado por Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele ainda não foi sabatinado pelo Senado, passo necessário para assumir o cargo. Lula se referiu a ele como “companheiro que logo logo será o presidente do Banco Central”.

Tributária pode levar empresas a investirem mais em responsabilidade social, afirma Mendonça

 Com a presença de Bolsonaro, André Mendonça toma posse nesta ...


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Andre Mendonça disse nesta segunda-feira, 30, que a reforma tributária pode trazer mais incentivos para empresas investirem em responsabilidade social. “Há grandes iniciativas em andamento, mas nós precisamos também ter uma melhor estruturação, inclusive legislativa. Um dos nossos trabalhos hoje é atuar junto à reforma tributária, a fim de que nós possamos trazer mais incentivos para as empresas investirem em responsabilidade social”, afirmou Mendonça.

Ele conversou com jornalistas durante o 3º Seminário de Responsabilidade Social 2024, promovido pelo Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento.

O ministro falou brevemente sobre o problema da desigualdade e a existência de “bolsões de pobreza” no Brasil, e disse que a reversão do cenário cabe ao Estado, mas também à sociedade civil, o que inclui as empresas.

“Não é só esperar do Estado. O Estado tem um papel muito importante, mas também é a sociedade civil. E o nosso papel como sociedade civil é trazer a unidade de esforço para essa transformação efetiva”, disse.

24% dos brasileiros perderam dinheiro em golpes virtuais nos últimos 12 meses, diz pesquisa

 

Golpistas roubam fotos de mulheres nas redes sociais e as utilizam para  anunciar site de conteúdo pornográfico

 

Uma pesquisa realizada pelo DataSenado em parceria com a Nexus, empresa da FSB Holding, mostra que 24% dos brasileiros perderam dinheiro nos últimos 12 meses por crimes cibernéticos dos mais variados tipos, como clonagem de cartão de crédito ou invasão de contas bancárias.

Os pesquisadores ouviram 21.808 pessoas de 5 a 28 de junho para produzir o levantamento Panorama Político 2024. Esses são os Estados com os maiores porcentuais de vítimas de golpes: São Paulo (30%), Mato Grosso (28%), Roraima (27%), Distrito Federal (27%) e Espírito Santo (26%). Piauí (18%) e Ceará (17%) são as unidades federativas com as menores proporções de vítimas.

O levantamento aponta que a maior parte dos golpes se concentra em pessoas de cidades médias (de 50 mil a 500 mil habitantes). As vítimas dos crimes cibernéticos nessas cidades representam 41% do total no País. As cidades pequenas (de até 50 mil habitantes) concentram 26% das vítimas, enquanto os grandes centros (mais de 500 mil moradores) registram 32% dos golpes.

O estudo indica, ainda, que pessoas mais pobres são alvo mais recorrente desse tipo de crime. Mais da metade de todas as vítimas (51%) recebe até dois salários mínimos por mês (até R$ 2.824). A proporção, no entanto, é semelhante a essa fatia da população a nível geral – segundo o IBGE, 49% da população ganham até dois salários mínimos.

Os cidadãos que recebem de dois a seis salários mínimos mensais (R$ 2.824 a R$ 8.472) representam 35% das vítimas de golpes virtuais. O restante (14%) é formado por pessoas que ganham mais de seis salários mínimos.

A maioria dos alvos dos golpes é de cidadãos empregados. Duas em cada três vítimas têm emprego, enquanto 29% estão fora da força de trabalho e 5% estão desocupados.

Em comunicado divulgado à imprensa, o coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, José Henrique Varanda, disse que o levantamento permite compreender a dimensão dos crimes cibernéticos no Brasil e pode servir para a elaboração de propostas para combater esses golpes. “Outro destaque é a representatividade da pesquisa ao trazer dados locais. As estimativas por unidade da Federação são importantes para representação parlamentar do Senado”, afirma Varanda.

O CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, afirmou que esses golpes “têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros” e que “os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema”.

BCE não vai esperar que inflação retorne à meta de 2% para cortar juros, diz Lagarde

 


A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse, em rodada de perguntas e respostas na Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu, nesta segunda-feira, 30, que os dirigentes da instituição não vão esperar que inflação retorne à meta de 2% para seguir com novos cortes das taxas de juros.

Ela também citou que o núcleo da inflação está em tendência descendente e que a inflação doméstica está reduzindo “muito gradualmente”.

Durante a sessão, Lagarde disse que a União Europeia precisa ser capaz de inovar, caso contrário “não será capaz de ser competitiva”.

Recuperação econômica

A presidente do Banco Central Europeu afirmou também que o nível de alguns indicadores da zona do euro sugere que a recuperação econômica está enfrentando obstáculos. A dirigente ressaltou, no entanto, que é esperado que a recuperação se fortaleça ao longo do tempo.

“A desinflação acelerou nos últimos dois meses. Olhando para o futuro, a inflação pode aumentar temporariamente no quarto trimestre deste ano”, disse Lagarde. “Mas os últimos desdobramentos fortalecem nossa confiança de que a inflação retornará à meta de 2% em tempo hábil”, acrescentou.

Ela comentou ainda que o mercado de trabalho da zona do euro continua resiliente, por mais que indicadores recentes apontem para uma desaceleração nos próximos trimestres.