quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Embraer recebe de empresa americana encomenda recorde de jatos executivos

 


Praetor 600 (Crédito: REUTERS/Roosevelt Cassio)

A Embraer recebeu da norte-americana Flexjet o maior pedido de jatos executivos da história da fabricante brasileira de aeronaves, avaliado em até 7 bilhões de dólares e envolvendo cerca de 200 aviões.

A companhia brasileira anunciou nesta quarta-feira que a encomenda envolve 182 jatos executivos e 30 opções, incluindo os modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, além de pacote de serviços e suporte.


“Este é o maior pedido feito pela norte-americana Flexjet em seus 30 anos de história, e também é o maior pedido firme para jatos executivos da Embraer”, afirmou a fabricante de aviões em comunicado à imprensa.

O modelo de negócio da Flexjet envolve o compartilhamento de uso de aviões, a chamada propriedade fracionária. A companhia é cliente de longa data da Embraer, tendo recebido mais de 150 aviões da fabricante brasileira.

A Embraer não mencionou no anúncio do pedido quando a encomenda será incorporada à carteira e ou cronograma das entregas, embora tenha mencionado que “com essa encomenda…a frota da Flexjet quase dobrará de tamanho nos próximos cinco anos”.

 

 https://istoedinheiro.com.br/embraer-recebe-de-empresa-americana-encomenda-recorde-de-jatos-executivos/

BRAZIL JOURNAL: Por que virou? As (muitas) razões para a queda do dólar

 


Notas de real e dólar

 

Em meio ao pânico na virada de ano, parecia que havia um sentido único para o dólar no Brasil – mas nas duas últimas semanas, a moeda americana inverteu a mão. A cotação fechou nesta terça-feira, 4, a R$ 5,77 – o 12° dia consecutivo de queda, recuo de 6% no ano e o menor preço desde novembro.

O que aconteceu? Segundo gestores e tesoureiros ouvidos pelo Brazil Journal, as teses de investimento que vinham mobilizando apostas na continuidade da valorização das ações americanas e no fortalecimento global do dólar – o Trump trade – passaram a ser questionadas nos últimos dias. Parte do movimento do câmbio no Brasil, portanto, deriva do cenário externo.

Mais houve também razões internas. “O Governo ‘panicou’ com a alta do dólar, e o Banco Central está agindo para conter uma maior desancoragem das expectativas,” disse um banqueiro. O problema é que essa pequena trégua no mercado local pode esmorecer o senso de urgência em Brasília em relação a mais medidas fiscais.

As principais razões apontadas por banqueiros e gestores para a queda recente do dólar são: ‘Trump trade’ enfraquecido, o ‘carrego’ ficou fraco, o Brasil estava muito barato e um “2026 é logo ali”.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.

Petrobras deve pagar até US$ 3,3 bi em dividendos após resultado, projetam analistas

 


Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

 

Após a Petrobras ter divulgado seus dados operacionais do 4º trimestre – com queda na produção e nas vendas –, analistas discutem qual será o patamar dos dividendos a ser distribuído após a divulgação dos resultados da companhia, que será anunciado no dia 26 de fevereiro.

As expectativas são de que a Petrobras anuncie de US$ 2,6 bilhões a US$ 3,3 bilhões em proventos, o que pode representar um aumento em relação ao resultado anterior. No terceiro trimestre de 2024, a Petrobras anunciou distribuição de cerca de US$ 3 bilhões aos seus acionistas.

A petroleira reportou uma queda de 1,8% na sua produção de petróleo, para 2,1 milhões de barris diários (boed) no quarto trimestre de 2024 (4T24), enquanto as vendas registraram queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior, mas aumentaram 1,4% em relação a igual etapa do ano anterior.

As ações da Petrobras fecharam o pregão desta terça-feira, 4, cotados a R$ 37, caindo 1,3%, com o mercado digerindo a prévia operacional do 4T24. No acumulado de 12 meses, as ações recuam 10,1%.

BTG Pactual estima US$ 3,3 bilhões em dividentos

Com base nesses dados, analistas do BTG Pactual esperam que a estatal anuncie uma cifra de US$ 3,3 bilhões em dividendos, implicando em US$ 14,2 bilhões de proventos no acumulado referente ao ano de 2024.

Para este ano de 2025, os analistas do BTG projetam um rendimento em dividendos – ou dividend yield (DY) – ‘conservador’. Em partes, isso deriva do fato de a empresa ter se mostrado determinada a encurtar a distância entre os preços praticados no mercado doméstico e a paridade internacional.

“Sim, é o começo do ano, mas já estamos vendo assimetrias positivas em nossas estimativas, alimentadas por melhores preços do petróleo e câmbio. Além disso, o recente aumento nos preços do diesel pela empresa sugere que os preços do combustível não se afastarão muito da paridade internacional, endossando nossa estimativa conservadora de 12% de dividend yield para este ano (ou 14%, considerando dividendos extraordinários).”

Com isso, o BTG mantém as ações da Petrobras como a principal escolha (top pick) para o segmento de petróleo. O preço-alvo da casa é de US$ 20 para os papéis da companhia listados em Nova York (ADRs), com recomendação de compra.

A expectativa dos analistas é de que o 4T24 da Petrobras seja de US$ 22,3 bilhões de receita líquida, US$ 10,8 bilhões de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, e U$ 2,02 bilhões de lucro líquido.

Impacto da política de preços da Petrobras

O analista João Daronco, da Suno Research, comenta que a expectativa da casa de análise é de que a Petrobras fique com um DY entre 12% e 14%, considerando patamar de preço do petróleo Brent – negociado a US$ 76 atualmente – e do câmbio, a R$ 5,90.

Sobre o reajuste no diesel, comenta que ‘está alinhado com a política de preços’ da companhia.

“Houve uma mudança na política de preço da Petrobras, com o objetivo de tornar o preço menos volátil e aí com isso se tem menos alterações do preço. Outro ponto é que nesse período em questão a gente não viu o Brent variar tanto, não houve uma mudança substancial no preço do petróleo.”

A visão do especialista é de que a gestão atual, liderada pela CEO, Magda Chambriard, tem tranquilizado o mercado acerca da política de preços.

Sobre o patamar de preços atual, Daronco avalia que, nos preços atuais, a Petrobras tem condições de se manter rentável. “A companhia segue bastante rentável. Vemos que é uma das empresas que tem um lifting cost bastante baixo, por conta do pré-sal, e acima de US$ 65 a companhia consegue ser bem rentável”, explica.

BBA vê dividendos em US$ 2,6 bilhões

Em relatório, o Itáu BBA diz esperar ‘resultados moderados’, principalmente por conta dos preços mais fracos do petróleo e volumes menores no 4T24.

“Esperamos que os investidores se concentrem na execução de Capex e dividendos da Petrobras; nesse sentido, estimamos um Capex de US$ 3,3 bilhões e um EBITDA de US$ 10 bilhões, levando a um dividendo ordinário de US$ 2,6 bilhões, representando um yield de 3,2%”, diz a casa.

A expectativa dos analistas do BBA é de que o lucro da Petrobras no 4T24 seja de US$ 2,4 bilhões, com receita líquida de US$ 20,3 bilhões e Ebitda de US$ 9,9 bilhões.

A recomendação é ‘outperform’, equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 49 para os papéis PETR4.

XP mira US$ 3 bilhões em proventos

Com os dados operacionais da petroleira em mãos, a XP projetou dividendos ordinários de cerca de US$ 3 bilhões, representando um yield de 3,4% no trimestre.

A expectativa da casa é de um EBITDA ajustado de US$ 10,5 bilhões, representando queda de 10% ante o trimestre anterior, impulsionada por menor produção, redução dos preços do Brent e preços de derivativos ligeiramente mais baixos em termos de câmbio, por conta da depreciação do Real.

“Espera-se que esse declínio no EBITDA seja transferido para o lucro líquido, que estimamos em US$ 0,8 bilhão, também impactado por perdas cambiais”.

Sobre os dados de produção e vendas, a XP aponta que era ‘uma tendência era esperada com base nos dados da ANP’.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Irga: plantio de arroz no Rio Grande do Sul atinge 97,47% da área prevista

 Plantação De Arroz: Como Сultivar, Manejo E Colheita

 

São Paulo, 27/12 – Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul semearam 97,47% da área estimada para a safra 2024/25, de acordo com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga). Foram plantados 924.443 hectares, dos 948.356 hectares projetados, com avanço de 0,34% em relação ao levantamento anterior.

Três regionais já concluíram o plantio: campanha, planície costeira externa e fronteira oeste atingiram 100% das áreas previstas. Na zona sul, foram semeados 165.592 hectares, o que representa 99,76% da área estimada de 165.986 hectares. Já a planície costeira interna alcançou 99,36% da área, com 142.908 hectares plantados dos 143.825 projetados.

A região central, mais afetada por enchentes e chuvas frequentes no inverno, registra maior atraso, com 82,02% da área plantada (103.258 hectares dos 125.860 projetados). As chuvas dificultaram a recuperação de áreas atingidas, segundo o relatório do Irga.

O levantamento semanal sobre a semeadura é realizado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do Irga, com dados apurados junto aos produtores pelos núcleos da autarquia no interior do estado.

Dino dá prazo até as 20h para Câmara esclarecer pagamento de emendas

 Flávio Dino


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deu prazo até as 20h desta sexta-feira (27) para a Câmara dos Deputados responder a quatro questionamentos sobre o pagamento de emendas parlamentares. O prazo foi dado pelo ministro após a Câmara pedir a reconsideração da liminar de Dino que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

No entendimento do ministro, a Câmara ainda não cumpriu as decisões de Corte que determinaram regras de transparência e rastreabilidade no repasse das emendas. “Assim, caso a Câmara dos Deputados deseje manter ou viabilizar os empenhos das emendas de comissão relativas ao corrente ano, deverá responder objetivamente aos questionamentos acima indicados até as 20h de hoje (dia 27 de dezembro de 2024), bem como juntar as atas comprobatórias da aprovação das indicações (ou especificações) das referidas emendas, caso existam”, decidiu o ministro.

Na decisão, Flávio Dino fez quatro perguntas que deverão ser respondidas pela Casa:

1 – Quando houve a aprovação das especificações ou indicações das emendas de comissão (RP 8) constantes do Ofício nº. 1.4335.458/2024? Todas as 5.449 especificações ou indicações das “emendas de comissão” constantes do ofício foram aprovadas pelas comissões? Existem especificações ou indicações de emendas de comissão que não foram aprovadas pelas comissões? Se não foram aprovadas pelas comissões, quem as aprovou?

2 – O que consta na tabela de especificações ou indicações de emendas de comissão (RP 8) como nova indicação foi formulada por quem? Foi aprovada por qual instância? Os senhores líderes? O presidente da comissão? A comissão?

3. Qual preceito da Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional, embasa o referido Ofício nº 1.4335.458/2024? Como o Ofício nº. 1.4335.458/2024 se compatibiliza com os artigos 43 e 44 da referida Resolução?

4. Há outro ato normativo que legitima o citado Ofício nº. 1.4335.458/2024? Se existir, qual, em qual artigo e quando publicado?

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original da questão, Flávio Dino assumiu a condução do caso.

Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

Rússia admite que avião da Embraer caiu em meio a ataques

 


Agência de aviação afirma que Grozny, local previsto do pouso, foi alvo de drones ucranianos e que por isso ordenou o esvaziamento do espaço aéreo. Acidente matou 38 pessoas; fuselagem exibia perfurações.A agência de aviação russa Rosaviatsiya reconheceu nesta sexta-feira (27/12) que a queda de uma aeronave da Embraer no Cazaquistão que matou 38 pessoas ocorreu no momento em que a área era alvo de uma operação militar no contexto da guerra na Ucrânia – sem contudo atribuir explicitamente a culpa pelo acidente à Rússia.

Segundo o órgão, drones ucranianos atacaram duas cidades na região russa da Chechênia. Uma delas era Grozny, destino do voo J2-8243 da Azerbaijan Airlines (Azal) que decolou na quarta-feira de Baku, no Azerbaijão.

Em resposta ao suposto ataque, a Rosaviatsiya diz que decidiu aplicar um plano de contingência nas áreas que coincidem com a do trajeto do avião que transportava civis.

“A situação na zona do aeroporto de Grozny era extremamente complexa. Os drones ucranianos perpetravam naquele momento ataques terroristas contra as cidades de Grozny e Vladikavkaz”, declarou o chefe da agência, Dmitri Yadrov, citado pela agência estatal russa Tass.

Por causa disso, explicou Yadrov, o aeroporto de Grozny ordenou a “saída imediata de todas as aeronaves da referida zona”, suspendendo chegadas e partidas, mas sem dizer quando isso aconteceu.

O capitão do voo azerbaijani até teria tentado aterrissar duas vezes, sem sucesso. “Havia uma neblina muito densa, não havia visibilidade a uma altura de 500 metros”, afirmou, acrescentando que os controladores aéreos teriam sugerido outras opções de aeroportos, mas que o comandante teria decidido seguir até Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio.

Companhia aérea falou em “interferência física e técnica externa”

Na quinta-feira, fontes do governo do Azerbaijão ouvidas sob condição de anonimato relataram a agências de notícias a suspeita de que o avião pode ter sido atingido por estilhaços de um míssil antiaéreo russo quando estava no espaço aéreo da cidade de Grozny.

À Reuters, quatro fontes anônimas do governo azerbaijani disseram que resultados preliminares da investigação sugeriam que a aeronave teria sido atacada por engano por militares russos.

Nas últimas semanas, drones ucranianos atacaram vários locais na Chechênia, incluindo uma instalação que abriga as forças policiais.

Mais cedo nesta sexta-feira, a companhia aérea Azal disse que uma investigação do acidente concluiu que houve “interferência física e técnica externa”. A empresa suspendeu voos para dez aeroportos russos, baseada nos “resultados preliminares da investigação sobre o acidente do Embraer 190”.

Também nesta sexta, a companhia aérea flydubai anunciou a suspensão de voos aos aeroportos russos de Sochi e Mineralnie Vody, informou a Reuters.

Passageiros sobreviventes relatam explosão

À Reuters, um dos 29 passageiros que sobreviveram ao acidente relatou ter ouvido ao menos uma grande explosão quando o avião se aproximava do aeroporto de Grozny. Assustado, começou a rezar e se preparar para morrer.

“Pensei que o avião fosse se desintegrar”, disse Subhonkul Rakhimov, que está internado no hospital. “Era como se [o avião] estivesse bêbado, já não fosse mais o mesmo.”

História parecida foi relatada por um sobrevivente ao canal estatal russo RT. Ele disse que a aeronave fez três tentativas de aterrissar em Grozny e que na terceira aproximação “algo explodiu…. Eu não diria que foi dentro do avião” e que um pedaço de estilhaço voou entre suas pernas e perfurou um colete salva-vidas.

O acidente

O Embraer 190 saiu de Baku antes do amanhecer com 62 passageiros e cinco tripulantes. O curto voo para Grozny, a noroeste, aparentemente não teve problemas durante meia hora, quando a aeronave “encontrou uma interferência significativa no GPS”, de acordo com o Flightradar24, um site que rastreia o tráfego aéreo em todo o mundo.

O Flightradar24 disse que, até cerca de 20 minutos antes do acidente, às vezes não recebeu nenhum dado do avião e, em outras ocasiões, recebeu dados nos quais os detalhes sobre sua posição estavam ausentes ou imprecisos.

“A aeronave foi exposta a interferência e falsificação de GPS perto de Grozny”, apontou o Flightradar24. Embora seja improvável que essas medidas tenham causado o acidente, elas são sinais de que os esforços de defesa contra um ataque de drones estavam em andamento no solo.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o avião descendo em Aktau, no Cazaquistão, em posição de pouso e pegando fogo ao colidir contra o chão. Passageiros feridos podiam ser vistos emergindo de uma parte da fuselagem que ficou intacta.

No dia do acidente, a agência russa de aviação declarou em comunicado ter informações preliminares de que o piloto havia decidido fazer um pouso de emergência após um pássaro colidir contra a aeronave.

Outra versão ventilada foi a de que o acidente estaria relacionado à explosão de um balão de oxigênio, algo que foi confirmado pelas autoridades cazaques.

Mas nas fotos que circulam do acidente, é possível ver perfurações na fuselagem da aeronave, como se ela tivesse sido metralhada.

Peritos brasileiros eram esperados nesta sexta-feira para ajudar nas investigações sobre a queda do avião de fabricação brasileira.

As acusações em relação à queda do avião trouxeram também memórias do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido sobre o leste da Ucrânia em 2014, matando 298 pessoas. Uma investigação internacional apontou que um míssil antiaéreo lançado por forças russas causou a queda. Moscou refutou as acusações.

ra/bl (EFE, AFP, Reuters, DW)

Brava negocia contratação de bancos para potencial venda de ativos; ações disparam

 


Plataforma de petróleo do tipo FPSO Anita Garibaldi no estaleiro Aracruz 24/04/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

Plataforma de petróleo do tipo FPSO Anita Garibaldi no estaleiro Aracruz 24/04/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

 

As ações da Brava Energia dispararam mais de 10% nesta sexta-feira, após a companhia afirmar que está negociando mandato com dois bancos para assessorar na avaliação de potenciais transações de parceria ou venda de ativos, conforme recomendação do conselho de administração.

O Itaú BBA é um desses bancos, de acordo com uma fonte próxima das negociações com a Brava.

A petroleira ressaltou que “não há neste momento qualquer acordo para vender ativos”, com exceção do contrato de exclusividade para potencial venda de 11 concessões de óleo e gás no Rio Grande do Norte e da infraestrutura de midstream de gás no Rio Grande do Norte junto à PetroReconcavo.

Todavia, afirmou que um destes bancos com quem está tratando apresentou teaser sobre os ativos onshore da companhia a potenciais interessados, a partir de informações públicas, e agendou para o dia 9 de janeiro de 2025 a data de recebimento de propostas. Não ficou claro se o Itaú BBA era esse banco.

Analistas do JPMorgan estimam que os ativos onshore podem valer cerca de US$ 1,4 bilhão.

Na semana passada, a Brava afirmou não há qualquer acordo para venda do Polo Potiguar para PetroReconcavo após o jornal O Globo publicar que a Brava tinha chegado a um acordo para vender os ativos do Polo Potiguar para a companhia em um negócio que giraria em torno de R$ 13 bilhões.

O fato relevante divulgado pela Brava nesta sexta-feira foi um esclarecimento à notícia publicada pelo blog Pipeline do Valor Econômico, citando que a empresa adiou o prazo de recebimento de propostas por seus ativos onshore a pedido dos interessados.

Ainda de acordo com a reportagem, por enquanto, há cinco interessados na mesa, que podem efetivamente fazer proposta no início do mês, incluindo a Eneva, a Pluspetrol, a PetroReconcavo, a Origem e outra estrangeira de menor porte, conforme fontes com conhecimento do assunto.

Os analistas do JPMorgan comentaram que gostam de ver a Brava avançar com seu programa de otimização de portfólio, o que pode ajudar a empresa s focar em seus principais ativos offshore, que também podem exigir investimentos pesados, com novas revitalizações até 2026-27.

Também avaliam que a movimentação pode fazer a companhia se tornar um gerador de fluxo de caixa livre positivo mais cedo do que o esperado, conforme nota enviada a clientes nesta sexta-feira.

A equipe do banco norte-americano calcula que, se a Brava obtiver cerca de US$ 1,5 bilhão com a venda desses ativos, a alavancagem pode atingir em torno de 0,8 vezes a dívida líquida/Ebitda até o final de 2025.

Cotação das ações da Brava

Por volta de 12h20, as ações da Brava Energia disparavam 8,38%, a R$ 22,11, liderando com folga as altas do Ibovespa, que cedia 0,22%. Na máxima, os papéis chegaram a R$ 22,52 (+10,39%).

O Itaú BBA não comentou o assunto.