sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Faturamento da Frimesa cresce 7,5% em 2024 e atinge R$ 6,5 bilhões

 

A Frimesa, cooperativa agroindustrial com sede em Medianeira (PR), registrou faturamento de R$ 6,5 bilhões em 2024, um crescimento de 7,5% em comparação com o ano anterior. Os números foram aprovados durante Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada na quarta-feira, 19.

O volume total de produção alcançou a marca histórica de 499.264 toneladas de alimentos no ano, que foram distribuídos em 33 países e mais de 48 mil pontos de venda no Brasil.

No segmento de carnes, que representa 75% do faturamento da cooperativa, houve aumento de 10,36% no abate de suínos, totalizando 3,2 milhões de cabeças em 2024. A produção de derivados suínos atingiu 374 mil toneladas, incluindo cortes congelados, industrializados e coprodutos.

O setor de lácteos, que responde por 23,46% do faturamento (cerca de R$ 1,5 bilhão), processou 245 milhões de litros de leite no período.

O presidente-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, afirmou que o segundo semestre foi decisivo para os resultados, com recuperação no mercado externo. “Foi um ano de bastante provação, difícil, mas que conseguimos superar”, disse em nota.

A cooperativa encerrou 2024 com 12.504 colaboradores diretos.

A Frimesa é formada por cinco cooperativas agropecuárias: Lar, Copacol, C.Vale, Primato e Copagril.

Dólar mais baixo e safra recorde vão ajudar a controlar inflação, diz Haddad

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a inflação dos alimentos será solucionada através de uma queda do dólar e da continuidade e fortalecimento do Plano Safra, programa que oferece crédito facilitado para produtores rurais. A fala ocorreu durante entrevista ao canal ICL na manhã desta sexta-feira, 21.

“A primeira providência é fazer planos safras cada vez mais robustos e melhores”, falou o ministro. “Assim que o orçamento for aprovado nós vamos lançar um plano para a próxima safra.” Haddad disse ainda acreditar que uma safra a ser colhida no final de março poderá ser a “maior da história do país”.

O ministro atribuiu ao alto patamar dos juros estadunidenses a valorização do dólar. “Isso fez com que o dólar ficasse muito valorizado e causasse inflação no mundo inteiro”, disse. “Com a queda que começou há acontecer nos últimos 30 dias e com a safra do próximo mês, os preços vão se estabilizar em um patamar mais adequado.”

Após atingir o pico de R$ 6,26 em 18 de dezembro de 2024, a cotação do dólar passou a oscilar com tendência de queda desde o começo do ano. No dia 20 de fevereiro, a moeda fechou o dia negociada a R$ 5,70.

Haddad vai ao TCU por atraso na aprovação do Orçamento

Mais cedo, o Ministério da Fazenda já havia informado em nota que entraria com ação no Tribunal de Contas da União por conta do suspensão do Plano Safra 2024/2025. Os recursos foram pausados pois o Congresso ainda não aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025.

“Nós estamos oficiando o TCU hoje sobre o problema da aprovação do orçamento”, reforçou o ministro. “O orçamento hoje está em condições de ser votado com equilíbrio.” Haddad falou da cobrança e emendou acenos ao Congresso, elogiando o Parlamento por aprovar “muitas leis que ajudaram a ajustar as contas públicas” em 2024.

O plano Safra 2023/2024 foi recordista, com valor total de R$ 230 bilhões. Para 2024/2025, o governo federal tenta emplacar um valor ainda maior, de R$ 260 bilhões.

A conclusão do trâmite do Orçamento também foi apontada como importante para reduzir a cotação do dólar. “Eu quero crer que aprovando um orçamento equilibrado, nós vamos poder ter no médio prazo taxas de juros menores, com sustentabilidade fiscal e sem penalizar a população que depende do estado, inclusive os produtores”, disse.

 

https://istoedinheiro.com.br/dolar-mais-baixo-e-safra-recorde-haddad/

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Vale vê firme demanda por minério de ferro e mercado em equilíbrio em 2025, diz CEO

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A demanda por minério de ferro está aquecida na China e em outros países, incluindo nas nações do Sudeste Asiático, o que deve resultar em um mercado em equilíbrio em 2025, disse o presidente-executivo da Vale, Gustavo Pimenta, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira.

“China segue sendo nosso principal mercado,” disse Pimenta, apontando que o mercado de manufatura e infraestrutura avançaram substancialmente no país.

“Vemos 2025 nesta mesma trajetória, a China tendo uma demanda importante em relação ao minério de ferro e outros mercados acelerando, o mundo segue em crescimento”.

“Vemos a Índia com um crescimento importante, tem um reflexo no mercado… Vemos outros mercados crescendo de uma forma um pouco mais acelerada ano contra ano, o que faz com que a gente veja um mercado em equilíbrio em 2025”, acrescentou, citando também o Sudeste Asiático.

O minério de ferro negociado na bolsa chinesa de Dalian atingiu o maior valor desde outubro, nesta quinta-feira, à medida que os dados fortes sobre consumo de aço da China impulsionaram o sentimento altista.

Pimenta disse ainda, após o lançamento do programa Novo Carajás neste mês, que a companhia está criando uma diretoria para cuidar de sua principal região produtora de minério de ferro.

A expansão das operações em Carajás, fruto de investimentos de R$70 bilhões que serão realizados nos próximos cinco anos, permitirá que a produção de minério de ferro da área chegue a um ritmo de 200 milhões de toneladas ao ano em 2030, informou a empresa anteriormente.

A Vale considera que Carajás, que também tem reservas “únicas” de cobre, posicionando o Brasil como um player chave em minerais críticos e um líder em descarbonização.

“O Brasil tem potencial de ser um grande ofertante de minerais críticos”, disse Pimenta.

A Vale citou em apresentação nesta quinta-feira que Carajás tem reservas de 5,2 bilhões de toneladas de minério com alto teor de ferro e 1,2 bilhão de toneladas de cobre.

GUERRA TARIFÁRIA

A Vale avalia como limitados os impactos de eventual guerra tarifária, se os Estados Unidos impuserem alguma tarifa ao minério de ferro, já que praticamente não vende o produto para os norte-americanos, disse o executivo.

Ele ainda minimizou a possibilidade de qualquer tarifa para o níquel, comentando que os EUA são grandes importadores do metal.

O CEO afirmou ainda que a Vale poderia sim ser afetada no caso de uma eventual guerra tarifária levar a arrefecimento de crescimento global. “Mas não estamos lá ainda.”

Ao comentar redução de investimentos, o executivo destacou que a Vale observou sobreoferta de níquel na operação da Indonésia e por isso decidiu realizar otimização para melhorar a rentabilidade da unidade.

“Onça Puma continua sendo um ativo estratégico para a gente… Então o trabalho que estamos fazendo com o time de ‘base metals’ é olhar a base de ativos e avaliar formas de otimizar esta base de ativos para trazer este negócio para um nível de rentabilidade melhor do que ele está hoje”, completou.

A Vale informou na quarta-feira que a projeção de capex da mineradora em 2025 foi atualizada para US$5,9 bilhões, redução ante a meta prévia de US$600 milhões, segundo fato relevante.

A projeção de investimento no segmento de metais para transição energética teve um corte para US$2 bilhões em 2025, versus até US$3 bilhões, enquanto em soluções de minério de ferro foi revisada para US$3,9 bilhões, ante até US$4 bilhões.

O vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Marcelo Bacci, explicou que a redução da previsão de investimento em 2025 ocorreu por conta das otimizações de operações, e que o movimento “não significa que a Vale vai investir menos em escopo”.

(Por Fábio Teixeira; texto de Roberto Samora)

Milei abre maior banco da Argentina ao capital privado

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, decretou a transformação em sociedade anônima do Banco de la Nación, a maior instituição bancária do país, cuja privatização havia sido rejeitada pelo Congresso, de acordo com medida publicada no diário oficial nesta quinta-feira (20).

“A transformação do Banco de la Nación Argentina em uma sociedade anônima contribuirá para a modernização de sua estrutura jurídica e operacional, permitindo maior flexibilidade em sua gestão e adaptação às melhores práticas do mercado financeiro”, disse Milei no decreto.

O governo incluiu o Banco de la Nación em uma lista de empresas estatais sujeitas à privatização quando impulsionou um mega-pacote de leis ao Congresso, mas o Parlamento se opôs, excluindo-o.

No entanto, a mesma lei deu a Milei poderes extraordinários para declarar emergência econômica, financeira, energética e administrativa pelo período de um ano.

Sindicatos bancários rejeitaram o decreto e enfatizaram que é “contraditório querer vender o que funciona, a menos que o único objetivo seja uma negociação espúria e uma nova fraude”, em referência ao escândalo envolvendo o presidente por ter apoiado, em suas redes sociais, o lançamento de uma criptomoeda que se revelou um golpe.

O episódio levou a denúncias nos tribunais e reações da oposição pedindo seu impeachment.

Dados oficiais divulgados pelo banco corroboram os bons números da entidade financeira argentina.

Em 2024, os desembolsos da instituição “tiveram um crescimento extraordinário de mais de 600%”, disse o banco no final de janeiro, observando que tem “a melhor taxa de cobrança da história recente”.

Como resultado, a entidade financeira “aumentou sua participação de mercado em mais de 600 pontos, chegando a 17,5% do total”, declarou, “reafirmando sua liderança no sistema financeiro em qualquer medida: ativos, depósitos, empréstimos e patrimônio”.

De acordo com o decreto, os acionistas serão o Estado argentino, que deterá 99,9% do capital social do banco “e exercerá todos os seus direitos através do Ministério da Economia”, e a Fundação Banco de la Nación, com 0,1% das ações.

O sindicato La Bancaria enfatizou que o Banco de la Nación “tem os melhores números de lucratividade do sistema financeiro, concentra o maior número de clientes, depósitos, créditos e assistência a empresas e indivíduos” e acrescentou que se declarou em “estado de alerta e mobilização” contra o decreto presidencial.

Belém vive corrida imobiliária antes da COP 30; diárias chegam a R$ 285 mil

 

Belém vive uma desenfreada corrida imobiliária em direção à Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 30). Em clima de euforia comercial, moradores e empreendedores enxergam uma chance imperdível de alugar imóveis a preços de compra, com aluguéis chegando a R$ 3 milhões para os doze dias da conferência.

O afã ganha impulso com as obras de revitalização numa cidade repleta de deficiências, que especialistas criticam por hipervalorizar zonas nobres em detrimento de vizinhas precarizadas. A explosão dos aluguéis é acompanhada ainda pela ameaça de despejo de inquilinos locais.

A nove meses do megaevento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a crise climática, os belenenses de várias classes sociais oferecem hospedagem por temporada para os esperados 50 mil visitantes. O aluguel para acomodações de classe média baixa gira em torno de R$ 1 mil para o período da conferência. Mas, para os imóveis das classes média e alta, o céu é o limite.

Em duas plataformas que firmaram parcerias com o governo do Pará, Airbnb e Booking.com, a metade mais cara das 1,2 mil acomodações disponíveis para pelo menos uma pessoa em novembro tem diárias que vão de R$ 6 mil até R$ 285 mil.

Com significativas disparidades, o aluguel mensal médio de um imóvel de 100 metros quadrados na cidade amazônica era de R$ 5,5 mil em janeiro, o terceiro mais caro entre as capitais do Brasil, segundo o Índice FipeZAP. Só no ano passado, os leitos disponibilizados pelo Airbnb em Belém e região chegaram a 5,2 mil – um aumento de 54% em relação ao ano anterior, diz a plataforma.

Também as agências imobiliárias viram aumentar a clientela ansiosa para alugar seus apartamentos a preços que hoje são tão variados quanto eram antes impensáveis, saindo a pelo menos alguns milhares de reais pela diária. Os corretores investem numa enxurrada de propaganda, mirando quem quer ganhar dinheiro na COP30.

“Os proprietários calculam os preços em dólar, e os valores ficam às vezes fora da realidade. Muitos deles desistiram de vender seus imóveis para alugar na COP”, diz o corretor Genardo de Oliveira. “É uma loucura.”

A organização da COP30 aposta no aluguel de temporada para gerar 11,5 mil leitos e contornar a deficiência da capacidade hoteleira de Belém. Segundo dados oficiais, em 2022 havia apenas 12,2 mil unidades habitacionais de hospedagem, dos quais 91% eram hotéis.

Vale tudo para alugar em dólar

Alguns proprietários estão dispostos a ir longe para não perder um bom negócio numa cidade onde a oferta imobiliária é limitada e a demanda, de repente, virou global. Para muitos, está na mesa até não renovar ou rescindir contratos com inquilinos de longa data para alugar na COP30. Há ainda quem demande reajustes no aluguel acima dos índices padrão como condição para manter contratos.

“É um momento de monetizar para ter renda extra onde você mora”, afirma o corretor Fabrício de Menezes. “Pessoas que nunca pensaram em alugar antes agora vão disponibilizar seus apartamentos. A maioria vai, inclusive, se ausentar da cidade.”

É o caso da família de Víndia Barros, que decidiu alugar o seu apartamento no bairro Umarizal, um dos mais nobres de Belém, depois de uma vizinha fechar um contrato de oito meses com uma empresa. Ela espera conseguir R$ 30 mil por diária em novembro. O valor hiper inflado já passou a ser chamado de mediano entre os moradores da região. “É uma forma de ganhar uma renda extra e colaborar com o evento”, ela diz. “Quero pedir o valor que é justo e que está na média do mercado.”

No caso de Luciana Contente, proprietária de dois imóveis num bairro nobre próximo às sedes da COP30, a solução foi um arranjo que se vai se tornando comum. Em troca de se ausentar em novembro, seu inquilino vai levar 5% dos R$6 00 mil que ela quer lucrar com a locação por 20 noites de um apartamento. Hoje, o aluguel mensal do imóvel gira em torno de R$3 mil.

“De início, meu inquilino se mostrou relutante. Mas, quando falei sobre o valor e que a gente poderia dividir lucros, ele se mostrou muito favorável”, conta. Com o dinheiro, Luciana e o marido pretendem dar entrada num novo imóvel e fazer uma terceira acomodação para a COP30.

Agentes imobiliários desaconselham novos clientes a renunciar a contratos de longo prazo ou vender bens mirando um novo imóvel, já que os aluguéis podem retroceder.

O médico Marcelo Seguin insistiu na aposta e botou um carro à venda por R$350 mil na expectativa de inteirar o valor para um apartamento de alto padrão. “É uma especulação. Seria para ganhar um dinheiro rápido, em dez ou 15 dias”, ele diz. “A gente vai ver se a minha expectativa pode virar prejuízo.”

Na semana passada, o governador Helder Barbalho negou que os preços sejam abusivos e disse que o dinheiro vai servir à economia local. O governo estadual disse ainda que o Procon vai fiscalizar hotéis da capital para adequar as tarifas na COP30. Mas não comentou o caso dos imóveis privados, que, no caso da Booking.Com e do Airbnb, são controlados pelos locatários, segundo as plataformas.

Já o governo federal promete mais 26 mil leitos e uma plataforma oficial para gerir acomodações, a fim de conter a especulação.

Cidade dividida

Enquanto isso, Belém assistiu nos últimos dois meses a uma tendência de aumento nos aluguéis de longo prazo que deverá permanecer pelo menos temporariamente.

“Passado o evento, a pressão extraordinária sobre os valores de aluguel tende a diminuir, a menos que haja outros fatores estruturais que sustentem a alta”, como a valorização imobiliária em áreas revitalizadas, explica o coordenador do FipeZAP, Alison Oliveira.

No caminho para a COP30, Belém se tornou um canteiro de obras, com projetos para melhorar a mobilidade, saneamento, desenvolvimento urbano, turismo e conectividade antes da conferência, com foco na sustentabilidade.

“A obra na frente do meu prédio vai ficar linda. Sem dúvidas, a infraestrutura e o lazer vão melhorar”, celebra Vídia, que mora diante do Parque Linear em construção. “Era uma reivindicação antiga nossa.”

Mesmo com legados positivos, os investimentos também atraem críticas por beneficiar as áreas já mais valorizadas da cidade com projetos de alto custo e reforçar a segregação social.

“Algumas obras são importantes e necessárias, como o Parque da Cidade, mas outras não são uma exigência da ONU, custam milhões e beneficiam o mercado imobiliário principalmente”, afirma Roberta Rodrigues, diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na avaliação de especialistas, a reforma de grandes avenidas ao longo de rios urbanos pode ainda aprofundar a gentrificação na Cidade Velha, que faz parte do Centro Histórico de Belém, e no Reduto, antiga zona industrial do ciclo da borracha.

Já nas periferias e favelas, onde moram 57% da população, a cidade acumula uma longa história de amplos desafios estruturais. A cobertura de esgotamento sanitário só atendia 20% dos belenenses antes das reformas, aponta o Instituto Água e Saneamento.

“Certamente a maioria dos visitantes vai conhecer uma cidade resiliente criada para a COP30”, afirma Lucas Navegantes, jovem pesquisador da UFPA. “Mas existe uma segunda cidade, a das periferias. Lá, não se está pensando a mesma perspectiva de cidade.”

Em nota, o governo do Pará disse que os investimentos de R$ 4 bilhões beneficiarão a população, inclusive com 59 quilômetros de rede de esgoto sanitário. Já a prefeitura de Belém afirmou que não há gentrificação na Cidade Velha e que se dedica a programas de inclusão social e urbanização.

Bostic, membro não votante do Fed, espera dois cortes de juros em 2025

 

Por Howard Schneider

 

WASHINGTON (Reuters) – O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, disse nesta quinta-feira que o banco central dos Estados Unidos ainda deve ser capaz de reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual este ano, embora ainda haja muita incerteza sobre o impacto das políticas comerciais e de imigração do presidente norte-americano, Donald Trump.

Dois cortes de 0,25 ponto percentual é “minha expectativa base”, disse Bostic a repórteres em uma ligação telefônica, mas “a incerteza em torno disso é bastante significativa… Há muitas coisas que podem acontecer e que podem influenciar isso em ambas as direções”.

Bostic não é membro votante este ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), responsável pela fixação dos juros.

Em um ensaio divulgado nesta quinta-feira, Bostic disse não achar que os EUA estejam enfrentando um novo salto de inflação, embora tenha acrescentado que há “apreensão generalizada” entre empresas sobre como novos impostos de importação, regras de imigração e mudanças nas regulamentações podem afetar perspectivas.

“Considerados como um todo, os dados recentes sobre a inflação forneceram evidências tanto para o otimismo quanto para o pessimismo”, escreveu Bostic no ensaio, que delineou a posição do Fed ao decidir se reduzirá ainda mais os juros.

De modo geral, as empresas não reagiram aos planos do governo Trump, mas a situação criou uma incerteza “generalizada” sobre o curso da economia este ano, disse Bostic.

Ele afirmou que sua linha de base, no entanto, continua sendo a de que a inflação “continuará em uma trajetória instável em direção à meta de 2% do Comitê Federal de Mercado Aberto”.

Isso pode eventualmente levar a mais cortes, mas, por enquanto, Bostic disse que a política monetária está “em um bom lugar e a economia está forte… Por várias razões, não é hora de complacência”.

Alckmin diz que será lançada mais uma tranche de LCDs de US$ 10 bi para a indústria

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 20, que será lançada mais uma tranche de Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD) de US$ 10 bilhões para a indústria. “É crédito com juro menor para estimular o desenvolvimento industrial”, frisou Alckmin.

Ele ainda mencionou a aprovação do programa Acredita Exportação, programa que eleva o porcentual de ressarcimento tributário que incide sobre os produtos que as MPEs vendem ao mercado externo. “É estímulo para exportar mais”, disse.

Nesta quinta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para a aprovação de um dos projetos do chamado Acredita Exportação.

Segundo deputados ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a expectativa é de que o mérito seja votado até a semana que vem.

Alckmin também fez elogios à atuação de Portugal no acordo entre União Europeia e Mercosul. “Foi decisivo, após um quarto de século, para celebrar este acordo”, salientou.

Alckmin participou da XIV Cimeira Bilateral Brasil-Portugal, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.