terça-feira, 11 de março de 2025

Gás natural pode ajudar a integrar a América Latina, diz CEO da Petrobras

 

O gás natural pode ajudar a integrar a América Latina, em um cenário onde há crescimento de produção na Argentina e continuação das vendas da Bolívia ao Brasil, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, nesta terça-feira, 11, ao participar da conferência CERAWeek, em Houston.

A fala vem após a diretora de exploração e produção, Sylvia dos Anjos, ter dito no mesmo evento que a Petrobras analisa oportunidades potenciais na Argentina, enquanto avança em projetos na Colômbia e na África.

O gás da região de Vaca Muerta seria interessante para a Petrobras, já que um gasoduto que conecta Argentina, Bolívia e Brasil poderia ser usado para transportá-lo, afirmou a executiva, nos bastidores da conferência em Houston.

Ela acrescentou que a empresa também poderia procurar oportunidades de petróleo na Argentina, já que a Petrobras busca ativamente reabastecer suas reservas de petróleo e enfrenta dificuldades para obter licenças ambientais para perfurar em novas fronteiras no Brasil.

Na Colômbia, a empresa está atualmente elaborando o plano de desenvolvimento de um projeto marítimo onde foram descobertos 6 trilhões de pés cúbicos de gás, enquanto aguarda uma licença do governo.

Cerca de 13 milhões de metros cúbicos por dia de gás do projeto seriam fornecidos à Colômbia por meio de um gasoduto, disse Anjos.

Na África, a empresa espera que poços exploratórios sejam perfurados entre julho e agosto em um bloco no qual tem participação em São Tomé e Príncipe. Outra área na África do Sul deve ser perfurada no segundo semestre, acrescentou a executiva.

INB contrata empresa da Rosatom para converter e enriquecer urânio extraído na Bahia

 

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) assinou contrato com a Internexco GmbH, do grupo russo Rosatom, para a exportação de até 275 mil kg de concentrado de urânio (U308) produzidos na Unidade de Concentração de Urânio em Caetité, na Bahia. O volume passará por duas etapas de beneficiamento no exterior: conversão e enriquecimento.

Para a contratação foi realizada uma licitação internacional, que tinha como critério de julgamento o melhor preço global, respeitando os pré-requisitos técnicos que garantam o pleno atendimento das necessidades da INB, informou a estatal.

O produto final beneficiado será devolvido, até dezembro de 2027, na forma de UF6 enriquecido a 4,25%, e será utilizado na fabricação do combustível nuclear, que abastece as unidades da central nuclear de Angra dos Reis.

O urânio será transportado de Salvador, na Bahia, para a Rússia, e, segundo o presidente da INB, Adauto Seixas, já está em andamento o planejamento logístico das operações terrestres no Brasil, a contratação do transporte marítimo internacional e o licenciamento da exportação.

“A INB tem planos para aumentar a frequência destas contratações mediante futuras licitações internacionais, seguindo a bem sucedida retomada da produção de urânio em Caetité”, disse Seixas em nota nesta terça-feira, 11.

A conversão é a única etapa do ciclo do combustível nuclear que a INB não realiza, e consiste na transformação do yellow cake em hexafluoreto de urânio (UF6), um sal que tem como propriedade passar para o estado gasoso em baixas temperaturas.

Na forma de gás é realizada a etapa de enriquecimento. A Usina de Enriquecimento da INB está sendo implantada em etapas na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende/RJ, e atualmente tem a capacidade de produzir 70% da quantidade média anual de urânio enriquecido necessária para abastecer Angra 1.

Após projetos na Colômbia e na África, Petrobras vê oportunidades de exploração de gás na Argentina

 

A Petrobras está analisando oportunidades potenciais na Argentina, enquanto avança em projetos na Colômbia e na África, disse a diretora de exploração e produção Sylvia dos Anjos nesta terça-feira, 11.

O gás da região de Vaca Muerta seria interessante para a Petrobras, já que um gasoduto que conecta Argentina, Bolívia e Brasil poderia ser usado para transportá-lo, afirmou a executiva, nos bastidores da conferência CERAWeek, em Houston.

Ela acrescentou que a empresa também poderia procurar oportunidades de petróleo na Argentina, já que a Petrobras busca ativamente reabastecer suas reservas de petróleo e enfrenta dificuldades para obter licenças ambientais para perfurar em novas fronteiras no Brasil.

Na Colômbia, a empresa está atualmente elaborando o plano de desenvolvimento de um projeto marítimo onde foram descobertos 6 trilhões de pés cúbicos de gás, enquanto aguarda uma licença do governo.

Cerca de 13 milhões de metros cúbicos por dia de gás do projeto seriam fornecidos à Colômbia por meio de um gasoduto, disse Anjos.

Na África, a empresa espera que poços exploratórios sejam perfurados entre julho e agosto em um bloco no qual tem participação em São Tomé e Príncipe. Outra área na África do Sul deve ser perfurada no segundo semestre, acrescentou a executiva.

PlatôBR: Como a tensão na economia dos EUA afeta a inflação no Brasil

Cada vez que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça tarifar parceiros comerciais e os países sinalizam retaliação aos americanos, uma perna importante da estratégia do governo brasileiro para reduzir a inflação dos alimentos em 2025 fica fragilizada. A volatilidade da cotação do dólar afeta diretamente o preço de insumos para agricultura, como fertilizantes, e encarece a comida no Brasil.

Depois da taxa de câmbio ter batido R$ 6,30 no final de 2024, para os preços caírem este ano o governo conta com um recuo da cotação da moeda estrangeira que, no início do ano passado, estava mais perto dos R$ 5 e, no final, rompeu a barreira dos R$ 6. Esse valor, segundo análise de técnicos da equipe econômica, não traduz a realidade dos indicadores do Brasil, mas um momento de estresse.

Embora o governo aposte que o estresse será menor neste ano, o ambiente permanece tensionado com as ameaças e intimidações de Trump de iniciar uma guerra comercial. Isso se reflete na cotação do dólar, o principal canal de contágio da economia brasileira pela volatilidade externa. Além da cotação do dólar, o governo brasileiro conta com um recorde da safra atual, com menos impacto de eventos climáticos, para obter uma oferta maior de produtos este ano.

Volatilidade financeira

A semana começou refletindo tensão nos mercados financeiros. Em entrevista, Trump deu sinais de que a economia americana pode entrar em recessão. São crescentes as especulações nesse sentido, pois as taxações de produtos de outras economias, como o Canadá, por exemplo, foram acompanhadas de anúncios de retaliação aos Estados Unidos.

As medidas ainda não entraram em vigor, mas os analistas já fazem as contas. Os Estados Unidos não têm como abastecer sozinho o seu próprio mercado. Com isso, a política de tarifaços de Trump vai encarecer produtos no mercado interno, pressionando a inflação, que, por sua vez, reduz o poder de compra. Resultado: mais inflação e menos crescimento.

Menos crescimento nos Estados Unidos geram impacto no resto do mundo, especialmente porque, na atual conjuntura, ele se soma à alta generalizada dos preços americanos e à expectativa de alta dos juros por parte do FED, o banco central de lá. Diante dessas possibilidades, a cotação do dólar no Brasil subiu e a bolsa de valores, caiu.

Fora a volatilidade já instalada nos mercados diante da ameaça de uma guerra comercial, a estratégia econômica do governo americano de acuar parte do mundo tem efeitos ainda não mensurados caso seja implementada, pois dependerá da reação dos países atingidos.

No caso do Brasil, a taxação do aço e do alumínio pelo governo Trump está prevista para entrar em vigor nesta quarta-feira, 12. O vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, negocia com representantes do governo americano alternativas que amenizem o impacto para a indústria brasileira.

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segunda-feira, 10 de março de 2025

Dólar vai a R$ 5,86 em meio a receios com economia dos EUA; Ibovespa recua

 

O dólar intensificou a na reta final da sessão desta segunda-feira, 10, após rondar a estabilidade frente ao real ao longo da manhã. Investidores demonstram aversão ao risco diante dos temores de que a economia dos Estados Unidos esteja desacelerando, um cenário que poderia piorar mais com a implementação de tarifas.

Às 16h45, o dólar à vista subia 1,34%, a R$ 5,86 na venda.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,7892, mas acumulou baixa semanal de 2,15%.

Neste pregão, os mercados globais acirravam as preocupações com a economia norte-americana, na esteira de dados e resultados de pesquisas recentes que vieram mais fracos do que o esperado e de maiores incertezas sobre os planos tarifários — e seus impactos — do presidente dos EUA, Donald Trump.

Na sexta-feira, o relatório de emprego de fevereiro já havia acendido um alerta entre investidores, com os EUA registrando a criação de 151.000 postos de trabalho no mês passado, de 125.000 vagas em janeiro, em dado revisado para baixo. Em pesquisa da Reuters, havia previsão de abertura de 160.000 empregos.

Os agentes financeiros também vinham demonstrando pessimismo com várias pesquisas recentes que relataram uma deterioração da confiança e das perspectivas econômicas de consumidores e empresários, em meio às crescentes tensões comerciais provocadas pelas ameaças tarifárias de Trump.

Mas foram comentários de Trump no fim de semana que confirmaram de vez o pessimismo dos mercados, gerando a aversão ao risco observada nesta sessão.

Em entrevista concedida à Fox News, que foi ao ar no domingo, Trump se recusou a prever se os EUA podem passar por uma recessão devido ao impacto de suas prometidas tarifas sobre Canadá, México e China.

Ele também afirmou que o país passará por um “período de transição” devido às ações que seu governo está tomando, mas disse acreditar que as consequências serão positivas no final.

A demonstração de incerteza pelo próprio presidente em relação aos impactos de suas medidas comerciais agitava os mercados nesta segunda, com investidores temendo o pior pela economia norte-americana caso tarifas sejam amplamente aplicadas em meio a uma atividade econômica em desaceleração.

Com isso, o dólar disparava ante o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

As moedas emergentes e os ativos de risco em geral estão sendo liquidados diante da possibilidade de recessão nos EUA. Junto à fragilidade das questões domésticas, o real se destaca como uma das alternativas mais vulneráveis em períodos de estresse”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,31%, a 103,990.

Agentes financeiros ainda demonstram cautela ao tentar projetar os próximos passos do Federal Reserve em seu ciclo de afrouxamento monetário.

Na sexta-feira, em discurso em uma conferência, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central será cauteloso para ter certeza de que sabe o que está acontecendo no país, sem necessidade de apressar qualquer corte nos juros.

Operadores continuam apostando em três cortes na taxa de juros pelo Fed neste ano, com a retomada das reduções prevista para junho.

Já no cenário doméstico, a preocupação do mercado continua sendo a trajetória das contas públicas, com investidores receosos sobre quais medidas o governo pode adotar para reduzir a inflação dos alimentos e responder à queda recente de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governo anunciou na semana passada que vai zerar a alíquota de importação de vários produtos, incluindo carne, café, açúcar e milho, entre outros, como parte de uma série de medidas para reduzir os preços de alimentos.

Na frente de dados, os mercados analisarão nesta semana dados de inflação ao consumidor tanto nos EUA como no Brasil, com a divulgação de ambos na quarta-feira.

Ibovespa

Às 11h11, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 1,02%, a 123.753,48 pontos. O volume financeiro somava R$3,29 bilhões.

Na visão da equipe do BB Investimentos, olhando o gráfico diário, o Ibovespa ainda precisa romper novamente a resistência de sua média móvel de 200 dias, atualmente em 127,3 mil pontos, para reingressar no canal de alta de curto prazo, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira.

“Essa falta de tendência aponta para uma indefinição no curtíssimo prazo, com acentuada volatilidade, lembrando que as últimas formações gráficas como a da sessão da última sexta foram seguidas por períodos de realização”, pontuaram.

Os analistas também pontuaram que, com temporada de resultados do quarto trimestre “neutra até o momento” e com os analistas calibrando marginalmente as expectativas de resultados para 2025, o desempenho de curtíssimo prazo guarda mais relação com a volatilidade da curva de juros no Brasil.

Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, recuava 1,76%, após comentários do presidente Donald Trump no fim de semana alimentarem preocupações de que uma guerra comercial pode desencadear uma desaceleração econômica.

Após o “respiro” no Carnaval, a temporada de resultados no Brasil retoma o fôlego nesta semana, com Azzas 2154, Cogna, SLC Agrícola, Eletrobras, LWSA, CSN, Magazine Luiza, Natura&Co, Prio, entre outros.

A partir desta segunda-feira, o mercado de ações à vista na B3 passa a fechar uma hora mais cedo em razão do início do horário de verão nos EUA. A negociação começa às 10h e acaba às 16h55, com o call de fechamento ocorrendo das 16h55 às 17h. O after-market tem início às 17h30 e termina às 18h.

DESTAQUES

– CAIXA SEGURIDADE ON recuava 3,38%, após registrar oferta subsequente de ações que incluirá uma venda secundária de papéis detidos pela controladora, a Caixa Econômica Federal. A empresa disse que a oferta consistirá na venda de 82,5 milhões de ações ordinárias — cerca de R$1,32 bilhão considerando a cotação de fechamento da última sexta-feira — e será precificada em 19 de março.

– CEMIG PN perdia 3,35%, tendo como pano de fundo amplo relatório do JPMorgan sobre ações de “utilities”, no qual cortou a ação de “overweight” para “underweight”. Ainda no setor, AUREN ENERGIA ON, que também foi rebaixada a “underweight” pelos analistas do banco, caía 2,48%. Na contramão, ENEVA ON e CPFL ENERGIA ON, que passaram a “overweight”, subiam 1,24% e 1,17%, respectivamente.

– VALE ON perdia 1,8%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, em meio a receios com as tarifas dos EUA e a promessa da China de cortar a produção de aço bruto. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com queda de 0,71%, a 769 iuanes (US$105,92) a tonelada. A ação também ficou ex-dividendo a partir desta segunda-feira.

– PETROBRAS PN cedia 1,56%, em dia de queda dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado a US$69,94, decréscimo de 0,6%. A estatal anunciou na sexta-feira acordo para encerrar litígio com a EIG Energy nos EUA, em que pagará US$283 milhões. O BTG Pactual reiterou compra para os papéis, mas ponderou que dados de investimentos devem aumento ceticismo.

– BRADESCO PN era negociada em baixa de 2,05%, em sessão negativa para bancos. ITAÚ ON caía 0,8%, BANCO DO BRASIL ON perdia 1,35% e SANTANDER BRASIL UNIT declinava 1,62%. O índice do setor financeiro na bolsa recuava 1,6%, pressionado também por B3 ON, em queda de 2,71%.

Nvidia espera fim de regra que restringe exportações, diz diretor para América Latina

A principal pedra do sapato da Nvidia neste começo de 2025 não é a Deepseek, mas sim uma regra aprovada no fim da gestão de Joe Biden que restringe as exportações de chips para países não aliados. Em entrevista à IstoÉ Dinheiro, o Diretor de Enterprise Sales da Nvidia para América Latina, Marcio Aguiar, declarou que a gigante de tecnologia norte-americana trabalha para que medida ‘não seja renovada’ pelo governo Donald Trump quando perder sua validade – o que ocorrerá em meados de maio.

“Obviamente ninguém quer trabalhar…..nenhuma empresa quer trabalhar ciente do poder que ela tem de oferecer os seus melhores produtos, as suas melhores tecnologias, e ter restrições para vender para países que são extremamente relevantes para o nosso negócio”, comenta o diretor da Nvidia.

Segundo o executivo, esse tipo de restrição ‘não é a mais benéfica para a indústria’ que a empresa atua.

 

 

 

 

Apesar disso, destaca que a empresa ‘vai seguir cumprindo com as regras impostas’ pelo governo dos Estados Unidos, mas vai tentar contornar a situação dentro do possível e dentro dos parâmetros legais, ‘desenvolvendo novas técnicas e novas ferramentas para que todos consigam ter acesso’ aos produtos da gigante de tencologia.

Sobre a ameaça vinda da China – a DeepSeek -, Aguiar comenta que apesar de o fenômeno ter abalado as ações da Nvidia, a empresa não teve grandes surpresas da porta para dentro.

“A gente já acompanha a Deepseek e sabemos que vão surgir outras empresas similares”, disse.

A visão é de que o guidance será alcançado e que a demanda pelos produtos da empresa segue aquecida.

“A gente já deu o nosso guidance. A nossa previsão de vendas agora para o primeiro trimestre é de um crescimento de em média 5%”, comenta.

As ações da Nvidia recuam 22% no acumulado de 2025 até então. Todavia nos últimos dois anos os papéis ainda acumulam uma valorização de 365%, com a empresa passando a integrar o clube do trilhão nos últimos meses e chegando a ocupar o posto de mais valiosa do mundo.

Trava impede Nvidia de exportar mais

A medida citada pelo executivo da companhia foi tomada ainda na gestão de Joe Biden, às vésperas do fim da gestão do democrata.

Antes de Biden deixar a Casa Branca, em janeiro de 2025, o governo dos Estados Unidos introduziu novas restrições à exportação de chips avançados de inteligência artificial (IA).

As medidas impedem que países adversários no campo geopolítico – como China e Rússia – adquiram tecnologias de ponta que possam ser utilizadas para fins militares ou de vigilância.

A legislação estabelece três níveis para grupos de países, firmando regras para acesso aos chips da Nvidia e outras tecnologias de ponta de grandes corporações americanas:

  • Nível 1: Inclui os EUA e 18 aliados, como Alemanha, Japão e Coreia do Sul. Os países desse grupo possuem acesso praticamente irrestrito aos chips americanos
  • Nível 2: Grupo de países com restrições moderadas (inclui Brasil, Índia, Israel, dentre outros), no qual as empresas podem obter permissões especiais para exportar mas precisam cumprir padrões de segurança e direitos humanos estabelecidos pelos EUA
  • Nível 3: Grupo que contempla nações adversárias no campo geopolítico, como China e Rússia. Esses países enfrentam bloqueio quase total na importação de chips, semicondutores e hardware análogo

Acerca da Designação de Usuário Final Validado (VEU), as empresas que integram o Nível 2 podem obter permissões especiais (VEU) para exportar chips, desde que aceitem requisitos de segurança e direitos humanos dos EUA.

A legislação também estabelece limites na capacidade total de computação que um país pode possuir

A validade dessa medida é de 120 dias. Ou seja, essa normativa ficará em vigor até o dia 10 de maio de 2025 – podendo então ser postergada ou não por Trump.

Ainda antes disso, em agosto de 2022, o governo Biden aprovou o CHIPS and Science Act, que destina cerca de US$ 280 bilhões para impulsionar a indústria de semicondutores e pesquisa em tecnologia nos EUA.

Juntamente com esses incentivos – que incluem aproximadamente US$ 52 bilhões para empresas que fabricam chips nos EUA, como a Nvidia – a legislação também estabelece restrições.

No âmbito desse regramento, visando que a China avance de forma mais lenta no desenvolvimento de chips avançados, o CHIPS and Science Act proíbe que empresas que recebam esses subsídios expandam operações na China por um período de 10 anos.

O governo Biden também restringiu a exportação de chips de IA avançados, como os da Nvidia (série A100 e H100), para a China.

Novidades de IA no radar

Sobre as novidades esperadas para este ano dentro do universo de IA, Aguiar comenta que devemos ver um aprimoramento da IA generativa.

“O avanço de tecnologias de IA generativa…IA generativa veio para realmente mudar, para desmistificar o uso de inteligência artificial. O que vivemos hoje em questão de técnicas de transformar, por exemplo, voz para imagem, texto para vídeo, isso é o início do que veremos transformando as empresas e realmente se tornando mais competitivas com esses recursos inovadores”, explica o diretor da Nvidia.

 






Família Moreira Salles lança oferta de aquisição de ações da gigante de vidro Verallia

 

A família Moreira Salles anunciou nesta segunda-feira que lançará oferta pública de aquisição das ações da engarrafadora francesa Verallia que ainda não possui e confirmou que pagará 30 euros por papel, avaliando a empresa em 6,1 bilhões de euros.

As ações do grupo, que fabrica garrafas para champanhe e conhaque, entre outras bebidas, subiram 4% no início do pregão. O papel acumula alta de cerca de 21% desde o início do ano, impulsionadas pelas negociações  com os Moreira Salles.

A BW Gestão de Investimentos (BWGI), de propriedade da holding Moreira Salles Brasil Warrant (BWSA), disse em fevereiro que queria comprar a Verallia, na qual já detém uma participação de cerca de 28,8%, mas que avaliaria uma oferta pelo restante da empresa após os resultados anuais da companhia.

O grupo francês divulgou, no final do mês, lucro operacional medido pelo Ebitda ajustado ligeiramente acima do esperado pelo mercado para 2024 e disse que espera nível de lucro semelhante em 2025, com mais do que o dobro da geração de fluxo de caixa livre.

A BWGI afirmou que o período da oferta se encerra no final do primeiro semestre e acrescentou que não planeja retirar a empresa da bolsa e que a oferta não levará a nenhum corte de emprego.

O setor de bebidas alcoólicas da França está sob pressão devido às tarifas chinesas sobre o conhaque e outras bebidas fabricadas na Europa e à desaceleração das vendas na China, levando empresas como a Hennessy, de propriedade da LVMH, a considerar o engarrafamento de alguns de seus produtos na China.

A Verallia realiza a maior parte de suas vendas na Europa, incluindo o engarrafamento de conhaque na França. “Em um ambiente complexo, o objetivo da BWGI é reforçar a estabilidade da Verallia”, disse a holding em comunicado.

A engarrafadora disse que criou um comitê ad hoc para avaliar a oferta e que vai discutir com a BWGI nas próximas semanas.

“O conselho de administração se reunirá para emitir seu parecer fundamentado sobre a oferta, após analisar o relatório do especialista independente e as recomendações do comitê ad hoc”, acrescentou.