quarta-feira, 9 de abril de 2025

ABPA: exportação de ovos cresce 342% em volume em março e receita aumenta 383%

 

São Paulo, 9 – As exportações brasileiras de ovos (incluindo produtos in natura e processados) tiveram alta de 342,2% em volume na comparação anual. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram embarcadas 3.770 toneladas no mês, frente a 853 toneladas em março do ano passado.

A receita também teve forte alta, para US$ 8,65 milhões, salto de 383% em comparação com US$ 1,79 milhão registrados no igual mês de 2024.

No acumulado do primeiro trimestre, o setor soma 8.654 toneladas exportadas, crescimento de 97,2% ante igual período de 2024.

Em valores, a elevação foi ainda maior: 116,1%, com US$ 17,77 milhões obtidos entre janeiro e março de 2025.

EUA lideram compras

Os Estados Unidos lideraram as compras no trimestre, com 2.705 toneladas importadas – avanço de 346,4% na comparação anual.

Na sequência, os principais destinos foram Emirados Árabes Unidos (1.422 toneladas, queda de 9%), Chile (1.182 toneladas, alta de 65,4%), Japão (846 toneladas, aumento de 132,4%) e México, que começou a importar recentemente e já acumula 576 toneladas.

Fatores

Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, os números refletem o impacto da recente abertura do mercado norte-americano para ovos produzidos no Brasil, destinados ao termoprocessamento para consumo humano.

Ele também destacou que as exportações ainda representam cerca de 1% da produção nacional, e, ao mesmo tempo, permitem avanços importantes para o setor. “As exportações representam uma conquista importante para o avanço do segmento”, disse, na nota.


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CCJ do Senado aprova parecer favorável a projeto sobre devedor contumaz; matéria segue para CAE

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 9, parecer favorável ao projeto de lei complementar que estabelece normas gerais para a identificação e o controle de “devedores contumazes”, com a regulamentação do Artigo 146-A da Constituição Federal, voltado à prevenção de desequilíbrios da concorrência.

O texto vai para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Caso seja aprovada no colegiado, a proposta vai para análise no plenário.

Com a matéria, empresas que atrasam repetidamente o pagamento de impostos podem ser punidas.

PL que limita supersalários analisado no Senado aumenta gastos em R$ 3,4 bi, em vez de reduzir

 

Um manifesto assinado por dez entidades divulgado nesta quarta-feira, 9, aponta que o projeto de lei que busca limitar os supersalários deve aumentar os gastos com as remunerações acima do teto em R$ 3,4 bilhões, em vez de reduzir. O número considera somente quatro das 32 exceções ao teto previstos pela proposta. Desse número, 14 estão classificadas incorretamente no texto como indenizatórias segundo as instituições.

A cifra de R$ 3,4 bilhões considera o pagamento em dobro do adicional de um terço de férias, a gratificação por exercício cumulativo de ofícios, o auxílio-alimentação e o ressarcimento de despesas com plano de saúde.

Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pelo Movimento Pessoas à Frente e elaborada pelo economista Bruno Carrazza. O levantamento também mostrou que os supersalários custaram R$ 11,1 bilhões aos cofres públicos em 2023.

O teto constitucional do funcionalismo público é de R$ 46,3 mil, equivalente à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de verbas indenizatórias como auxílios e gratificações (que não entram no abate-teto), as remunerações dos servidores podem ultrapassar a barreira.

No posicionamento das entidades, é destacado que os R$ 11,1 bilhões poderiam ser utilizados para “fortalecer a infraestrutura de atendimento à população em diversos setores prioritários”.

“A título de comparação, ele corresponde à construção de 4.582 Unidades Básicas de Saúde, o atendimento anual de 1,36 milhão de famílias no Programa Bolsa Família e de 3,9 milhões de alunos do ensino médio no Programa Pé-de-Meia”, destacam.

O posicionamento foi assinado pelas seguintes instituições: Movimento Pessoas à Frente Fundação Tide Setubal, Transparência Brasil, Plataforma Justa, Instituto Democracia e Sustentabilidade, Movimento Brasil Competitivo, Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, Associação Livres, Centro de Liderança Pública e República.org.

Ao Estadão, a diretora-executiva do Movimento Pessoas à Frente, Jessika Moreira, afirmou que uma das consequências do pagamento bilionário para remunerações acima do teto constitucional é o enfraquecimento da democracia. Para Jessika, os supersalários ajudam a minar a credibilidade do setor público.

“O recurso que sai para pagamento desses auxílios sai do mesmo cofre do pagamento das principais políticas públicas. Além disso, isso contamina a credibilidade das instituições e do setor público por parte da população”, afirmou Jessika Moreira

Na manifestação, as dez entidades consideraram que o projeto de lei além de perpetuar, deve ampliar privilégios e desigualdades. “Se aprovada, legitima o pagamento de benefícios remuneratórios a título de indenização, cuja consequência imediata é ser livre de incidência de Imposto de Renda, além de banalizar as exceções ao teto constitucional.”

As entidades também exigem que o projeto de lei classifique adequadamente as verbas remuneratórias, indenizatórias e outras vantagens eventualmente recebidas. No caso das indenizatórias, as instituições defendem que sejam seguidos três critérios:

– Ter natureza reparatória, ressarcindo o servidor de despesas incorridas no exercício da função pública;

– Ter caráter eventual e transitório, não sendo incorporadas em bases mensais, devendo possuir um horizonte temporal limitado, e requerendo uma análise caso a caso;

– Ser expressamente criadas em lei, não podendo ser instituídas por ato administrativo.

O projeto criticado pelas entidades é o n°2721/2021, e está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Como mostrou o Estadão, a proposta, que busca combater os supersalários, contém 14 regras que abrem brechas para manter esses rendimentos.

Essas 14 exceções ao teto, segundo outro estudo do Movimento Pessoas à Frente, são verbas remuneratórias, e não indenizatórias. “Se mantidas como estão no texto original, elas podem, além de manter os supersalários, criar um efeito em cascata, já que abre espaço para que servidores do Executivo que ganham menos do que o estabelecido peçam equiparação, o que pode provocar um rombo de R$ 26,7 bilhões nas contas públicas”, diz um trecho da pesquisa.

A proposta veio do Senado e foi aprovado pela Câmara em junho de 2021 com a lista de 32 exceções ao teto que desidratou o projeto que, inicialmente, buscava fazer uma maior restrição às verbas que não são abatidas pelo teto constitucional. Por conta das mudanças, o texto teve que voltar à Casa Alta.

Juro médio do rotativo do cartão sobe em fevereiro para 450,6% ao ano, diz BC

 

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 9,6 pontos porcentuais entre janeiro e fevereiro, de 441,0% (dado revisado) para 450,6% ao ano, informou o Banco Central.

A taxa do parcelado passou de 174,6% (dado revisado) para 181,8% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 78,7% (dado revisado) para 85,2%.

O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida. O teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer em janeiro de 2024.

As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico. Para chegar às taxas anuais, a autoridade monetária extrapola o juro cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano. Essa taxa nem sempre é efetivada, já que os consumidores normalmente ficam “pendurados” no cartão por apenas dias ou semanas.

O BC não pretende descontinuar essa série histórica, que serve como referência para mostrar a velocidade de aumento ou redução dos juros e também é um dos componentes para se chegar à taxa cobrada pelo sistema como um todo.

Preços do petróleo despencam e barril de Brent cai abaixo de US$ 60

 

Os preços do petróleo caíram para novas mínimas em quatro anos nesta quarta-feira, 09, depois que a China anunciou medidas tarifárias adicionais sobre os produtos dos EUA em retaliação à política tarifária do presidente Donald Trump.

A China imporá tarifas de 84% sobre os produtos dos EUA a partir de quinta-feira, 10, acima dos 34% anunciados anteriormente, informou o Ministério das Finanças.

Os futuros do Brent caíam US$2,84, ou 4,52%, para US$59,98 por barril às 10h15 (horário de Brasília). Os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) caíam US$2,66, ou 4,46%, para US$56,92.

Ambos os contratos chegaram a cair cerca de 7% antes de reduzir as perdas.

As tarifas de 104% de Trump sobre a China entraram em vigor nesta quarta-feira, acrescentando 50% às tarifas depois que Pequim não suspendeu suas tarifas retaliatórias iniciais sobre os produtos dos EUA.

Ao mesmo tempo, os países da União Europeia devem aprovar as primeiras contramedidas do bloco contra as tarifas de Trump na quarta-feira, somando-se às medidas de retaliação da China e do Canadá.

“A retaliação agressiva da China diminui as chances de um acordo rápido entre as duas maiores economias do mundo, desencadeando temores crescentes de recessão econômica em todo o mundo”, disse Ye Lin, vice-presidente de mercados de commodities de petróleo da Rystad Energy.

“O crescimento da demanda de petróleo na China, de 50.000 bpd a 100.000 bpd, está em risco se a guerra comercial continuar por mais tempo. No entanto, um estímulo mais forte para impulsionar o consumo doméstico poderia mitigar as perdas.”

O Brent e o WTI caíram por cinco sessões desde que Trump anunciou tarifas abrangentes sobre a maioria das importações, gerando preocupações sobre o crescimento econômico e a demanda por combustível.

“Alguns analistas norte-americanos sugeriram que a Casa Branca quer levar os preços do petróleo para mais perto de US$50, já que o governo acredita que o setor de petróleo e gás dos EUA pode sobreviver a um período de turbulência”, disse Ashley Kelty, analista do Panmure Liberum.

“Consideramos essa meta um tanto ilusória (…) e (ela) simplesmente fará com que a produção dos EUA seja encerrada e abrirá a porta para que a Opep recupere sua posição de produtor dominante.”

Exacerbando o declínio do petróleo, na semana passada o grupo de produtores Opep+ decidiu aumentar a produção em maio em 411.000 barris por dia (bpd), o que, segundo analistas, provavelmente empurrará o mercado para um excedente.

Países da UE aprovam resposta tarifária dos EUA sobre aço e miram em carne, soja e motos

 Bandeira Europeia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Os países-membros da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira, 9, uma lista inicial de produtos norte-americanos que estarão sujeitos a tarifas, dando ao bloco o poder de impor taxas sobre alguns produtos já na próxima semana. A comissão informou que os impostos podem começar a ser cobrados a partir de 15 de abril.

Os 27 membros da UE votaram para adotar uma nova versão reformulada da lista original, que foi modificada após o feedback dos países-membros.

Uma série de produtos – incluindo soja, suco de laranja, carne e motocicletas – estão na linha de fogo da UE. O uísque norte-americano foi retirado da lista em uma medida que visa proteger os fabricantes de bebidas do bloco.

A votação supera um obstáculo crucial para a Comissão Europeia, o braço executivo do bloco, para responder à série de taxas que o presidente dos EUA, Donald Trump, está impondo para lidar com o que o republicano considera políticas injustas em outros países.

“Essas contramedidas podem ser suspensas a qualquer momento, caso os EUA concordem com um resultado negociado justo e equilibrado”, afirmou a comissão, em um comunicado. 

 

Fonte: Dow Jones Newswires.

China anuncia nova retaliação e tarifas adicionais de 84% sobre produtos dos EUA

 

A China adotará tarifas de 84% sobre produtos norte-americanos a partir de quinta-feira, acima dos 34% anunciados anteriormente, informou o Ministério das Finanças nesta quarta-feira, 9.

Pequim também impôs restrições a 18 empresas norte-americanas, principalmente em setores relacionados à defesa, somando-se às cerca de 60 empresas norte-americanas punidas por causa das tarifas impostas por Trump.

A medida foi tomada depois que Trump cumpriu sua ameaça de impor uma tarifa adicional de 50% sobre a China, a menos que o país retirasse suas taxas de retaliação sobre os Estados Unidos, elevando para 104% o total de novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses este ano.

“A China insta os EUA a corrigirem imediatamente suas práticas equivocadas, a cancelarem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e a resolverem adequadamente as diferenças por meio de um diálogo igualitário, baseado no respeito mútuo”, diz a nota.

A China disse à Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira que a decisão do governo Trump de impor tarifas recíprocas a Pequim ameaça desestabilizar ainda mais o comércio global.

“A situação se agravou perigosamente. Como um dos membros afetados, a China expressa séria preocupação e firme oposição a esse movimento imprudente”, disse a China em uma declaração à OMC.

Mais cedo, nesta quarta-feira, a China divulgou um documento sobre os laços comerciais entre os EUA e a China, no qual chamou de “inevitável” a diferença comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“O desequilíbrio comercial em bens entre a China e os EUA é um resultado inevitável de questões estruturais na economia dos EUA e uma consequência das vantagens comparativas e da divisão internacional do trabalho entre os dois países”, disse o relatório, que foi divulgado pelo Escritório de Informações do Conselho de Estado logo após a entrada em vigor das tarifas mais altas dos EUA.

EUA falam em decisão ‘lamentável’

A decisão da China de impor tarifas retaliatórias é lamentável e uma proposta perdedora para Pequim, disse o secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta quarta-feira.

“Acho lamentável que os chineses realmente não queiram vir e negociar, porque são os piores infratores no sistema de comércio internacional”, declarou Bessent em entrevista à Fox Business Network.

Bessent afirmou que os aliados queriam discutir como reequilibrar as políticas comerciais da China em conversas com autoridades norte-americanas.  “Essa é a grande vitória aqui. Os EUA estão tentando se reequilibrar em direção a mais manufatura. A China precisa se reequilibrar em direção a mais consumo”, disse ele.

Bessent também alertou Pequim contra a tentativa de desvalorizar sua moeda como forma de responder às novas tarifas.

“Se a China começar a desvalorizar, isso será um imposto sobre o resto do mundo e todos terão que continuar aumentando suas tarifas para compensar a desvalorização. Portanto, eu faço um apelo para que não façam isso e se sentem à mesa”, disse.

Outras cartas nas mãos da China

Segundo a agência Reuters, o banco central da China não permitirá quedas acentuadas do iuan e pediu aos principais bancos estatais que reduzam as compras de dólares norte-americanos, disseram pessoas com conhecimento direto do assunto.

A diretriz das autoridades ocorre em um momento em que o iuan enfrenta forte pressão de queda.

O Banco Popular da China enviou a orientação aos bancos estatais nesta semana, pedindo-lhes que retenham as compras de dólares norte-americanos para suas contas proprietárias, disseram três fontes. Os grandes bancos também foram instruídos a aumentar as verificações ao executar ordens de compra de dólares para seus clientes, disse uma delas, em um movimento que os mercados interpretam como uma forma de o banco central restringir as negociações especulativas.