segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Estudo sobre prosperidade das nações leva Nobel de Economia


Trabalho mostra que instituições inclusivas tornaram-se prósperas ao longo do tempo 
 
 

Redação

 

 

Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson receberão o Nobel de Economia 2024

 

Os economistas Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson receberão o Prêmio Nobel deste ano por seus estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade. O comitê destacou que o trio soube explicar a razão pelas quais as sociedades com um Estado de direito precário e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudanças para melhor. "Quando os europeus colonizaram grandes partes do globo, as instituições nessas sociedades mudaram", relatou o comitê do Nobel, citando o trabalho do trio.

Enquanto em muitos lugares isso visava explorar a população indígena, em outros lugares isso lançou as bases para sistemas políticos e econômicos inclusivos. De acordo com o comitê organizador do Nobel, o trio de economistas mostrou que uma explicação para as diferenças na prosperidade dos países são as instituições sociais que foram introduzidas durante a colonização. Os países que desenvolveram "instituições inclusivas" tornaram-se prósperos ao longo do tempo, enquanto aqueles que desenvolveram "instituições extrativas" experimentaram um crescimento econômico persistentemente baixo.

Em seu livro de 2012 "Por que as nações fracassam", Acemoglu, professor turco-americano do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e Robinson, professor britânico da Universidade de Chicago, argumentam que algumas nações são mais ricas do que outras por causa de suas instituições políticas e econômicas. A obra abre com uma comparação de padrões de vida em duas cidades chamadas Nogales – uma no Arizona e uma ao sul da fronteira na região de Sonora, no México. Enquanto alguns economistas argumentam que diferenças em clima, agricultura e cultura têm grandes impactos na prosperidade de um lugar, Acemoglu e Robinson argumentam que aqueles que vivem em Nogales, Arizona, são mais saudáveis e ricos por causa da força relativa de suas instituições locais.

 

 

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Brasil precisa qualificar 14 milhões de profissionais até 2027

 


Logística, construção, manutenção e metalmecânica serão as áreas com maior demanda 
 
 
Novos trabalhadores deverão demonstrar habilidades técnicas como domínio de máquinas, equipamentos e softwares

 

 

Para atender a demanda da indústria brasileira nos próximos três anos, será necessário qualificar cerca de 14 milhões de profissionais entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial. O número contempla a necessidade de formação de 2,2 milhões de novos profissionais e de requalificação de 11,8 milhões que já estão no mercado. A projeção leva em conta o crescimento da economia e do mercado de trabalho. O levantamento é elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo é uma importante ferramenta de inteligência para subsidiar as ações de planejamento de oferta do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O diretor-geral do Senai, Gustavo Leal, explica que o cenário apresentado pelo Mapa reforça a relevância do aprendizado contínuo, bem como a necessidade de os profissionais, novos ou experientes, acompanharem as transformações do mundo do trabalho, especialmente em um contexto de transição para uma economia digital e sustentável. "Com o avanço de novas tecnologias, é essencial que as habilidades dos trabalhadores evoluam junto com essas mudanças. Isso não só representa oportunidades de emprego, como também impulsiona a produtividade e o desempenho da indústria", avalia.

Competências técnicas e socioemocionais

 
As projeções do Mapa do Trabalho também mostram que 11,8 milhões de trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores no Brasil. A atualização envolve o desenvolvimento de competências em dimensões como hard skills (habilidades técnicas como domínio de máquinas, equipamentos e softwares), soft skills (competências comportamentais como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação) e ações de saúde e segurança no trabalho (como inspeção de instalações, normas e regulamentos), para que os trabalhadores contem com as habilidades necessárias para desempenhar as funções de maneira eficaz e segura. Logística e transporte; construção; operação industrial; metalmecânica; manutenção e reparação; e alimentos e bebidas são alguns dos setores com carência de profissionais requalificados e treinados para o mercado atual.

Mercado financeiro eleva projeção de expansão da economia

 Ficheiro:Banco Central do Brasil logo.png – Wikipédia, a ...


O mercado financeiro aumentou as projeções de crescimento da economia e da inflação para este ano. A edição desta segunda-feira (14) do Boletim Focus – emitido pelo Banco Central – aponta que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá ficar em 3,01%, um pouco acima dos 3% projetados na semana passada. Já a inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – foi projetada em 4,39%, ante os 4,38% da semana passada.

A pesquisa Focus é realizada com economistas e é divulgada semanalmente pelo Banco Central. Para 2025, a publicação manteve a projeção de crescimento do PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – da semana passada. Segundo o mercado financeiro, o PIB no próximo ano deve ficar em 1,93%. Para 2025 e 2026, a projeção de expansão do PIB é de 2% para os dois anos.

Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

Inflação

A previsão do IPCA – considerado a inflação oficial do país – para 2025 caiu, passando de 3,97% na semana passada para 3,96% esta semana. Para 2026 e 2027, as previsões também são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro da margem de tolerância que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em setembro, puxado principalmente pelo gasto com a conta de energia elétrica das residências, o IPCA registrou alta de 0,44%. O aumento foi de 0,46 ponto percentual em relação ao mês anterior (-0,02%), influenciado pelo grupo habitação (1,8%), que contabiliza o reajuste nas tarifas de energia elétrica residencial.

No período, o gasto com o consumo de energia passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro. O grupo alimentação e bebidas também contribuiu para a acelerada do IPCA (0,5%), que registrou aumento após dois meses de quedas seguidas.

Para o ano, o acumulado da inflação é de 3,31%, sendo que – nos últimos 12 meses – o índice está em 4,42%.

Taxa de juros

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada de que a taxa termine 2024 em 11,75%. Para 2025, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 11%. Para 2026 e 2027, as projeções são de que ela fique em 9,5% e 9%, respectivamente.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o colegiado elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos, na última reunião, em setembro.

A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

Taxa básica

A próxima reunião do Copom está marcada para 5 e 6 de novembro, quando os analistas esperam um novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Câmbio

Em relação ao câmbio, a previsão de cotação do dólar ficou em R$ 5,40 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda norte-americana se mantenha em R$ 5,40. Para 2026, o câmbio deve ficar, de acordo com o Focus, em R$ 5,30, a mesma projeção para 2027.

Haddad diz que equipe na Fazenda levanta alternativas para reforma da renda

 Ministro Fernando Haddad fala na USP sobre os desafios da ...

 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que sua equipe está levantando todas as alternativas técnicas possíveis para a reforma do imposto de renda para apresentar ao presidente da República, Luiz Inácio Lula. Participante nesta segunda-feira do congresso Itaú BBA Macro Vision 2024, em São Paulo, Haddad ressaltou que não há prazo para envio das medidas para o Congresso, o que pode não ocorrer neste ano.

Ele disse que, em conjunto com a equipe do Ministério do Planejamento, estão levantando as deduções do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) por rubrica para determinar quem é favorecido pelas medidas.

Em relação ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Haddad disse que há avaliação sobre dividendos, seguindo os parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para que não haja comprometimento de investimentos ou promoção de injustiça tributária.

“Estamos em uma fase que, se às vezes vaza um documento, a pessoa acha que aquele documento que vazou é a proposta da Fazenda, e isso será um equívoco, porque essa proposta não está configurada. O que nós estamos nesse momento é uma espécie de ida ao Palácio do Planalto para apresentar para o presidente as variáveis que podem ser alteradas para melhor”, disse Haddad.

O ministro avaliou que, ao contrário da reforma sobre o consumo, a da renda ainda passa por uma fase de estudos mais preliminares tanto no âmbito do governo quanto do parlamento. “Tem um trabalho a ser feito, e nós queremos acertar, nós queremos, tanto do ponto de vista do consumo quanto da renda, aproximar o Brasil com o que tem de melhor no mundo. Olhando para os nossos pares, olhando para a OCDE de uma maneira geral, mas olhando para os nossos pares em particular, lembrando que nós temos as despesas contratadas e, portanto, a neutralidade da reforma tem que estar garantida para não ter nenhum risco fiscal associado nem ao Imposto sobre o Consumo, nem ao Imposto sobre a Renda. O pressuposto da reforma é, um, para a reforma sair, ela tem que ser neutra, o ajuste fiscal tem que estar em outro lugar, tem que ser buscado de outra forma”, disse.

Ele não fixou um prazo para o envio das propostas para a reforma da renda. “Não sei se será possível fazê-lo esse ano, até porque nós estamos com o calendário apertado e com tarefas inconclusas que nós gostaríamos de entregar esse ano, que é o programa do Planejamento com a Fazenda de revisão do gasto”, justificou.

BC não persegue nível de câmbio e forma de atuação não mudou, diz Galípolo

 


Notas de dólar

 

BRASÍLIA (Reuters) – O câmbio no Brasil é flutuante e as atuações do Banco Central se dão em situações de falta de liquidez ou excesso de volatilidade, sem que haja busca por qualquer nível específico para o real, disse nesta segunda-feira o diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo.

Em evento promovido pelo Itaú BBA, Galípolo afirmou que não há mudança de institucionalidade da lógica de atuação no câmbio pelo Banco Central.

“O câmbio no Brasil é flutuante, é uma linha de defesa relevante para a estabilidade e absorção de choques, e as atuações do BC se dão exclusivamente por algum tema relacionado a falta de liquidez ou excesso de volatilidade, sem a persecução de qualquer tipo de nível de câmbio”, afirmou.

Ao apontar que a volatilidade na interpretação de analistas sobre a forma de atuação do BC é quase tão grande quanto a da moeda brasileira, o diretor disse que o mercado migrou de um receio de “intervencionismo” para acusações de que ele é “mão fraca” nessa área.

O diretor ainda afirmou que o real tem ficado “persistentemente mais desvalorizado”, mas enfatizou que não há relação mecânica entre o nível do câmbio e a definição dos juros básicos no Brasil.

Após permanecer o fim de 2023 e início de 2024 ligeiramente abaixo de 5 reais, o dólar passou a subir no país. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana operava a 5,61 reais, acumulando alta de 15,6% no ano.

(Por Bernardo Caram)

Com 40 marcas e retorno de Herchcovitch, SPFW chega à sua 58ª edição

 


Com quase três décadas de história e mais de R$ 1 bilhão em investimentos, São Paulo Fashion Week acontece entre os dias 14 e 21 deste mês

 

 

A última SPFW, realizada em abril, foi encerrada com desfile de mix de cores, estampas e brilho da Amapô (Crédito: Nelson Almeida)

 

São Paulo abre as portas para mais uma edição da São Paulo Fashion Week (SPFW N58), que promove desfiles de marcas brasileiras entre os dias 14 e 21 de outubro, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque do Ibirapuera, no Iguatemi São Paulo e em locações especiais da capital paulista. A edição “As Joias da Rainha” celebra o passado, presente e futuro da moda com uma homenagem à jornalista, editora e diretora criativa Regina Guerreiro, em uma grande exposição com curadoria de Renato de Cara.

A maior semana de moda da América Latina ocorre há 29 anos. São 57 edições e mais de R$ 1 bilhão em investimentos, além de já ter recebido mais de três milhões de pessoas. Depois de quase três décadas, a passarela se transforma cada vez mais com produções e desfiles plurais, que valorizam aspectos da moda nacional, trazendo nomes renomados, como Alexandre Herchcovitch e João Pimenta, além dos estreantes Normando e Dario Mittman. “Essa edição enfatiza a força e a tradição da moda brasileira. É um diferencial. Uma das maiores expectativas é o retorno de Alexandre Herchcovitch”, disse à DINHEIRO Maya Mattiazzo, professora do Hub de Moda e Luxo da ESPM.

O tão aguardado retorno de Alexandre Herchcovitch, um dos mais importantes estilistas brasileiros, com mais de 30 anos de carreira, é uma das atrações desta edição, que reúne 40 marcas selecionadas pelo SPFW, entre elas Amapô e Lilly Sarti. O estilista é responsável por abrir a temporada, no espaço da Secretaria Estadual de Cultura, no Complexo Cultural Júlio Prestes, no centro da capital paulista.

Outro destaque que retorna à passarela é a Another Place. Nesta temporada, a marca pernambucana de moda agênero apresenta a coleção intitulada Perigo, que contempla cerca de 40 looks. A expectativa é de mais uma coleção com peças versáteis e atemporais, atributos que formam o DNA da grife fundada em 2015. Na 54ª edição do evento, em 2022, a grife apresentou a coleção Love Hurts, inspirada nos ciclos de um relacionamento, desde o primeiro olhar até o término. O conceito foi materializado por elementos de brilho, fendas e recortes.

Love Hurts, coleção da Another Place no desfile da SPFW em 2022 (Crédito:Ze Takahashi / @agfotosite)
Sou de Algodão apresentou “Tributo ao jeans” em 2023 (Crédito:Divulgação)
Normando, marca paraense estreia na nova edição (Crédito:Divulgação)
Coleção de João Pimenta na SPFW N57, no Edifício Martinelli (Crédito:Nelson Almeida)
Estilista Alexandre Herchcovitch retorna com a marca Herchcovitch; Alexandre no SPFW
 

BRASILIDADE

Sou de Algodão (SDA) é um dos projetos especiais da temporada. Em sua terceira participação no SPFW, o movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) tem “Manualidades” como tema do desfile, que conta com 12 estilistas parceiros para entregar 36 looks feitos com as técnicas manuais mais conhecidas, como crochê, tricô, macramê e aplicações, com pelo menos 70% de algodão como matéria-prima. A direção criativa é de Paulo Borges e o styling é assinado por Paulo Martinez.

hand made (feito à mão, em português) é peça-chave para a moda nacional, segundo Martinez. “A manualidade na moda brasileira nunca foi deixada de lado. Sempre foi protagonista, por mais sutil que ela seja usada em uma coleção, podendo estar em um acabamento, um bordado ou de forma mais evidente”, disse.

João Pimenta, um dos nomes mais conhecidos da alfaiataria masculina, que estará presente na sexta-feira (18) em dois desfiles, incluindo o do SDA, destaca os detalhes das criações em parceria com o Movimento. “Criamos três looks full florais. Serão apresentados um casaco, uma calça, uma saia com jaqueta e um vestido com calça. Além da estampa, haverá um trabalho manual de volumetria e, para nós, eles representam o ato de enviar flores. Por isso, o nome da nossa produção para o Sou de Algodão é ‘Vejo flores em você’”, explicou Pimenta.

Haddad diz que acordo entre Mercosul e União Europeia ainda tem assimetrias

 

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia ainda tem algumas assimetrias e que deve tratar do tema durante uma viagem que fará à Europa no próximo mês. Ele participou do Itaú BBA Macro Vision 2024, em São Paulo.

“Mesmo com as correções e revisões propostas pelo Brasil, ele ainda contém algumas assimetrias. Contudo, eu volto à questão da economia e da política. Eu penso que é um acordo que, economicamente, pode trazer uma perspectiva nova para o Mercosul, e eu acredito que, politicamente, faria muito bem para o mundo”, disse o ministro.

Ele lembrou que neste mês estará em Washington para concluir a reunião da trilha financeira do G20, presidida pelo Brasil, e que em novembro estará na Europa. Na pauta, um dos temas será o acordo entre União Europeia e Mercosul. “Devo passar por Alemanha, França e talvez Reino Unido, mas por outras razões, não pelo acordo”, disse sem entrar em detalhes.

Questionado sobre a presidência brasileira do G20, Haddad disse que o País deixará marcas importantes. “O Brasil liderou um processo de discussão sobre desigualdade no mundo, sobre o desafio climático, sobre o desafio da fome e da pobreza, sobre alinhamento dos bancos multilaterais em proveito do desenvolvimento, em especial dos países de renda baixa, endividados. Eu acredito que a presidência do Brasil é um ponto fora da curva”, comentou.

Antes de encerrar sua participação, Haddad deixou um recado sobre a questão da transformação ecológica, uma das bandeiras da sua gestão. “Nós estamos falando pouco das oportunidades que estão se oferecendo para o Brasil. Eu penso que essas oportunidades podem, junto com a reforma tributária, os marcos de garantia e de seguro, junto com todas as reformas que estão sendo feitas, com o apoio do Congresso e da sociedade, eu penso que o plano de transformação ecológica é uma espécie de cereja do bolo, porque é o que pode dar um impulso ainda maior para o nosso PIB potencial”, disse.