terça-feira, 15 de outubro de 2024

Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no “carro voador” em Taubaté

 


Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no "carro voador" em Taubaté
(Foto: Divulgação / EAM) BNDES

 

A Eve Air Mobility garantiu um empréstimo de R$ 500 milhões (cerca de US$ 88 milhões) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a instalação de sua unidade de produção de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecido como “carro voador” em Taubaté.

O financiamento, que faz parte do programa BNDES Mais Inovação, visa impulsionar projetos inovadores e reforçar o compromisso da empresa com a descarbonização e a mobilidade aérea urbana (UAM).

“O apoio do BNDES é essencial para nossa missão de transformar a mobilidade urbana com experiências de voo sustentáveis. Este financiamento permitirá que nossa unidade de fabricação não só seja a primeira do tipo no Brasil, mas também funcione com energia limpa”, afirmou Johann Bordais, CEO da Eve.

 

Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no "carro voador" em Taubaté
(Foto: Divulgação / EAM) BNDES

Inovação e sustentabilidadeBNDES

O novo financiamento é um desdobramento da parceria entre a Eve e o BNDES, que em 2022 já havia aprovado um crédito de R$ 92,5 milhões para o desenvolvimento do eVTOL. Com uma produção estimada de até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de sua fábrica em módulos, permitindo um crescimento sustentável à medida que o mercado evolui.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou que este investimento reforça o compromisso do governo do presidente Lula em fomentar inovações tecnológicas no Brasil. “O programa BNDES Mais Inovação já aprovou R$ 8 bilhões em créditos desde 2023, mostrando que estamos prontos para dar competitividade internacional às empresas nacionais”, ressaltou.

José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo do BNDES, acrescentou que o financiamento busca fortalecer a capacidade de inovação na mobilidade urbana e contribuir para a geração de empregos qualificados no país.

A empresa informou ainda que já possui uma carteira de pedidos de cerca de  2.900 eVTOLs, e que já se posiciona como líder no setor, com um potencial de receita de US$ 14,5 bilhões. A Eve já lançou seu primeiro protótipo em julho e trabalha em uma série de testes para garantir a eficiência e segurança das aeronaves.

Bradesco lança seu primeiro fundo de infraestrutura listado na B3

 


Ilustração de logo do Bradesco

 

matheusi

A Bradesco Asset, braço de investimentos do banco, lançou seu primeiro fundo de investimentos de infraestrutura listado na bolsa de valores. Sob o ticket BINC11, ele captou mais de R$ 474 milhões durante sua oferta primária.

A taxa de gestão do BINC11 é de 0,90% ao ano. Estão previstos pagamentos de amortização aos cotistas a cada 5º dia útil do mês. Ele está disponível para investidores pessoa física.

Também chamados de “fi-infra”, os fundos de infraestrutura investem em projetos de setores como energia, saneamento, rodovias, terminais portuários e aeroportos. Possuem entre suas vantagens a isenção do imposto de renda tanto sobre rendimentos como sobre ganhos de capital.

“Os projetos de infraestrutura estão em alta no Brasil, no embalo do desejo do governo federal em incentivar os investimentos na área como forma de gerar crescimento econômico”, afirma em nota o head de Gestão de Crédito High Grade da Bradesco Asset Management, Victor Tofolo. “O novo fundo está inserido nesse contexto.”

Prefeitura de SP vai à Justiça para exigir que Enel restabeleça energia imediatamente sob multa de R$ 200 mil por dia

 


A Prefeitura de São Paulo ingressou com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça nesta segunda-feira, 14, para que a concessionária Enel restabeleça imediatamente a energia elétrica nos pontos ainda afetados pelo apagão sob multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da determinação. O pedido ainda será analisado pela Corte.

Estadão entrou em contato com a Enel e aguarda posicionamento da empresa a respeito da ação judicial. A companhia tem afirmado que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados.

A falta de energia elétrica ainda atinge 220 mil imóveis – entre casas e comércios – na capital paulista e na Grande São Paulo, segundo atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta terça-feira, 15.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira. O prefeito buscou responsabilizar o governo federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema também tem pautado a propaganda eleitoral obrigatória dos dois candidatos.

Paralelamente à ação judicial, o Ministério de Minas e Energia deu à Enel, na segunda-feira, prazo de três dias para resolver o apagão na cidade de São Paulo.

A ação civil pública da Prefeitura tramita na 2ª Vara de Fazenda Pública da capital, assinada pela procuradora-geral do Município, Marina Magro Beringhs Martinez.

“Os vendavais, de acordo com os registros preliminares, propiciaram a queda de 386 árvores. Parte delas, por estarem próximas à fiação elétrica – e, por inércia da Enel, com manejos em atraso, conforme exaustivamente demonstrado ao longo desta demanda -, causaram a interrupção no fornecimento de energia elétrica para mais de 1,6 milhão de pessoas”, diz trecho do documento.

A Prefeitura afirma que persiste a “inércia da concessionária federal em apresentar Plano de Contingência que leve em consideração o montante de árvores em contato com a fiação elétrica ou dentro dos limites da Zona Controlada (cerca de 1/3 do total de árvores situadas em vias públicas), bem assim a alta probabilidade de intempéries climáticas a que a Cidade se sujeita entre os meses de outubro a março, todos os anos”.

Quatro dias após o temporal, 49 árvores ainda aguardam a atuação da empresa Enel para que as equipes municipais iniciem o trabalho de remoção e limpeza, de acordo com o poder municipal.

A Prefeitura afirma que acionou a Agência Reguladora de Energia Elétrica (Aneel) e o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as deficiências do serviço público prestado pela Enel.

Esta não é a primeira ação da Prefeitura contra a Enel. Desde o ano passado, a Prefeitura já enviou dois ofícios à Corte de Contas e outros dois à Aneel solicitando medidas efetivas contra a concessionária, maior fiscalização do contrato de concessão e aplicação de multa contra a Enel.

No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

Abrasel move ação contra a Enel e pede indenização de R$ 20 mil por restaurante

 


A associação estima que quase 80 mil estabelecimentos foram afetados

 

 

Comerciantes e restaurantes sofrem com a falta de energia em SP - Crédito: Paulo Pinto/ Agência Brasil

A Abrasel SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) irá ajuizar nesta terça-feira, 15, uma nova ação contra a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista. Trata-se da segunda ação contra a companhia.

A ação coletiva é restrita aos associados da Abrasel SP, que conta com cerca de 5.000 estabelecimentos associados no estado de São Paulo.

A associação exige que a concessionária indenize bares e restaurantes do município devido aos prejuízos causados pela falta de energia, que iniciou na sexta-feira, 11.

A cidade de São Paulo possui aproximadamente 155 mil estabelecimentos, entre bares, restaurantes e similares. De acordo com a Abrasel SP, metade deles (77.500) foram afetados e tiveram prejuízo com a falta de energia, com perda mínima de R$ 10.000.

“A falta de energia impossibilita o funcionamento de bares e restaurantes e causa grande prejuízo aos empresários, que envolve perda de insumos, cancelamentos de reservas e eventos, impacta de forma significativa o faturamento, principalmente no fim de semana, que é expressivo”, diz Leonel Paim, vice-presidente da Abrasel SP, à imprensa.

+ Boulos critica Tarcísio e diz ter receio de ‘Enel da água’
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Avenida do Cursino no bairro do Jabaquara sem energia elétrica devido as chuvas – Crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

Falta de energia é recorrente

A associação afirma que há empresários que ainda estão esperando uma resposta de uma ação movida em 2023 pela falta de energia.

Percival Maricato, advogado especialista do setor e diretor institucional da AbraselSP, ressalta que a interrupção de eletricidade é uma situação recorrente, sendo a segunda ação movida pela entidade contra Enel.

“Pode-se até se admitir que a energia seja interrompida na sexta-feira por algumas horas, em alguns bairros, em decorrência da tempestade, mas é inaceitável que o serviço seja interrompido por longo período, afetando grande parte da cidade, como já aconteceu anteriormente. A ação coletiva vai requerer indenização por dano financeiro e moral para cada estabelecimento associado.”

E completa: “O dano moral pleiteado pela entidade é no valor aproximado de R$ 20 mil por restaurante ou bar associados, e o dano financeiro será calculado por cada estabelecimento e pode chegar a R$ 50 mil.”

Enel

Em nota divulgada, a Enel Distribuição São Paulo informa que “segue trabalhando para restabelecer a energia para cerca de 214 mil clientes na Grande São Paulo. Desse total, cerca de 46 mil se referem a ocorrências registradas na sexta-feira e no sábado. As equipes atuam, desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado e para aqueles que ingressaram com chamados ao longo dos últimos dias”.

Walgreens tem lucro líquido ajustado de US$ 340 mi e anuncia fechamento de 1,2 mil lojas

 

O Walgreens Boots, gigante do varejo farmacêutico, registrou lucro líquido ajustado de US$ 340 milhões e receita acima do esperado no quarto trimestre fiscal encerrado em 31 de agosto, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 15. A empresa norte-americana também anunciou que planeja fechar 1,2 mil lojas nos próximos três anos, sendo que 500 unidades serão descontinuadas no ano fiscal de 2025.

A receita trimestral cresceu 6% ante um ano antes, a US$ 37,54 bilhões, e superou a projeção de analistas, que esperavam US$ 35,75 bilhões.

O lucro ajustado por ação teve queda de 42%, a US$ 0,39 por ação, mas também ficou acima da expectativa, de US$ 0,36.

No resultado sem ajustes, o Walgreens sofreu prejuízo líquido US$ 3,0 bilhões no quarto trimestre, representando aumento expressivo ante o mesmo período no ano passado, quando as perdas somaram US$ 180 milhões.

*Com informações da Dow Jones Newswires

A Enel, empresa privada do setor elétrico, abriu oportunidades de estágio

 


A Enel, empresa privada do setor elétrico, abriu oportunidades de estágio

A Enel vive, mais uma vez, questionamentos sobre sua atuação como companhia de energia elétrica. Na noite de sexta-feira, 11, um temporal com fortes ventos atingiu São Paulo e, como resultado, mais de 2 milhões de pessoas ficaram no escuro na região metropolitana da capital.

Na segunda-feira, 14, quando ainda meio milhão de pessoas estavam sem luz, a companhia deu um prazo de 3 dias para restabelecer totalmente fornecimento de energia. Enquanto isso, estabelecimentos como bares, restaurantes e padarias contabilizam o prejuízo causados por horas sem eletricidade.

Todo esse cenário ocorre em menos de um ano de situação vivida no início de novembro de 2023, quando alguns paulistanos chegaram a ficar sem luz por uma semana após uma forte tempestade, que também causou apagões e prejuízos.

Não só a história se repete, como dessa vez ocorre apenas um mês após a companhia ter feito uma forte divulgação sobre seus planos de investimentos justamente com foco em ter melhor preparo, e, principalmente, melhor resposta a esses eventos climáticos extremos, que devem ser cada vez mais frequentes.

Em setembro, a Enel anunciou que investirá R$ 20 bilhões até 2026 em suas três concessões de distribuição de energia elétrica no Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará – para mitigar os efeitos das mudanças climáticas em sua rede e garantir um atendimento mais ágil durante a temporada de chuvas.

Na época, o CEO da Enel Brasil, Antonio Scala, destacou que os aportes seriam focados na modernização, reforma das redes de baixa tensão e automação, “com o objetivo de melhorar a qualidade da energia fornecida aos consumidores e responder mais rapidamente a ocorrências como quedas de energia a partir, por exemplo, de gerenciamento remoto”.

A promessa era a instalação de mais de 1,5 mil novos dispositivos de telecontrole, somando as três distribuidoras, sendo 650 apenas em São Paulo, disse a companhia.

Em outra frente, a Enel reforçaria então as manutenções preventivas, com aumento das podas de árvores. Seriam realizadas, ainda em 2024, 600 mil podas na área de concessão, o dobro do ano passado, segundo o CEO.

Toda essa promessa foi feita também diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A gente está disposto a renovar o acordo se eles assumirem o compromisso de fazer investimento, e eles assumiram o compromisso de ao invés de investirem R$ 11 bilhões, eles vão investir R$ 20 bilhões nos próximos três anos, prometendo que não haverá mais apagão em nenhum lugar em que eles forem responsáveis”, disse Lula.

 “São Paulo, a maior capital, cidade mais importante do país, não pode ficar sem energia”, reforçou o presidente.

Nos planos da Enel, São Paulo deve receber R$ 2 bilhões nos próximos dois anos. Mas os investimentos anunciados vão chegar cm atrasos. Estamos apenas às vésperas do início da temporada de chuvas de verão, que costumam ser mais intensas, causando grandes estragos como queda de árvores, derruba de fios de transmissão e mortes.

A escuridão de novembro rendeu duas multas para Enel. Em fevereiro, a Aneel multou a companhia em R$ 168,5 milhões. Em abril, o Procon-SP aplicou uma multa de R$ 12,9 milhões, por falhas no serviço de energia. A Enel ainda foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal que pediu o fim do contrato com a companhia e cobrou investimentos de R$ 6,2 bilhões na rede de energia da capital paulista.

Em abril, a 22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve liminar que obriga a companhia a reduzir a falta de luz no estado.

Problemas em outros estados

A dificuldade da empresa em lidar com situações de emergência e reestabelecer o fornecimento de energia e a frequência de interrupção dos serviços levou a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública a multar a filial no Rio de Janeiro em R$ 13,067 milhões.

Em agosto deste ano, a Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) aplicou uma multa de R$ 28,5 milhões à duração das interrupções de energia, incluindo a demora nas religações. Segundo a agência, entre 2021 e 2023, o número de reclamações contabilizadas pela ouvidoria saltou 82,3%.

Ainda segundo a Arce, os problemas seguiram em 2024, com o número de reclamações entre janeiro e julho já superando o registrado em todo o ano de 2023.

Enel teve que sair de Goiás

A empresa já teve atuação também no estado de Goiás, mas foi obrigada a vender sua concessão após três anos de um imbróglio que envolveu o governo estadual e a Aneel. Isso porque, quando comprou a Companhia Energética de Goiás (Celg) por mais de R$ 2 bilhões em 2017, prometeu reduzir as quedas de energia no estado em 40% em um prazo de três anos, por meio de investimentos para modernização da infraestrutura de distribuição.

A promessa não se cumpriu e a decisão das autoridades foi de repassar a operação para a Equatorial por R$ 1,6 bilhão em 2022.

Problemas cruzam fronteiras

Os consumidores chilenos passam pelos mesmo problemas que os brasileiros. Em agosto, a mesma situação ocorreu no país. A companhia demorou cinco dias para reestabelecer a energia de apenas a metade das 1 milhão de unidades consumidoras que ficaram sem luz após uma forte tempestade com rajadas de ventos de mais de 100km/h. Por lá, a concessão da empresa também está sob risco, após o ministro de Minas e Energia do país, Diego Pardow, anunciar o início de um processo para rever a concessão.

Na Itália, país de origem da empresa, as reclamações se concentram sobre os valores das tarifas do serviço de energia e como os reajustes são mal comunicados. Mas a multa 80 milhões de euros recebida pela empresa naquele país foi por causa do tratamento incorreto de dados de usuários, usados em ações de telemarketing.

E agora?

Para o professor de Estratégia e Inovação da Fundação Dom Cabral (FDC) Fabian Salum, o futuro da empresa é “muito desafiador”. Ele avalia que a companhia teria dado um passo antes da maturidade do mercado brasileiro.

“Entender o mercado brasileiro e ganhar concessões como ela ganhou, em estados-chave, requer, do corpo técnico,  uma leitura mais adequada sobre o cenário”

Salum destaca principalmente a decisão da empresa de cortar equipe técnica e apostar em automação, digitalização e inteligência artificial. “Isso requer um processo, uma evolução. O principal stakeholder é o consumidor. A empresa talvez avançou com uma ideia de busca de eficiência, redução de quadro e a maior geração de dividendos para  o grupo, requer um corpo técnico com maior conhecimento, com maior profundidade das especificidades deste mercado, desta cidade e desses consumidores”.

Prejuízos para bares e restaurantes

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) anunciou que vai acionar judicialmente a Enel, a fim de responsabilizá-la por prejuízos causados ao setor por causa do apagão. A entidade diz representar mais de 502 mil estabelecimentos, dos quais cerca de metade em regiões afetadas.

A organização também lembrou que o apagão de novembro do ano passado teria causado um prejuízo de cerca de R$ 500 milhões. “A medida legal é necessária, tendo em vista os danos milionários causados aos estabelecimentos gastronômicos”, apontou em comunicado.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) calcula perdas brutas de cerca de R$ 1,65 bilhão para os setores de varejo e serviços, considerando o faturamento que ambos deixaram de registrar por três dias.

O varejo paulistano teve prejuízos de ao menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar, e as perdas no setor de serviços somam R$ 1,1 bilhão. Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões, explicou a FecomercioSP.

Contudo, a federação estima ainda que “esse valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede”.

Em nota, a FecomercioSP diz que “a nova interrupção do fornecimento de energia evidencia, além do mais, como é fundamental discutir uma Reforma Administrativa a nível nacional, já que todas as instâncias de governo, apesar de grandes arrecadadoras de tributos, não conseguem fornecer serviços básicos à população – quanto mais com qualidade minimamente aceitável”.

*Com informações de Estadão Conteúdo, Reuters, Agência Brasil e Ansa

ClearSale celebra acordo com Serasa Experian para combinação de negócios

 

Serasa Logo – PNG e Vetor – Download de Logo

A Clear Sale informou nesta sexta-feira, 4, que, após aprovação do Conselho de Administração, que celebrou acordo com a Serasa S.A. (Serasa Experian) para combinação de negócios das duas empresas.

“Para ClearSale, esse movimento significa o reconhecimento sobre o trabalho robusto que tem realizado para manter a solidez e perenidade na entrega de resultados ao longo de mais de 20 anos de história, nos quais tem contado com a confiança de clientes e parceiros, que continuarão tendo um serviço de excelência com essa combinação de negócios”, afirma empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O contrato prevê que a operação será realizada por meio da incorporação da totalidade das ações ordinárias de emissão da companhia pela Serasa Experian, com a consequente conversão da companhia em subsidiária integral da Serasa Experian, e a emissão, pela Serasa Experian, de novas ações preferenciais compulsoriamente resgatáveis de três classes diferentes.

Com a consumação da operação, cada ação ordinária de emissão da ClearSale será substituída por uma ação PN resgatável da Serasa Experian, sendo que, em data a ser oportunamente informada, os acionistas poderão escolher receber uma dentre três opções de classes de ações PN Resgatáveis Serasa Experian.

A opção 1 prevê que para a ação preferencial resgatável classe A, o resgate será integralmente pago à vista, em moeda corrente nacional e em uma única parcela no valor de R$ 10,56 por cada ação ajustado nos termos do contrato de incorporação de ações.

Na opção 2, a ação preferencial resgatável classe B terá resgate com valor equivalente a R$ 10,56 por cada ação PN resgatável classe B, ajustado nos termos do contrato, e será pago à vista mediante a entrega de Brazilian Depositary Receipts a serem emitidos pela Experian, na qualidade de controladora da Serasa Experian, em Programa de BDR Patrocinado e lastreado em ações ordinárias de emissão da Experian negociadas na bolsa de valores de Londres.

A terceira opção, por sua vez, prevê que a ação preferencial resgatável classe C terá valor de resgate de R$ 10,03 e R$ 0,53, mediante entrega de BDRs, ajustados nos termos do contrato de incorporação, mais um valor retido de até R$ 1,25 por ação preferencial resgatável classe C, a ser pago após o 5º aniversário do fechamento da operação. O valor retido será corrigido pelo Taxa CDI aplicável em vigor para o período compreendido entre a data de fechamento da operação até a data de seu efetivo pagamento.

A Opção 1 será considerada a padrão aplicável a todos os acionistas da companhia que não manifestarem, na forma e nos prazos a serem oportunamente divulgados nos termos da legislação e da regulamentação aplicáveis, sua escolha pela opção 2 ou pela opção 3.

No contexto da operação, as ações PN resgatáveis classe B da Serasa Experian serão emitidas até o limite de 18.792.606 menos 5% do número de sções ON classe C. As ações PN resgatáveis classe B que excederem o limite da opção 2 serão automaticamente convertidas, de forma proporcional entre os acionistas da companhia que escolheram a opção 2, em ações PN resgatáveis classe A.

A Serasa Experian emitirá, no máximo, 64 milhões ações PN resgatáveis classe C. As ações dessa classe que excederem o limite da opção 3 serão automaticamente convertidas, de forma proporcional entre os acionistas da companhia que escolheram a Opção 3, em ações PN resgatáveis classe A.

Segundo a empresa, acionistas integrantes do grupo de controle e titulares de ações representativas de 34,86% do capital social votante e total comunicaram à companhia que escolherão a Opção 1.

A consumação da operação está condicionada à verificação de condições usuais para operações desta natureza, incluindo a aprovação pelo conselho administrativo de Defesa Econômica (Cade), o registro do Programa de BDRs na CVM e a aprovação das assembleias gerais de acionistas da companhia e da Serasa Experian.

A incorporação de ações ensejará o direito de retirada para os acionistas que forem titulares de ações ordinárias da ClearSale, de forma ininterrupta, desde o final do pregão de 3 de outubro até a data de consumação da operação.

A empresa afirma que a conclusão da operação está sujeita a condições precedentes e aprovações regulatórias. Durante esse período, a ClearSale seguirá comprometida com o alto padrão de excelência na oferta de soluções aos clientes.